sábado, 30 de outubro de 2010

Está aí o Inverno

Chegou o Inverno, não o dos calendários, nem das nossas almas, mas o que se sente na pele, o Inverno da chuva, do vento e do frio.

Nada como viver numa terra em que as avisadas e prevenidas autoridades políticas, prepararam com antecedência o Inverno, fruto de uma coerente e inteligente definições de prioridades. Desde finais do Verão que as ruas foram devidamente arranjadas, passadeiras sinalizadas e iluminadas, sarjetas desentupidas, caminhos naturais das águas pluviais limpos e desimpedidos, limpeza das falésias fora da época das chuvas em que as raízes seguram as terras e evitam os deslizamentos.

Vasco da Gama A.C. empata a uma bola

Paulinho autor de um 'grande' golo

Realizou-se a 4ª jornada do campeonato no passado domingo, tivemos uma deslocação difícil ate ao Vale da Amoreira na Moita para defrontar o GDR Portugal onde empatamos a uma bola. Já esperávamos um jogo muito difícil pela frente mesmo cendo o nosso adversário o ultimo classificado á entrada para esta jornada, são jogos de muita luta e agressividade em que as equipas como a nossa têm que abdicar do futebol bem elaborado e pautado e apostando sim em vestir o 'fato-macaco'.

Devido a uns problemas pessoais não pude durante a semana fazer o numero de treinos normal para lutar por um lugar na convocatória, assim sendo não estive na Moita e hoje não consigo fazer um comentário ao jogo. Pelo relato não me foi fácil perceber as incidências do jogo e a forma como jogamos, ainda assim foi perceptível que o jogo foi intenso, com muitas faltas e que a vitória poderia cair para qualquer dos lados.

As opiniões dos meus colegas com quem já falei a cerca do jogo são todas idênticas, jogo de muita luta em que os lances eram disputados um pouco á margem das leis sem que o arbitro tivesse qualquer controlo das situações, talvez um pouco intimidado pelo ambiente fora das quatro linhas numa zona da Moita algo problemática. Mas temos todos a noção de que não foi pelo arbitro que empatamos o jogo, as equipas que querem ser sempre campeãs têm de estar preparadas para todas as circunstancias que apareçam no caminho e jogos em campos complicados para se jogar bom futebol e para os árbitros actuarem tranquilamente como este no Vale da Amoreira vão aparecer ainda neste campeonato.

De realçar o grande golo que o Paulinho marcou, quem assistiu diz que foi um grande momento de futebol após um remate fantástico de fora da área ao ângulo.

Domingo há jogo grande em Sines, recebemos o líder do campeonato às 15h no jogo ideal para voltar às vitorias e mostrar que o empate deste domingo foi um acidente de percurso.

Vasco da Gama A.C. vs Olimpico Montijo, 31/10/2010 às 15h em Sines.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Informação aos visitantes

Caros Visitantes,

A estação de Sines começou por ser uma forma de perpetuar o lado efémero da publicação na imprensa escrita de textos da minha autoria, que a profusão de acontecimento e gosto de partilhar a minha opinião, tornaram quase num diário.

Rapidamente percebi que este espaço permitia resgatar do espaço público as opiniões, comentários e anseios dos Sinienses.

Depois crescemos, atingindo um ponto alto no último período eleitoral autárquico, por aqui passaram os principais acontecimentos, informação, antecipámos cenários, excelentes comentários, mas também tivemos momentos menos felizes, textos menos conseguidos, comentários redundantes e estéreis.

Ao longo deste processo foram "entrando" na Estação colaboradores que acrescentaram valor e diversificaram os temas e os públicos, embora nunca tenhamos perdido de vista o objectivo inicial: a discussão da vida política e social de Sines.

Por ser fundador e pela excessiva produção de post's, assumi desde a primeira hora um lugar central neste espaço. Dos quase 2.500 post's deste blog,desde a sua criação, cerca de 2.000 serão de minha autoria. Qualquer coisa como quase 3 meses a escrever 24 horas, ou o correspondente a 250 dias de trabalho, considerando 8 horas diárias de trabalho.

Naturalmente tive momentos de enorme prazer e momentos de saturação, muitas alegrias e raríssimas tristezas, mas nunca arrependimento de criar e desenvolver este espaço, que se tornou uma referência local e reservou o seu espaço na blogoesfera regional.

Terão reparado que desde alguns dias deixei de figurar como administrador deste espaço e passei a ser colaborador. Decisão que resulta de duas ordens de razão:
1) a partir do momento que a Estação passou a ter colaboradores este espaço deixou de ser somente meu, mas antes de todos os que aqui colaboram;
2) não me compete decidir sobre a publicação ou eliminação dos comentários que os visitantes enviam sobre os post's dos outros colaboradores, cabendo a cada um e somente a ele decidir, inclusive, se permite comentários aos seus post's. 

Este passo não significa o principio do fim, da minha participação, ou deste blogue, mas antes uma prova de maturidade deste espaço que continua bem vivo graças a todos.

António Braz


Movimento dos Serviços Públicos

Divulgação

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Comunicação - Greve Geral

NOTA DE IMPRENSA

A Reunião da Direcção desta Estrutura, alargada aos Delegados e activistas Sindicais do Área do Litoral Alentejano, analisando a situação Politico - Sindical e Social do nosso País, decidiu envidar todos os esforços para que a Greve Geral do próximo dia 24 de Novembro seja um passo Importante para (Contra as Injustiças), contribuir para uma efectiva mudança de políticas - Emprego, Salários, Protecção Social e Serviços Públicos.

A GREVE GERAL é uma necessidade Social, pela defesa do País, da Produção Nacional e do Futuro.

A Direcção

Sines, 26 de Outubro de 2010

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Caso de polícia

Nem dívida moral?

A Câmara de Sines assinou segunda-feira protocolos de apoio financeiro a colectividades locais, no valor total de 193 mil euros. Devido a dificuldades financeiras, a autarquia decidiu não pagar o valor em atraso referente a parte de 2009 e 2010. O presidente da Câmara, Manuel Coelho, não considera que a autarquia tivesse uma dívida para com as associações e lembra que as colectividades são apoiadas com a cedência de espaços e transportes.

Rádio Sines

Divulgação


Nota de Divulgação do Evento:
Realiza-se no próximo dia 30 de Outubro, a Iª Gala de Danças de Salão e Latino-Americanas de Santiago do Cacém. Esta Espectáculo terá inicio às 21:30h, no Pavilhão Municipal dos Desportos de Santiago do Cacém e contará com a presença de varias dezenas de dançarinos do Litoral Alentejano. Serão exibidas as danças de salão, danças latinas, tropicais, africanas, entre outras. Um evento a não perder, pois serão apresentadas magníficas coreografias, acompanhadas de um fascinante guarda-roupa dos dançarinos. Esta gala tem como objectivo angariar apoios para a subsistência da Associação Recreativa de Dança Sineense, bem como, divulgar a dança que se pratica na região. Este espectáculo conta com o apoio da Câmara Municipal de Santiago do Cacém e tem um preço de "simbólico" de 2,50€.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

«Casos obscenos» aumentam nas autárquicas

As duas últimas eleições autárquicas motivaram quase o mesmo número de queixas à Comissão Nacional de Eleições, mas as de 11 de Outubro inovaram pelos «casos obscenos» e pela «sofisticação da publicidade indirecta», disse este sábado o porta-voz daquela comissão à Lusa.


«O que piorou bastante foi o comportamento de alguns titulares de cargos nas juntas de freguesia e nas autarquias, que tornaram mais sofisticada a publicidade indirecta» à sua recandidatura, afirmou Nuno Godinho de Matos, adiantando que esta é uma forma não punível de violar a regra da isenção - a que estão sujeitos autarcas e presidentes de junta.

Das 300 queixas recebidas pela CNE, apenas quatro foram enviadas ao Ministério Público, apenas as que tinham base legal para ser comprovado o dever de isenção.

«Há casos obscenos», afirma, exemplificando que «um deles» foi o de uma autarquia que prometeu, já depois de anunciada a data das eleições, uma redução das tarifas na factura da água enviada para casa dos munícipes.

No município de Sines, o presidente da Câmara terá ido, no dia das eleições, para o átrio da escola onde decorria a votação apelando ao voto dos munícipes e distribuindo cópias de boletim de voto com uma cruz assinalada na sua candidatura.

Outra das situações denunciadas pela CNE é o «luxo» dos boletins municipais, com uma qualidade de papel, imagem e grafismo que têm de ter implicado gastos com dinheiros públicos e visam chamar a atenção do eleitor para o trabalho feito.


Publicidade indirecta aconteceu ainda, segundo o porta-voz da CNE, com a oferta de bilhetes para viagens ou espectáculos: «É óptimo que ofereçam bilhetes, mas não no período de campanha eleitoral. É um pouco promíscuo».

IOL

Negoceia-se a Fome...


Lá para a Assembleia da República tem sido um corropio. Foi no sábado, no domingo (deve ser para convencer os trabalhadores que têm de começar a trabalhar a esses dias), foi a manhã de hoje e promete prolongamento para a parte da tarde (depois das 17 horas). PS e PSD, andam numa azáfama a negociarem "o melhor Orçamento para o país" muito embora seja o "pior para os portugueses". Negoceia-se a fome em São Bento, a fome que os mais necessitados terão de passar, e ao contrário de outro senhor de outros tempos que nos prometeu a paz em troco da fome, estes dão-nos a fome a troco de encher a barriga aos "comparsas", que nunca nos irão deixar em paz se ninguém lhes fizer frente. Não tardarão muitos meses até começarmos a ouvir dizer que A ou B morreu de fome, não tenhamos dúvidas que isso vai acontecer!
Por França uma ministra qualquer veio mostrar-se alarmada com o prejuízo que as greves têm dado (por cá também já há uns arautos dessa filosofia), esquecendo-se do que a coberto de certas politica e medidas governamentais se tem roubado aos trabalhados, exactamente para distribuir também pelos tais "comparsas". Também por lá o sentido é o de encaminhar parte da sociedade para um beco sem saída... para a fome, se calhar sem negociatas!

Incómodos?Já estamos habituados.

     

A Avenida Vasco da gama, em Sines, está hoje encerrada ao tráfego rodoviários por motivos de limpeza da falésia, informou a autarquia, de acordo com a Rádio Miróbriga

 
A Avenida estará encerrada nos dois sentidos, entre a Docapesca e a subida para o castelo, previsivelmente até às 18h00.

A CM de Sines apela à compreensão da população pelos incómodos causados.


sábado, 23 de outubro de 2010

julgamento de quem?

A cena é porreira. E como dizia a minha colega testemunha, aquelas capas negras a que os romanos chamavam de togas, deveriam ser mote para um desfile da Fátima Lopes no Coliseu de Roma ou sendo menos pretensioso nas ruínas de Miróbriga. Pelo menos a cena parecia séria. Tinham dito que o alcaide de Sines, um tal de Coelho, se sentira ofendido quando alguém corajosamente dissera que cobrava politicamente os favores que praticava. Como se o povo não soubesse disso, pelo menos aqueles que precisam de conselhos e de medicamentos. Mas a elite tem destas coisas. Por muito que o povo diga que é assim, a tal elite quererá fazer sempre a história à sua maneira. Os tais favores que politicamente trazem a reboque medicamentos em fotocópias de boletins de voto que andam pelos corredores do ministério público, rapidamente resultam afirmações de negociatas politicas que o tal alcaide não suporta. Como se o termo não fosse apenas uma forma depreciativa de minimizar os propósitos dos adversários politicos. Há bem pouco tempo o lider parlamentar do PSD disse que o Iº ministro é politicamente inimputavel, ou seja, é atrasado mental. Seja qual for o desfecho deste auto vicentino penso que o exercício da cidadania democrátrica sairá vencedora.
Francisco do Ó Pacheco

Da série: Poetas para os dias difíceis

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão
Porque os outros têm medo mas tu não
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão
Porque os outros se calam mas tu não

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo
Porque os outros são hábeis mas tu não

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos
Porque os outros calculam mas tu não.

Sophia de Mello Breyner Andresen

Nota: Num dos intervalos da longa 2ª sessão do julgamento, em que sou arguido por publicar neste blogue comentários eventualmente difamatórios para Manuel Carvalho Coelho, um amigo de longa data e velhas lutas, entregou-me em folha manuscrita - pelo seu punho, presumo - este notável poema. Porque existem gestos que perduram para lá da espuma dos dias, aqui presto o meu agradecimento e gratidão a ti "Velho Amigo", porque existem amigos para os dias difíceis.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Contra-ciclo

Estou manifestamente em contra-ciclo com as decisões políticas actuais, o que atendendo ao estado actual do país, só abona em meu favor.

Tenho defendido desde sempre maior responsabilização e agravamento da moldura penal para os autarcas no âmbito da sua actividade, quando hoje se toma conhecimento pela imprensa que os autarcas podem ficar impunes, escapando às penas do Tribunal de Contas e à obrigação de devolver dinheiro desviado e pagamentos ilegais, já a partir do próximo ano.

É o que prevê a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2011, e que o Tribunal de Contas (TC), vê com grande apreensão a possibilidade de a norma ser aprovada.


O TC, que fiscaliza as contas do Estado, julgando os processos, aplicando multas aos autarcas e forçando-os a repor os montantes correspondentes, não permite dúvidas de que a norma dá lugar a uma "diluição de responsabilidades relativamente a quem tem poderes de gestão autárquica e o consequente dever de prestação de contas, conforme declarações ao ionline.

Se os eleitos locais autorizam despesas e pagamentos e são eles próprios que têm de prestar contas, caso seja aprovada a mencionada legislação não existe qualquer outro mecanismo de fiscalização e de responsabilização dos autarcas.

Dirão algum que se sujeitam ao escrutínio popular, o "famoso" voto que tudo justifica, os mesmo votos que colocaram democraticamente governantes como Hitler no poder.

Sem comentários

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Vasco da Gama A.C. entra a ganhar na Taça Distrital

Ricardo Rodrigues (Nita) foi titular e marcou um golo


Domingo em Sines e em muitos outras cidades assistiu-se ao regresso da Taça Associação Futebol Setúbal (AFS), mais de uma década depois da sua última edição. O reaparecimento desta prova tem como objectivo garantir uma maior dinâmica competitiva para o futebol sénior da região e aumentar a visibilidade sobre todos os clubes participantes, uma vez que a Taça AFS engloba clubes da 1ª e 2ª divisões distritais.


Em sorteio fomos incluídos no grupo B, juntamente com as equipas do Olímpico Montijo, da 1ª divisão, Quintajense F.C. e G.D. Lagameças ambas da 2ª divisão distrital.


Nesta primeira jornada recebemos em Sines o Olímpico Montijo, líder do nosso campeonato com mais dois pontos que nós, o segundo classificado. Mesmo sendo em provas distintas é sempre um grande confronto em perspectiva entre dois clubes com os mesmos objectivos, vencer todas as competições que estão em disputa. Apesar das tradicionais alterações que os treinadores aplicam nos jogos da Taça para ver em acção os jogadores com menos minutos de jogo, o jogo foi bastante intenso e de qualidade.


No que diz respeito á equipa que me interessa, a nossa, tinha o sentimento que o grupo tem muita qualidade e competitividade interna onde este jogo veio-o confirmar. Os jogadores que ainda não tinham jogado qualquer minuto oficial e os que têm vindo a procurar uma oportunidade no onze deram na minha opinião uma excelente resposta com uma atitude fantástica de quem respeita qualquer competição e de quem se sente titular, não me interessa minimamente se o Montijo estava com a equipa A, B ou C, sei que nós apresentamos a única que temos, a A, vencemos por 2-0, vitória justíssima da melhor equipa em campo durante os 90 minutos.


Dois golos de bola parada deram a vitória a quem sempre a procurou, primeiro por Luiz Gustavo com excelente cabeceamento depois de boa combinação na marcação de um canto á maneira curta entre o Paulinho e Luis Fassy, o segundo através de Ricardo Rodrigues (Nita) que após ressalto dentro da área adversaria encostou fazendo o resultado final.


Grupo A : Almada 1-3 Melidense e Charneca Caparica 3-5 Grandolense.


Grupo B: Vasco da Gama A.C. 2-0 Olímpico Montijo e Quintajense 5-1 G.D. Lagameças.


Grupo C: Paio Pires 2-1 Barreirense e Quinta do Conde 1-1 Comércio Industria.


Grupo D: Monte Caparica 4-3 Alfarim e Estrela Sto André 0-0 Arrentela.


Grupo E: Botafogo 2-3 ACRUT Zambujalense e Desportivo Portugal 4-0 Jardiense.


Correcção: No meu ultimo post informei incorrectamente sobre o número de grupos nesta fase, são 5 grupos de 4 equipas com apenas um jogo entre as equipas, aqui fica a correcção.


Domingo, dia 24 às 15h regressa o campeonato: Desportivo Portugal vs Vasco da Gama A.C.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Jamais pensei assistir a uma coisa assim. Dizem os livros que o estado, incluindo autarquias locais, é uma pessoa ou entidade de bem. Que queria isto dizer? Queria dizer simplesmente que o estado português cumprirá sempre com os seus compromissos perante os cidadãos e suas organizações. Então que pensar da câmara municipal de Sines cuja maioria politica apresentou na última reunião uma proposta de anulação de compromissos financeiros assumidos em 2009, ANO ELEITORAL, para com as colectividades e associações sinienses? O valor, do qual ainda aguardo informação é bem superior a cem mil euros. Do que me foi informado e apenas em relação a 2009, os Bombeiros Voluntários ficam sem 21.500 euros, o Centro Cultural Emmérico Nunes com menos 5 mil euros, a Banda da Música com menos 5.375 euros, e as associações desportivas com menos 66 mil euros. Tudo valores que a câmara municipal decidiu em reuniões atribuir, será que está em acta (?) em 2009, que as várias entidades esperavam receber, mesmo atrasados, e que agora se esvaiem como fumo.
Ainda mais grave, durante 2010, os valores a pagar às colectividades e associações será reduzido a cerca de um terço do compromisso, isto é, como nada foi pago este ano apesar da sua inscrição orçamental, em vez de cumpridos os compromissos assumidos durante todo o ano, a tal "entidade de bem", decide unilateralmente que só paga um trimestre. Simplesmente abominável.
Francisco do Ó Pacheco

domingo, 17 de outubro de 2010

O mal amado Porto Covo

Foto obtida a partir do site da CMS


Oiço novidades escabrosas sobre o mais famoso artigo do Concelho de Sines, o 47º de Porto Covo.
Por manifesta falta de tempo, ainda não confirmei as informações, o que a verificar-se é um verdadeiro atestado de incompetência e de grave responsabilidade.

Brevemente regressaremos a este assunto, entretanto aconselho a leitura atenta da acta 23/2008 da reunião de Câmara de 15.09.2008, onde consta o enquadramento histórico desta questão e recordar o programa do Movimento SIM que referia a pretensão de "Construir um novo Jardim Público em Porto Covo, no âmbito das obras do artigo 47º, com campos de jogos, parque infantil e equipamentos de lazer."


Quem tem medo do FMI

Portugal está perante uma bifurcação com um mesmo destino final, a recessão. Apenas falta saber se começa numa crise política e se acaba com o FMI à nossa espera.

Se o OE for aprovado agravará a crise económica e entraremos em recessão, se o OE não for aprovado entraremos em crise política, continuará a crise económica, entraremos em recessão e virá o FMI. Se a vinda do FMI significa que não fomos (eles políticos) capazes de travar o défice, como afirmou o Ministro das Finanças, então estão atrasados uns bons pares de anos, e depois os famigerados "mercados" acalmam com a entrada do FMI.


Afinal existe vida para além do défice mas é muito cara.

Divulgação

sábado, 16 de outubro de 2010

Do mais elementar bom senso

As câmaras municipais que “que se encontrem em situação de desequilíbrio financeiro estrutural ou de ruptura financeira” ou que tenham ultrapassado os limites de endividamento estão proibidas de contratar pessoal, segundo a versão preliminar do OE 2011. Qualquer contratação que “escape” a esta imposição é imediatamente considerada nula, e as câmaras que a perpetrem incorrem em “fazem em responsabilidade civil, financeira e disciplinar”.

Não apenas concordo como é do mais elementar bom senso a medida prevista no OE. 

Mas faltou arrojo para disciplinar a gestão autarquia e o regabofe despesista das autarquias.
O corte de 5% previsto nas transferências apenas deveria ser efectuado naquelas autarquias cujos autarcas tem delapidado os cofres municipais penalizando estas e premiando os casos de sucesso na gestão camarário, como por exemplo em Grândola.

Para controlar as finanças de muitas das autarquias, seria necessário recorrer à imposição de mecanismos cujos autarcas por sua iniciativa são incapazes, criar uma versão de FMI para consumo interno que actuasse nas autarquias e o mais importante, os actos de má gestão continuada que levam à falência dos municípios deveriam ser considerados crime público e os seus responsáveis responderem criminalmente.

Aos contrário do que afirmam e praticam certos Presidentes o voto não legitima tudo, muito menos a destruição da riqueza comum e o comprometimento do desenvolvimento económico e social dos Concelhos que desgraçadamente o destino lhes colocou nas mãos. 

Fui



O mais importante acontecimento económico dos tempos recentes para a nossa região passou quase despercebida pela imprensa e pelo conhecimento dos Sinieneses.

Actualmente a economia local atravessa um bom momento, com um poder de compra globalmente elevado que quase torna Sines imune à crise. Os trabalhos na petrogal arrastaram uma pequena multidão para Sines que entre alimentação e arrendamento de imóveis - ilegais na esmagadora maioria - permite rendimentos anuais muito interessantes para uma parte significativa da população.

Contudo como em todos os investimentos industriais também este tem um pico de necessidade de mão-de-obra no inicio e a partir sensivelmente dos 2/3 da construção vai diminuindo abruptamente. No final restam instalações industriais com pouca necessidade de pessoal para assegurar o funcionamento e manutenção.

Sines perdeu recentemente a possibilidade de no final do investimento da refinaria da Galp, arrancar um novo e importante investimento. Tratava-se da instalação de uma fábrica que produziria polisilício - a matéria-prima destinada a fabricar painéis solares, num investimento de cerca de 440 milhões de euros, estimando-se que criasse 480 postos de trabalho directos e 1000 indirectos.

Ao que se sabe não faltou interesse, nem a necessária diplomacia económica, apenas e só faltou financiamento para o projecto, incluindo da própria CGD. Tanto mais estranho que de acordo com os especialista do processo industrial em causa referem que se trata de um investimento com um retorno bastante interessante ao contrário de outras trabalhadas em que o banco do Estado se tem envolvido.

Entretanto arrancará no Egipto, com parte de capitais chineses, o investimento na área das energias renováveis, com um impacto ambiental reduzido e gerador de postos de trabalhos, que o capital financeiro negou para Sines.

E dos responsáveis políticos locais e regionais, tivemos o habitual e coerente silêncio ou desconhecimento. Parece mais importante discutir elevadores panorâmicos e escolas de música.

É a politica local reduzida à sua dimensão.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

As contradições de Sócrates

Palavras para quê?

há coisas novas na TV

Desde 20 de Setembro, devido ao pedido de suspensão de mandato da vereadora Carmem Isabel Amador Francisco, Tiago Jorge Guerreiro dos Santos exerce funções de vereador em regime de não permanência, tendo sido-lhe delegadas competências na área do Turismo.

Bateu no fundo? Qual fuuuuundoooo...???



Depois de anos de decadente monarquia, uma violenta e sanguinária I república, seguiram-se umas décadas governado por um ditador provinciano e os seus algozes, depois vieram os sonhadores utópicos, e quando era difícil esperar pior foi delapidado por políticos bem mais espertos que inteligentes, agora é  governado pela Europa e a tirania dos mercados. Triste país o nosso. Pobre gente que não perdeu a independência pela força das armas, hipotecou-a por manifesta incapacidade de governar. A crise não existe, nem se colou à pele, vive dentro de nós.

Bombardeados pelas mensagens politicas devidamente gasolinadas por algumas imprensa vendem-nos algumas ideias que aceitamos e discutimos com um PS de vitória em vitória até à derrota final.

Primeira questão. Todos os anos discutimos o valor do défice, mais décima, menos décima. Mas subsiste uma questão fundamental nunca discutimos a ausência de superavit, o que significa que todos os anos agravamos a divida pública e alguém a tem de financiar e um dia pagar. Atingimos o ponto em que um défice de 7% é um sucesso, nem nos lembramos que um défice significa uma degradação das contas públicas em menor ou maior grau.

Segunda questão. A competividade e as exportações. Venderam devidamente embalada a ideia que é necessário aumentar as exportações. É apenas metade da verdade. A balança comercial tem dois pratos, no caso de Portugal para equilibrá-la ou se aumenta as exportações ou se reduz as importações. A impossibilidade de cunhar moeda desvalorizando-a, para aumentar as exportações ou criar barreiras alfandegárias para travar as importações, deixa-nos perante o cenário de produzirmos melhor e mais barato para consumo externo - aumentar exportações - mas também para consumo interno - reduzir importações. 

Terceira questão. Medidas orçamentais. A esmagadora maioria das medidas orçamentais tem resultados imediatos como necessário, mas cujo efeito não se propaga no tempo. Não é possível por exemplo manter por muito tempo as reduções salariais dos funcionários públicos, o contrário já era verdade no caso de uma reforma administrativa do território, na extinção de muitos dos institutos públicos e na redução dos gastos do estado. Ou seja para o ano estaremos a discutir o mesmo, mas mais endividados.

Quarta questão. A crise. A crise não começou, nem acabará agora, nem tãopuco é meramente importada como tentaram passar a mensagem. Tem anos, décadas. Tivemos a carestia, a contenção, a tanga e tudo isto banhado a fundos comunitários e acesso fácil ao crédito, cénarios que dificilmente se repetirão.

Quinta questão. O orçamento. Impingem-nos que com a aprovação do OE a crise fica resolvida, nada mais falso. Primeiro temos que entender porque motivo quem apresenta a suposta solução, não conseguiu anteriormente com os mesmos argumento atingir os fins a que agora se propõe. O PEC e o PEC II falharam na competência e capacidade do Governo de controlar a despesa pública, a mesma que continuará a não controlar com ou sem orçamento aprovado.
  
Sexta questão. Os mercados. É o eufemismo para os especuladores ávidos de países destrambelhados como jogadores viciados num casino. De facto os mercados reagem mal à incerteza, comportam-se como um dealer que pretende ver o seu cliente devidamente "agarrado". A falácia dos mercados é o maior produto de marketing deste governo. Os mercados agem como os agiotas, querem emprestar, cobrando o mais possível, mas tendo a certeza que recebem. Nesta óptica gostam do risco, pois somente assim obtêm mais valias elevadas. Preferem de facto a certeza de um mau orçamento que não resolva o problema a longo prazo do que uma ruptura que tenda para uma solução duradoura. Sou de opinião que é melhor não viabilizar um mau orçamento que aprová-lo. Pagaremos um preço imediato no curto prazo, certamente, mas um bom orçamento é a garantia de libertarmo-nos dos "mercados" no médio prazo. A verdadeira questão é quem tem coragem de assumir o ónus politico de fazer um "orçamento de base zero".

Entretanto Portugal que precisa urgentemente de um governo de regime presidencialista, será "salvo" por um orçamento feito fora das fronteiras - Alemanha, FMI, OCDE - e viabilizado por uns quaisquer deputados "limianos", que desobedecerão à disciplina partidária e ganharam primeiro aura de salvadores da pátria na imprensa e depois mantendo-se o status quo,  gozaram uma suave e dourada "reforma" num obscuro instituto do estado. 

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Vasco da Gama regressas ás vitorias em casa

Zé Luís Brito autor de um golo fantástico

Depois de na jornada anterior termos alcançado a primeira vitória no campeonato em Sarilhos, este domingo continuámos a senda vitoriosa ao vencer em Sines o Maritímo Rosarense por 2-1, na 3ª jornada do campeonato, liderado pelo Olímpico Montijo com nove pontos, seguido por Vasco da Gama e ACRUT Zambujalense, ambos com sete pontos.

Após a vitória fora de portas na jornada anterior e por resultado expressivo, qualquer outro resultado que não fosse a vitória seria forte revés nas nossas aspirações.

Voltou a estar mau tempo em todo o país como no fim de semana anterior, de novo a intensa chuva e vento condicionaram a qualidade do jogo.

Recebemos o Marítimo Rosarense que tinha um ponto em dois jogos, viria a Sines em busca de um ponto com sabor a vitória, de acordo com as suas ambições. A tabela classificativa neste campeonato em nada se reflecte dentro das quatro linhas onde os jogos são quase sempre muito competitivos independentemente  dos lugares que as equipas ocupam.

Foi o segundo jogo em casa, depois do empate no primeiro queríamos vencer perante os nossos sócios e adeptos mostrando-lhes que estamos empenhados em atingir os objectivos. A verdade é que não fizemos um bom jogo, não fomos capazes de fazer boas transições defensivas e ofensivas como é normal, o nosso adversário e bem aproveitou sempre para trocar a bola e ocupar melhor os espaços no campo. Mesmo sem jogar bem fomos sempre a equipa mais perigosa pertencendo-nos as oportunidades de golo mais evidentes, o Marítimo Rosarense apesar de estar bem organizado fez apenas três remates á nossa baliza em todo o jogo.

Chegamos á vantagem através do Zé Luís, após cruzamento milimétrico do Cadu para o segundo poste onde o Zé Luís sem deixar cair a bola remata de pé esquerdo ao ângulo contrário, quem conhece a capacidade de remate do Zé pode imaginar o grande golo que foi. Poucos minutos depois do golo e quando parecia que iríamos a ganhar para o intervalo o Marítimo empata num lance de bola parada, muita confusão de ressaltos na nossa pequena área sobrando a bola para um adversário encostar para o golo. Empate a uma bola ao intervalo.

Na segunda parte o nosso caudal ofensivo foi muito grande onde as jogadas por ambos os flancos já começavam a sair de acordo com o nosso estilo de jogo habitual, as oportunidades de golo e o número de cantos faziam adivinhar o golo a qualquer momento, o que veio a suceder já no ultimo quarto de hora de jogo, depois de Luiz Gustavo assistir Idi que na cara do guarda-redes não perdoou. Até final o Marítimo utilizou um jogo directo mas sem efeitos práticos e o resultado já não se alterou.

A exibição não foi a melhor para aliar á vitória e entrega de todos nós, mas o objectivo foi alcançado justamente.

Domingo não há jogos do campeonato, realiza-se a 1ª jornada da Taça de Setúbal e nós recebemos em Sines o Olímpico Montijo em jogo do grupo B. Prova com quatro grupos de quatro equipas havendo uma só volta nos jogos entre as equipas.

Confira todos os grupos e jogos da Taça em: http://www.zerozero.pt/edicao.php?id_edicao=18266 .

Somos carneiros


Estamos falidos. Não é de hoje, nem da crise financeira mundial, não são os PEC, nem a aprovação do Orçamento de Estado que resolverão o problema. Estamos falidos desde o primeiro orçamento deficitário em 1976, que se repetiu até hoje, apenas aumentando a ordem de grandeza.
A questão não é conjuntural é estrutural, atávica e cultural. Desde que exista quem empreste gastaremos sempre mais do que aquilo que temos, assim foi com todos os partidos que passaram pelo poder, desrespeitando o futuro.

Sou de esquerda, mas conheço a ideologia subjacente e os movimentos históricos, princípios estranhos à maioria dos actuais políticos.  Uma esquerda solidária, humanista, mas também realista e pragmática, nada de confundir com terceiras vias ou de pôr o socialismo na gaveta.

Acredito no estado social. Pelo que defendo que as áreas que gerarão sempre prejuízo não se deve em seu  nome esquecer o rigor orçamental, assim como existem áreas de actuação do estado que geram mais valias, que não podem ser motivo de laxismo ou de vergonha, o lucro é motivo de inteligência, não é pecado. A avidez não é sinónimo de lucro, não deve nem pode ser.

Faltou a este partido socialista coragem. Foi e é forte com os fracos - professores, funcionários públicos, classe média e fraco com os fortes - a banca, os magistrados, os médicos, as regiões administrativas, etc. Deixa as mais importantes reformas por fazer, excepto a da segurança social.

Continua a aguardar a reforma administrativa do território, temos concelhos, presidentes, vereadores e assessores a mais, temos que esclarecer a questão das regiões administrativas. Hoje olhando para trás, sábio foi o povo que rejeitou o mapa das regiões.

Continua-se a empregar e nomear por motivos políticos, de suposta confiança politica, pois criou-se a ideia que os motivos políticos a tudos se suprepõem e tudo justificam. Não se exige currículo ou experiência anterior nas funções a desempenhar, este modus operandi é transversal a todos os políticos desde as juntas de freguesia até ao governo central.

Ao contrário de muitos fundos europeus canalizados para bens intangíveis, temos que regressar às origens e produzir muito, bem e barato - a tal competividade. A fobia das exportações, tem feito esquecer a necessidade de reduzir as importações, produzindo e consumindo bens produzidos por nós. Precisamos de empresários, industriais, basta de empresários de pacotilha e corra-se com os especuladores.

Proíbam as autarquias - todas-  de festas, romarias e foguetes e paguem aos funcionários público aquilo que é seu por direito, o seu ordenado.

Mandem para o mercado de trabalhos as centenas, talvez milhares de políticos acoitados em fundações, institutos, empresas municipais e para municipais, e mantenham o IVA nos valores médios europeus.
Somos todos culpados, apaziguámo-nos na melhoria de vida material, acreditámos que o futuro era sempre a melhorar, como se não houvesse retrocesso. A especulação e o dinheiro fácil conseguiram aquilo que durante milhares de anos ao longo da história nenhuma guerra, ditadura ou calamidade conseguiu, tornar o rebanho calmo, pacifico e ordeiro, caminhando para o abismo sem o mais pequeno balido, ou olhar para trás. Rendemo-nos porque o sistema de saúde melhorou, entregámos os pontos porque a educação avançou, jogámos a toalha ao chão porque passámos a ganhar mais, de facto a qualidade de vida melhorou, mas a um preço insuportável.

Mas como em tudo existem uns mais culpados que outros e desta é fácil a culpa não morrer solteira. Os culpados são quem nos governa e governou, seja por acção como por omissão. Desde o inicio da década de oitenta até à actualidade - perdoem-se os anos de revolução, PREC incluído por a politica era o ópio colectivo que tudo desculpava - não existirá um único politico que tenha cavalgado o poder que não tenha culpas no cartório.

A politica enquanto causa nobre já não existe, a geração anterior ainda produziu alguns políticos, na verdadeira acepção da palavra, a nossa tratou de mostrar que a politica acabou. Mais que a geração rasca, somos a geração em que os políticos se desenrascaram.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Jardim Zoológico

Juntamente com a minha família partilhamos o nosso apartamento com um cão, um gato, 3 peixes e uma tartaruga, mais seguramente com algumas ocasionais formigas, moscas, mosquitos e permanentes ácaros e restantes familiares. Não que não me tenha já ocorrido ter um rinoceronte na banheira, mas questões logísticas e legais demoveram-me de tal sonho, que continuo a acalentar.

E tudo isto permanece numa curiosa harmonia, muito raramente quebrada pelos humanos e quase nunca pelos animais. O cão e o gato dão-se como os melhores amigos dividem cama, mesa e até algumas brincadeiras menos recomendáveis a dois seres do mesmo sexo, mas como sou liberal nesta coisas, é lá com eles. Quanto aos peixes e ao gato mantêm desde longa data uma relação alimentada de admiração, receio e medo, em partes iguais. Admiração pelo movimento vermelho que desenham no aquário e nos olhos do felino, receio pela àgua, única barreira que o impede de pôr em prática milhares de anos de registo genético e medo, medo pavoroso da parte dos peixes. Já quanto à tartaruga passa por isto de forma cool, quando o gato decide brincar com ela, hiberna e desaparece, literalmente, durante uns dias.

E vinha isto a propósito dos animais abandonados na nossa cidade cuja invernia acentua a sua dramática existência. Triplamente abandonados, pelo dono que algum dia tiveram, pela sociedade que os rejeita e finalmente pela autarquia que não consegue construir um canil digno, que promova o seu resgate por alguma alma caridosa. Triste sina a de quem a democracia não deu direito de voto.

domingo, 10 de outubro de 2010

O Nortenho até tem razão (Vernáculos)

Desabafo
Escrito por uma pessoa revoltada, pelo que teremos que desculpar algumas palavras mais fortes.
A este saltou-lhe a tampa... e não é o único.
Em vernáculo, mas uma realidade...

Justo é o C-----O.


Parece que o Primeiro-ministro terá dito que desta vez os sacrifícios serão distribuídos de forma mais justa. Justa é o C-----O!!!!

São 23 horas, cheguei agora a casa e trabalhei hoje doze horas. O meu filho já esta a dormir. Este ano já paguei em impostos e multas dezenas de milhares de euros, todos os meses pago um balúrdio de TSU, tenho custos financeiros indescritíveis por causa da forma como é cobrado o IVA, pago o PEC sobre um rendimento que pode não acontecer e este filho da p*** vem-me dizer que os sacrifícios serão distribuídos de forma mais justa???

O C-----O!!!!!
Tenho semanas durante o ano em que trabalho 20 horas por dia, este fim de semana não sabia sequer que dia era, no dia da greve de uma chusma de paneleiros andei na estrada a pagar portagens e a trabalhar para poder pagar impostos, comecei numa puta duma garagem sozinho e dei trabalho a uma carrada de gente a quem pago o IRS, a Segurança Social, Seguros de Trabalho e todas as taxas que o estado me exige, não negoceio salários brutos, por isso que vão para o C- --LHO com as contribuições dos trabalhadores, pago salários decentes e recuso-me a pagar o salário mínimo seja quem for, investi e perdi, arranjei-me, voltei a investir e falhei de novo, recuperei e investi de novo e consegui.

E estes paneleiros do C---LHO vêm agora dizer-me que os sacrifícios são distribuídos de forma justa???; e ainda por cima querem casar uns com os outros!!! Como o Guterres que fodeu o pais todo com o rendimento mínimo garantido, a pior opção económica de sempre, nem sabem sequer o que é não dormir, desesperar, cair e levantar sem pedir um tostão que seja ao filho da p*** do Estado?!

Nem subsidio de desemprego nem o C----O?! E tenho que ouvir todos os dias as queixinhas dos funcionários, dos professores com horário zero (!), dos funcionários dos correios, dos anacletos e afins, que fujo ao fisco, que exploro os trabalhadores, que tenho que pagar mais impostos, que sou um parasita?!

Já paguei todos os impostos de facturas que até agora não consegui cobrar (IVA e IRC), paguei IRC sobre stocks que não sei se algum dia conseguirei vender e os sacrifícios são distribuídos de forma justa?!

Justo é o C-----HO.

Os 2000 funcionários da CM de Portimão trabalham das 9h às 15h com intervalo para almoço e de caminho a mesma CM gasta o nosso dinheiro em foguetes, almoços, festivais de aviões e de motas de água. etc e depois entrega e paga serviços a empresas privadas;

Decidiram mudar a escada da parte velha, fecharam-na, derrubaram a antiga e colocaram a estrutura em metal, e após quinze dias retiraram a mesma estrutura e colocaram-na em madeira! E ainda queriam fazer um elevador até à praia!!! E eu pago. Num qualquer Instituto mais de 50 chulos tratam de 9(!) putos. E eu pago.

Substituem administradores pagando indemnizações, contratam o Fernando Gomes e o Nuno Cardoso(!!!!). E eu pago. Inventam Institutos e Fundações. E eu pago. Inventam as SCUTS. E eu pago. O PEC. E eu pago.

O Presidente apela ao patriotismo. E eu pago.

Sr. Presidente, com todo o respeito que me merece:

Vá-se F**** com todas as letras! você e os camaradas no avião fretado para irem passear para a China.
A CM de Paredes de Coura faz Parques de estacionamento sem trânsito. E eu pago.

O Anacleto Sá Fernandes rebenta com o C----HO do orçamento da CM de Lisboa. E eu pago.

O Sócrates vai à borla de avião Falcon da Força Aérea. E eu pago.

Sacrifícios???!! De quem, CA---HO?! Prestam-me um serviço de merda na saúde, a educação é tão miserável que sou obrigado a por o meu puto num colégio privado, nem me atrevo a cobrar dividas em Tribunal devido à miséria que é a Justiça. E pago.

Preciso de uma puta de uma cirurgia e tenho dezasseis mil pessoas em lista de espera, pelo que se não tivesse um seguro de saúde estaria como milhares de desgraçados que se calhar já morreram. E eu e eles pagamos.

Os sacrifícios são distribuídos de forma justa?

Como, CA---HO?!

E aquela esfinge paneleira de óculos que preside ao Banco de Portugal, que ganha mais que o secretário do tesouro dos E.U.A., está à espera de colectar mais 0,03% do PIB com o aumento do IVA? Pois tenho uma pequenina novidade para o reconhecido génio.

Talhos, advogados, lares, lojas de moveis e outros pequenos negócios que conheço já têm a contabilidade e pagam impostos em Espanha e eu, assim seja possível, no ano da graça de 2010 pagarei todo o IVA, IRC e contribuições em Vigo.

A chulice destes filhos da p*** que vá cobrar ao CAR---!!!

E quero que se f**a a solidariedade e a conversa de merda porque não me sai do corpo para o dar a chulos. Por alma de quem? Mais Justo??!!

E mais, passo a meter gasolina, gasóleo e gás em Espanha.

Pois é meus amigos, Justo é o PÉNIS QUE OS FECUNDE!!!!!!!!!!!

Mais ao Vara e aos sucateiros que nos fo**m a nós.

Só nos faltava este filho da p**a para completar o baralho dos gate:

Diplomagate; universidadegate casasgate, CovadaBeiragate, relatóriogate, sobreirogate, freeportgate, etc, etc, mais este Varagate...

Realmente é demais.....Tudo Pró CAR--HO

Um abraço de um Português fo**do e refodido como o Car--ho.

Óscar Azevedo

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Iniciou o Julgamento

Iniciou hoje cerca da 10 horas, no Tribunal de Santiago do Cacém, o julgamento em que sou arguido, na qualidade de administrador deste blogue, devido a ter aceite e publicado comentários a um post de minha autoria e que de acordo com o queixoso - Manuel Coelho - serão atentatórios do seu bom nome e dignidade profissional.

Dado estar a decorrer o julgamento, com continuação marcada para dia 21 do corrente mês, reservarei para após a sentença a minha opinião sobre os factos ocorridos, o julgamento e as suas incidências.

Não deixou de ser estranho encontrar-me na qualidade de arguido no local onde em experiências anterior estive na qualidade de testemunha ou perito.

Entrei com a certeza da minha inocência e a convicção da minha absolvição. Nada abalou ou mudou a minha certeza e convicção que levarei até onde o sistema jurídico português e europeu permite.

Divulgação

Precariedade mata na Petrogal em Sines

Comunicação
Trabalhador em situação precária morre a trabalhar na Petrogal em Sines

Um trabalhador com cerca de 50 anos de idade morreu, vítima de acidente de trabalho, às 00.30 horas do dia 5 de Outubro, quando trabalhava na reparação de uma instalação da Petrogal em Sines. É mais uma vítima da precariedade contratual, do trabalho à hora onde tudo se exige, pouco se paga, os trabalhadores não têm direitos e raramente constam das estatísticas, são carne para canhão - como eles costumam dizer.
O trabalho que estava a desempenhar, com outros trabalhadores, era de carácter urgente, considerado de curta duração e, por isso, obrigava a várias horas de trabalho quase seguidas e com pouco descanso, mas ainda não existem dados que confirmem que tenha sido essa a razão principal do acidente.
O trabalhador desempenhava, naquela obra, funções por conta de uma empresa mas, ao que consta, estava a recibo verde, o que significa que quanto mais horas fizesse mais ganhava e menos a empresa descontava para a Segurança Social. 
A vida dos trabalhadores precários é dura, estão sujeitos a todas as arbitrariedades patronais e das próprias chefias. Um trabalhador, pelo facto de ser precário, tem muitas vezes receio de reclamar melhores condições de trabalho, mais segurança e, inclusive, de recusar fazer determinados trabalhos sem condições - o que não aconteceria se tivesse segurança no emprego.
Na Petrogal neste momento existem alguns milhares de precários, portugueses e estrangeiros.
Têm normalmente contrato a termo, mas recebem à hora, não gozam férias, não recebem subsídio de férias nem de Natal, não recebem horas suplementares, o salário é o mais baixo possível, para que o patronato pague o mínimo possível para a Segurança Social, e o restante vem no recibo como ajuda de custo, quando afinal não existe deslocação. Outros estão a recibo verde, como parece que seria o caso do trabalhador falecido. Chamam-lhes trabalhadores por conta própria, mas não têm qualquer autonomia,cumprem um horário de trabalho, as ferramentas utilizadas são da empresa e, no local de trabalho, estão sob ordens, direcção e autoridade de um responsável da empresa que ganhou o trabalho e na Petrogal está também sempre presente um quadro desta.
O sindicato tem reclamado por variadíssimas vezes a intervenção da ACT nestas grandes empresas, por causa dos direitos e da fuga das contribuições para a Segurança Social, mas os resultados têm sido quase nulos, por isso vamos voltar a reclamar a intervenção. A precariedade é dura, desumana, injusta e ilegal.
Os serviços da ACT têm que ter uma melhor e mais eficiente intervenção.
A luta em defesa dos direitos vai continuar e vai estar presente na greve geral de 24 de Novembro!

Setúbal, 7 de Outubro de 2010
A Direcção do SITE SUL

Imaginem...

Imaginem que todos os gestores públicos das 77 empresas do Estado decidiam voluntariamente baixar os seus vencimentos e prémios em dez por cento. Imaginem que decidiam fazer isso independentemente dos resultados. Se os resultados fossem bons as reduções contribuíam para a produtividade. Se fossem maus ajudavam em muito na recuperação.

Imaginem que os gestores públicos optavam por carros dez por cento mais baratos e que reduziam as suas dotações de combustível em dez por cento.

Imaginem que as suas despesas de representação diminuíam dez por cento também. Que retiravam dez por cento ao que debitam regularmente nos cartões de crédito das empresas.

Imaginem ainda que os carros pagos pelo Estado para funções do Estado tinham ESTADO escrito na porta. Imaginem que só eram usados em funções do Estado.

Imaginem que dispensavam dez por cento dos assessores e consultores e passavam a utilizar a prata da casa para o serviço público.

Imaginem que gastavam dez por cento menos em pacotes de rescisão para quem trabalha e não se quer reformar.

Imaginem que os gestores públicos do passado, que são os pensionistas milionários do presente, se inspiravam nisto e aceitavam uma redução de dez por cento nas suas pensões. Em todas as suas pensões. Eles acumulam várias. Não era nada de muito dramático. Ainda ficavam, todos, muito acima dos mil contos por mês. Imaginem que o faziam, por ética ou por vergonha. Imaginem que o faziam por consciência.

Imaginem o efeito que isto teria no défice das contas públicas.

Imaginem os postos de trabalho que se mantinham e os que se criavam.

Imaginem os lugares a aumentar nas faculdades, nas escolas, nas creches e nos lares.

Imaginem este dinheiro a ser usado em tribunais para reduzir dez por cento o tempo de espera por uma sentença. Ou no posto de saúde para esperarmos menos dez por cento do tempo por uma consulta ou por uma operação às cataratas.

Imaginem remédios dez por cento mais baratos. Imaginem dentistas incluídos no serviço nacional de saúde.

Imaginem a segurança que os municípios podiam comprar com esses dinheiros.

Imaginem uma Polícia dez por cento mais bem paga, dez por cento mais bem equipada e mais motivada.

Imaginem as pensões que se podiam actualizar. Imaginem todo esse dinheiro bem gerido.

Imaginem IRC, IRS e IVA a descerem dez por cento também e a economia a soltar-se à velocidade de mais dez por cento em fábricas, lojas, ateliers, teatros, cinemas, estúdios, cafés, restaurantes e jardins.

Imaginem que o inédito acto de gestão de Fernando Pinto, da TAP, de baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, no país e no Mundo é seguido pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal. Imaginem que a histórica decisão de Fernando Pinto de reduzir em dez por cento os prémios de gestão, independentemente dos resultados serem bons ou maus, é seguida pelas outras empresas públicas.

Imaginem que é seguida por aquelas que distribuem prémios quando dão prejuízo.

Imaginem que país podíamos ser se o fizéssemos.

Imaginem que país seremos se não o fizermos.
 
(MC)

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

VASCO DA GAMA A.C. vence em Sarilhos

Luiz Gustavo 'saltou' do banco e fez dois golos


No passado domingo deslocámo-nos até Sarilhos para defrontar o 1º de Maio Sarilhense em jogo a contar para a 2ª jornada do campeonato distrital de Setúbal,  onde vencemos por 4-1 e alcançamos assim a primeira vitória no campeonato.

É sempre uma deslocação difícil ao campo do Sarilhense, como prova a derrota na época anterior e este ano queríamos 'vingar' essa derrota injusta que nos penalizou pelos golos desperdiçados.

Na primeira jornada perdemos dois pontos em nossa casa e a responsabilidade junto do grupo aumentou, o que tornava ainda mais importante ganhar em Sarilhos e provar que somos efectivamente candidatos á subida.

O mau tempo que se fez sentir em todo o país no domingo condicionou muito o jogo, vento forte e com chuva em muitos períodos do jogo não permitiram às equipas apresentarem o seu melhor futebol. Começamos o jogo contra o vento, atenção redobrada nas bolas paradas e às bolas bombeadas para as costas da nossa defesa era a prioridade para travar as iniciativas do adversário que procurava deste modo aproveitar o factor vento. Como temíamos sofremos um golo de bola parada, logo no inicio do jogo através de um ponta pé de canto, com a bola ajudada pelo vento e muito chegada ao primeiro poste sendo desviada por um jogador nosso para a própria baliza. Lance infeliz da nossa equipa que desde cedo começou a perder, reagimos bem ao golo sofrido e partimos logo em busca do empate numa altura que jogávamos com mais um jogador depois de o àrbitro expulsar directamente um adversário.

Na segunda parte e com mais um jogador competia-nos fazer tudo para ganhar este jogo, onze para onze já éramos a melhor equipa em campo com mais um jogador tínhamos que finalizar melhor as jogadas de ataque criadas. E é aqui que entra o Luiz Gustavo na partida em detrimento de um defesa para a finalização começar a ser eficaz, na primeira vez que toca na bola com um movimento de grande ponta de lança fez o empate e já era aposta ganha do mister.

Com o golo a equipa acreditou que a vitória estava mais perto, após mais uma jogada de ataque Luiz Gustavo isola-se dentro da área e é derrubado em falta, penalti que Daniel Direito converteu em 1-2 a nosso favor. Estava dada a reviravolta ao resultado, os nossos objectivos e princípios de jogo não no permitem abrandar ou defender resultados e continuamos a jogar ao ataque sempre em busca de mais golos, Luiz Gustavo que já estava a ser a figura do jogo ainda marcou o 1-3 depois de um excelente passe do Cadu desde a nossa defesa a isolar o avançado.

Já bem perto do final do jogo o Paulinho também ele saído do banco fez o resultado final em 1-4 a finalizar uma boa jogada colectiva.

Destaque para o Luiz Gustavo que saiu do banco de suplentes e marcou 2 golos e sofreu a falta do penalti, ele que chegou do Brasil há pouco tempo e com certeza lhe dará um alento extra.

Resultado justo para a nossa equipa que aproveitou bem a vantagem numérica em campo, o Sarilhense a ganhar 1-0 talvez não merecesse a atitude do seu jogador que complicou muito a tarefa dos seus colegas.


Domingo, dia 10/10/2010 às 15h em Sines: Vasco da Gama A.C. vs Marítimo Rosarense.

Divulgação - Ciclo de conferências

Vale a pena Recordar

O Prometido é Devido Sr. "Engenheiro"

Divulgação - Comissão de Utentes de Santiago do Cacém

Caros Amigos
A Comissão de Utentes de Saúde da Freguesia de Santiago do Cacém, vem pelo presente informar que vai realizar um debate com a população sobre o 31º Aniversário do Serviço Nacional de Saúde e os Serviços de Saúde em Santiago do Cacém no dia 8 de Outubro (Sexta-Feira) às 21:00, na Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca (Santiago do Cacém) com a presença de Joaquim Judas (Médico).

Agradecemos que divulguem junto dos vossos Associados, mobilizem e participem!

Cumprimentos
Dinis Silva

Para quaisquer outro esclarecimento:

Dinis Silva

916418226; 963700945

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Holandeses querem criar parque de eco-estufas em Odemira

Notícia completa DN

É preciso virem os Holandeses para Odemira para ensinarem aos portugas que investimentos de 200 milhões de euros se recuperam em 4 anos. Não havemos nós de estar na miséria que estamos...

CR Vasco - Vasco da Gama A.C


Caros sócios, simpatizantes e torcedores do Clube de Regatas Vasco da Gama o disparar de acessos a este blog devido à simples menção ao vosso clube neste blog, no âmbito da parceria com o Vasco da Gama Atlético Clube de Sines, é uma demonstração da vossa dimensão enquanto clube e massa associativa.

Creio contudo que existirá um equivoco relativamente à maioria dos vossos comentário e observações. Não me parece que por cá alguém duvide da dimensão ou valor do CR Vasco da Gama, nem desconheça a dimensão história do vosso emblema, nem dos craques que deu à selecção canarinha e ao mundo do futebol. Também, muito devido à recente parceria, não ignoramos a vossa estóica luta contra os então poderes políticos ditatoriais e as elites, que viam num clube vencedor um desafio à sua supremacia.

Nada disto nos é estranho, do mesmo modo que não deverá ser para vós que independentemente da dimensão de um clube para os seus admiradores este é motivo de orgulho e admiração. É pois legitimo que alguns Sinienses não vejam com agrado o seu clube de sempre envergar um uniforme diferente daquele que se habituaram durante décadas. Confesso que esta questão do equipamento me parece uma questão de somenos, deveríamos antes debruçarmo-nos sobre os aspectos da formação e das vantagens que podem resultar para os clubes - principalmente para nós, pois sinceramente tenho muito dificuldade em entender quais as vantagens que possam advir para o vosso clube.

As questões dos símbolos - hino, bandeira, cores, equipamentos, etc - são questões sensíveis que mexem com sentimentos de paixão e amor, sempre mais ou menos irracionais.

De tudo isto deve resultar muito claramente que não conheço nenhum admirador do Vasco da Gama de Sines que tenha algo contra o vosso clube, trata-se de questões internas do nosso clube, próprias e naturais em período de mudança, como a história nos ensinou.

Sucessos desportivos para  o "Vasco Brasileiro".

Novo relvado sintético em Sines

Depois de várias gerações a esfolar joelhos, e não só, num terreno argiloso - de que nunca descobri a origem -, primeiro no campo principal, depois no campo de treinos, a partir de ontem resta apenas um pequeno campo de futebol 7, aos atletas vascaínos para sentirem o desagradável ardor do saibro fino.

Se existe algo de comum aos atletas do Vasco da Gama dos vários escalões de formação, seniores e veteranos era até ontem conhecerem vários campos de relva sintética, alguns dos quais já necessitarem de substituição, pois levam mais de uma década de uso. Sejam clubes de dimensão nacional a pequenas freguesias de 2 ou 3 mil habitantes desde longa data que estão dotados de infraestruturas, o que para nós eram "um sonho". - sonho, assim classificou o Presidente da autarquia o recente campo de relva sintética.

A infraestrutura ontem inaugurada tem pelo menos um década de atraso, claramente de mais para um clube e localidade que tem de afirmar-se definitivamente como a locomotiva do litoral alentejano.

Na festa ficou a faltar um pedido de desculpas a todos aqueles que durante anos treinaram, jogaram e lutaram num verdadeiro lodaçal, pelo Vasco e por Sines, tantas vezes envergonhados quando na condição de visitantes viam os sonhos dos outros concretizados.

O humanismo de uma causa



Há cem anos atrás, às 9 da manhã, foi proclamada a república da varanda da câmara municipal de Lisboa. As palavras de José Relvas ecoaram pela Praça do Município e oficializaram uma das primeiras grandes vitórias do humanismo. Uma vitória que começou a ser idealizada no principio do século XIX, num território que germinou no mesmo dia 5 de Outubro, mas 767 anos antes, em 1143, aquando da assinatura do tratado de Zamora.

Muitos séculos e dinastias depois, com a vitória dos Liberais em 1820, inspirados pela igualdade e fraternidade Francesa e pelos ventos do outro lado do oceano, Portugal passou a viver sobre uma Monarquia Constitucional, abolindo o absolutismo e passando a eleger as cortes gerais, dando origem à Primeira constituição Portuguesa em 1822. Era no entanto uma eleição que apenas cerca de 15% da população tinha direito a sufragar, uma vez que a mulheres e analfabetos não era dado o direito ao voto. Convém situarmo-nos no tempo da história que contamos ou revivemos, nem que seja na nossa imaginação, julgo que só assim podemos compreender verdadeiramente o grande passo que terá sido o estabelecimento de um regime atribuído por eleição em detrimento do poder nascido em berço real.

Nada mais justo… nada mais lógico…

Em 1910, a corte tinha perdido quase todo o encanto. Vergada ao ultimato Inglês que punha em risco as nossas colónias e exposta a um partido republicano cada vez mais forte, viu Bordalo Pinheiro caricaturá-la com uma grande porca da qual todos os políticos mamavam e que a carbonária e a sua artilharia civil queriam destruir à bomba e ao tiro, aparentemente, sem grande indignação da população. Anos antes, no primeiro dia de Fevereiro de 1908, o brutal assassinato do Rei D. Carlos e do seu filho sucessor, em plena praça do comércio, que à época se chamava Terreiro do Paço, lançou o jovem de 18 anos D. Manuel II para o trono, tornando ainda mais frágil a já débil monarquia constitucional vigente.

Não quero estar aqui a contar os pormenores de uma revolução que não vivi, mas há nomes que não devemos esquecer, Machado Santos, Cândido dos Reis, José Relvas, Miguel Bombarda, Magalhães Lima, Luz de Almeida, Teófilo Braga, João Chagas, Afonso Costa, Manuel de Arriaga, António José de Almeida, Bernardino Machado, Egas Moniz, Carolina Beatriz Ângelo, a 1ª mulher a votar em Portugal, entre tantos outros mais ou menos anónimos, fizeram nascer uma Republica num País com mais de 80% de analfabetos, virgem da radiofonia, em que a noticias se espalhavam, na maior parte dos casos, de boca em boca. Para quem vive numa sociedade de informação, em que as noticias nos caem no colo minutos depois de se desenrolarem as situações que lhes dão origem, é difícil imaginar como seria viver na completa ignorância, sem saber ler nem escrever e nem a isso ter direito, sobrevivendo tantas vezes do campo ou da pesca, trabalhando dia após dia, sem folgas, sem horários, nem leis que nos protegessem de toda e qualquer injustiça que sobre nós recaísse.

Foram os homens, civis e militares, que se barricaram na rotunda, agora Marquês de Pombal,apoiados por 2 cruzadores estacionados no terreiro do paço, os responsáveis por quase tudo aquilo que muitos agora dizem estar em risco. A grande maioria dos nossos direitos, foram conquistados nos anos seguintes, no período mais conturbado da nossa história recente, entre 1910 e 1926. Terá sido um período caótico, com 9 presidências e 48 governos e uma ditadura sidonista pelo meio, mas por certo terá sido a altura, a par do pós 25 de Abril, em que mais se pensou o futuro de Portugal.

Escreveu-se a primeira constituição da República, domingo passou a ser folga obrigatória e os analfabetos passaram a poder votar, introduziu-se o casamento civil, compôs-se um novo hino, desenhou-se uma nova bandeira e um novo espírito nasceu.
O povo ganhou o poder de poder escolher, ou pelo menos ganhou as condições para o ter, porque para de facto o exercer em consciência foram precisos muitos anos, pois em 1926 diz-se que o povo escolheu o pão em vez da educação, entregando-se às mãos dos conservadores apoiados pela Igreja, numa santa aliança contra o conhecimento e educação de um povo, dando poder a uma ditadura que castrou a lápis azul o desenvolvimento intelectual português.

É por isso que apesar de sermos uma das repúblicas mais antigas do mundo, somos ainda uma jovem democracia, cheia de vícios antigos e reverências fora de moda. O tempo porém encarregar-se-á de mudar isso, tornando-nos numa sociedade cada vez mais participativa nas políticas que nos condicionam a forma de viver. As crises nunca são agradáveis, mas é quando as vivemos que nos esforçamos para perceber o que fizemos de errado e o que podemos fazer dai para a frente para que não tenhamos que passar por elas novamente.

Hoje sentimos no bolso as medidas que dizem ser solução para sairmos da crise em que parece nos estarmos a afundar, e mais do que nunca, o povo está atento, o povo está a ver.A pouco e pouco, novas vitórias como a limitação de mandatos e a criação de movimentos de cidadãos,abrem portas a uma democracia mais justa e mais igual. Culpar este governo por todos os males e fechar os olhos, é a forma mais fácil de não evoluirmos e deixarmos escapar uma oportunidade de fazer algo que fique gravado na história, algo que daqui a cem anos seja celebrado da mesma forma que hoje celebramos a republica.

As verdadeiras mudanças começam em nós.Começam na capacidade de nos distanciarmos e percebermos o que vemos, as coisas boas, as coisas más, o negro e o branco… e juntar tudo num puzzle a cores que nos mostre o suposto quadro perfeito, de como tudo deveria ser. Mas é mais difícil sermos capazes disso quando estamos órfãos de referências, cobertos de nuvens de suspeição sobre tudo e todos, esponjas de uma informação instantânea que insiste em esbarrar na obscuridade do estado.

Mas não é a velocidade e quantidade de informação que temos que mudar, essa seguirá o seu caminho separadamente do estado, desde que isenta e livre, mas deve ser sim, o próprio estado a abrir-se ao povo, porque essa é a única forma de atrair as pessoas para a política e restituir o valor a tão nobre actividade, que hoje insiste em repudiar os melhores quando devia aliciá-los e conquistá-los para si.

Sejamos por isso mais claros no que pudermos ser, mostremos como são aplicados os impostos das pessoas, divulguemos os custos e abramos os cofres das nossas receitas, para que todos juntos às claras e não às escuras num gabinete qualquer, se pense sobre o futuro de tão nobre País. Pessoalmente acredito que a qualquer um de nós, saiba melhor saber que deu 25€ para a biblioteca poder funcionar devidamente, ou 50 cêntimos para aquele concerto que até foi ver e gostou, ou qualquer outro valor para que pudesse ter uma piscina coberta e aquecida.No fundo, saber que se foi útil para alguma coisa em especifico, e por isso dar-lhe mais valor. Só assim teremos a possibilidade de devolver a credibilidade ao estado, permitindo a participação em vez do desinteresse, a discussão em vez do silêncio, no sentido de uma democracia participativa, plural, justa, alicerçada numa noção de mérito e de reconhecimento inquestionável.

Façamos por merecer um passado como o nosso, inspiremo-nos na memória dos grandes homens, que tornaram possível hoje termos também direitos e não só deveres e façamos o melhor que soubermos, se não por nós, por eles e pelos que virão a seguir a nós.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Keep It Simple


Keep It Simple é um princípio geral que valoriza a simplicidade de projecto e defende que toda a complexidade desnecessária seja descartada. Serve como fórmula útil em diversas áreas como o desenvolvimento de software, a animação, a engenharia no geral e no planejamento estratégico e táctico. Também é aplicado na Literatura, na Música e nas Artes em geral.

Fonte: Wikipédia

Não há Inocentes... são todos culpados!

No Centenário da República...
Isto foi dito hoje por um Ex-Presidente!

Durante as entrevistas de circunstância na fase que antecedeu as "cerimónias" de hoje em Lisboa , a propósito do centenário da República, há uma frase curiosíssima, a meu ver, proferida por um ex-presidente que diz, a propósito do estado actual da República Portuguesa:

SOMOS TODOS CULPADOS!

À primeira vista e no momento, cresceu em mim uma onda de indignação que me levaria naquele impulso a dizer: De onde veio este tipo, em que hospital ele esteve?

Pensando melhor no assunto, e ponderando aquela frase, é de concluir que, embora a Semântica da frase não tenha sido esta, MUITOS DE NÓS, SOMOS DE FACTO MUITO CULPADOS pelo que acontece hoje com a vida social e política do nosso País.

Mas SOMOS CULPADOS como já disse, não em função obviamente, da semãntica da frase daquele "EX".

O País chegou  ao que estamos a sentir, não pela "malandragem" de quem trabalha mas pelo mesmo adjectivo atribuído sem dúvida à Classe dirigente - SÃO FACTOS!

Cavaco diz: Abandonem o clima de crispação, Apelando aos entendementos ao Diálogo
Cavaco defende a coesão nacional para enfrentarmos as dificuldades...

POIS... já todos percebemos.

Voltando ás "vacas" frias, o tal "ex" acaba por ter toda a razão porque afinal, vivendo nós numa Democracia Representativa, e que se saiba, Cavacos, Sócrates, Coelhos, Portas, Constâncios, Barrosos, Teixeiras dos Santos, Santanas, Marcelos, e tantos outros, não tomaram os diversos poderes pela força ou por qualquer golpe de estado -  Foram Eleitos!
Daí, a culpa deste estado de coisas tem que, forcosamente ser repartida.

domingo, 3 de outubro de 2010

RES PUBLICA

Quando o professor Arnaldo Soledade nos informou que existia uma carta de foral assinada pelo rei D. Pedro I que criava o concelho de Sines emitida em Évora no dia 24 de Novembro de 1362, logo decidimos estabelecer o novo feriado municipal em 24 de Novembro e comemorar a efeméride com uma recriação histórica no castelo de Sines. Foi um dia inesquecivel de particioação popular. Mais tarde recriámos também no castelo de Sines um torneio medieval a que o nosso povo se associou entusiásticamente. O povo gosta muito das coisas da nossa história.
Amanhã à noite dia 4 de outubro, a partir das 22 horas integrado nas comemorações do centenário da república vamos ter a RES PUBLICA também no castelo de Sines e noutros locais com a direcção cénica competente e profissional do Teatro do Mar. Aliás a experiência nacional e internacional do Teatro do Mar é sinónimo na minha opinião de qualidade elevada. Não faltemos.
Francisco do Ó Pacheco

O criador e as suas criaturas

Ainda nem tinha arrefecido o post sobre a toxicodependência que a autarquia dissemina transversalmente na sociedade siniense e chega-me às mãos mais uma evidência de que a verdade afinal existe.

A Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Básica nº 3, entidade que para todos os efeitos ainda não existe, conforme me informaram os seus representantes esta semana, uma vez que a comissão instaladora de que fiz parte, ao que parece não registou os futuros estatutos dentro do prazo legalmente estipulado para o efeito. Situação que obriga a nossa aprovação dos estatutos e eleição para a futura associação de Pais e Encarregados de Educação.

Mas o documento entregue aos alunos da Escola n.º 3, acima reproduzido, contêm várias mensagens, assim as saibamos descodificar.

Desde logo na sua forma. Porque motivo é a Associação de Pais a comunicar que os transportes facultados pela autarquia, para transportar os alunos para um ATL da Junta de Freguesia, passam a ser pagos? Qual a relação da Associação de Pais com o ATL? Nenhuma.

Depois a pseudo-associação não só extravasa as suas competências, como não exerce as que lhe competiriam, caso estivesse legalmente em funções. Ao invés de estar a comunicar impopulares cortes nos apoios sociais, substituindo-se a uma autarquia falida, deveria estar a defender os interesses dos alunos e pais e não os da autarquia, ATL ou Junta de Freguesia.

Quanto ao conteúdo, era importante a Junta de Freguesia ter distinguido quais os utentes do ATL que devem - e bem - suportar este custo ou outro superior e quais os que devem ficar isentos.


As associações de Pais não tem legitimidade para efectuar comunicados desta índole, pois deveria representar e defender os interesses e direitos dos encarregados de educação e utentes da escola e não do ATL, esta não é claramente uma atribuição ou função da associação de pais, caso não queira tornar-se uma célula ou braço-armado da politica de Manuel Coelho, manipulando a boa vontade de alguns pais que foram ao engano e utilizando outros que sabem bem qual a sua função e respectiva recompensa.
Uma simples informação que é uma autêntica metáfora da política local actual. A ausência duma efectiva e reflectida política de contenção de custos, a utilização e manipulação da sociedade e das suas instituições ao serviço dos interesses políticos de manutenção do poder e dos seus interesses e a ausência de uma oposição informada e activa que denuncie e trave estes procedimentos.

Simplesmente estamos perante uma informação emanada por uma associação, que caso existisse estaria a ultrapassar as suas competências, comunicando cortes de apoio social por parte de uma Câmara que joga a pedra e pretende esconder a mão.