sábado, 28 de fevereiro de 2009

Lamas oleosas em Santo André




Sem quaisquer pretensões políticas, apenas com o intuito de divulgar a reportagem feita para a Agência Lusa.

Bloco de Esquerda promoveu este sábado, com o apoio do núcleo da Quercus de Santo André, um debate com o objectivo de:
-inteirar-se do estado das reservas naturais e conservação da natureza;
-debater os projectos turísticos no Litoral Alentejano em plena Rede Natura 2000;
-conhecer as causas, efeitos e a extensão da poluição em Santiago do Cacém e Sines.

No final, foi feita uma visita ao aterro de lamas oleosas em Santo André. Sinceramente, nunca tinha visto tamanho atentado ambiental. É impensável que em pleno séc.XXI e passados tantos anos, este problema, este crime, continue sem qualquer solução. É vergonhoso que a pouca vontade política se continue a sobrepor ao bem estar das populações e a por em risco a própria natureza.

Ola a todos

É com muito gosto que passo a fazer parte desta "elite" de colaboradores do blog. Espero que a minha contribuição ajude o blog a crescer e a região a melhorar.
Um bem haja a todos

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

O Acto da Asembleia Municipal

Expectativa

Aguardava-se com expectativa a primeira Assembleia Municipal, que se realizou a 26 de Fevereiro, Manuel Coelho ex-PCP. Previa-se que a populaça ocorresse em massa, como quando vê um acidente ou presume uma zaragata, de preferência com gritos e puxões de cabelo. Não censuro, compreendo que com a crise instalada, a malta tenha que divertir-se, mas nem assim a casa encheu.

Esperava-se polémica sujeito a votação, uma ou outra altercação entre a familia CDU e os seus desavindo, na melhor das hipótese uma pateda politicamente arquitectada, para arrancar da modorra os inicialmente excitados observadores. Fosse a primeira assembleia nos dias imediatamente a seguir à saída do presidente e dos vereadores da CDU, e até um pequeno suspiro, inspiraria teoria e conspirações, segundos sentidos e intenções, neste momento tem os visados que esforçar-se um pouco mais para alarde das hostes.

Aos municipes que pensava passar um serão interessante, deviam saber que com excepção de alguns - poucos intervenientes - não se deve esperar nada de novo, surpreendente ou inovador, de quem elegemos.


Preliminares ou Antes da ordem do dia
Manuel Coelho refere que a CDU em 1994 , permitiu a violação do PDM para procederem à ampliação da refinaria da Petrogal;

O presidente da autarquia reconheceu que o estado das ruas, condutas de àgua, e mais um conjunto de tragédias locais, apontados pelo sempre participativo munícipe Manuel Lança, são uma nódoa. Tendo Manuel Lança disponibilizado a sua lavandaria para o efeito.

O PS e a CDU aprovaram uma moção de solidariedade com os pescadores lúdicos. Este assunto pelo já li parece-me interessante, pelo muito pouco que ainda sei, parece que só os naturais de determinadas localidades podem praticar determinado tipo de pesca, género cartão de residente para estacionar. Desta nem o Alberto João se tinha lembrado.

Apresentação de declaração politica da CDU, exigindo a devolução dos mandatos para os quais foram eleitos, do Presidente e dos vereadores que se desfiliaram, acusando-os de uma parefernália de adjectivos, que sentindo-se ofendido na sua honra o Presidente da Autarquia e ao arrepio do Regimento, exigiu o direito de resposta e teve-o.

Manuel Coelho admite que se recandidatará.

A vereadora Carmem torna público a sua situação com o PCP. Pelo que parece, o PCP não aceitou a sua filiação para não ferir susceptibildades (com os Verdes).

De novidades, nada.


O acto em si ou Ordem do Dia
3 assuntos aprovados por unanimidade
1 aprovado por maioria

O Pós-acto
Os fumadores fumaram o tradicional cigarros e trocou-se uma palavras simpáticas até ao próximo encontro.

Em resumo

Tão elevada expectativa e prolongados preliminares mereciam um melhor acto.

Candidato a Candidato

Hélder Machado, disponibilizou-se para ser candidato à autarquia Siniense, pelo Partido Socialista. Apesar de se tratar de uma candidatura a candidato, mas deixa de constituir uma surpresa. Não pela sua capacidade, mas pelo facto de não ser um candidato previsível, de não pertencer ao establishment socialista local.
A sua iniciativa trata-se de um acto de coragem pessoal e politica, ainda mais num partido hermético e avesso à mudança, ao confronto, à auto-avaliação e ao diálogo franco e aberto. A posição assumida pelo Hélder representa uma pedrada no charco, e torná-la pública, assumindo "fraquezas internas do partido", "falta de transparência", "conformismo", "dificuldade em assumir certas posições", ao contrário do que alguns pensarão, como sempre fizeram no passado, representa um contributo para o crescimento do partido, que poucos militantes ousaram. Ao "dar o peito às balas" o Hélder Machado obriga o PS Siniense a enfrentar um dos seus fantasmas: saber dizer não e explicar porquê, sem cinismo e hipocrisia. Acabou o tempo das meias palavras.
Caro Hélder, parabéns pela iniciativa, obrigado pela disponibilidade e votos de coragem, mesmo sabendo que corres o risco de um calvário inquisitorial.

Esclarecimento Pessoal




Escrevo este post em jeito de esclarecimento pessoall, tanto sobre a minha colaboração e a forma como se deu o convite, bem como sobre aquilo que eu penso que a estação deverá ou deveria ser. A minha opinião, porém, deverá ser encarada como apenas isso, uma opinião de alguém que colabora, com posts ocasionais neste blog.

Depois de alguns comentários a posts da estação, tendo criado o meu blog há relativamente pouco tempo, surgiu um convite via e-mail para colaborar, da forma que achasse mais correcta, no blog a estaçãodesines.
Foi para mim uma honra tal convite, uma vez que via a estação como um potencial fórum de discussão dos problemas vários que afligem o nosso concelho. E por isso decidi aceitar o desafio, até porque nunca tive problemas em dizer o que penso, mesmo correndo o risco de pensar errado, até pelo afastamento das lides politico/partidárias locais. Mesmo sabendo isso, tenho tentado transmitir aquilo que penso sobre as coisas que eu acho que são um problema para Sines, mantendo-me sempre atento a alguns comentários muito ricos que surgem de quando em vez.

Devo referir que apenas cumprimentei o Braz algumas vezes, na condição de vizinho e se troquei algumas palavras com ele, para além dos cumprimentos, foi na condição de filho do casal de quem ele era amigo ou conhecido.

Esse foi também um dos factores que me levou a aceitar e a entusiasmar-me com o convite endereçado, uma vez que essa distância garantia a minha independência quer aos meus olhos, quer aos olhos de terceiros.

É possível que se perguntem, sobre o porquê de tal justificação ou esclarecimento nesta fase, uma vez que já escrevi mais posts sem qualquer esclarecimento prévio sobre o porquê da minha colaboração. Porém, o facto de se verificar um número crescente de comentários a posts da estação, para mim que sou leitor assíduo de alguns dos blogs mais relevantes e mais visionados a nível nacional, que nunca em caso algum registam o número de comentários aqui deixados a alguns posts, reforçou a minha vontade em clarificar tudo, até porque não gosto de tabus, nem secretismos de qualquer espécie.
Sinto que esse número de comentários, é benéfico para qualquer sociedade, seja ela, uma empresa, uma aldeia, uma cidade ou um País e por isso vejo hoje a estação como um local onde tudo pode e deve ser discutido abertamente, quer seja com anónimos, quer seja com aqueles que se identificam, até porque para mim são quase todos anónimos. Desde que não se entre por considerações pessoais e exclusivas da vida intima de cada um, que muito prezo e me reservo ao direito de guardar só para os que escolho e/ou para aqueles que me escolhem a mim. Julgo que neste ponto todos pensamos da mesma forma. Por isso, concordo com o Braz, quando admite censurar comentários, que no fundo apenas desviam o correcto sentido da benéfica discussão dos problemas.

Mas acho importante a resposta a visões diferentes das nossas e é por isso que muitas vezes respondo a algumas, até porque acho que isso é útil para a discussão dos problemas e que só assim, se consegue que cada vez mais pessoas se aproximem da discussão sobre o rumo, no fundo, da nossa vida.
Em Sines, assim como em muitos outros locais, isso é algo de que muita gente resolve afastar-se e um blog como a estação, contribui na aproximação dessas mesmas pessoas, outrora em silêncio.
Para mim, a estação de Sines deverá sempre ser vista, como um serviço útil e saudável para qualquer sociedade democrática, pois promove o diálogo e a interacção de ideias livres e individuais e por isso tão preciosas.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Poupem-nos a esta crise

Hoje em Madrid, na apresentação dos resultados de 2008, a Repsol não fez qualquer referência ao projecto de ampliação da petroquímica de Sines, depois de em 2007, ter colocado ênfase na unidade de Sines, e no investimento de 1000 milhões de euros, que tinha uma importância fundamental para o grupo económico, e que foi alvo de "reavaliação", eufemismo utilizado para dizer que não se vai realizar, enquanto o mercado não lhe ditar melhor sorte.
A Repsol YPF informou que obteve um lucro líquido de 2,711 biliões de euros em 2008, valor 15% menor em comparação com o ano anterior. Segundo a empresa, este "preocupante e comprometedor" resultado foi devido à brusca queda do preço do petróleo e à drástica contracção da economia. A companhia informou que os resultados foram marcados na primeira metade do ano pelo alto preço do petróleo e pela alta do euro frente ao dólar, indicadores que acabaram caindo com força no segundo semestre.
Face a este reflexo avassalador da crise a Repsol colocou em marcha um plano extraordinário de poupança de 1500 milhões de euros, o que equivale a um corte superior a 10% no orçamento total inicialmente previsto para 2009.
Espera-se para breve um pedido excepcional de benefícios fiscais, um recurso a empréstimo bancário avalizado pelo Estado e uma candidatura ao FAME.
Definitivamente, esta é a crise que não merecíamos.

Regras

Nova Regra:
Dado o elevado número de comentários que nada acrescentam ou contribuem para a salutar troca de ideias sobre o assunto publicado, doravante entra em vigor nova regra:
Todos os comentários que não digam directamente respeito ao post ou que não contribuam para a discussão do mesmo, não serão publicados.
A selecção de comentários compete a cada responsável pela publicação do post.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Carnaval de Sines 2009 - As fotos











O meu top 10

É mais a FAME que o proveito


A autarquia de Sines criou um fundo de apoio às PME's, denominado FAME (Fundo de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas de Sines), em parceria com o BES, a LISGARANTE, a ADRAL - Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo e o IAPMEI - Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação.

O fundo tem um valor de 125 mil euros, sendo a comparticipação da autarquia para a sua constituição de 25 mil euros.
A concretização dos apoios às empresas processa-se através de um subsídio reembolsável, para financiar projectos de investimentos de PME's, com uma taxa de juro baixa (???) e com um período para o pagamento integral do empréstimo entre 3 a 6 anos, contando com um ano de carência de capital.

A preocupação e apoio da autarquia às PME´s, é na precisa dimensão da sua participação, € 25.000. Excepto o significado politico, em ano eleitoral, da iniciativa e da exclusão da Associação de Empresários de Sines (porque motivo a autarquia insiste em excluir as instituições de Sines?), pouco mais restará.

O "meu" Carnaval

Mantendo o principio de "quem não sabe rir de si, não é sério", voltei a mascarar-me mais um ano, e de novo a aposta recaiu na zoofilia, não sei o que Freud diria disto. Depois de Leões, Pintos, este ano foi a vez de cantar de Galo. Para o ano outro galo cantará.
Correndo o risco do estado de espirito, etilico e não só, influenciar a minha opinião, aqui ficam as impressões do "meu Carnaval 2009":

Sexta-Feira, Carnaval dos Pequeninos - Crescente qualidade e número de espectadores em cada ano que passa. Se nos anos mais recentes, o Infantário Pintaínho foi claramente o mais giro, este ano teve forte concorrência, com uma melhoria generalizada de todas as escolas a desfilarem. ver aqui

Sexta à noite, faltou este ano a grande supresa, para mim, dos últimos anos, o jantar de mascarados na Zorra, quem nem a vitória do meu Sporting compensou.

Sábado à noite, DJ´s na tenda do Parque Desportivo João Martins - não sendo apreciador, é seguramente uma boa iniciativa, muito participada, alargando o leque de ofertas e público do Carnaval.

Sábado e Domingo à noite - os poucos bares com ritmo carnavalesco, funcionaram bem em termos de público e consumo, aliás alguns registaram consumos recordes, nestes dias.

Segunda-Feira - foi a desilusão. O tempo convidativo, em relação a anos mais recentes, os dias anteriores e uma jantarada com mais de 100 pessoas, faziam prever uma noite histórica. Não o foi, ficoando-se por mais uma boa noite de Carnaval, o que já não é pouco, com bares e baile cheios, mas longe do limite e de anos anteriores.

Corso Terça-Feira - Com um sol convidativo, arrastei-me cheio de sono, - pois as crianças não compreendem o que significa uma noite e madrugada de Carnaval - para assistir ao desfile do Corso. O modelo "brasileiro" de apostar nas escolas de sambas, com um respectivo carro, não parece ter por onde vingar. Primeiro Sines não terá participantes suficientes para fazer um desfile com a dimensão pretendida, depois os carros, sendo poucos, terão que ganhar em qualidade, o que falta em quantidade. Reduzido o número de carros e grupos foliões. Pouco público, a assistir a um corso pobre, muito pobre. Necessário repensar um regresso às origens e apostar num corso mais popular, com mais grupos foliões e participação, o que não depende somente da Organização, mas de todos nós.

Video de Corso de Domingo e 3.ª Feira

Correio dos Leitores

Manifestação dos jovens que frequentam a formação profissional da Cercisiago junto do IEFP de Sines.

A comissão de pais dos jovens que frequentam a formação profissional em posto de trabalho da Cercisiago em Santiago do Cacém, comunicam a V. Exas, que na próxima quarta-feira dia 25 do corrente pelas catorze horas, vão manifestar-se com os jovens formandos, junto do IEFP de Sines.
Em questão está o corte da bolsa de formação no valor de 203 euros, que lhes foi retirada, muito embora haja um contrato de formação entre formandos, formadores, pais e a própria Cerci, para quatro anos e com o valor equivalente a 40% do ordenado mínimo nacional. Esta decisão que dizem ser da responsabilidade do IEFP foi comunicada aos pais dos formandos no passado dia 20 e com efeito no mês de Janeiro. Os pais de imediato entraram em contacto com o Instituto da Segurança Social e IEFP até este momento sem qualquer resposta.

Gostaríamos de contar com a vossa presença.

enviado via mail, por leitor devidamente identificado

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Vasco empata e perde o 1º lugar do campeonato!!

Juventude Sarilhense 1-1 Vasco da Gama


Este domingo jogou-se a penúltima jornada desta primeira fase do campeonato, que apura as seis primeiras equipas para a segunda e decisiva fase, onde o campeão e vice-campeão sobem de divisão. À entrada desta jornada o Juventude Sarilhense era uma equipa que ainda estava na corrida para ficar nos seis primeiros, necessitando para tal de vencer o Vasco da Gama para na última jornada confirmar o apuramento.

Deslocamos-se a um terreno difícil para defender o primeiro lugar e para provar que a derrota da semana passada foi acidente de percurso. Estávamos cientes das dificuldades que iríamos encontrar, pois estava em jogo a manutenção do Vasco na liderança e a passagem à segunda fase do Sarilhense. Entramos bem no jogo controlando todas as investidas do adversário e dispusemos de várias ocasiões de golo eminente que desperdiçámos. Ao intervalo o empate a zero mantinha-se e o resultado não era o desejado para nenhum dos onzes.
Na segunda parte continuamos a ter um maior domínio sobre o adversário e voltando a desperdiçar duas ou três ocasiões de golo sem as concretizar, o adversário cresceu muito a nível ofensivo e criou também alguns lances perigosos junto da nossa área. Fruto desses lances perigosos, nasceu o golo do Sarilhense através de um pontapé de canto, adiantando-se assim no marcador. Reagimos bem ao golo sofrido voltando a criar perigo junto á baliza contrária, onde começou a evidenciar-se o guarda-redes da equipa da casa, com um série de boas defesas evitou o golo já merecido pela nossa parte. Os experientes jogadores do Sarilhense, assim que se colocaram em vantagem entraram pelo tradicional caminho de quedas sucessivas para perder tempo e serem assistidos, curiosamente esta mesma equipa esteve a ganhar também em Sines na primeira volta e optou igualmente por perdas de tempo sucessivas que resultaram em 8m de descontos que resultou na viragem do resultado de 0-1 para o 2-1 final, este domingo o árbitro deu 6m de desconto e nós empatamos ao quinto minuto. Fiz ver a alguns jogadores do Sarilhense que aquela estratégia não era a melhor, pois nos dois jogos se não apostassem em perder tempo teriam vencido as duas partidas.

No próximo Domingo realiza-se a última jornada da primeira fase, onde recebemos o Paio Pires as 15h em Sines.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Bebamos antes cerveja

Não sei se sou eu que sou demasiado sensível, mas o cheiro a lixívia da água da Rede Pública em Sines, é-me insuportável.
Tentei informar-me no site da Câmara Municipal, sobre a qualidade da água que agora nos é fornecida pela Empresa Águas de Santo André, no entanto, como o previsto, nada encontrei, a não ser a já antiga informação sobre o porquê dessa mesma alteração no abastecimento. Tentei então, no site da empresa Águas de Portugal em que depois acedi à Águas de Santo André saber algo sobre as características da água que abastece Sines, mas sem sucesso.
Confesso que ainda não tive tempo de solicitar esclarecimentos sobre os motivos de tão inusitado cheiro, mas irei nos próximos dias enviar um pedido de esclarecimento para a Câmara Municipal de Sines, para a Águas de Portugal e para a Águas de Santo André no sentido de tentar perceber o porquê de podermos dispensar sabão e champô, enquanto lavamos as mãos ou tomamos banho.
Quando obtiver algum tipo de resposta, publicarei ,aqui na Estação o seu conteúdo, porque julgo tratar-se de uma questão de Saúde Pública.
Uma vez que me foi concedido o privilégio de poder colaborar em tão ilustre blog Siniense (já me rendi ao Siniense em detrimento do Sineense), em que a discussão de ideias é permitida sem medos nem receios de qualquer espécie, será provável que alguém mais informado me explique o porquê de para além do pontual cheiro a gás, termos agora que sofrer sempre que abrimos as nossas torneiras em busca de água limpa e inodora, caso isso aconteça eu agradeço.
No entanto é Carnaval e que eu saiba pelo menos durante estes dias, é mais importante a boa qualidade da cerveja do que a da água e ainda por cima da torneira.
As saudades que eu já tinha de ver Sines iluminada por este sol que durante tanto tempo as malditas nuvens nos roubaram.
Divirtam-se e bom Carnaval!

domingo, 22 de fevereiro de 2009

a bem da verdade

A famosa, pelas piores razões, vivenda no topo do loteamento de Santa Catarina, apesar de gerar um sentimento de indignação e revolta, pela injustiça do suposto incumprimento das regras urbanísticas, representa a verdade. A verdade no seu sentido mais puro, directo e cru.

Para quem entra em Sines pela em direcção ao centro da Cidade depara com um conjunto de outdoors, cartazes, avisos, informações, das mais variadas formas, cores, formatos, desenhos, situados num baldio do lado direito, que o acompanhará durante centenas de metros, descendo a Av. General Humberto Delgado, o caos que voltará a encontrar pela cidade;

Quem opta por entrar em direcção ao Porto de Sines, via Costa do Norte, não tarda encontra barracas, vedações, hortas. A permissividade que reconhecerá mais tarde noutros pontos da localidade;

Por fim quem vinha de Sul, entrando pela avenida Vasco da Gama, encarava com Sines de uma forma que não corresponde ao que virá depois. Agora está reposta a verdade, para que se desenganem os mais incautos, lá está inacabada, altaneira, qual fortaleza, o exemplo e a prova, da forma como a autarquia, aplica e fiscaliza as regras e normas urbanísticas.

Enquanto a CMS não actualiza no seu site o dossier relativo a Santa Catarina, mais propriamente, sobre o casão que se ergue na extremidade da falésia, socorremo-nos do blogue "Pedra do Homem", onde surgem questões pertinentes, e afirmações reveladoras de quem conhece bem o processo.



Tenho acompanhado com interesse este processo - sobre o qual a oposição mantêm um ensurdecedor silêncio -, assim como a construção do prédio, sito no Largo Afonso de Albuquerque (antiga Rodoviária Nacional) que apesar dos seus 4 pisos e de não possuir estacionamentos em cave, iniciou a a construção, com uma tímidas varandas, que depressa de transformaram num corpo balançado (gosto destes termos urbanísticos que utilizam, para impressionar a maralha e mudar o nome dos mamarrachos) sufocando o outrora largo, transformado numa viela com parque de estacionamento. Com as varandas fechadas, o que se traduz num aumento razoável da área de construção, o prédio transforma-se no mais que previsível caixote com janelas, completamente desfasado da arquitectura envolvente. A distância entre o licenciamento e o embargo é sempre maior que entre a possível qualidade de vida e o eminente disparate.

1º dia de folia


Um dia perfeito para o Carnaval sair à rua, pena que o atraso de mais de uma hora seja já uma normalidade. Quando os foliões completam meia volta ao percurso, é quase noite e já a maioria das pessoas deu a debandada. Enfim, é à portuguesa...Resalvando o melhor, coloco a foto do dia. Para mim, a dupla mais bonita do Carnaval de Sines. Ano após ano, João e Joana espalham alegria, boa disposição, beleza e muita sensualidade. Os irmãos são já um símbolo do nosso Carnaval. Parabéns moços ;)


PS: Peço desculpa pela marca de água a meio da foto, mas os usurpadores de fotos a isso o obrigam. No final colocarei aqui as melhores fotos dos 3 dias de folia.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Sondagens

Numa sondagem à "boca do blog", em www.ofeoa.blogspot.com, com todas as vicissitude inerentes a este tipo de sondagem - o mesmo utilizador a votar várias vezes com diferentes IP's, utilizadores menores de idade que não votam, cenários políticos que não se realizarão, etc, etc, etc - mereceu do administrador em relação ao meu nome, que estranhamente teimam em apontar como eventual candidato, o seguinte comentário:

"Em segundo lugar o António Braz (independente), embora esteja inflacionado por ter os leitores do blog dele a votarem aqui... Sem desprimor para o A. Braz, porque ele é o "presidente" dos blogs de Sines. Seria interessante..."

Em resposta, tomo a liberdade de usurpar as palavras do grande Miguel Torga, que seguramente não se importaria: "É escusado. Não posso ter outro partido senão o da Liberdade".

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Mestre Durval



Milhares e milhares de refeições, eis que mestre Durval se reformou com direito a festa de despedida no Salão da Música, em Sines. Ilustres da praça presentes no banquete, dum lado os membro do PCP, do outro os dissidentes do PCP, no meio, não necessariamente a dividi-los, pessoal afecto ao PS. Mera coincidência, geradora de risos. Irónico o destino.

Poucas ocasiões juntarão estes grupos, ainda mais para festejar. A festa de homenagem ao Durval teve esse condão, o que aliás só reflecte a sua forma de estar na vida. Defender as ideias, sem hostilizar as pessoas.

Petição Anti-Corrupção




Foi ontem lançada, por vários eurodeputados, de vários partidos e nacionalidades, uma petição anti-corrupção . Eu já assinei, assinem vocês também! Perdem apenas alguns segundos ao clicar aqui.
Com esta petição, pretende-se uma legislação europeia preventiva e criminalizante da corrupção, bem como mecanismos que possam actuar tanto no espaço da UE, como na relação da UE com Países terceiros.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Carnaval de Sines


Lembro do Carnaval em Sines na década de 80, 90 do século passado, os carros serpenteando pelas exíguas ruas do centro histórico, ovos, farinhas, guaches, muita água, tratava-se mais de um bando de foliões, que propriamente de um desfile carnavalesco. Era então um modelo esgotado em acentuado declínio.

No final da década de 90, o cortejo muda-se para a avenida General Humberto Delgado, atingindo o seu auge no ano que contou com a presença da actriz brasileira Regina Duarte, protagonista da novela da noite, Rainha da Sucata. Recordo-me que enquanto o seu carro desfilava na Avenida e simultaneamente em directo na RTP, as pessoas gritavam-lhe à sua passagem: “Deixa-o, ele é um malandro!”, referindo-se à personagem masculina que no ecrã do televisor com ela enchia a noite e os corações dos telespectadores, na telenovela Rainha da Sucata. Eram os tempos da novela única, que todos partilhavam a seguir ao jornal da noite, discutiam as incidências e imitavam os tiques dos personagens.

“Mudou-se para a Avenida”, é muito mais que uma mera deslocalização geográfica do cortejo. Tratou-se de uma nova forma de encarar o Carnaval, dar-lhe a dimensão que a sua história e as suas gentes mereciam, tratá-lo como um evento turístico exigente de qualidade e inovação, como um acontecimento económico, e a par de tudo isto manter a tradição, com os seus heróicos voluntários e a participação popular, onde os bailes no pavilhão ganharam foros de lenda. Foi uma verdadeira revolução Copernicana.

Sou daqueles que defendi, e continuo a acreditar, que o modelo ainda não estava esgotado, quando se mudou para a outra avenida, desta vez a Vasco da Gama ou Avenida da Praia. O que não significa que não acredite no modelo actual, a sua mudança não foi precipitada, evitou-se que iniciasse um novo declínio. O mundo do entretenimento, com a acelerada oferta de inovadoras formas, exige que o Carnaval se reinvente constantemente. Actualmente o Carnaval de Sines, quase uma indústria, consolida o seu modelo, mantendo-se como uma referência do espectáculo e do turismo da região, tendo como rival apenas o FMM.

Pela sua história, pelas muitas estórias, pelos protagonistas, pelos anónimos que laboram noites dentro, por se tratar de uma festa organizada pela sociedade, pelas muitas noites e dias de diversão que nos proporciona, pelo dinamismo que imprime à nossa terra, é a minha festa preferida, sentido-me sempre penhorado perante os poucos que trabalham para que aconteça ano, após ano, enquanto muitos como eu repousam.

Que seja novamente um grande CARNAVAL.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Jackpot

Ao abrigo do Programa de Regularização Extraordinária de Dívidas do Estado às Câmaras de Sines e Santiago do Cacém vão receber de Sines e Santiago do Cacém vão receber um montante de 11,325 milhões de euros e 4,130 milhões de euros, respectivamente.
Os montantes atribuídos no âmbito deste programa não poderão financiar novos investimentos, trata-se de uma operação financeira que permite transformar a dívida a fornecedores em dívida à Banca (que aceitar financiar a operação) e ao Estado.


Mantenho a opinião publicada em 20 de Janeiro. Para bem de Sines e, particularmente, dos fornecedores da autarquia regozijo-me com a aprovação da candidatura, pois permite pagar as dividas, muitas das quais a pequenas empresas locais e injectar liquidez no mercado.
Contudo não será negligenciável nas contas municipais os encargos financeiros desta operação, isto se a autarquia conseguir contratar 60% do montante aprovado junto da Banca.
Em relação aos 40% remanescentes, a juro zero financiado pelo Estado - através da emissão de divida pública - seremos mais uma vez nós contribuintes, a pagar a má gestão, neste caso das autarquias. E que dizer das autarquias cumpridoras com o pagamento a fornecedoras. Continuamos a beneficiar a falta de rigor e a ignorar quem cumpre, triste sina a nossa.

Homens Sexuais

Sou contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, pois permitir é tornar igual o que é diferente. Não me incomoda minimamente os homossexuais, compreendo e aceito a sua diferença. Mais, entendo que é nesta diferença que reside o seu direito à igualdade de tratamento e de direitos.

Ser diferente não é ser melhor nem pior, é tão-somente ser diferente, insistir na igualdade quando somos diferentes trata-se de um revelador sinal de fraqueza. As mulheres na sua legítima luta de igualdade de tratamento na sociedade, não pretendem ser iguais aos homens, pois nunca o serão, quer serem tratadas de forma idêntica, apesar de serem diferentes. E aqui o conceito diferente não tem um sentido pejorativo, pois aceitar a diferença do outro, é reconhecer a nossa própria diferença perante o outro.

A luta dos homossexuais deve centrar-se na exigência dos mesmos direitos e regalias para quem é diferente. Não há nada mais discricionário do que pretenderem que sejamos todos iguais.

Depois esta discussão esbarra em algo incontornável. A sociedade portuguesa, nomeadamente os mais jovens, - até aos 30 anos - aceitam e reconhecem a união homossexual como um dado adquirido, sem traumas ou complexos pré-concebidos.

O Partido Socialista na azáfama de capitalizar votos à sua esquerda e desviar a agenda politica dos problemas reais e prementes da sociedade, lança o debate na sociedade de forma cinicamente calculada, procurando criar um facto político fracturante.

Tolo é aquele que pensa que são todos tolos.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Opiniões querem-se e são sempre bem-vindas!

Tenho gerido com alguma estranheza certos comentários, que em jeito de elogio e de encorajamento me são dirigidos. Alguns revelam a existência de receio em falar, de contenção forçada nas criticas necessárias a uma boa governação, criticas essas que deveriam ser um direito e um dever de qualquer cidadão de um País livre e Democrático.
Apesar de não simpatizar com o Partido Comunista, sou aliás contra a existência de qualquer partido que não se reja pelas regras do regime em que vivemos, não penso que este seja um mal exclusivo de Sines e por consequência da governação comunista.
Este medo, este receio, foi já referido e apontado no seio do partido que governa Portugal e por várias vezes são referidos actos que contribuem para esse sentimento. Há de facto pessoas que são prejudicadas ou que não são beneficiadas por exporem as suas ideias, desde que contrárias às decisões dos governantes e a isso junta-se uma justiça inexistente, uma igualdade de ficção, serviços secretos que por vezes parecem estar ao serviço desses mesmos governantes e imunidades descabidas e desnecessárias.
Não vou aqui dissertar sobre todos os problemas da nossa Partidocracia, no entanto, sou obrigado a focar-me de novo em Sines, onde também, como já várias vezes referi, também existem relatos de casos estranhos de despromoções e promoções por simpatias.
E sou obrigado a isso devido às declarações do Presidente Manuel Coelho, que afirmou ter-se sentido controlado, apertado ou sufocado, pela Direcção Nacional do PC, mas apenas nos últimos 3 anos, dando asas à hipótese de que durante todos estes anos fomos governados de acordo com as directivas comunistas, que seriam porventura sempre contrárias a qualquer proposta Governamental, quer fosse boa, quer fosse má. Isto, de acordo com a minha humilde análise, leva-me a supor também, a possibilidade de que o nosso Presidente, apenas tenha entrado em ruptura com o PC, por consequência de inevitabilidades financeiras, vendo-se por esse motivo, obrigado a assinar certos acordos com o Governo PS, que com certeza nos trouxeram um balão de oxigénio para as futuras eleições.
Mas para além de tudo isto, o que mais me inquieta ainda, é o facto da Direcção do PC, poder controlar e condicionar assim um executivo da sua cor, principalmente porque estes cada vez são mais raros e por isso lhe deveriam ser mais caros. Dá que pensar como reage o PC, ou como tem reagido ao longo de todos estes anos, em relação a qualquer cidadão independente, ou não, que se intrometa com as suas directivas e orientações.
Olhando o País de novo e Sines em particular, tenho a certeza que só existirá uma forma de vivermos sem receios e de consciência tranquila e, essa, é dando a nossa opinião e criticando sempre que vemos uma injustiça, sempre que vemos um abuso de poder, sempre que vemos corrupção, sempre que vemos algo que não achamos justo.
Mas enfim, opiniões são opiniões e apenas como tal devem ser vistas.

Assalto em Sines

Hoje de madrugada, às 2h15, três homens encapuzados e armados roubaram um camião dos estaleiros da Repsol em Sines.
Segundo a GNR, os indivíduos agrediram um segurança do estaleiro antes do assalto.
A GNR desconhece se o camião estava carregado.

Semanário Sol

Vasco da Gama perde em Cabanas!!


Botafogo 2-0 Vasco da Gama

Decorrida a 16ª jornada da primeira fase e a dois jogos do final desta, perdemos pela segunda vez neste campeonato, agora em Cabanas frente ao Botafogo por dois a zero. Foi o fim de um espectacular ciclo de jogos sem perder, não perdíamos á 9 jogos com 8 vitórias e um empate.

Sabíamos à partida que este era um jogo muito muito difícil dadas as características do campo do Botafogo (o piso e as dimensões do campo) e dada a forma como esta equipa joga no seu pequeno terreno. Sabíamos também que não iríamos de certeza praticar o nosso futebol de pé para pé e um futebol com transições rápidas com a bola jogável, mas a nossa equipa gosta de praticar bom futebol em qualquer campo, e mesmo tentando jogar como os nossos adversários (duro, pontapé para o ar, organização de jogo zero, etc..) é sempre difícil pois temos sempre o bom hábito de querer praticar bom futebol independentemente das condicionantes e obstáculos.
O jogo de bom futebol não nada teve, a bola pouco circulou no chão e os lances de maior perigo nasceram de lances de bola parada, para ambas as equipas. Jogo com um árbitro que nunca foi coerente nas suas decisões acusando bastante a pressão do público da casa e seus jogadores.
Penso que o resultado mais justo seria o empate, nenhuma das duas equipas justificou sair vencedora deste jogo, resolvido pelo Botafogo num lance de bola parada e noutro através de uma jogada em que beneficiam de um domínio com a mão que isola um jogador e faz o segundo golo.
Não temos por hábito falar das arbitragens e desculpar-nos com os erros destas, mas não podemos ficar indiferentes a situações estranhas que têm vindo a acontecer á nossa equipa, como são os casos destes três últimos jogos, em Almada o jogado vascaíno Fio vê vermelho directo sem que nada o justificasse e para surpresa das duas equipas, na jornada passada em Sines foi prontamente assinalado um penálti bastante duvidoso contra nós tendo depois havido um igual a nosso favor não assinalado e ontem em Cabanas mais uma expulsão com vermelho directo ainda na primeira parte ao Pedro Jacinto numa jogada em que o arbitro até hesita em marcar a falta mas perante a pressão do publico e dos jogadores do Botafogo, marca a falta e expulsa o Pedro. Já com dez jogadores e a perder por 1-0 igualamos o jogo, numa jogada duvidosa de fora de jogo, mas prontamente anulado o golo (não fosse o Vasco entrar na discussão pela vitória do jogo) e o segundo golo do Botafogo nasce de um domínio com a mão que acaba por isolar o jogador e resultar em golo.
Estes recentes casos dá-nos que pensar o porquê destas últimas arbitragens e qual a sua intencionalidade.
Resta-nos dar os parabéns ao Botafogo pela vitória e começar já a trabalhar para ir Domingo a Sarilhos mostrar que a derrota em Cabanas foi um pequeno percalço na nossa caminhada rumo á subida.

Aqui dou a conhecer algumas fotos que demonstram o piso e as dimensões do campo do Botafofo:

Como demonstra esta imagem a distancia entre a linha lateral e a linha da grande área não é mais que 2 metros.


Mais uma foto que espelha bem a largura deste campo de "futebol".


Palavras para quê.. em 2009 ainda se pratica desporto nestas condições, com o total apoio e permissão da associação futebol de Setúbal.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Correio dos Leitores - Pedido de Esclarecimento

Exmos Senhores Directores dos jornais
ASSUNTO. Esclarecimento.
Reportando-me às notícias publicadas pelos jornais em 31.1.2009, sobre o processo FREEPORT, há algo que pedia me pudessem esclarecer, pois que, com os elementos facultados, a confusão situacional prima pelo brilhantismo.

Refiro-me à mãe do Sr. 1º ministro, Dª MARIA ADELAIDE DE CARVALHO MONTEIRO:
- Divorciada nos anos 60 de Fernando Pinto de Sousa, "viveu modestamente em Cascais como empregada doméstica, tricotando botinhas e cachecóis…".(24 H)
Admitamos que, na sequência do divórcio ficou com o chalet (r/c e 1º andar) cuja fotografia se reproduz (CM).
Admitamos ainda, que em 1998, altura em que comprou o apartamento na Rua Braamcamp, o fez com o produto da venda da vivenda referida, feita nesse mesmo ano. (1998).
Neste mesmo ano, declarou às Finanças um rendimento anual inferior a 250 €. (CM), o que pressupõe não ter qualquer pensão de valor superior, nem da Segurança Social, nem da CGA.
Entretanto morre o pai (Júlio Araújo Monteiro) que lhe deixa "uma pequena fortuna, de cujos rendimentos em parte vive hoje" (24H).
Por que neste momento, aufere do Instituto Financeiro da Segurança Social (organismo público que faz a gestão do orçamento da Segurança Social) uma pensão superior a 3.000 € (CM), seria lícito deduzir – caso não tivesse tido outro emprego a partir dos 65 anos - que, considerando a idade normal para a pensão de 65 anos, a mesma lhe teria sido concedida em 1996 (1931+ 65).
Só que, por que em 1998 a dita pensão não consta dos seus rendimentos, forçoso será considerar que a partir desse mesmo ano, 1998 desempenhou um lugar que lhe acabou por garantir uma pensão de (vamos por baixo): 3.000 €.
Abstraindo a aplicação da esdrúxula forma de cálculo actual, a pensão teria sido calculada sobre os 10 melhores anos de 15 anos de contribuições, com um valor de 2% /ano e uma taxa global de pensão de 80%.
Por que a "pequena fortuna " não conta para a pensão; por que o I.F.S.S. não funciona como entidade bancária que, paga dividendos face a investimentos ali feitos (depósitos); por que em 1998 o seu rendimento foi de 250 €; para poder usufruir em 2008 uma pensão de 3.000 €, será por que (ainda que considerando que já descontava para a Segurança Social como empregada doméstica e perfez os 15 anos para poder ter direito a pensão), durante o período (pós 1998), nos ditos melhores 10 anos, a remuneração mensal foi tal, que deu uma média de 3.750 €/mês para efeitos do cálculo da pensão final. (3.750 x 80% = 3.000).
Ora, como uma pensão de 3.000 €, não se identifica com os "rendimentos " provenientes da pequena fortuna do pai, a senhora tem uma pensão acrescida de outros rendimentos.
Como em nenhum dos jornais se fala em habilitações que a senhora tenha adquirido, que lhe permitisse ultrapassar o tal serviço doméstico remunerado, parece poder depreender-se que as habilitações que tinha nos anos 60 eram as mesmas que tinha quando ocupou o tal lugar que lhe rendeu os ditos 3.750 €/mês.
Pode-se saber qual foram as funções desempenhadas que lhe permitiram poder receber tal pensão?
Eleitor e Contribuinte português

Deicha-os Pescar


José Sócrates foi reeleito secretário-geral do PS com 96% dos votos, de acordo com o comunicado do próprio partido.

Do total de 73.104 militantes inscritos, o secretário-geral obteve 25.393, ou seja menos de 26% dos militantes do partido.

A apresentação de um único candidato a secretário-geral, diz muito do Partido socialista actual. Podia ser sinal de coesão numa altura particularmente difícil para o país e na proximidade de eleições, mas não explica o nível de abstenção

Depois de em 2004, com três candidatos (José Sócrates, Manuel Alegre e João Soares) terem participado 35.000 militantes, em 2006, com José Sócrates sozinho na corrida, participaram 26.553 militantes, num universo de cerca de 90.000 militantes inscritos. Situação que não deve incomodar muito o Sr. Júlio Monteiro e o seu sobrinho.

Nunca tantos roubaram tanto a tão poucos

Portucale, Freeport, Apito Dourado, Furacão, Isaltino, Felgueiras, Valentim, e agora Machado, e tantos, tanto mais, demasiados seguramente. Todos fizeram o seu papel, ou quase. A opinião pública indignou-se e estrebuchou, os jornais denunciaram, a policia investigou, falta a justiça, o último elo da cadeia (ou antes dela).

Todos ouvíamos falar em corrupção generalizada, conhecíamos histórias mais ou menos rocambolescas, por vezes com impunidade desconcertante, as suspeitas e os casos eram (são) muitos para não existir algum fundamento. O caso de Mesquita Machado é mais um, somente mais um.

Em Portugal quem tem poder - qualquer tipo de poder - é por principio corruptível, e mais das vezes corrupto. Os factos exigem que invertamos o ónus da prova, já não é possível presumir a inocência, pelo contrário, devemos presumir a culpabilidade de todos aqueles que tem acesso ao poder, todo o tipo de poder. Somos um país de corruptos, aceitemos.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Dia dos Namorados


A indústria do consumo, não pará, nem pode parar. Inventou-se o Dia dos Namorados, o Dia do Pai, o Dia da Mãe, recentemente o Dia dos Avós, falta o Dia dos Dias. Como se para os Filhos, Pais, Avós, Namorados todos não fossem o seu Dia.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Mais do mesmo



Pelo menos desde ontem ao fim da tarde que arde, escondido pelo betão, material desconhecido, mas cujo odor denuncia plásticos, borracha, madeira, etc, nos terrenos da APS.
Imagino que como normalmente a CMS não terá jurisdição ou ainda não "sabe", a GNR ainda não viu ou não registou queixas e a APS não sabe de nada.
Mais do mesmo.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Ricos Declarados

Quando era criança, rico era um milionário, indivíduo que tinha mil contos. Sabia-se com rigor quem era rico e quem era pobre, o termo rico estava perfeitamente definido na nossa cabeça, tudo a preto e branco, era o tempo dos contos - unidade monetária e estórias para dormir - e da ingenuidade minha e dos mercados financeiros - Subprime era um jogador novo do Benfica, Euribor era o acto de ir embora, de alguém com sotaque estrangeiro.

Hoje, o Governo na sanha de angariar mais impostos, e acenar à esquerda que lhe foge, e da qual a cada dia parece mais necessitará para manter a maioria, afirma que ainda é fácil identificar quem são os ricos. Mas como existem os ricos declarados e os ricos efectivos, e nem sempre coincidem estas duas categorias, ficarei sempre na dúvida se o Governo consegue identificar os primeiros, os segundos, ou nenhum deles.

Vejamos um exemplo. Consideremos dois trabalhadores A e B, ambos com um vencimento de € 1.500 mês, deslocados no estrangeiro ao longo de todo o mês, o que lhes confere o direito legal de auferir diariamente um montante pago a título de ajudas de custo no estrangeiro, isento de impostos - Segurança Social e IRS - de € 148,91 o que corresponde a € 4.467,30 (30 dias) mensais isento de impostos, como os quais os trabalhadores fazem face às suas despesas de estadia, alimentação e deslocação (viagens).

Aparentemente ambos igualmente ricos, apesar de o governo não os conseguir identificar, pois as ajudas de custo não são declaradas. Mas serão ambos igualmente ricos?. E se A trabalhar em Berlim onde vive durante o mês e B em Badajoz vindo jantar e dormir à sua casa em Elvas.


E o C de que ainda não falámos, com o mesmo vencimento base mensal de € 1.500, deslocado na Madeira, que até ver é território nacional, o que lhe confere o direito legal de auferir um ajuda de custo nacional, isenta de impostos de € 62,75 por cada dia (€ 1882,50 mensais).

Quando se atribui limites de ajudas de custo com uma disparidade de € 86,16, entre território estrangeiro - entenda-se tudo o mundo menos Potugal, desde Tóquio a Ayamonte - e nacional - continente e Ilhas -, está tudo enviesado desde o inicio.

São injustiças de um sistema fiscal, usado e abusado para fins eleitorais e financiar gestões governamentais desgraçadas, que poderá servir para tudo mesmo para aferir quem é rico.

Autarquia vs Associação de Comércio

Na sequência do meu 1º post na Estação, sobre a indigente noite de Sines, houve quem em jeito de comentário, argumentasse que a principal responsabilidade do estado de coisas, seria da Associação de Comércio de Sines. É estranho este ponto de vista, uma vez que na minha opinião e julgo que aliás, na opinião da generalidade das pessoas, cabe à Autarquia desenvolver infraestruturas, garantir a segurança, incentivar investimentos e dialogar com Associações Civis de modo a obter aquilo que visiona para uma determinada zona da cidade. Há quem todavia veja o mundo de pernas para o ar e ache que deveria partir da Associação de comércio, ou seja dos comerciantes, a iniciativa de investir num espaço degradado, inseguro, sem acessos e sem estacionamentos, de modo a poderem exigir posteriormente à Autarquia os respectivos melhoramentos da zona em questão. Exemplos não faltam, de quem tenha investido naquela zona, mas sempre sem sucesso. Bem sei que a Câmara pode esbanjar dinheiro, sem olhar a meios, que pode realizar obras faraónicas sem estudos geológicos que as suportem, basta para isso não pagar a quem as faça, ou aumentar ainda mais o passivo já de si escandaloso, mas os comerciantes duvido muito que possam enveredar por tais caminhos. Os riscos para um investidor são calculados ao pormenor, podendo basear-se, é verdade, em previsões, mas julgo que ninguém preveja que os nossos governantes locais possam mudar substancialmente nos próximos anos e por consequência, também ninguém prevê que naquela zona valha a pena investir.
Por raciocínio lógico, até porque em promessas de políticos, apenas os ingénuos acreditam, caberá à Câmara e ao seu executivo, que governa Sines desde o 25 de Abril, efectuar as medidas necessárias para que os comerciantes cheguem à conclusão de que vale a pena correr o risco de investir na zona histórica.
Para confirmar esta minha certeza, basta apenas apresentar como exemplo o que aconteceu na Rua António Aleixo, na qual de uma Fábrica de peixe abandonada nasceu a principal zona comercial de Sines , pela ordem de ideias que julgo ser a correcta, implementação de infraestruturas e condições de segurança que automaticamente serviram de chamariz a novos investidores.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Duas simples fotos do fds



Nada demais, apenas para assinalar a volta do fim de semana ;)

Abraço
Tiago

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Correio dos Leitores - Comentários que viram post

Caros comparsas de blog sou a Drª desterrada!

Usei um nome que quem me conhece identifica à 1ª. Não tenho problemas hoje, mas não gosto que me chamem funcionária da CMS, porque tive a coragem de dizer não, e não foi fácil. Como diz a canção"abalei chorando, já deixei o alentejo"...acreditem que este blog me faz bem, vou sabendo as notícias de Sines nas horas tardias da noite, porque deixar uma casa 30 anos depois não é pêra doce! Eu amava cada árvore (incluindo os sobreiros da Humberto Delgado), cada canteiro que o Naval fez, porque partilhei a alegria de ver evoluir Sines, porque nas pequenas coisas estava um pouco do meu trabalho, da minha vida, e da dedicação que ponho naquilo que faço! Quando esse Sr. chega à Câmara, tudo começa a mudar, onde antes se cedia para auto-construção em direito de superfície começa a ser vendido em hasta pública, a Fiali morre, a ZIL II leva novo regulamento, com novos preços que depois têm que ser suspensos, nova tabela de taxas, feita em casa por uma colega, que fora da Câmara trabalhava melhor, com taxas não pensadas, que tiveram que ser suspensas, e repristinadas as antigas; são pequenas histórias que passam ao lado da população,que só repara quando vai pagar, mas para quem vive o poder local, com seriedade, isto constrange, e se diz que não concorda, ou que não se deve fazer assim, corre o risco de ser despromovida, o que me aconteceu em 2000, sem qualquer explicação, nem a signatária, nem a quem questionava, e creio que a CDU também o terá feito, sem obter resposta, porque nem o MC nem o seu então nº 2 gostavam que eu estivesse a par das coisas, porque quem não sabe, não contesta, nem questiona! Ora se passei aí mais 7 anos foi apenas por ter um filho pequeno, que não podia deixar sozinho com o pai, mas em 2007 a 2ª despromoção, foi demais, porque não achei que devesse ser dirigida pelas minhas ex-alunas e ex-estagiárias, e ser notária, ilegalmente nomeada, porque ainda hoje em 2009, com toda a legislação nova, continuam os entendidos a achar que notário privativo é quem tem funções dirigentes, mas como se encomendam pareceres, não interessa quem diz a verdade, sobretudo se é alguém de quem não se gosta. Mas eu também não desejo que goste de mim, só queria respeito, mas nem isso tive, antes me convenceram de que eu estava velha caduca, e desactualizada, tive que sair da minha terra, e onde não conheço ninguém provar a mim própria que sei trabalhar, em qualquer lado, e mais do que isso por em prática aquilo em que acredito, que no trabalho, não há cores e somos todos brancos! Assim a minha ex-colega, se está muito contente com o Sr. Dr. bom proveito, mas de certeza não tem que trabalhar com ele, porque nesse caso não falaria assim. 9 anos na Câmara com o MC foram mais desgastantes do que 4 anos anos em Lisboa a trabalhar 7 horas por dia e faculdade à noite. Por isso eu não gosto de ser conotada com a CMS, e já agora não pensem que estou a ver melhor por estar longe, só vejo que sou capaz, mas de resto sinto o que sentia aí e não dizia porque ninguém queria saber, nem a CDU nem o PS, ninguém se interessou, logo todos deviam pensar que eu era uma incompetente, já que era isso que lhe vendiam. Por tudo isto, Sines? NÃO OBRIGADO! Prefiro manter a minha paz de espírito e acreditar em mim, ainda que isso signifique só estar com a família ao fim de semana. E se querem o MC votem nele, continuem com ele porque estão bem, e no último mandato que a lei permite que ele faça deve ser ainda mais interessante para preparar a "sucessão" dentro do seu clã, que briosamente construiu...a desterrada.

Vasco vence no jogo da jornada!!

Vasco da Gama 2-1 Beira-mar Almada
Era o jogo grande da jornada quinze do campeonato distrital da 2ª divisão de Setúbal, opunha frente a frente o primeiro (Vasco da Gama) e o segundo (Beira-mar) classificados do campeonato que separados apenas por um ponto jogavam pela liderança da prova.

Recebemos em Sines este domingo a única equipa que até á data nos tinha vencido (2-1 em Almada) neste campeonato e também a equipa que nos tinha acompanhado sempre nos primeiros lugares com a diferença mínima de pontos. Tínhamos bem presente na nossa memória a derrota injustíssima na primeira volta em Almada, dado o jogo que fizeramos. Em Sines perante o nosso público e frente ao nosso adversário directo na luta pelo titulo, sabíamos que só a vitória e uma boa exibição provaria a diferença do Vasco para todas as outras equipas.

Depois de entrarmos mal em alguns jogos, Domingo tudo foi diferente. Entrámos concentrados e querendo desde logo assumir o jogo, não deixando o Beira-mar fazer o seu jogo. Desta forma aos 15m de jogo já vencíamos por 2-o com golos de Idi e João Guedes, fruto de um maior ascendente e domínio da nossa parte. Primeira parte completamente dominada pelo Vasco e resultado justo ao intervalo.

Na segunda parte já esperávamos uma reacção do Beira-mar que tentaria entrar na discussão do resultado, mas esta era a partida maisconseguida da nossa parte em termos de concentração e organização desde o primeiro ao último minuto não permitindo ao adversário criar perigo de maior para a nossa baliza. Já perto do final e através de uma grande penalidade (muito discutível) o Beira-mar reduziu e acredita que era possível chegar ao empate que não veio a acontecer, porque mantivemos a nossa organização e psicologicamente não nos afectou o golo do Beira-mar. Vitória justa que repõe alguma justiça na tabela classificativa dada a diferença futebolística mostrada pelo Vasco da Gama em relação às restantes equipas.

CLASSIFICAÇÃO:
1º Vasco da Gama 38 pontos
2º Beira-mar Almada 34
3º Luso Barreiro 25
4º Botafogo 23
5º Paio Pires 21
6º Almada 17
7º Lagameças 16
8º J.Sarilhense 14
9º Quinta Conde 13
10º Charneca Caparica 9

Sines à noite

Início hoje a minha colaboração na estação. Julgo importante que se reflicta sobre a vida nocturna de Sines, uma vez que é um factor fundamental para uma terra que para além de industrial se pretende turística e capaz de atrair jovens e menos jovens. Explicar a noite de Sines é fácil, uma vez que apenas existem 3 bares que pessoas "normais" possam frequentar, abertos no máximo até às 4h da manhã. À excepção de iniciativas esporádicas, Sines é uma cidade quase deserta por volta das 2h da manhã de um qualquer sábado à noite, pelas ruas da nossa cidade circulam apenas pessoas com aspecto duvidoso, estando os pouco resistentes de aspecto "civilizado", divididos entre o bar/restaurante Ponto de Encontro e o espaço XL que veio contribuir em muito para a vida nocturna da nossa naturalmente bela localidade. Apesar deste clima de insegurança, onde só os bravos resistentes, grupo no qual me incluo, são capazes de furar a apatia e desolação que nos ensombra a alma, principalmente àqueles que têm a felicidade de durante a semana estarem por outras paragens, não se vê um único policia à noite. Nem um único ser que mantenha a ordem, apenas operações STOP na caça à multa e rusgas de complexa elaboração ocasionalmente.
Para alguém que visita Sines, fora da época do FMM, será com certeza uma experiência a não repetir e sempre que me cruzo com turistas, dou por mim a desejar que eles não tenham a infeliz ideia de sair à noite para beber uns copos, a desejar que apenas guardem na sua memória as imagens das maravilhosas praias que a natureza nos reserva dentro do nosso Concelho. Talvez já não haja retorno no que diz respeito à capacidade de Sines recuperar a sua veia turística, eu porém sou daqueles a quem a esperança se desvanece sempre tardiamente.
Por entre interrogações acerca do porquê de Sines ter chegado a este ponto, há certezas que aumentam a minha indignação para com aqueles que nos governam ao nível Autárquico. Afinal quem mais pode ser responsabilizado pela quebra trágica do turismo em Sines, pela falta de iluminação e degradação da generalidade das ruas, pela ausência de policiamento nas mesmas? Bem sei que a vinda de grandes complexos industriais em nada beneficiou a veia turística Sineense, mas servirá isso para eternamente desculpabilizar a inércia e a incapacidade daqueles que são pagos para contrariar esses mesmos obstáculos?

Apoio às Colectividades



Com o argumento de que as autarquias é que conhecem a realidade local, grandes empresas do Complexo Industrial de Sines assinaram protocolos com a Câmara Municipal, para atribuição de verbas às colectividades, instituições e clubes do Concelho.

Estes protocolos devidamente embrulhados e vendidos aos Sinienses, como um feito político relevante, fruto da arte e engenho do executivo camarário, não passa disso mesmo, um feito político, que serve alguns interesse, mas não os das colectividades e de Sines. É a verdeira imagem do lobo com pele de cordeiro, que ilustra este texto.

As grandes empresas desresponsabilizam-se da distribuição dos apoios financeiros que concedem, e simultaneamente garantem com esta uma boa relação institucional. para além de se demitirem, em parte, da sua responsabilidade social. Ficará sempre por apurar se o montante total hoje concedido é superior à soma das partes atribuidas anteriormente.

A autarquia surge como a promotora, retirando dividendos políticos sem gastar um cêntimo, e agarrada ao subjectivismo da atribuição de subsídios permite-lhes manter as instituições no silêncio da dependência.

As instituições recebem algum dinheiro, atolando-se cada vez mais na dependência e subjectividade da autarquia e sem precisar de mover uma palha, para além de se dirigirem à autarquia tirar uma foto e distribuir uns apertos de mão, encaixam mais uns euros. Tornando-se uma benese o que é seu por direito.

A oposição tem espaço para acolher as queixas de todos, que querem sempre mais, e apoiada no legítimo facto do subjectivismo político, grita favorecimento e manipulação das instituições.

Ao invés desta falácia de apoio ao associativismo de Sines, é obrigação das grandes empresas, através dos seus gabinetes de comunicação e marketing, conhecer o meio envolvente, e apoiar as colectividades que se insiram na sua lógica de incentivo à sociedade civil.

A estratégia actual da autarquia passa por apoiar em montantes diferentes, quase todas as colectividades, desde as de muito mérito, até às mais descabidas. E é "nos montantes diferentes" e no "quase todas", que reside a sua atitude discricionária.

Devem os vários partidos com representação autárquica discutir até à exaustão e aprovar unanimemente um regulamento, que defina rigorosamente em que circunstâncias e montantes as instituições são apoiáveis, sustentado numa estratégia de desenvolvimento do associativismo. Pretende-se que Sines seja um pólo cultural e desportivo de referência, quere-se reforçar o apoio social? como não se auto excluem, em que percentagem cada sector deve ser apoiado? e quais das instituições? as que tem maior penetração na sociedade siniense, as mais antigas, as de maior sucesso, as mais bem geridas, os clubes que tem mais formação, a aquisição de equipamentos, etc?

Deste modo as instituições não pediriam, exigiam aquilo que é seu por direito, sabendo de antemão com o que contam, sem estarem dependentes dos ventos e vontades politicas ou pessoais, mas sim da qualidade e alcance do trabalho desenvolvido. A ausência de regras e definição de critérios, serve sempre, mas sempre, somente os medíocres e promove a injustiça. Clima que beneficia alguns, mas não a Sines.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Correio dos Leitores - Pacatez Siniense

Boa tarde,

Naturalmente não tens conhecimento deste caso, no dia 5-2-2009 por volta das 17.16 h na bateria do Castelo um individuo estranho à nossa terra na presença de umas miúdas ( 4 e um rapaz) com idades compreendias 13 e 15 anos + ou - , baixou as calças e começou a masturbar-se em frente ás miúdas, estas chamaram-nos para vermos o que se estava a passar ( grupo de naturais de Sines que costumamos nos encontrar todas as tardes na bateria), prontamente telefonei para a GNR, a contar o que se estava a passar e vieram + ou – rápido, 10 minutos, o que bastou para o individuo se ausentar do local, é natural que se tenha apercebido que eu estava a telefonar. A GNR esteve a falar connosco , demos-lhes as referências do individuo e foram tentar apanhá-lo o que não sei se conseguiram.
É um individuo novo, 30 e poucos anos, corpulento , alto, barba por fazer,cabelo grande preto e na altura vestia calças de ganga e um casaco de fazenda aos xadrez preto e branco com forro de lã por dentro.
Já andava naquela zona á 3 ou 4 dias segundo testemunhos de outras pessoas , mas ninguém o conhece como residente em Sines.
Se entenderes publicar tudo bem, acho que se deve avisar a população, pois um individuo destes é perigoso e se fez aquilo em pleno dia , é bem capaz de fazer pior se tiver oportunidade para isso, fiquei sem saber se a GNR o apanhou.

Cumprimentos
Recebido via mail, por visitante devidamente identificado

Febre de Sábado à Noite


Sines, 7 de Fevereiro, Sábado à noite. Dois ou três bares abertos e outros tantos Cafés abertos, mais algumas casas de alterne, zona histórica deserta, restaurante com ocupação abaixo de um terço da sua capacidade.

É o frio, a crise, a altura do ano, o conforto que os lares proporcionam hoje em dia, a sociabilização in loco, substituída pela Internet, sim, é tudo verdade. Mas é mais verdade numas localidades do que noutras.
A noite de Sines foi durante largos anos ponto de encontro e de partida para outros locais, com a vida nocturna a superar o que a sua diminuta população faria prever. Coisas que a aritmética não explica.

É certo que os tempos são outros, mas a degradação do centro histórico, a gestão urbanística que promoveu o êxodo dos novos habitantes para os anéis exteriores da cidade, a tardia intervenção da autarquia para travar a especulação imobiliária e evitar a sangria da partida dos mais jovens para Santiago e Santo André, a inexistência de um pólo universitário, a pouca atractividade da Região para fixar os jovens que se foram licenciar, entre outros factores, ajudam a explicar o deserto que Sines se tornou.

Sábado à noite triste, deprimente, desolador.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Campanha em Inglaterra

Edward and Sophie, Portugal's PM... and a £4m corruption row over giant shopping mall built by British firm.

Mail Online


A campanha para denegrir a imagem de José Sócrates, em ano de eleições, já chegou a Inglaterra, onde estranhamente não votam para as eleições portuguesas. (tradução livre)

Da Série: "Heróis Populares"

Sines Cinco casos
Assaltante por esticão imobilizado por populares

Um homem que assaltou, pelo método do esticão, uma mulher na via pública, na Rua Fialho, em Sines, no dia 26 de Janeiro, foi imobilizado por dois populares que se aperceberam do caso e iniciaram uma perseguição, acabando por o entregar às autoridades. O indivíduo, de 31 anos, residente em Sines, foi detido e restituído à liberdade com obrigação de apresentações trissemanais. Quando foi surpreendido, o homem não tinha qualquer arma consigo, apenas algum material furtado, entretanto devolvido à vítima. Segundo o Destacamento Territorial de Santiago da GNR, entre 19 e 28 de Janeiro, foram feitas cinco denúncias de assaltos por esticão em Sines. De acordo com as descrições feitas pelas vítimas, o assaltante circula e põe-se em fuga a pé, utiliza um gorro e actua entre as 17 e as 20 horas, factos que levam as autoridades a pensar tratar-se de um único suspeito.

in JornalRegional.com
Apanhado em flagrante delito, entrgue às autoridades, devolvido a liberdade, com a obrigações de se apresentar 3 vezes por semana às autoridades, provavelmente entre dois assaltos. Quantos aos dois populares, infelizmente parece-me que vão demorar mais tempo da livrar-se da burocracia judicial, na condição de testemunhas, - isto se o assaltante não alegar que foi agredido-, do que o assaltante.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

O Zé da Câmara

Zé, nasceu num monte, criado sozinho pela mãe enquanto o pai andava na lavoura. O Zé, pai do Zé trabalhava a terra que lhe calhara em sorte, aquando da morte de Zé, seu pai, com afinco e engenho, num dessassossego tal que lhe permitiu desejar mais sorte para Zé, seu filho.
Assim depois da Escola Primária, mantida pela Câmara, aonde Zé chegava todos os dias em transporte assegurado pela Câmara, por decisão dos pais, seguiu-se a Escola na Cidade, apoiada pela Câmara e cujo transporte continuava a ser da Câmara.

Faces rosadas do pai, corpo roliço da mãe, voz esganiçada e efemininada da idade, Zé tornou-se alvo de chacota dos colegas, nesta coisas existe sempre um. Foi o desporto escolar promovido pela Câmara que salvou Zé, se na natação pouco saiu da beira da piscina, era na ginástica cujo clube era subsidiado pela Câmara, que Zé se destacou. O seu amor pela modalidade, dizem devia-se mais aos calções de lycra, do que propriamente ao desporto, boato que o timbre da sua voz ajudou a cimentar.

Preocupado com o tempo que estava afastado do rapaz, o peso da idade e o dessafogo económico, levou o pai do Zé a candidatar-se a um terreno cedido pela Câmara em direito de superfície, cujo projecto a câmara rapidamente aprovou. Vivendo na cidade, e porque a escola não era o seu forte, aconselhados pela professora das actividades extra-curriculares, paga pela câmara, Zé frequentou escola de música, Biblioteca, ateliê, teatro, grupos corais, tudo da Câmara. Mas o raio do moço, teimava em ser calceteiro.

E assim foi, 18 anos, aprendiz de calceteiro na Câmara Municipal. Depressa lhe passaou a vontade, arrependeu, destes meses herdaria para sempre, o apelido Câmara, - Zé da Câmara-, de tal modo odiava a herança, que anos mais tarde quando na Capital, alguém da terra o encontrava, em rápida e fugidias explicações aos seus colegas de Universidade, fazias breves e inconclusivas alusões de parentesco com os Da Câmara Pereira.


Afincou-se com ganas nos estudos e volvidos três anos, a sua vida mudou. Dizia que queria sair do armário, afirmação que os pais nunca entenderam, e rumou à universidade, com bolsa de estudo da Camara. Formou-se engenheiro e regressou, ingressando como estagiário na Câmara, passou para os quadros da Câmara, consegui, vá-se lá saber porquê um T1 a custos controlados, promovida pela Câmara. Um T1, porque teimou em ficar solteiro, fora casado e a habitação seria outra, dizia o pai. A mãe desgostosa por não conhecer netos, assim como quem não quer a coisa, falava-se maravilhas, todos os dias do novo pré-escolar da Câmara, por onde passava a caminho de casa após mais um dia de trabalho no refeitório da Câmara.

Nem o pai, nem a mãe viveram o suficiente, para conhecer a moradia do Sr. Zé da Câmara, em terreno comprado à Câmara. Fez-se velho na solidão de solteiro e na companhia de muitos amigos. Dinamizou a universidade sénior, iniciativa da Câmara, frequentou o Centro de dia da Câmara, e era presença assídua nos bailes, excursões e festas para a terceira idade, promovidos pela Câmara.

Quando chegou a sua hora, e se soube de testamento, sem se lhe conhecer parente próximo, nem distante, espicaçou-se a curiosidade da populaça. Chamados três dos amigos próximos, leram-se as poucas palavras do seu testamento:

“Por favor não permitam que fique em Câmara Ardente”

E assim, foi Zé da Casa de Velório da Câmara, a enterrar no Cemitério Municipal.