terça-feira, 30 de junho de 2009

Evoluamos

Na terra das descobertas, nesta tempestade que sobre nós se abateu, vivem-se momentos de interrogações ainda sem resposta possível. No ar uma tensão que a muitos passa despercebida, abate-se descaradamente sobre aqueles que levantam questões incómodas, questões que antes meros boatos, agora se condensam em dúvidas possíveis.
Para os que como eu, não viveram o 25 de Abril, o sussurrar pouco nos diz, aos mais velhos porém, presumo que dirá um pouco mais. Há uma fase do Salazarismo, que me intriga especialmente, o seu início. Os relatos desse período são na generalidade demasiado vagos, sobre os condicionalismos impostos às pessoas, sobre a forma de "tratar" prevaricadores, mas presumo que a início tudo tenha parecido, de certa forma, aceitável para a grande massa. Porém no inicio do século XX, muito pouca gente sequer percebia (ou se dava ao trabalho de o fazer), a política ou o porquê de viverem assim, miseravelmente. Hoje, a justiça continua a ser a chave do Poder, o veículo da manutenção dos privilégios soberanos do Estado, chamemos-lhe dos ricos ou poderosos, agora de forma diferente, mais aceitável até para nós, que somos constantemente bombardeados por informação de todos os cantos do Mundo. Seremos nós, meros humanos, capazes de deixar de cometer os mesmos erros e fraquezas repetidamente, de gerações em gerações?
A opinião de cada um será sempre a mais correcta neste aspecto, eu apenas me fico por esta fase, quanto a mim, abdico da minha segurança nem que seja para poder sonhar que posso estar aqui sem nada nem ninguém saber, que posso falar livremente sobre aquilo que penso, sem preocupações sobre que meias palavras, ou meias ideias transmitir. Não é justo o tratamento igual que se dá a pessoas de estratos sociais completamente diferentes, em todo o processo judicial, não só a pessoas mas entidades também, talvez seja utopia mudar toda esta coisa, diante de todo o processo burocrático que é a justiça actual, qual buraco negro e sombrio, mas confio que será este um dos temas vitais, no traçado da nossa evolução.
Por agora são apenas pequenos casos, relatados no meio de tantas outras noticias insignificantes, enfim, no meio de tanta injustiça que importa isso? Dirá o cidadão comum, tal como eu também já pensei muitas vezes, mas no futuro, sem darmos sequer conta disso, que pequenos casos serão estes? Para onde quer que evoluamos, será dispensável por certo o amordaçar e o condicionar da opinião individual, a defesa com armas tão díspares da honra de cada um e a perda de privacidade que já começamos a sentir, reinvente-se tudo se for preciso, mas não deixemos que isso aconteça.

Cavalos e Zebras


Confesso que tenho feito muitas contas nos últimos dias. Eleitorado fidelizado, transferência de votos, efeito das legislativas, abstenção, votos de contestação, método D’Hondt, dados históricos, número de eleitores, etc.

Até hoje até que hoje me lembrei de Atul Gawande, médico e ensaísta americano, que revela no seu livro "Complicações" que muitos professores de escolas médicas americanas, recorrem com frequência a um ditado, apelando à "descomplicação": "Se você ouvir cascos, pense primeiro em cavalos, não em zebras".


Imbuído deste espírito, descortinemos quem será o vencedor das autárquicas cá do burgo:


Existem apenas dois partidos a disputar a vitória – CDU e PS.

O resultado final depende da capacidade que o SIM e o BE tem de ir “pescar” votos à CDU e PS, respectivamente (existindo também transferências de outros partidos).

O PSD continua como nas restantes eleições a lutar para eleger um vereador.

Mais simples ainda: A vantagem que a CDU tem sobre o PS, é superior aos votos que o SIM terá a mais que o BE?

Simplista? Talvez, eu sei que existem por aí algumas zebras, mas há seguramente muito mais cavalos.

Nota: a relação de forças, quer no executivo, como na assembleia, é outra "bicharada".

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Correio dos Leitores - Comunicado do Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Sul sobre as Comemorações do Dia do Pescador-Ano 2009‏

"Caro Braz,venho por este meio enviar-te um comunicado do sindicato dos pescadores sobre as comemorações do Dia do Pescador em que mais uma vez fica demonstrado a personalidade das pessoas que estão á frente do nosso Concelho. Queria dizer que nem sou sindicalista nem sou pescador (sou é filho de pescador e siniense) e que este comunicado foi distribuído em Sines (pelo menos no Bairro Marítimo) na semana a seguir às ditas comemorações onde estive presente, assim como os adversários políticos (Idalino e João Custódio) do actual Presidente. Passo a citar:

AOS PESCADORES DE SINES
COMUNICADO SOBRE AS COMEMORAÇÕES DO DIA DO PESCADOR - ANO 2009

Habitualmente a Câmara Municipal de Sines organiza e promove as Comemorações do Dia do Pescador. Assim aconteceu mais uma vez. Facto que registamos com elevado apreço.

Para a organização e promoção deste evento a Câmara de Sines rodela-se de alguns colaboradores, nomeadamente, os Pescadores de Sines, a Associação de Armadores da Pesca Artesanal e do Cerco da Costa Vicentina e Sudoeste Alentejano, a Mútua dos Pescadores e o Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Sul.

Em todas as Comemorações o Senhor Presidente da Câmara, para além da deferência que tem para com os colaboradores, sempre nos tem convidado a usar da palavra não só para saudar os nossos camaradas pescadores e seus familiares, mas também para falar dos problemas resultantes da crise com que o sector da pesca se defronta.

Este ano contrariamente ao habitual o Sindicato viu-se privado de dirigir algumas palavras aos presentes, particularmente, aos pescadores de Sines e suas famílias. Poder-se-á dizer que nenhum dos outros colaboradores usou da palavra o que é verdade. O que ficamos sem saber é se os outros colaboradores não quiseram usar da palavra para com isso dar ao Senhor Presidente argumentos para contestar que nós usássemos da palavra.

Um facto evidente é que o Senhor Ferreira da Costa, durante o período em que decorria o almoço, nos veio dizer que nós iríamos fazer uma intervenção. Mas para surpresa nossa, um pouco mais tarde, quando menos se esperava a Senhora D....... veio informar-nos, pedindo-nos desculpa por isso, que foi decidido que só iria usar da palavra o Senhor Presidente. Ficámos boquiabertos.

Com afirmações do género daquelas que o Senhor Presidente foi proferindo durante o seu discurso, tais como, «SÓ com protestos não vamos a lado nenhum, SÓ desgastam»», ou como a de que «as pessoas vieram aqui para se divertirem e não para ouvirem pesados discursos», ia ficando cada vez mais perceptível que o Sindicato não iria mesmo usar da palavra. O que efectivamente aconteceu.

O Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Sul considera este incidente gravemente lamentável, configurando mesmo uma grave falta de ética.

Viva os Pescadores de Sines e suas famílias.

Pelo Sindicato Sines, Junho 2009"

enviado por leitor devidamente identificado

Quando o silêncio tinha sido de Ouro

Estimava em cerca de 500, os trabalhadores afectados pela paragem parcial da Repsol, infelizmente parece que pequei por defeito, a imprensa avança para mais 620. Mais de 220 trabalhadores do complexo petroquímico da Repsol em Sines e ainda cerca de 400 outros trabalhadores de empresas que prestam serviços no complexo.

A paragem inicial dizia-se de 3 meses, agora os jornais, citando um dirigente sindical do SINQUIFA fala em 6 meses de lay-off, quando a empresa reafirma a intenção de reiniciar a actividade "normal" após o verão.

O Presidente da Câmara Municipal de Sines, saiu do silêncio sobre o tema Repsol, a que se remetera desde a festa de lançamento do enorme investimento d expansão da fábrica de Sines, em que ombreou com José Sócrates e Manuel Pinho no auspicioso e glorioso crescimento do Complexo Industrial de Sines.

Manuel Coelho, que preferiu um meio de comunicação nacional ao invés de um comunicado à população ou os órgãos locais, diz que vê com "grande apreensão e preocupação" a situação da empresa, até porque "haverá repercussões nas pequenas e médias empresas locais", afirmando contudo que o arranque "dentro de dias" da construção da nova auto-estrada Sines-Beja poderá amenizar as consequências.

O silêncio do edil teria logrado não tornar pública a sua ignorância e profundo desconhecimento da realidade industrial e económica de Sines.
Primeiro não "haverá repercussões nas PME's locais", já há, e desde alguns tempo e com consequências dramáticas em muitos casos;

Segundo, a construção da auto-estrada Sines-Beja não amenizará a situação da hecatombe dos investimentos industriais no Complexo Industrial de Sines, pois a maioria dos desempregados e das empresas envolvidas, não operam no mesmo ramo de actividade, excepção a alguns trabalhadores não especializados, que são facilmente reconvertidos, para qualquer actividade;

Terceiro o comércio, a restauração e outras PME´s locais, não colherão grandes benefícios da construção da auto-estrada, a não ser que quando esta esteja a chegar perto de Beja, os trabalhadores a utilizem para vir a Sines.

Pior que Manuel Coelho só o Semanário Expresso, que chama à primeira página do Caderno de Economia o crescimento do tráfego portuário em Sines, na semana em que centenas de trabalhadores são empurrados para o desemprego e/ou para a sua ante-câmara, ignorando o lay-off da Repsol, a situação da Carbogal, o problema da Artenius e o anúncio da redução do investimento por parte da Petrogal, na área do Biodiesel.

domingo, 28 de junho de 2009

Correio dos Leitores - ACADEMIA DE GINÁSTICA DE SINES

Notícia X
Campeonato Nacional – Trampolim Individual e Sincronizado

Torneio Nacional de Níveis
Torneio Nacional de Saltitões e Cangurus

COMUNICADO

A Academia de Ginástica de Sines e a Federação Portuguesa de Trampolins e Desportos Acrobáticos, apresenta a todos os Sineenses neste fim-de-semana de 27 e 28 de Junho, três campeonatos de nível nacional:
Campeonato Nacional – Trampolim Individual e Sincronizado
Torneio Nacional de Níveis
Torneio Nacional de Saltitões e Cangurus


Este evento conta com o apoio da Câmara Municipal de Sines, Instituto do Desporto de Portugal, Repsol e Galp Energia, e demais patrocinadores do comércio local.

Estarão presentes ginastas dos 5 aos 17 anos de idade; 586 ginastas em representação de 54 clubes de todo o país.

Desejamos felicidades os familiares e amigos que se deslocam a esta bonita cidade alentejana á beira-mar plantada.

Academia de Ginástica de Sines

Greve EDP

Trabalhadores da Central Termoeléctrica de Sines em greve três dias a partir de segunda-feira
Técnicos e operadores da Central Termoeléctrica da EDP, em Sines, vão estar em greve durante três dias, a partir das 00:00 horas de segunda-feira, pelo "reconhecimento pela empresa" do "acréscimo de funções e de responsabilidades dos trabalhadores".

Expresso

Pedro e o Lobo

A espanhola La Seda está empenhada em fazer avançar o projecto da nova fábrica de petroquímica em Sines, apesar da actual situação financeira da empresa e do financiamento externo não estar garantido a 100%.
"Não há perspectiva de que não avance. É um projecto para continuar, que está a ser implementado e para o qual se está a procurar investimentos em capitais próprios e alheios", diz a fonte, contactada em Barcelona.

Explicando que o projecto "tem muitas envolventes" e pressupõe, além de apoio estatal e de capital próprio da La Seda, a procura de financiamentos externos, a mesma fonte considerou que "estão reunidas todas as condições para manter tudo activo".

O investimento a três anos contará com o apoio de 99 milhões de euros do Estado português, que apoiará o investimento directamente com a atribuição de 39 milhões de euros de subsídios e o restante em benefícios fiscais. O projecto de Sines é actualmente o mais significativo da La Seda, que se debate com vários problemas financeiros.



A Repsol Polímeros continua interessada e a considerar estratégico o projecto de expansão da fábrica de Sines, apesar do “lay off” que vai negociar com 220 trabalhadores, disse ao Negócios fonte oficial da empresa em Portugal.

“O projecto de expansão em Sines mantém-se e continua a ser estratégico”, garantiu essa fonte. Esta posição é reafirmada numa altura em que a administração da Repsol Polímeros comunicou aos trabalhadores de Sines, onde já tem a fábrica, a intenção de colocar 50% do pessoal em processo de “lay off”, que é uma redução do período de trabalho.

Jornal de Negócios


Um breve exercício de busca na net, ou até neste blog, acerca das declarações anteriores aos investimentos e prazos previstos, devolve-nos à memória a história de "Pedro e o Lobo". Já não são noticias destas que nos deixam mais tranquilos, agora somente a realização física das inúmeras promessas.

Antigo pescador leva turistas à ilha cantada por Rui Veloso



Um antigo pescador de Porto Covo deixou a profissão e aproveitou a sua experiência do mar para se dedicar a levar os turistas à ilha do Pessegueiro, cantada por Rui Veloso.

Notícia completa no jornal SOL

sábado, 27 de junho de 2009

Lay-Off na Repsol - Estrutura emite comunicado

RECEBIDO POR EMAIL (DO SINQUIFA)





Aos 6 anos do Gui, meu filho

Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive

Ricardo Reis

está convidado

pela primeira vez a câmara municipal de sines e o seu presidente manuel coelho, ofereceram uma jantarada no castelo de sines, aos colaboradores e participantes no carnaval de sines

esta iniciativa que nada tem a ver com a candidatura de manuel coelho, até porque são pessoas diferentes, deslumbrou-me

o carnaval de sines é bem maior que pensava, nunca imaginei que tivesse tantos colaboradores e participantes,

talvez, erro meu, e o convite fosses extensível a todos os que estiveram ligados ao carnaval nos últimos 20 anos

depois desta a câmara municipal de sines, prepara-se para fazer um jantar dirigido a todos os sinienses que ainda não foram a nenhum jantar pago pela autarquia, nos últimos meses

para o efeito a autarquia irá reservar, entre 10 a 15 lugares num restaurante da cidade.

Talvez um pouco demasiado tarde

Empresas nacionais fazem ‘lobby’ para mais contratos com a Galp

O sector das montagens industriais queixa-se da forte presença de grupos espanhóis.

O projecto de reconversão da refinaria da Galp em Sines vale 250 milhões de euros só para o sector das montagens industriais. Uma área de negócio, com uma facturação global de 100 milhões de euros, que está a braços com uma forte redução de encomendas, a nível internacional e nacional, que poderá levar ao despedimento de duas mil pessoas, a curto prazo.

Económico


Onde Sócrates, Pinho & C.ª metem as mãos…

Depois das promessas dos 150 mil, no início do mandato do actual Governo, as viagens por todo o lado sucederam-se a ritmos nunca vistos.
Sines entra na rota das descobertas e as primeiras pedras lançadas, rapidamente se transformam em areias movediças.
A pompa e circunstância, os discursos optimistas, as intervenções de fatinho e gravata com capacete branco na cabeça, os beberetes pagos pelo erário público, as feiras do emprego, dão lugar ao descrédito, medo e angústia de muitos que nem sequer intervieram naquelas festas.
Desde a refinaria do Patrick Monteiro de Barros, à Central de Ciclo Combinado, passando pela Arténius, Porto de Sines, Refinarias de Biodiesel e Repsol, e até, a linha do TGV, tudo se foi esfumando não saindo do papel nuns casos e noutros resumindo-se a um atirar de uns camiões de areia para umas valas.
Dirão uns convenientemente, a crise é provocadora deste estado de coisas! Também é! Mas, a crise também é feita por estas formas de mal estar, é uma crise da “roubalheira”, da falta de rigor, do “propagandismo”, da especulação que, normalmente, quem se “lixa” é o mexilhão.
Cabe aqui perguntar se não teria sido melhor, em vez de propagandear os milhares de novos postos de trabalho, assegurar a manutenção e incremento dos existentes?
E porque não falar, ou pelo menos todos pararmos um pouco para pensar se não teria havido um certo conluio com a revisão do Código do Trabalho para serem criadas condições para todos estes “lay offs”, muitos deles, perfeitamente oportunistas?
Alguém de boa fé acredita nas boas intenções da Autoeuropa, da Quimonda, da Pionear, da Delfi, da Tyco e de muitas outras? E que dizer da Repsol, Carbogal, Euroresinas para falarmos apenas de algumas do nosso burgo que por motivos diferentes vão arrasando e ameaçando a sobrevivência de muitas famílias?
Tudo “boa gente” onde as mãos de Pinho, Sócrates e Cª não estarão limpas de responsabilidades.
Será que as viagens a Sines só serão retomadas para as Campanhas eleitorais?

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Candidatura do BE à CMS

Finalmente, anunciada a apresentação pública da candidatura à autarquia de Sines, pelo Bloco de Esquerda. Dia 30, terça-feira, pelas 21 horas, no Salão da Música, Fernando Rosas e Carlos Guinote farão a apresentação da candidatura à autarquia de Sines do Bloco de Esquerda, não se prevendo que seja o primeiro, confirmar-se-á José Carlos Guinote como candidato.
Nem que seja somente para ouvir José Carlos Guinote, um dos sinienses mais conhecedores, esclarecidos e lúcidos, vale a pena estar presente.

Se as contas já não eram fáceis, a mais reforçada candidatura do BE, lança mais gasolina para a fogueira eleitoral.

Para além de melhorar substancialmente a qualidade da campanha, em função das qualidades do seu candidato, podemos contar com mais uma candidatura com aspirações ao poder, não necessariamente à presidência, mas a um papel de relevo numa futura coligação.

Considerando o número de eleitores, Sines está no limite mínimo do executivo contar com 7 eleitos, logo sendo necessários 4 para ter a maioria. O partido mais votado elege o presidente, e naturalmente procurará assegurar a maioria.
Com esta candidatura do BE, dificilmente algum dos candidatos conseguirá eleger mais de dois vereadores, do que resultará uma coligação a dois ou a três forças candidatas.

Se até hoje parecia crível uma coligação PS-SIM e mais improvável PS-CDU, ou de qualquer uma das três candidaturas com o PSD, para garantir a maioria permanente ou pontualmente. A candidatura do BE, considerando que elegerá pelo menos um vereador, altera os possíveis cenários descritos.

Afastada a possibilidade de coligação do SIM com a CDU ou com o BE, assim como do BE com o PS, até por razões de natureza pessoal, em caso de vitória da CDU, o BE poderá afastar o PS do acesso ao poder, optando a CDU por uma coligação com BE, em vez do PS. Considerando que o partido vencedor não terá mais de dois vereadores, poderemos assistir ainda a uma coligação a três CDU-PS-PSD ou PS-SIM-PSD.

Existirá uma transferência de votos da CDU e SIM para o BE, mais por motivos de natureza partidária e do PS pelo candidato, contudo o maior beneficiado com esta candidatura, a seguir naturalmente ao próprio BE, será o PSD, que devido a mais esta divisão de votos à esquerda, dificilmente deixará de ter a maior votação relativa da sua história nas eleições autárquicas de Sines.

E a comunicação social descobriu que a crise também chegou a Sines

Repsol Polímeros lay-off de seis meses para 50 por cento dos 447 trabalhadores.

Sines, Setúbal, 25 Jun (Lusa) - A Repsol Polímeros, instalada no complexo industrial de Sines, vai entrar em "lay-off" durante "seis meses" com "50 por cento dos trabalhadores" revelou hoje, à Agência Lusa, um trabalhador e dirigente sindical.

A Repsol vai fazer um lay-off durante seis meses com cinquenta por cento dos trabalhadores", denunciou Daniel Silvério, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Química, Farmacêutica, Petróleo e Gás do Centro, Sul e Ilhas (Sinquifa).

A empresa tem nos quadros, segundo o sindicalista 447 trabalhadores, sendo que, para além da entrada de 50 por cento destes em lay-off, a Repsol "já dispensou esta semana dois terços do pessoal que estava a trabalhar no complexo em empresas de prestação de serviços, na manutenção".

RTP

ver também:

Visão

Expresso

quinta-feira, 25 de junho de 2009

CGD, La Seda e os milhões

Está marcada para hoje uma reunião do conselho de administração da La Seda de Barcelona, em que a CGD vai apoiar uma proposta de constituição de um grupo de trabalho para a avaliação estratégica dos activos fabris da empresa.

Depois da paragem da unidade fabril de Barcelona (El Prat), por falta de liquidez, a CGD arrisca-se a ver comprometido o investimento e os empréstimos concedidos para a construção da fábrica de Sines, assim como o financiamento de 25 milhões de euros, concedidos a semana passada, para suprir as dificuldades imediatas de tesouraria.

São mais 25 milhões cuja prioridade é questionável, quantos PME's portugueses seriam viabilizadas com a capitalização da sua tesouraria?

Suspensão de contrato de trabalho

O famigerado anglo-saxónico lay-off, tornou-se familiar para muitos sinienses, confirmou-se hoje a suspensão do contrato de trabalho dos funcionários da Repsol, das unidades em paragem comercial.

opinião do sindicato

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Mia Couto e Agualusa, em Sines


A agendar: 20 de Julho, às 18 horas no Centro de Artes de Sines (sala do rés-do-chão).

Entrada livre.

Desemprego

Incomoda-me emocional e até fisicamente, o desemprego.
Nos últimos tempos não passa um dia, e mais recentemente umas horas, que não seja confrontado com o "monstro". Seja um amigo que ficou desempregado, seja um conhecido que telefona a procurar por emprego, seja o aumento de inscrições para trabalhar, sejam as notícias nos jornais, na televisão, ...está omnipresente, o desemprego passou a almoçar, a conviver na sala de estar de nossa casa, dorme e acorda connosco. Pega-se à pele como a sarna.

Tecnicamente ainda não conheci o desemprego, mas já estive à espera de emprego. Comodamente instalado na casa de meus pais, sem dívidas ou compromissos e por breve tempo, que contudo pareceu um eternidade, procurava iniciar a vida activa. A ânsia de mostrar no mercado de trabalho o que sabia - ou julgava saber - a necessidade de me sentir útil, a auto-estima, a urgência de ganhar dinheiro e criar independência, transformavam a espera das respostas, o aguardar de um telefonema, num calvário, e a renovada esperança a cada oportunidade não concretizada num drama.

E é adicionando a estes tempos a necessidade de pagar dividas, alimentar-se a si e à família, pagar os estudos dos filhos e acreditar num futuro melhor, que penso em cada novo desemprego que tomo conhecimento.


E tudo isto dói ainda mais, quando sabemos que muitos deles são uma inevitabilidade, resultante da escassez da procura, da redução da rentabilidade, do surgir do prejuízos que muitas empresas acumulam pondo em causa a sua própria sobrevivência.

Tal seja impelido por um sentimento de solidariedade, ou apenas de egoísmo, e o meu desconforto se deva ao mesmo que sentimos perante a morte dos outros, temendo a nossa própria morte.

Não sei ao certo, mas sinto-me emocional e fisicamente incomodado com a situação que vivemos e que ainda está longe de de mostrar todo o seu rosto.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Nós por cá - Reportagem no Litoral Alentejano

Sines, Terra de Boatos

boato [ bo.a.to ] substantivo masculino ( Do latim: boatu ):
1. notícia que corre publicamente, mas não confirmada;
2. rumores;
3. atoarda;

Talvez devido ao excesso de horas livres durante o dia, na maioria das vezes 66% do total das 24 diárias, a proliferação de boatos e rumores de todas as espécies emerge em Sines.
Por tudo e por nada, o cidadão comum inventa, aumenta ou transfigura histórias que, ao contrário do que se costuma dizer, nem sempre tem uma "pontinha de verdade".
Ultimamente, e talvez por razões da Crise, os boatos da existência de uma infindável lista de compradores do Complexo Petroquímico da Repsol Polímeros em Sines, têm surgido que nem cogumelos. Mas atenção, há cogumelos venenosos, que ao ingerir, podem ter repercussões dramáticas.
Na maioria dos casos, e estava mesmo capaz de afirmar que em todos eles, o surgir do boato apenas contribui para a degradação do bem estar social no seio de uma empresa, família, município, país, ou mesmo de um grupo de amigos. Os boatos nascem quase sempre de uma pretensa verdade, que alguém gostaria de ver realizada, mas não para melhorar seja o que for, apenas e só para poder gritar bem alto "EU TINHA RAZÃO!!".
No caso específico da Repsol, já correm boatos sobre o pretenso interesse na compra do site pela Galp Energia, Sonangol, BP & ENI, empresas chinesas, etc.
Vejamos: Se a Repsol está com problemas financeiros, se a empresa está a pensar ir para Lay-Off (tudo boatos), então porque RAIO haviam as outras empresas de a querer adquirir?? Para terem prejuízo?? Caramba, é como somar 2+2... Será que nem sempre o resultado é 4??
Oscar Wilde disse "Sempre que um homem faz uma coisa completamente idiota, é sempre com a mais nobre das intenções". Acho que este perfil se encaixa na perfeição nas pessoas que inventam histórias só para passar o tempo, sem pensar nas consequências a terceiros e, por vezes, a ele mesmo!
Para todos aqueles que perdem tempo precioso a inventar boatos, fica aqui uma chamada de atenção: Vão trabalhar, fazer algo de útil para a sociedade!!

Repsol pára fábrica no Complexo Industrial de Sines

A Repsol confirmou hoje a paragem da fábrica de etileno, instalada no Complexo Industrial de Sines, devido ao abrandamento da actividade por causa das férias, mas também da crise, revelou a empresa.
“Algumas das produções destinam-se a indústrias que, como a de construção civil e automóvel, atravessam um período de actividade mais reduzida”, refere uma nota da empresa enviada à Agência Lusa, que explica que a Repsol Polímeros produz matérias-primas para diversas indústrias.
“Tradicionalmente neste período de férias verifica-se um abaixamento das encomendas, pelo que a paragem de unidades fabris, nesta altura em que se avizinha a época de férias, visa adequar a produção às necessidades do mercado”, justifica a empresa.
A crise poderá ter agravado a situação, segundo fonte oficial da Repsol, que confirmou que este ano há “um abrandamento mais profundo por causa da situação internacional”.
A duração da paragem, que teve início a 15 de Junho, não está definida e “depende da retoma das encomendas”, adiantou a mesma fonte à Agência Lusa.
“Esperamos retomar a seguir ao Verão”, concluiu.

Fica aqui então o comunicado de imprensa da Repsol Polímeros, de modo a acabar com os boatos que surgem de hora a hora. As fábricas de PEBD e PEAD, assim como a Central e Utilidades, mantêm-se em funcionamento.

Pequenos defeitos

Unidos, numa estranha dificuldade em dormir profundamente, continuam a passear pelas ruas, sorrindo de forma altiva, aos que ocasionalmente com eles se cruzam, aqueles olhos, aquilo só pode ser cansaço.
De olhos mal amanhados, talvez vivendo numa contínua e irritante agonia, seguem as suas tão nobres vidas, continuando o eterno proclamar de todas as suas virtudes, a cada 4 anos, a cada reunião, talvez diariamente, julgando-se aptos, ainda aptos, a decidir sobre a forma de viver de tantos estranhos, esquecendo num buraco negro os seus pequenos e sombrios defeitos, num acto do mais refinado egocentrismo.
Não eram os únicos a ter os mesmos defeitos e, todos os outros, que sabia sofrerem do mesmo, eram pessoas deveras ilustres. Seria mal de uma elite apenas, de um núcleo demasiado pequeno e fechado de pequenos seres, cobardes em silêncio. Sofredores, possivelmente serão, mas pena será algo que dificilmente sentirei por gente assim, que sabe e que diz que não sabe, que viu e que diz que não viu, que vê e vislumbra algo mais importante do que a própria vida.
Suponho que não beberam da mesma água que eu já tantas vezes bebi no passado,talvez usassem máscara não fosse parecer tão mal, estão vivos e desafogados de preocupações de maior, por isso, porque não seguir o caminho mais fácil?
Serão culpados, apenas cobardes, ou serão apenas pessoas como nós, simples seres humanos, cada um com os seus defeitos. Esperando chegar a velho, com a certeza do justo e correcto veredicto deste "julgamento", deixem-me poder acreditar que há pessoas diferentes destas, talvez com outros pequenos defeitos, talvez com menos, decerto que as haverá por aí.
Apetece perguntar se este povo não se cansa de andar calado.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Notícias PIN's

Tercer presidente en 15 días para "La Seda"

El ex sindicalista José Luis Morlanes sustituye a Joan Castells al frente del grupo químico y Carlos Gila asume la vicepresidencia. El consejo de administración prevé aprobar las cuentas de 2008 la semana que viene. Los conflictos se suceden en el consejo de administración de "La Seda" de Barcelona. La compañía ha cambiado de presidente dos veces en menos de quince días, ante la negativa de diversos consejeros a firmar las cuentas de 2008 debido a la falta de opinión por parte del auditor (Horwath). El 9 de junio, Rafael Español presentó su dimisión como presidente después de haber ostentado el cargo durante catorce años. Joan Castells, máximo ejecutivo de la aseguradora Fiatc y vicepresidente del grupo químico, asumió el cargo. En una reunión extraordinaria celebrada ayer, Castells dimitió como presidente y como vicepresidente, pero mantendrá un puesto en el consejo. Las fuentes consultadas indicaron que ha optado por esta vía “ante la imposibilidad de compaginar la presidencia de ambas compañías”. Le sustituirá José Luis Morlanes, máximo responsable del comité de auditoría de "La Seda" y propietario de la inmobiliaria Iter Metropolita. Ha tenido responsabilidades en el sindicato UGT y se incorporó a "La Seda" en 2003 como director de planificación estratégica. También ha sido director general del grupo químico y consejero delegado del RCD Espanyol. Fuentes próximas al nuevo presidente indicaron que no pretende permanecer en el cargo a largo plazo.

Con la elección de Morlanes, los consejeros partidarios de aprobar las cuentas siguen controlándola presidencia. Morlanes, Castells, Español y el abogado Jacinto Soler-Padró ya han firmado el documento. Sin embargo, esta preeminencia se compensa con el nombramiento como vicepresidente de Carlos Gila, de Inverland Dulce (que representa a Imatosgil). El consejo que volverá a reunirse el próximo jueves, prevé aprobar las cuentas de 2008 y dar luz verde a un plan de viabilidad que prevé la venta y el cierre de plantas de producción. La viabilidad de "La Seda" depende de que un sindicado de bancos refinancie una deuda de más de 700 millones. La cotización está suspendida.

Publicado el C. Fontgivell Barcelona

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Artenius, em Sines, suspende parte das obras
Fábrica de 400 milhões em risco


A fábrica da Artenius, em Sines, um dos grandes investimentos anunciados pelo Governo, está em dificuldades e suspendeu parte dos trabalhos. A situação deverá deixar sem emprego cerca de 150 trabalhadores.

Para a conclusão das obras faltam cerca de 250 milhões de euros e por falta de financiamento a empresa, do grupo espanhol Seda, foi obrigada a suspender parte dos trabalhos. "Não estamos perante um drama, mas de uma dificuldade", garantiu ao CM o director industrial, Rui Toscano, que prevê que as obras sejam retomadas em pleno no final de Julho. Até lá, apurou o CM, muitos dos trabalhadores (150) das empresas que suspenderam os trabalhos na Artenius deverão ficar no desemprego.A fábrica que representa um investimento de 400 milhões de euros, foi considerada um Projecto de Interesse Nacional (PIN) e recebeu apoios do Estado no valor de 99 milhões de euros.

Correio da Manhã

Sines recebe Campeonato Nacional de Trampolins

Nos dias 27 e 28 de Junho, o Pavilhão dos Desportos de Sines volta a acolher um grande acontecimento de ginástica acrobática portuguesa.
Desta vez, trata-se de um evento triplo, com o Campeonato Nacional de Trampolins (Infantis), o Torneio Nacional de Níveis e demonstrações de saltitões e cangurus.
Trata-se de um evento organizado pela Federação Portuguesa de Trampolins e Desportos Acrobáticos e pela Academia de Ginástica de Sines, com o apoio da Câmara Municipal de Sines. Estima-se a presença de cerca de 450 atletas entre os 5 e os 17 anos.
No dia 27 de Junho, as provas decorrem nos períodos 9h00-13h00 e 14h30-20h30. No dia 28 de Junho, têm lugar no período 9h30-13h00.

Causas Maiores - Abertura das Cantinas Escolares

"Não posso estar mais de acordo (com a abertura das cantinas escolares no periodo de férias lectivas). Ser solidário não tem calendário e os tempos que correm exigem toda a atenção e acção a cada um de nós e às instituições para tanto vocacionadas. Parabéns pela ideia. É sublime. Estou disponível para ajudar a concretizar."

Francisco do Ó Pacheco
Candidatura Autárquica CDU



"Esta crise, que muitos consideram das mais graves de sempre, tem reflexos dramáticos do ponto de vista social.
O Partido Social Democrata já alertou o Sr. Presidente do Município para esse grave problema, sugerindo medidas para o combater. É bem conhecido o empenho que o PSD sempre demonstrou para a resolução dos problemas sociais.
Manter as cantinas abertas, durante as férias escolares, para permitir, pelo menos uma refeição diária às crianças mais desfavorecidas é um dos meios para combater as carências que se adivinham. Sugerimos também, que a cantina do Município se disponha a fornecer refeições em casos de carência comprovada.
Estaremos sempre disponíveis para juntarmos a nossa voz em defesa dos mais desfavorecidos."

João Custódio
Candidatura Autárquica do PSD


“O Partido Socialista, após levantamento das necessidades das crianças mais desfavorecidas do concelho, irá garantir o fornecimento de uma refeição diária às mesmas. Esta medida será englobada num conjunto de iniciativas de carácter social, que serão divulgadas no nosso Programa Eleitoral.”

Idalino José
Candidatura Autárquica do PS

Escola Secundária 3.º CEB Poeta Al Berto

Hoje foram retirados da Estação de Sines, os posts de dia 10, 13 e 15 de Fevereiro, assim como o post de 6 de Junho, referentes à Escola Secundária 3.º CEB Poeta Al Berto, em que seria visado o Professor Emmérico Gonçalves.

Na qualidade de Administrador da Estação de Sines, publiquei o post inicial, de 10 de Fevereiro, bem como os comentários que se seguiram, com o objectivo único de divulgação, sem suspeitar a dimensão ou profundidade que encerrava.

Não conhecendo a gestão e vivências da referida escola e da sua direcção, não podia ter opinião ou ajuizar sobre o relato no referido post, pelo que não foi nunca minha intenção emitir ou formar opinião, mas somente divulgar o pots, do qual desconhecia a veracidade, demarcando-me assim do seu conteúdo e lamentando qualquer incómodo causado ao visado.

Este post não permite comentários

NÓS POR CÁ, também temos que ter direitos!

Terça-Feira, dia 23.6.2009 o canal de Televisão Sic, através do seu Programa "Nós Por Cá" fará uma reportagem do Hospital do Litoral Alentejano pelas 18:30 horas, dando visibilidade ao protesto dos utentes e profissionais daquele estabelecimento hospitalar.
As Comissões de Utentes de Santiago do Cacém, Sindicato dos Enfermeiros Portugueses e União Local de Sindicatos - CGTP, apelam à População para que compareça neste evento, que se manifeste por melhores serviços de saúde e que se solidarize com os profissionais de saúde que lutam insistentemente pelo fim da precariedade laboral.
A saúde é um direito Constitucional, não um negócio!

domingo, 21 de junho de 2009

Ingratidão


os sinienses não são ingratos, mas donos de uma falta de visão aterradora

a crescente contestação, ao presidente da câmara, deve-se a esta histórica falta de visão

temos hoje a água mais rica do país. quantas localidades se podem orgulhar de terem a água enriquecida com gasóleo e não pagarem mais por isso?

quantos jovens universitários quando chegam, imberbes a lisboa, se podem gabar de estarem habituados a um trânsito caótico, andarem às voltas pela cidade, sem estacionamentos e sinalização quebra-cabeças?

quais os munícipes que quando vão a chelas ou à boavista, podem dizer que não se sentem intimidados, porque estão habituados?

hoje que reduzimos a poluição, queixam-se que as fábricas fecharam, quando deixaram de construir mais e mais betão e de vender terrenos municipais, queixam-se que a crise se abateu contra a construção civil, quando poupamos na electricidade e na água, dizem que sines está mal iluminado e as ruas não são lavadas.

gentinha mais ingrata.

mas, nós os mais jovens compreendemos as estratégias do nosso presidente, algo que até a minha mãe já percebeu, pois todas as noites repete: filho vais sair? cuidado, que anda aí muita
boga.

Reposição de post de 18.09.2008

É importante esclarecer definitivamente uma questão, que se arrasta e que demonstra a ligeireza com que se trata a questão da poluição em Sines.

Para alguns, parece que existem duas posições distintas, como se o mundo fosse a preto e branco:

- dum lado, aqueles que supostamente são contra o desenvolvimento, não querem investimentos em Sines, nem mais postos de trabalho;
- do outro, os visionários, os progressistas, que apostam no crescimento e desenvolvimento da Cidade.

A minha posição foi e continua a ser a mesma e baseia-se em dois princípios muitos claros.

Direito à informação.
Temos direito a possuir toda a informação, para podermos decidir. Somente sabendo o nível de poluição e os riscos inerentes à sua exposição, podemos decidir se estamos dispostos a usufruir de um determinado nível económico. Tendo como contrapartida, maior exposição a alergénos e susceptibilidade a doenças respiratórias, é uma coisa. Se para poder usufruir do nível económico que os investimentos de Sines possibilitam, tenho que estar exposto a elementos cancerígenos, com elevada probabilidade de ocorrência, pois seguramente irei embora para um sitio melhor.
Resumindo, o que ganhamos vale bem umas gripes, alergias, sinusites, rinites, mas nada paga um cancro. Depois toda esta questão do GISA e quejandos, é uma treta bem intencionada, pois à quantos anos que deveria e podia existir uma monotorização eficaz e credível? Investimento? Quando a Galp se dispõe a financiar o Complexo Desportivo com 12 milhões, o que é necessário para financiar, se necessário, integralmente, o GISA? Só vontade, nada mais.

Desenvolvimento Sustentável
Acredito que mais desenvolvimento industrial não rima necessariamente com mais poluição. Conheço as promessas não cumpridas, a forma impune co­mo se tem poluido, a impotência da autarquia e dos políticos locais para solucionar estes problemas, daí que o meu optimismo não resulte da ingenuidade, mas da existência de unidades industriais noutros países, que cumpridoras das regras ambien­tais, não sendo inócuas, são compatíveis com uma elevada qualidade de vida e respeito pe­lo meio ambiente.

Sines e a Poluição - reposição

Para que fique clara a minha posição relativamente ao tema da poluição recupero aqui um artigo de minha autoria de 15.05.2004 e postado aqui no blogue em 09.01.2008.


"
Vivendo Portugal uma época em que grassa a hipocrisia, os adia­mentos, os silêncios e as falsas ver­dades no que se refere às questões ambientais é com regozijo que confirmo mais uma vez que a im­prensa continua a ser uma referên­cia de denúncia e esclarecimento cabal. Vem isto a propósito do ar­tigo «Os gases de Portugal» (GR 173).
Enquanto em Sines eterni­zamos o debate sobre o desenvol­vimento sustentável, recorrendo a eminências catedráticas em jorna­das ambientais com vocabulário técnico que afasta o mais interessa­do cidadão e a autarquia Siniense consegue que sejam efectuadas medições em contínuo e descontínuo dos gases atmosféricos (assombrosa glória) para identificar quais as unidades industriais poluidoras (dúvida arrasadora); en­quanto criamos observatórios do ambiente e a população de Sines discute e revolta-se em silêncio contra os maus cheiros, o artigo consegue em poucas linhas respon­der a todas estas questões, provando que é possível falar de poluição de forma clara e compreensível pa­ra todos, e também que o Estado português sonega informação aos seus cidadãos, e só quando pressionado pela CE - entenda-se obrigado a pagar multas — cumpre as suas obrigações ambientais.

Nado e criado em Sines há 33 anos, desde cedo percebi que a poluição era companheira de todas as horas. Contudo, ao longo dos anos, sen­ti que não era irreversível, pois a população, a autarquia e as forças vivas lutavam contra um suposto fatalismo. Recordo a greve verde traduzida no cerco ao porto industrial pelas embarcações dos pesca­dores e a luta contra a incineradora de lixos industriais. Existia mobilização e liderança que conduziram à defesa dos direitos da popu­lação. Hoje, com o ridículo argumento de que não se deve protestar no Verão para não preju­dicar o turismo em Sines (turismo?!) e de que o desenvolvimen­to económico é indissociável de poluição, acomodou-se a popu­lação, que vive numa passividade assustadora, trocando diariamen­te a sua saúde por um futuro mo­netariamente melhor.

Estará Sines irremediavelmente inundada por um sentimento de impotência pe­rante tão elevados interesses? Al­guém que explique que é possível - com elevado investimento, é certo - reduzir significativamente a poluição atmosférica, que exis­tem fontes energéticas alternativas e indústrias não poluentes e igualmente geradoras de emprego ou com impacto ambiental reduzido, que há países com mais de­senvolvimento e com muito menos poluição.

Alguém que grite aos ouvidos dos Sinienses que a po­luição não é um fatalismo e que a saúde e o bem-estar não têm preço e são um direito elementar e inalienável, Quando for efectuado o estudo epidemiológico há muito exigido, vamos Infelizmen­te concluir aquilo de que suspeitamos: somos mais doentes e morremos mais, nomeadamente de doenças do foro oncológico, do que a generalidade dos portugueses. A propósito, alguém viu por aí as associações ambientais?"

“Texto publicado na extinta revista Grande Reportagem, em 15 de Maio de 2004”

sábado, 20 de junho de 2009

Grito de angústia

Não que tenha um especial dom para me expressar, mas hoje é uma das raras vezes que me falta as palavras para dizer o que penso e transmitir com a devida força os meus sentimentos. Sinto-me como quem pretende gritar com toda a força, e saí um grito sempre aquém do pretendido.

Da mesma forma que sabemos que se se cumprir a lei natural, veremos falecer os nossos pais, e nunca estaremos preparados para esse momento, pensando sempre que não será amanhã; sempre soubemos que a poluição que nos rodeia, forçosamente tem que prejudicar a nossa saúde, mas por motivos, maioritariamente emocionais, fazemos por ignorar esta evidência.

O tema da qualidade da água, encheu o anfiteatro da Assembleia Municipal de Sines. Confirmou-se o pior cenário, desde há muito anos que consumimos água contaminada, hoje sgundo dizem dentro de limites mínimos e aceitáveis pelos padrões internacionais, há dois, 10, 20 ou 30 anos ninguém sabe, ou jamais saberá. Mas as indústrias implementadas décadas atrás, e as projectadas actualmente sobre o aquífero que abastece Sines, permitem acreditar no pior. Afinal que PDM é este que permite a continuação de construção de mais indústria e até uma nova ETAR, sobre a "nossa" água?

Não é apenas a água é todo o ecossistema, médico amigo, desde há muito me aconselhou a não consumir nada do produzido, pescado ou criado em Sines e redondezas, procurar comprar em hipermercado e conhecer a sua origem; quem teve a infelicidade de conhecer o IPO, os tratamentos de radioterapia, quimioterapia, ou quem lá trabalha, invariavelmente relata a anormal quantidade de residentes da nossa região que por lá aparecem.

Todos conhecemos ou temos amigos, conhecidos, familiares que padecem ou faleceram de cancro, principalmente dos aparelhos respiratório digestivo. Analiticamente não se sabe se são mais que nas outras regiões, mas serão sempre muitos, são demais, desde que sejam provocado por uma indústria negligente e com o silêncio dos políticos.

Reconheço que a relação de forças, não pende para o lado dos políticos locais, mas para os governos centrais e os grandes grupos económicos, mas também sei que existem duas formas de estar perante a poluição. Uma de inquietação, de mobilização e de confrontação, outra de passividade e adoptando a técnica da avestruz. Já conhecemos as duas, uma no tempo de Francisco do Ó, outra a actual. Da parte dos diversos Governos Centrais sempre a mesma atitude, o progresso e o desenvolvimento tem um preço a pagar, e enviam a factura para Sines, para nós, para a nossa família e amigos.

Que loucura é esta em que uma empresa dá 12 milhões de euros para a construção de um complexo desportivo e apenas 150 mil euros para o projecto GISA? Talvez morrermos com o corpo devidamente musculado e tonificado sempre seja mais agradável.

Afinal quanto vale a probabilidade de uns sinienses morrem cancerosos, perante a ideia de um grandioso complexo petroquimico? Nada, zero, menos que nada. É a economia, estúpidos.

Como os maços de tabaco, Sines deveria ter afixado à entrada do Concelho, " O Governo adverte que residir em Sines, provoca doenças mortais".

Em termos pessoais por mais que uma vez equacionei a possibilidade de deixar a terra onde nasceram os meus antepassados, até onde conhecemos a nossa árvore genealógica, onde nasci e escolhi para viver. Mas os amigos, a família, o trabalho, as recordações, o amor a Sines, sempre falaram mais alto, com a força suficiente para travar os ímpetos da racionalidade.

Hoje estou decidido, o meu filho não tem que viver com um risco acrescido, devido à minha vontade de cá permanecer. Não merece, nem é justo.

Hoje é o primeiro dia do resto da minha vida em Sines. Está decidido e é irreversível.

António Braz

Crise - Convém não esquecer que...


sexta-feira, 19 de junho de 2009

Correio dos Leitores

Comunicação da Direcção da Repsol aos seus Colaboradores


Nestas últimas semanas, produziram-se reduções importantes nas margens do sector químico principalmente devido ao aumento dos preços das naftas. Este facto, juntamente com a contínua queda da procura dos produtos petroquímicos e dos mercados para onde vão os nossos produtos, fazem com que as previsões dos meses seguintes (incluindo os meses de Verão que são de costume de actividade reduzida no nosso sector) apresentem uma perspectiva complexa.

Diante desta situação, há três formas básicas para adaptar a gestão dos negócios às novas circunstâncias:

a) Ajustar a nossa capacidade à procura existente em cada situação, focando-nos basicamente na produção e venda daqueles produtos que têm margem maior, de modo a responder a um ambiente no qual as regras do jogo estão a mudar. Para tal, estamos a elaborar um plano de acção para o prazo de um ano e meio e com a previsão de diferentes cenários, cujo principal objectivo pode ser antecipado, com o fim de colocar em funcionamento com rapidez as medidas adequadas à evolução dos mercados internacionais.

b) De acordo com o anterior, temos de poder assegurar a máxima flexibilidade possível das nossas fábricas de produção num sector como o nosso, onde tanto os preços de venda como os custos são essenciais para garantir a competitividade do negócio. A evoluação das margens nas últimas semanas levou-nos a adoptar a curto prazo acções adicionais às que comuniquei há algumas semanas.

- No centro industrial de Tarragona, onde os custos são menores, e portanto as margens são maiores, maximizar-se-á a carga das fábricas sem que se possa eliminar a possibilidade de paragem de alguma unidade com margem menor, se requerido.
A previsão de funcionamento do cracker situa-se em cerca de 80% para os próximos meses.

- Relativamente ao centro industrial de Puertollano, ajustou-se a carga do cracker ao mínimo técnico, adaptando-se as fábricas de poliolefinas ao andamento do cracker, o qual manter-se-á durante um prazo de três meses consoante à paragem temporária da unidade de co-produção de estireno e óxido de propileno.

- Por outro lado, realizar-se-á a paragem do cracker de Sines, à espera de que as margens se recuperem. As unidades de polietileno funcionarão consoante a demanda existente com os estoques de etileno do próprio centro ou então com importações, se as mesmas são mais baratas que o etileno produzido.

c) Finalmente, a direcção da empresa decidiu apresentar um ERE temporário e flexível durante um ano em Repsol Química, o qual apenas se aplicará se houver a necessidade eventual para uma fábrica ou linha de produto determinada durante o tempo necessário, de acordo com a situação dos estoques ou das margens. Tendo em conta a conjuntura actual do mercado de OP/SM, a primeira unidade à qual tal se aplicará é a fábrica de OP/SM de Puertollano, o que atingiria hoje em dia a, aproximadamente, 50 pessoas.

Da mesma forma que todas as empresas do sector petroquímico, temos diante de nós uma situação complexa à qual devemos responder do melhor modo possível. Nestes momentos, nossa vantagem está em continuar a aplicar nossos esforços com a profissionalidade e compromisso que nos caracterizam. Agradeço mais uma vez sinceramente o esforço e sacrifício da vossa parte para que, entre todos, possamos colocar o nosso negócio na melhor situação possível.

Cumprimentos

O Director Executivo Química
Repsol

Dia 20 nas Bancas


Apreensão de 7,7 milhões de cigarros no porto de Sines.

O tabaco fora transportado num grande contentor desde o Dubai, informou esta manhã o Ministério das Finanças.
Segundo comunicado governamental, o contentor foi escolhido para um controlo mais rigoroso, logo após a descarga, seguindo práticas de tratamento de informação e de risco, o que permitiu detectar o objecto de contrabando.O tabaco viajou dissimulado, com indicação de que se tratava de objectos de plástico. Se entrasse no mercado, renderia uma facturação de 1,3 milhões de euros, com subtracção de 1,1 milhões de euros em impostos, refere o ministério.


Público

Depois dizem que sou mauzinho

"...no final do passado mês de Maio, o município de Santiago do Cacém inaugurou o seu Auditório, precisamente nesta cidade, e ao qual chamou Auditório António Chaínho, em homenagem ao guitarrista português natural deste concelho.

Instalações que aparentemente demonstram valências positivas e que pelo menos me parece uma solução mais bem conseguida que o Centro de Artes de Sines. Sobretudo, é um Auditório."

João Pereira da Silva
(Quadricultura – Associação cultural)
Setúbal na Rede

Projecto de fábrica petroquímica Artenius Sines em risco por causa da crise

Está em risco um dos grandes investimentos anunciados pelo Governo: uma fábrica no complexo petroquímico de Sines no valor de 400 milhões de euros. O grupo espanhol promotor do projecto está em dificuldades e suspendeu os trabalhos.
A fabrica da Artenius Sines lançada em Março do ano passado previa um investimento na ordem dos 400 milhões de euros e prometia criar cerca de 150 postos de trabalho directos e 200 indirectos. O projecto foi por isso considerado como um Projecto de Interesse Nacional.
Um ano depois, o optimismo anunciado pelo Governo deu lugar a preocupação.
A La Seda, empresa espanhola promotora do projecto, vive hoje uma situação financeira grave. Tem uma dívida superior a 600 milhões de euros e no último ano acumulou prejuízos na ordem dos 350 milhões de euros. Por força desta situação com a La Seda, muitas empresas que participam na construção da Artenius Sines decidiram suspender os trabalhos. Apesar deste cenário nada animador, existe a convicção de que o projecto vai avançar.
Nesta altura, trabalham na obra 250 operários, quando o número deveria estar perto dos 600. A construção da Artenius Sines tem, por isso, um atraso de quase seis meses. Em causa está a construção da única fábrica na Europa dedicada, em exclusivo, à produção de matéria-prima para o fabrico de plástico.

Praias de Ouro

A Quercus assinala, a propósito da abertura da época balnear a 01 de Junho, que existem 227 praias com "qualidade de ouro", apontando que a qualidade da água melhorou em 2008, excepto nas zonas balneares interiores.
Num quadro de 533 zonas balneares, a Associação Nacional de Conservação da Natureza (Quercus) indica que o concelho com maior número de praias com qualidade de água "de ouro" é Almada (com 15 zonas balneares), seguido de Albufeira (14), Vila Nova de Gaia (11), Grândola (10) e Loulé e Torres Vedras (9).227 praias têm "qualidade de ouro".
No concelho de Sines fora consideradas "Praias de Ouro", as praias Grande de Porto Covo, Ilha do Pessegueiro, Morgavel, S. Torpes, Samouqueira, Vasco da Gama e Vale Figueiros.

Agência Portuguesa do Ambiente responsabiliza Repsol por contaminação do solo e da água

A Agência Portuguesa do Ambiente responsabilizou hoje a Repsol Polímeros, Lda, no Complexo Industrial de Sines, pela contaminação do solo e da água naquela área, tendo afectado furos de captação para consumo doméstico nas proximidades.
"Não só a origem está na Repsol Polímeros, como é uma contaminação continuada", afirmou, em declarações à Lusa, o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, explicando que a empresa foi hoje notificada para que tome medidas de "controlo" e "prevenção".
"De acordo com os elementos de informação disponíveis e as diligências efectuadas, constata-se a existência de contaminação por hidrocarbonetos de águas subterrâneas no interior do Complexo Petroquímico da Repsol Polímeros", referiu.
Assim, de acordo com a legislação referente à Responsabilidade Ambiental, o Ministério do Ambiente notificou hoje a Repsol a "adoptar, de imediato, as medidas necessárias para controlar, conter e eliminar a contaminação causada ao solo e às águas e prevenir novos danos ambientais".
O secretário de Estado assegurou, no entanto, que os níveis de hidrocarbonetos encontrados nas águas "estão de facto, até ao momento, abaixo dos níveis exigidos por lei" e que não são "prejudiciais à saúde".

Restante notícia aqui

quinta-feira, 18 de junho de 2009

O caos rodoviário.


Se existe algo de consensual em Sines, é a péssima circulação automóvel, resultante das opções rodoviárias adoptadas. Difícil de entender numa localidade de pequenas dimensões.

Falta de estacionamentos, ruas estreitas com dois sentidos, sinalização incompatível com a legislação em vigor (incumprimento nas distância dos sinais, passadeiras mal colocadas), peões a circular nas ruas devido à falta de passeios, erros de circulação tornando a distância entre dois pontos incompreensivelmente longa, o que aumenta o tempo de circulação automóvel, ausência de sinalização horizontal (passadeiras, linhas separadoras de faixas), o constante encerramento de ruas, etc, etc, etc.

Mas como o disparate não conhece limites, a mais recente medida é o encerramento temporário de ruas a meio. Passo a explicar, ao entrar numa rua o condutor deve ser informado no último cruzamento que irá entrar numa rua encerrada, de modo a poder evitá-la.

Ontem, vindo da Rua Luís de Camões, cruzo a Rua Cândido dos Reis ( rua do cinema) entro nos Penedos, passo pelo restaurante Migas, viro à direita na direcção do Ginásio Clube de Sines, e a meio da rua, estreita por sinal, uma retroescavadora, um monte de pedra e areia e um sinal de sentido proibido, marcha atrás até ao último cruzamento e tomo outra direcção, o que teria feito anteriormente se tivesse conhecimento do encerramento da rua. Não é necessário um engenheiro, basta vontade e bom-senso.

Recordo-me à uns bons anos de se falar na elaboração de um plano rodoviário para Sines, com sinaléctica homogénea, optimização dos percursos de circulação na cidade, estudo de locais de estacionamento, etc. Existem especialistas nesta área, mas a autarquia opta por contratar empresas especializadas noutras áreas - como culturais, e continua a pensar em obras megalómanas e a descurar as soluções "comezinhas" que implica com o nosso dia-a-dia e bem-estar.

Assim era

Em onze anos, Portugal registou um crescimento da riqueza real anual de 2,1 por cento.

De acordo com o Retrato Territorial de Portugal 2007 ontem divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), entre 1995 e 2007 apenas o Norte e o Alentejo registaram um avanço real do Produto Interno Bruto (PIB) abaixo da média nacional.

Apesar de ter crescido apenas 1,8 por cento é na região alentejana, mais concretamente no Alentejo Litoral, que se verifica o segundo maior PIB per capita do País. As actividades do pólo industrial de Sines conferem à região um índice de riqueza por pessoa de 23,7 mil euros, o mais próximo do registado na capital que ascende a 25,1 mil euros por habitante.

De 1995 para 2007, a maior parte das regiões diversificou as suas especializações, nomeadamente em actividades do sector terciário (serviços). Lisboa especializou-se exclusivamente em Serviços. O Alentejo foi a única região a especializar-se nas Indústrias transformadoras, enquanto o Centro foi a região que mais reforçou a sua especialização em actividades terciárias.

para ver notícia completa correio da manhã

Esta não é uma novidade para quem vive e conhece Sines, todos sabem que Sines é um caso à parte em termos de riqueza, apenas não era quantificável, agora para além do senso comum sabemos que éramos a 2º região mais rica do país. Várias vezes neste blogue foi mencionado as características particulares de Sines, reflectido nos preços especulativos da habitação, da restauração, etc.
Abrangendo este estudo o período até 2007, creio que hoje Sines, apesar de continuar a ser apetecível, não estará em 2.º lugar, muito pela insistência nas empresa ligadas ao ciclo do petróleo, que a crise afectou especialmente.

Depois falta um dado muito importante neste estudo, a relação entre os mais ricos e os mais pobres da região e comparar com o resto do país.



Galp e Endesa negoceiam parceria em Sines

A Endesa e a Galp estão a negociar uma parceria para o projecto da central de ciclo combinado a gás em Sines, segundo o presidente da Endesa Portugal, Nuno Ribeiro da Silva, que aponta uma decisão definitiva até Setembro.
Nuno Ribeiro da Silva afirma que as duas empresas estão a avaliar a possibilidade de uma parceria e que a decisão final deverá chegar "em breve. Temos vindo a falar com a Galp na possibilidade de desenvolvimento conjunto da central. Esse trabalho tem sido um trabalho intenso e bastante empenhado da parte da Galp e da parte da Endesa. Estamos numa fase de avaliação final da oportunidade de seguirmos por diante conjuntamente com este projecto", avança Nuno Ribeiro da Silva. "Já houve muito trabalho em torno deste tema. O sim ou não que as duas partes venham a dar - [quanto] a seguirem de mãos dados com este projecto - julgo que não irá para além do mês de Setembro", adianta Nuno Ribeiro da Silva.
O presidente da Endesa Portugal afirma que, para chegar a uma decisão, é ainda necessário "fazer as contas e ir aos detalhes" para encontrar uma solução final em que as duas empresas se venham "a sentir confortáveis".
O presidente executivo da Galp Energia, Ferreira de Oliveira, avançou no final de Maio aos jornalistas que a empresa se encontra em negociações com vários parceiros para escolher um que entre no projecto das centrais de ciclo combinado a gás que a petrolífera tinha pensado liderar sozinha.
Ferreira de Oliveira afirmou ainda ser "provável" que o escolhido saia do sector eléctrico, durante a apresentação da versão reformulada do plano de investimentos 2009-2013, onde está previsto que empresa corte 600 milhões de euros com a reformulação do projecto de centrais de ciclo combinado a gás. "O nosso problema é escolhê-lo. Já estamos em negociações com alguns parceiros para escolher o que agrega mais valor ao projecto", acrescentou. "Se o parceiro for do sector eléctrico, como é provável que seja, vem agregar valor ao nosso projecto". Questionado sobre se faria sentido escolher um parceiro espanhol, Ferreira de Oliveira declarou que não dizia mais nada. "Nós entendemos que não podemos desvirtualizar o nosso projecto, que é poder oferecer aos nossos clientes do gás uma oferta eléctrica".
Fonte: Diário Digital

Primeiro Ministro Checo

O Primeiro Ministro Checo agride o Ministro da Saúde do seu país, devido a este não ter executado na perfeição o trabalho que lhe competia.
Cá para mim, era uma forma no mínimo interessante de se começar a agir por cá... Será que isto é ironia?

http://www.youtube.com/watch?v=zXynRvE3j9Q

Acordo de Cavalheiros

A cerca de 4 meses das eleições autárquicas e com a renovação do executivo cada vez mais evidente, Manuel Coelho tem a oportunidade de prestar um último serviço a Sines e aos sinienses e a derradeira oportunidade de mostrar a sua dedicação à causa pública, colocando os interesses colectivos e futuros, acima dos interesses pessoais e imediatos.

Se legitimidade legal para permanecer à frente dos destinos da autarquia não está em causa, as dúvidas quanto às questões éticas e morais dessa decisão, nunca se livrará.

Com a sua eminente derrota, coloca-se a questão da sua legitimidade para tomar decisões que condicionem o futuro executivo e comprometam as acções de quem vencer as próximas autárquicas.

Estão reunidas, em minha opinião, as condições para os candidatos e respectivos partidos solicitarem uma reunião com o actual Presidente da Câmara de forma a efectuar um pacto, do qual Sines sairá a ganhar.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Egídio Fernandes

De forma a tornar este espaço cada vez mais abrangente e participado, alargando o leque de opiniões a todas as sensibilidades, passámos a ter mais um colaborador.

Já mereciamos

Modernização de estação em Sines adjudicada por seis milhões de euros

Legislativas/Autárquicas, Simultaneidade ou não?

A possibilidade levantada pelo PR para a realização dos próximos actos eleitorais em simultâneo parece não ter a unanimidade dos vários partidos.
Desde logo o PS que por ser Governo domina a possibilidade de decidir esta questão, apressa-se a discordar, pelo simples facto de, poder ser penalizado também nas autárquicas, uma vez que parece certo sê-lo nas legislativas, pelo menos a julgar das declarações do seu porta voz.

Não tendo a posição pelo menos oficial dos restantes partidos, pelo menos daqueles que têm assento parlamentar, e sem querer colar-me à sugestão do Presidente, parece-me que ser político e estar na política é, antes demais, ter uma postura de não tratar os cidadãos como “estúpidos imberbes”, uma vez que, até são estes que pagam os seus salários.
Parece-me importante também, que não basta ser sério, é muito importante também parecê-lo.

Posto isto, o que teriam os cidadãos e o país a ganhar com as eleições em simultâneo?

Uma única Campanha eleitoral com um único período;
Apenas duas semanas de campanha em vez das quatro previsíveis;
Uma previsível redução significativa da abstenção com consequências positivas ao nível de participação dos cidadãos na Democracia;
A redução para metade dos tempos de falta ao trabalho para os membros das mesas eleitorais, delegados de listas e todo o staff do ministério da justiça;
A transparência do poder político relativamente aos cidadãos com o controlo da despesa pública e, obviamente considerando a poupança de 10 milhões de euros.

É óbvio que isto implicaria mais algum trabalho de esclarecimento, trabalho político, de todos os aparelhos partidários e mesmo dos movimentos de cidadãos, coisa que não me parece de todo impossível de fazer, basta querer.

Localmente, o que preocupa os cidadãos é facilmente distinguível das preocupações nacionais.
Cabe aos aparelhos partidários não misturar as coisas ou talvez sim, conforme os gostos.

Os partidos maioritários, nomeadamente os da área do poder, não podem virar as costas à crise também por eles fomentada, só porque há eleições, para depois a propósito destas, nos fazerem apertar mais o cinto. Haja decoro senão, os cidadãos terão a palavra.

Egídio Fernandes

A aguardar Resposta

Com o título "Abertura das cantinas escolares no período de férias lectivas", enviei o mail para os partidos representados no executivo e na Assembleia Municipal. Aguardo a resposta com as iniciativas que tomarão, das quais darei conhecimento, aqui na Estação.
"O blogue Estação de Sines está empenhado em que a autarquia mantenha as cantinas escolares abertas durante o período de férias lectivas, como forma de garantir que as crianças mais desfavorecidas, assim como aquelas que ambos os pais estejam a trabalhar, tenham pelo menos uma refeição completa garantida por dia.
Para tal contamos com a vossa acção politica, onde se façam representar, seja no executivo, na assembleia municipal ou nas comissões especializadas.
Aguardando a manifestação da vossa disponibilidade para contribuírem para a melhoria das condições de vida dos mais necessitados, apresento os melhores cumprimentos."
Estação de Sines
António Braz

terça-feira, 16 de junho de 2009

Redes do Tempo

Só hoje tive oportunidade de ler o Jornal do Museu de Sines - Redes do Tempo -, que à semelhança do Jornal da autarquia Siniense, tem como director Manuel Coelho.
Bastante interessante, desde o nome escolhido, e riquissímo em termos de testemunhos históricos das "gentes e da vida do mar", lamentável o aproveitamento do piscar de olhos de Manuel Coelho à comunidade piscatória.
De tão ricos testemunhos destoa o editorial, da lavra do director do jornal, emalhado na propaganda politica. Não havia necessidade.

Primeiras Cambalhotas juntam 740 crianças em Sines

O Estádio Municipal de Sines recebe, no dia 18 de Junho de 2009, a partir das 16h00, a décima edição das 1ª.s Cambalhotas, um festival infantil que junta 740 crianças dos jardins-de-infância e 1.º e 2.º anos das escolas básicas do concelho de Sines em torno da prática do desporto, nomeadamente da ginástica.
As 1ªs Cambalhotas são organizadas pela Câmara Municipal de Sines, em parceria com o Agrupamento Vertical de Escolas de Sines e os infantários A Conchinha, O Pintainho, o Infantário de Porto Côvo e O Capuchinho.

Final de um ciclo

As próximas eleições autarquias, não serão apenas mais umas eleições autárquicas, projectam-se muito para lá do acto em si, mais do seria normal.

Candidatam-se em simultâneo os dois únicos presidentes eleitos, desde o 25 de Abril e os dois candidatos que maiores votações alcançaram pelo PS e puseram em causa a hegemonia do PCP;

Pela primeira vez a luta não será a dois – CDU, PS – mas existirão mais um ou dois candidatos com legitimas aspirações a ser poder;

Seré inédito não resultar uma maioria das eleições, o que originará um executivo de coligação ou uma gestão de acordos;

Por fim, e talvez o mais importante, independentemente de quem ganhar, fechar-se-á um ciclo politico geracional. Excepto o candidato do PSD, todos os outros dificilmente se recandidatarão daqui a 4 anos.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

o podia ser

Ainda ontem tive um sonho, um verdadeiro sonho, daqueles que nos faz acreditar que tudo aquilo está mesmo a acontecer, que estamos mesmo ali e que tudo à nossa volta é real. Sentia a brisa do mar, o cheiro da lota e até pude saborear um sumo natural numa esplanada junto às escadinhas da praia. Seria verão, porque já o sol ia baixo e o calor teimava em ficar por ali, a aquecer-nos os ânimos, talvez o sol também agora se sentisse melhor ali, enquanto jovens, idosos, famílias e pescadores desfilavam alegremente em todas as direcções. A estrada, por onde os carros iam passando estranhamente devagar, estava um pouco abaixo do nível de circulação dos peões que assim, como se de um plateia se tratasse, podiam ver todo o esplendor de tão bela e histórica baía. Do lado da encosta, todo o tipo de lojas existiam, típicas lojas de praia, lojas de desportos náuticos, escolas de mergulho e dos mais variados desportos náuticos e, cafés e uma ou duas gelatarias que aparentavam ser de alguma qualidade. Todas estas instalações pareciam fazer parte da própria falésia, em estrutura de madeira ou revestidas a madeira (não pude verificar) e cobertas no seu topo com uma camada de terra e vegetação rasteira.
Por cima da estrada, com apenas duas faixas, estendiam-se inúmeras passadeiras também elas em madeira tratada, num tom idêntico ao do areal também ele devidamente decorado. Não eram só os chapéus de praia e as barraquinhas de apoio os responsáveis por tais adereços, havia também alguns campos de volley e de futebol de praia que me prenderam a atenção.
Mas o som daquilo que me rodeava foi de todas as sensações que pude experimentar, a que mais me marcou. Habituado ao solitário som do oceano, acompanhado dos motores dos carros e das motos, que insistiam em não querer apreciar tão bela imagem, talvez revoltados por nada haver ali que os fizesse sentirem-se convidados em casa alheia, estava agora ali, embasbacado perante todos aqueles sons de vida.
Acordei ai, deliciado mas confuso com aquele estranho mas delicioso sonho. Nem pude reparar no topo da falésia nem andar pelas ruas do centro histórico, mas pode ser que um dia sonhe outra vez com a realidade que podia ser e aí, talvez ainda venha a saber melhor...

La Seda prepara desinvestimento

A La Seda de Barcelona, está a estudar a venda e/ou encerramento de algumas das suas fábricas para reduzir o endividamento de 700 milhões de euros, de cordo com o jornal espanhol Expansión. "Com a venda de algumas instalações poderíamos conseguir alguma liquidez adicional e concentrar o nosso esforço nas fábricas mais rentáveis", explicou Joan Castells, o recém eleito presidente da empresa. O grupo químico que possui 22 fábricas em 11 países, dando emprego a 2300 trabalhadores, nos últimos meses, a La Seda fez reajustes em várias unidades de Espanha, Itália, Turquia e também em Portugal. Em risco está um investimento de 400 milhões previsto para Sines.

ver mais em DN Bolsa

Sines TV - Televisão Online (sessão experimental)

A Estação de Sines, estabeleceu uma parceria com o novo colaborador, Luís Torres, para a divulgação e emissão da "Sines TV" um canal, sem fins lucrativos ou comerciais, unicamente com o intuito de divulgar o Concelho de Sines.
Iniciaremos um período experimental, após o qual, procuraremos emitir notícias do nosso Concelho e Região.
Desde já estamos receptivos à emissão de vídeos, com a respectiva autorização de emissão. Será dada preferência a videos sobre Sines
Esperamos deste modo prestar mais um serviço à sociedade.

António Braz
Luís Torres

domingo, 14 de junho de 2009

Mail enviado à CMS

Aberturas das cantinas escolares nas férias lectivas‏
antonio luis braz (antonio.luis.braz@hotmail.com)
segunda-feira, 8 de junho de 2009 23:36:28
Para:educacao@mun-sines.pt

Exmos Srs,

Antes de desenvolver qualquer acção de natureza cívica, gostaria o Blogue Estação de Sines, saber qual a posição da autarquia relativamente a manter as cantinas escolares a funcionarem durante o período de férias lectivas, como garante de uma alimentação condigna das crianças mais carenciadas, muitas das quais encontrarão na escola a única ou melhor refeição do seu dia.

Sem outro assunto, apresento os melhores cumprimentos.

Entrevista de Manuel Coelho

A melhor forma de acabar uma má entrevista, é acabá-la rapidamente, e isto Manuel Coelho com a sua experiência politica, já devia sabê-lo.

Foi constrangido, mas sem surpresa, que li a entrevista que concedeu ao Jornal Sem Mais, distribuído conjuntamente com o Semanário Expresso, onde o ainda, Presidente da autarquia nos brinda com um conjunto de novidades.

Quando pensava que Manuel Coelho tinha ganho as eleições porque era candidato pela CDU, e não o seria se fosse, por exemplo candidato do CDS, ele esclarece:
“Sou Presidente da Câmara de Sines há quase 12 anos, e fui eleito porque as pessoas me conheciam na minha actividade de médico e de cidadão”.

Eu convicto que a sua intenção era dar continuidade ao seu projecto para Sines:
“Eu e os outros três elementos do executivo que me acompanharam na desvinculação (…) queremos desenvolver um novo projecto...”

Pensava que não, mas a Associação é que saberá:
“temos uma relação profícua com a associação de armadores”

Esta dispensa comentários:
“Eu fui o principal defensor de Sines com um ambiente saudável”

O cidadão Manuel Coelho, que fora deputado Municipal do PCP entre 1990-1997 e aprovou por acção ou omissão as politicas da CDU, afirma que “Quando cheguei à Câmara sentia vergonha de algumas coisas…"

Muitos de nós também e continuamos com o mesmo sentimento, em relação ao agravamento do endividamento, os 200 milhões de oportunidades perdidas, o abandono do centro histórico, a degradação do ambiente social, o aumento da poluição, o êxodo dos mais jovens para outros concelhos, a perda de tradições, o esmorecimento da sociedade civil e das suas organizações, e tanto, tanto mais.

Manuel Coelho e o seu passado, colocam-no num labirinto de onde não encontra a saída, negar o seu passado e as suas posições politicas, descredibiliza o seu futuro, dando razão a Francisco do Ó que afirma, em entrevista anterior ao mesmo jornal, que a desvinculação de Manuel Coelho nada teve de questões ideológicas, mas pessoais - a eventualidade de não ser o próximo candidato da CDU.

Nota: Leiam a entrevista integralmente, pois a sua descontextualização favorece, grandemente, o entrevistado.

Perguntar não ofende.

Mais que o fecho da avenida, facto consumado, duas situações aguçavam-me a curiosidade.
Primeiro, a antecedência do fecho e a demora na montagem das estruturas, depois as valas abertas atrás do do virá a ser os restaurantes.
Para a primeira dúvida, tardo a encontrar resposta, se é que existe, mas a segunda está desvendada.
Trata-se de uma vala para colocar as tubagens de esgotos - então para onde iam os esgostos nos anos anteriores?

Mas o anedótico nesta história é que do outro lado da avenida a escassos metros existem infraestruturas para os esgotos, feitos pela APS para um previsto e não realizado restaurante, que pelos vistos a autarquia desconhecia e não perguntou à APS.
Assim, se desperdiçam recursos.

sábado, 13 de junho de 2009

Onde estarei daqui a 3 anos?


talvez esteja de novo no PCP, talvez esteja noutro que me queira.
talvez esteja reformado, talvez esteja a trabalhar.
talvez esteja em sines, ou noutro sítio.
sinceramente não sei, onde vou estar daqui a 3 anos.
mas não será na câmara de sines

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Sines, mais um projecto adiado

Estranho os critérios da comunicação social. O encerramento de uma qualquer empresa familiar, que despeça mais de 10 trabalhadores, é noticia de destaque, nos telejornais. Apresenta-se o chefe de família, junto da mulher que vai confirmando as dificuldades, enquanto uma ou duas crianças brincam próximo e alheadas das coisas de adultos.

Por cá as medidas optadas pela Carbogal e Repsol para mitigar a quebra da procura, e o titubeante investimento da Artenius, se não constituem, para já uma ameaça séria para os seus trabalhadores, jogaram e jogarão para as estatísticas do desemprego um número considerável de trabalhadores. Se a acompanhar esta tendência juntarmos os sinienses que se encontravam na Europa, fundamentalmente em trabalho de construção metalomecânica, e que estão a retornar por falta de trabalho, temos criadas as condições para tempos sociais muito difíceis.

E sobre tudo isto paira um silêncio incompreensível, como se "o regresso ao sonho de construir em Sines um dos maiores complexos petroquímicos do mundo", anunciado pelo Primeiro-Ministro nunca tivesse acontecido.

Pelo caminho dos milhares de milhões que jorrariam sobre Sines, já muitos investimentos ficaram pelo caminho, hoje a Galp assumiu "apenas" mais um.

De acordo com a Galp a "falta de enquadramento regulatório (incorporação de biodiesel, nos combustiveis fosséis) para período após 2010 justifica congelamento de investimento de 350 milhões, do seu projecto industrial na área do biodiesel, para Sines e Matosinhos, avaliado em 350 milhões de euros".

Deste modo, Sines vê outro grande projecto ser adiado, ou antes, Sines continua um projecto adiado.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

45 min. aos 10 kms

No espaço de uma semana consegui o meu pior desempenho de sempre - 50,16 min - na distância de 10 kms, em Alcochete, e a melhor marca, de 45,15 min, em Lisboa, na Corrida do Oriente.
A grande diferença foram cerca de 10º, de 30º graus impiedosos em Alcochete, para agradáveis 22º na Expo em Lisboa.

Voltarei às provas lá para Setembro, na Corrida do Tejo, ou na meia-maratona que quero voltar a fazer este ano.
Até lá esperam-me corridas mais descontraído.