quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Feliz Ano de 2009

Não sendo dado a pessimismos, não deixo de ser realista, pelo que temo que 2009, pode fazer-nos ter saudades do ano que agora acaba, mas também acredito que depende de todos, e de cada um de nós, alterar esta previsão, assim registo 7 desejos que fariam de Sines um local melhor para todos.

Desemprego – Com a queda generalizada dos preços, há quem vaticine que o próximo ano arrisca-se a ser o “ano zero”, até em crescimento, o que significa óptimas noticias para os orçamentos familiares, desde que mantenhamos os nossos empregos.

Eleições autárquicas – Que das eleições resulte uma oposição proactiva, que apresente alternativas, assuma riscos e proponha soluções. Só uma oposição forte faz um governo forte e ambicioso.

Ensino - que as escolas de Sines se afastem da cauda dos ranking nacionais, o que necessita do envolvimento de toda a sociedade.

Clima social mais favorável - que Sines tenha capacidade de manter e captar massa critica, para que surja uma sociedade civil livre e pungente.

Poluição - que a monitorização seja uma realidade, que os políticos e população em geral sejam mais críticos, activos e exigentes com as grandes empresas/poluidoras do nosso Concelho, e que essa exigência seja interpretada como uma reivindicação construtiva, sem aproveitamentos politico/partidários e medo de represálias.

Associativismo - Que as colectividades apostem no caminho da progressiva independência, pois o sucesso sem independência é um sucesso a curto prazo.

Autarquia - que o executivo que agora cessa e o futuro tenham discernimento e coragem para conter custos, reduzir impostos e manter os investimentos prioritário, adiando os não essenciais.

De uma forma geral, depois de 2008 ser do ano do "we can" que 2009 seja o ano do "we make".

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Os piores factos ambientais de 2008

Os piores factos ambientais de 2008

Terceira travessia rodoviária do Tejo

Betão avança no Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.
Depois da vaga de projectos turístico-imobiliários no Litoral Alentejano, o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina e a Rede Natura 2000 na Costa Sudoeste estão ameaçados por novas vagas de betão. Para além das 9.000 camas já existentes foram já aprovados, nalguns casos sem parecer do ICNB, mais cerca de 10.000 novas, existindo ainda intenções de construção de mais alguns milhares.

Má qualidade da água nos rios de Portugal

Degradação da qualidade do ar em Lisboa e Porto

Cheias em Lisboa

Rede Natura 2000 ameaçada pela Alta Velocidade e pelos Transgénicos

Plano Nacional de Barragens

Mais informação aqui

Carrasqueira, Comporta







segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Orçamento Municipal 2009


No momento em que escrevo estará a ser apresentado a votação na Assembleia municipal de Sines o Orçamento Municipal para 2009 e as Grandes Opções de Plano 2009/2012, já aprovadas por maioria pelo executivo camarário.

À excepção do valor orçamentado de 49,2 milhões (maior de sempre), e dos projectos para o próximo ano, concurso e início da construção da Cidade Desportiva de Sines, novas escolas básicas e pré-escolas, conclusão da revisão do Plano Director Municipal (PDM), iniciativas de regeneração urbana no centro histórico ou o lançamento do Museu do Mar e dos Descobrimentos, nada mais conheço do referido orçamento. A previsibilidade de uma maioria que se eterniza, o repetido jogo político e a redução de um dos mais importantes instrumentos de gestão, o orçamento, a um mero acto administrativo e de cumprimento legal obrigatório, dispensam mais conhecimento que a experiência de anos anteriores.

Em 2009, estaremos na presença de duas forças que contribuirão em simultâneo para aumentar o défice autárquico. Por um lado, ano eleitoral, no léxico politico, conjuga-se com mais gastos, por outro, temos uma crise financeira que encarece o preço do dinheiro (juros) e económica que encarece o preços dos bens e desvaloriza os activos, os terrenos, fonte de receita significativa da autarquia.

Em ano de eleições empola-se, ainda mais, o orçamento Municipal, pois terão que caber lá todas as obras e promessas da futura (permanente) campanha, a seguir arranja-se receitas, porque desgraçadamente no orçamento o deve tem que ser igual ao haver.

É do mais elementar conhecimento que quando se gasta mais do que se recebe, gera-se défice e endividamento, ou aos prestadores de serviços/fornecedores ou à Banca, e o défice de hoje será pago pelos nossos impostos de amanhã.

Como sair deste labirinto? Contenção de custos, rigor na despesa, adiar investimentos não essenciais (cultura e lazer) manter os essenciais (manutenção de equipamentos, estradas, escolas, etc, preferencialmente feitos por empresas da região), reforço da componente de apoio social.

Prescindir do acessório, para manter o essencial, será assim o ano de 2009, para a maior parte das famílias e empresas e assim deveria ser para a Autarquia de Sines.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Os suspeitos do costume

A população de Sines continua a ser abastecida, «em quantidade e qualidade», pela Águas de Santo André (AdSA), na sequência da contaminação por hidrocarbonetos dos solos onde estão situados os furos municipais, garantiu hoje o presidente do município.


A empresa do grupo Águas de Portugal abastece a cidade desde segunda-feira, data em que o município e a delegada de Saúde suspenderam as captações de água nos furos geridos pela autarquia devido à contaminação de solos por hidrocarbonetos, na Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS), próximo de aquíferos usados para abastecimento público.
A medida, tomada «preventivamente», deverá manter-se nos próximos dias, até que a situação «seja verificada e os autores responsabilizados», asseverou hoje à agência Lusa o presidente do município, Manuel Coelho.
«Assim que soubermos isto, vamos exigir aos responsáveis o pagamento dos encargos da contratação da AdSA, porque alguém tem de ser responsabilizado», vincou.
Os terrenos junto ao complexo da Repsol, numa área gerida pela Aicep Global Parques, foram objecto de uma «deposição clandestina», da qual já foram movimentadas «50 mil toneladas de terras com hidrocarbonetos», apontou esta semana o autarca à Lusa.


A situação foi detectada durante os trabalhos de terraplanagem para início da construção da fábrica da Artenius, ainda em Novembro, altura em que foram oficiadas as entidades competentes.
Ministério do Ambiente, Inspecção-Geral do Ambiente e do Ordenamento do Território e Agência Portuguesa do Ambiente, entre outras entidades, foram já informadas pela segunda vez, aguardando agora a autarquia que «sejam tomadas medidas em relação ao destino a dar às terras contaminadas».
«Exigimos ainda que as empresas situadas na zona sejam proibidas de fazer furos nas suas áreas de fábrica, hipotéticos pontos de contaminação, e a remoção das centenas de toneladas de lamas oleosas depositadas no aterro da Maria da Moita», deu conta o autarca.


Noticia completa em Diário Digital



Sem prejuízo da demorada e acertada decisão da autarquia de salvaguarda da saúde pública, esta notícia levanta algumas questões.



1. Dizer que a medida é «preventivamente», e deverá manter-se nos próximos dias, até que a situação "seja verificada e os autores responsabilizados", é o mesmo que dizer que doravante seremos abastecidos pela empresa Águas de Santo André, pois neste país não é hábito descobrir e menos julgar culpados de crimes ecológicos. Com sorte algum empreiteiro ou sub-sub-sub-empreiteiro será multado e o "produtor" das toneladas de terra com hidrocarbonetos, do alto da sua "responsabilidade social", desresponsabilizado, por desconhecimento.

2. Também não concordo com o termo de «deposição clandestina», que pressupõe fazer algo, pela calada, em surdina, e não se movimentam pelo menos "50 mil toneladas" sem ninguém dar por tal. Existem culpados por inacção, e não serão poucos.

3. Quanto a proibir as empresas situadas na zona de fazer furos nas suas áreas de fábrica, espanta é que ainda seja permitido.

4. Por fim em relação ao depósito das lamas oleosas, a Maria da Moita ainda há-de ser lembrada por muito anos, e pelas piores razões.

sábado, 27 de dezembro de 2008

Da série: Correio dos Leitores

"Em primeiro lugar o Presidente da Câmara foi informado em 19-11-2008 de que algo de anormal ocorria na zona de um dos aquíferos que alimentam o sistema de abastecimento de água a Sines.
Apenas no dia 22 de Dezembro o abastecimetno a partir da captação suspeita foi interrompido."

in, Pedra do Homem

Tenho andado acelerado, não sabia do que era, afinal foi da água que bebi nestes 33 dias.

Obrigado Senhor, que lavais as nossas ruas!

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Visto de Cima


Implosão Social


O Inquérito Social Europeu, na edição de 2006, desenvolvido em 23 países europeus, comunitários e fora da União Europeia, indica que só os russos, húngaros, ucranianos e búlgaros estão mais descontentes que os portugueses com o funcionamento da democracia e politicamente mais desinteressados. No extremo oposto encontram-se a Dinamarca, a Suíça e a Finlândia. Estes resultados são semelhantes aos alcançados em edições anteriores do inquérito que é desenvolvido desde 2001..
"É interessante constatar que a participação cívica e política está fortemente associada com todas as dimensões do bem-estar: os indíviduos com maiores índices de confiança interpessoal, interesse político, envolvimento comunitário e participação em actividades políticas e mais satisfeitos com a qualidade da democracia são também os que expressam maior bem-estar social, subjectivo e psicológico", referem os autores do estudo.


Casos como Casa Pia, BPN, BPP, Portucale, Operação Furacão, Bragaparques, Operação Furacão, Apito Dourado, Fátima Felgueiras, Isaltino Morais, Valentim Loureiro, Marco de Canavezes, etc, etc, etc, mostram do que são feitas as nossas elites politicas e económicas, que cada vez são mais uma e a mesma coisa. Gerou-se compadrios, favorecimentos, suspeições muitas vezes confirmadas, que desgastaram e descredibilizaram as nossas elites, já de si de qualidade duvidosa, e passado manhoso.

Um país sem elites é um país a prazo, na corda bamba da implosão social, que é a demonstração selvagem da participação social, nos país cujos poderes políticos caíram nas ruas da credibilidade. Quando dizem que os jovens gregos não têm um motivo para a rebelião social. Eu concordo, não tem um motivo, tem vários! tem todos!


Começo a concordar com os Ingleses, que odeio pelo temperamento e admiro pela inteligência, quando diziam que os políticos devem ser ricos e ter uma amante, evitando deste modo a tentação da corrupção e os escândalos sexuais.

Disparidades Regionais

A Região Norte foi a segunda que mais cresceu, a seguir ao Algarve, no ano passado. Os 2,4% de aumento da riqueza ajudam-na a aproximar-se do resto do país, mas continua a ser, de longe, a região mais pobre de Portugal. Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) dizem que o Norte só produz 80% da média do resto do país, bem abaixo dos 139% de Lisboa.
A capital continua, assim, a ser a única região com mais riqueza por habitante do que a média da União Europeia (a Madeira está quase e o Norte manteve-se nos 60%). Mas Portugal no seu todo ainda a tentar recuperar da crise de 2003: os 76% notados pelo INE no ano passado continuam abaixo do valor do início da década.
Os dados do INE só confirmam a noção de que a disparidade, entre as várias regiões do país, continua a ser grande. O Grande Porto, está longe de ser a segunda zona mais rica, sendo até ultrapassada pelo litoral alentejano, ajudado por projectos como o porto de Sines.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Sines, as pescas e os pescadores

A falta de homens para a pesca em Portugal aliada ao aumento dos custos, sobretudo dos combustíveis e outros derivados do petróleo tem levado a que, nos últimos três a quatro anos, os empresários do sector tenham começado a "preferir" trabalhadores estrangeiros, sobretudo extra-comunitários, desde indonésios e marroquinos até aos cabo verdianos e ucranianos, admitem os armadores e os sindicatos. O objectivo é não só colmatar falhas, mas substituir mão-de-obra por outra mais barata e mais "disponível", clarificam os sindicatos.

A polémica dos estrangeiros extra-comunitários contratados para as embarcações de pesca, tendo como cenário de fundo embarcações de Sines e a nossa lota, em artigo do Diário de Notícias

Poeta dos Portugueses

"O meu PS esfumou-se. Mas há gente no partido que não me é indiferente"

Manuel Alegre, Semanário Expresso de 20.12.2008

Se eu fosse rico, o Manel era o meu porta-voz, assim, sendo pobre, é de milhares de portugueses.


Trova do vento que passa (adaptado)

Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.

Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio -- é tudo o que tem
quem vive na servidão.

Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.

Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.

E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.

Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.

Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.


Manuel Alegre

Melhoramentos Estradas Municipais 554 e 1115

Porque este blog gosta de manter informados os seus visitantes, será sujeito brevemente a aprovação as obras, a iniciar em 2009, de remodelação e reconfiguração, com alargamento da estrada para 10 metros, sendo 6 de rodovia, do Caminho Municipal 554 (cruzamento da estrada do Cercal para o Porto Covo até ao cruzamento da Parreira) construção de rotunda e Caminho Municipal 1115 (estrada para Milfontes) até ao pontão do Vidigal (limite do concelho). Obra orçamentada num valor superior a 3 milhões de euros e parcialmente comparticipada.

Investimento prioritário, em ano de muitas prioridades.

Reclamação PT MEO

Data: terça-feira, 23 de Dezembro de 2008

Assunto: Reclamação apresentada contra PT MEO

Exmo.(a) Senhor(a)


Na sequência da reclamação apresentada por V. Exa. informamos que estabelecemos contacto com a PT Comunicações - MEO, iniciando, assim, a mediação do processo.
Assim que tivermos notícias, entraremos em contacto com V. Exa.
No entanto, se se verificar alguma alteração da situação descrita por V. Exa., agradecemos nos informe da mesma.
Mais informamos que a competência da DECO assenta na mediação, ou seja, na tentativa de resolução extrajudicial dos conflitos de consumo. A intervenção da DECO não substitui o recurso aos tribunais, não suspende ou interrompe o decurso de prazos, nem evita as suas consequências
Sem outro assunto de momento, subscrevemo-nos com os nossos melhores cumprimentos,

O Gabinete de Apoio ao Consumidor
Ana Sofia Ferreira
(Jurista)


Nota: Estão sempre a supreender-nos. Todas as entidades responderam à minha reclamação, a PT, entidade visada, resolveu o problema passados 3 dias após a reclamação e pasme-se descontaram na factura mensal os dias em que por motivos técnicos não tive acesso ao serviço. O cumprimento da legalidade deixa-nos, portugueses, de boca aberta.

Prémio para o Melhor Aluno 2008

A Galp Energia entregou o Prémio Anual para o Melhor Aluno 2008. O premiado foi Lucas Schmitt Balthazar da Escola Manuel da Fonseca de Santiago do Cacém.

Com uma média de 19,7 nas disciplinas de Matemática e de Física, Lucas Balthazar natural do Brasil, está a estudar Engenharia Biomédica no Instituto Superior Técnico. A Escola Manuel da Fonseca de Santiago do Cacém arrebata este prémio pelo segundo ano consecutivo.
A Refinaria de Sines pretende com este prémio, “apoiar e incentivar os jovens das comunidades locais. Cada vez mais a empresa pretende apoiar a sociedade civil nas áreas da cultura, desporto e educação.”
A Galp Energia – Refinaria de Sines atribuiu um prémio monetário de 3000 euros, 1500 euros para o aluno e uma verba igual para o seu estabelecimento de ensino.
Eis exemplo de promoção do mérito que tenho defendido que a autarquia devia adoptar, um exemplo de sucesso que a Secundária de Sines devia seguir.

Comunicado CMS

O presidente da Câmara Municipal de Sines, Manuel Coelho, e a delegada de saúde de Sines, Fernanda Santos, emitiram, dia 22 de Dezembro de 2008, um comunicado à população sobre alterações no abastecimento de água à cidade, com o seguinte teor:

"A Câmara Municipal de Sines e a Autoridade de Saúde do Concelho de Sines informam que o abastecimento de água a Sines terá alterações desde hoje, passando a fazer-se a partir de água adquirida à empresa Águas de Santo André.
Esta alteração prende-se com a provável existência de valores inadequados de hidrocarbonetos nalgumas captações de água da Câmara Municipal de Sines, que estão a ser investigados e monitorizados, e irá manter-se até completo conhecimento e resolução do problema.
Em resultado do fornecimento a partir de Santo André, serão sentidas alterações no odor normal da água, que não correspondem a alterações da qualidade.
A CMS e a Autoridade de Saúde manterão a população informada a todo o tempo sobre o evoluir da situação."
Informação actualizada aqui

Pleonasmos

Sines no seu melhor


segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Inducação é desenvolvimento

Da série "Baú de Recordações"


Encontrei perdido na Blogosesfera este cartaz da candidatura do meu amigo Manuel Lança, que não podia deixar de reproduzir aqui na Estação.

domingo, 21 de dezembro de 2008

São prendas, senhor! São prendas!


Nesta quadra festiva, a crise que assola o mundo não impede a Estação de sugerir (até porque fica muito em conta) literatura a personalidades, instituição e acontecimentos da nossa terra. Esta é uma daquelas listas que nunca está completa, pelo que todas as sugestões são apreciadas. A Estação e a minha pessoa agradecemos se também se lembrar de nós.

A todos um Feliz Natal


Um dia de Cólera (Arturo Pérez-Reverte) – Assembleia Municipal de Sines e aos dias (noites) de brasa que tem proporcionado neste inferno frio.

Nunca me Esqueças (Lesley Pearce) – Francisco Pacheco, ex-Presidente da CMS e actual Presidente da Assembleia Municipal, que continua e cada vez mais, presente na vida politica local.

Espero por Ti este Inverno (Luanne Rice)
e Um homem muito procurado ( John Le Carré) – à oposição e à sua demanda pela busca de um candidato que consiga conquistar uma das poucas autarquias que ainda não mudaram de cor desde que a democracia mora neste país

Homem na Escuridão (Paul Auster) – Ferreira da Costa, a quem é atribuída a real gestão da autarquia, ou seja o homem que na sombra gere na realidade a autarquia.

O Fantasma sai de Cena (Philip Roth) – Para abrir depois das próximas autárquicas em que pelo menos um dos candidatos derrotado, sairá de cena.

Diário de um mau Ano ( J.M. Coetzee) – Prestação de Contas de 2007 da Autarquia Siniense

Um Adeus às Esmolas ( Gregory Clark) e A Árvore Generosa ( Shel Silverstein) – Galp Energia, pelos 6 milhões atribuídos à Câmara Municipal de Sines com vista à construção do Complexo Desportivo

O Vencedor está Só (Paulo Coelho) e O Dono da Festa (Estevão Bertoni e Bernardo Carvalho) – Manuel Coelho, Presidente da Câmara Municipal de Sines, e a suposta perda de apoio da CDU à sua recandidatura.

A Física do Impossível (Michio Kaku) – Aos Investimentos previstos para Sines, pela exagerada expectativa anunciada em termos de criação de postos de trabalho e perspectivas de crescimento.

Estou Vivo (Anita Ganeri) - PS Sines, pela sua ausência e necessária presença, que tanta falta faz a Sines.

O Livro dos Grandes Opostos Filosóficos (Oscar Brenifier e Jacques Després) - CDU Sines, que após longos anos de imagem de coesão e união internas, estalou o verniz da pior forma, na assembleia municipal de Sines, mostrando que a ideologia e a realidade politica, nem sempre se conjugam no mesmo tempo verbal.

A casa do Silêncio (Orahn Pamuk) – PSD Sines, pelo longo silêncio que nos ofereceu ao longo do ano

O Regresso (Victoria Hislop) – Idalino José, pelo adivinhado regresso da sua candidatura à autarquia siniense.

Instruções para Salvar o Mundo (Rosa Monteiro) – Grandes Opções do Plano e Orçamento Municipal de 2008, pelo irrealismo de muitas das previsões que se limitam a cumprir obrigações legais e não ser um instrumento de gestão e ao novo PDM por aquilo que significa para o futuro de Sines.

Doenças do Nosso Tempo (Philippe Presles e Catherine Solano) - O abandono e desertificação do Centro histórico de Sines, que apesar de algum esforço da autarquia tendem em não regredir.


Um Mundo de Recursos Escassos (Erik Orsenna) - Pelo ridículo que significa que um projecto com o significado e dimensão do Gisa não tenha a totalidade do financiamento garantido.

A Hora Má: O Veneno da Madrugada (Gabriel García Marquez) – Poluição em Sines, sem comentários.

O que os ricos sabem e não contam (Aitor Zárate) - FMM, pelo facto de ser impune à crise e de todos os anos aumentar em prestigio, dimensão e orçamento.

Criar um Mundo sem Pobreza (Muhammad Yunus) – Impostos Municipais, a cobrança máxima de todos os impostos em que a autarquia pode decidir, é a antítese de uma politica de esquerda, social e solidária e enquanto a maioria dos municípios prescindem de parte da arrecadação de impostos para aligeirar o orçamento das famílias, a autarquia de Sines deixa cair a máscara e assume a sua gestão autárquica, maximizar as receitas sem olhar a meios para poder gastar da mesma forma.

sábado, 20 de dezembro de 2008

da série: "Casos de polícia"


"A sociedade de Urbanização de Santa Catarina informa que a moradia em construção na ponta da falésia junto ao Pontal (foto ao aldo) não está prevista no Alvará de Loteamento 2/94 de que esta Sociedade é detentora, nem na Alteração ao mesmo Alvará aprovada pela Câmara Municipal de Sines.
Trata-se de uma construção que pela localização, situa-se em terrenos do domínio público de protecção da falésia, pelo número de pisos excessivo e pela enorme área de construção, viola de forma chocante o Loteamento da Quinta de Santa Catarina.
A Sociedade de Urbanização lamenta a destruição do património natural que é de todos em proveito de alguns.

A gerência"

Texto publicado no Noticias de Sines, n.º 375, página 16, de 20 de Dezembro de 2008, encabeçado pelo título "ESCLARECIMENTO" e ilustrado por uma foto da referida moradia, diferente daquela aqui reproduzida, cujo propósito é enquadrar o post e situar geograficamente o alvo da noticia.
A referia moradia já foi alvo de um post, neste blog, enviado por um leitor, que então manifestava a sua indignação e ironizava com a impunidade de alguns em desfavor da população.
Se o impacto visual, resultante da localização e volumetria desta construção tem vindo a gerar um crescente mau estar, em particular nos moradores do loteamento da Quinta de Santa Catarina, e em geral na população, este esclarecimento da Sociedade de Urbanização de Santa Catarina, pelos factos que relata remete-nos para o campo da ilegalidade, passando a estarmos perante um caso de polícia.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

IP8

Apenas vinte e cinco minutos, com todos os segundos a que tem direito, bastaram para deixar a plateia embasbacada. Foi isto que José Sócrates ofereceu num discurso de improviso, aquando da recente visita à Petrogal de Sines, falou de investimento, Portugal, Europa, futuro, crise, investimentos, deixou recados ao interior do partido, à esquerda, à oposição e a quem mais se ponha a jeito. E como se não bastasse, para concluir o seu discurso, respondeu ao presidente da Câmara Municipal de Sines, que legitimamente reclamou melhores acessibilidade, com a assinatura no próprio dia da adjudicação da construção do IP8.

O consórcio composto pelos espanhóis da Dragados e os portugueses da Edifer garantiram a adjudicação provisória da Concessão Baixo Alentejo. Segundo a informação disponibilizada pelo ministério das Obras Públicas, a Comissão de Avaliação de Propostas preteriu o consórcio liderado pela Somague, atribuindo à Dragados /Edifer esta concessão que integra a construção de uma nova auto-estrada entre Sines e Beja, parcialmente portajada, a construção do IP2 entre Évora e S. Manços e da ER261-5 entre Sines e Santo André.

Nem todas as autarquias minimizam os efeitos da crise

As autarquias portuguesas vão abdicar de 555 milhões de euros no próximo ano com o objectivo de minimizar os efeitos da crise, anunciou esta terça-feira o presidente da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP), Fernando Ruas.
Para essa meta, os municípios propõem-se diminuir cerca de 150 milhões de euros a receita de Imposto Municipal de Imóveis (IMI), através da fixação de taxas mais baixas, e 160 milhões de euros a receita de IMT.
Além disso, as câmaras vão também receber menos 15 milhões de euros da receita da derrama e outros 15 milhões de IRS, através de isenções e reduções de taxa.
IOL Diário
Não é o caso da autarquia Siniense, e este é um facto importante, pois enquanto permanecer o actual cenário de crise a autarquia deveria prescindir de investimento não prioritário, nomeadamente nas àreas do lazer e cultura e centrar em politicas de apoio social, seguindo o exemplo de centenas de autarquias do País, de todos os quadrantes políticos. Porque há momentos em que todos temos que ser de esquerda.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

De vitória em vitória, até à derrota final.

Perante as divisões internas do PCP local, o PS Siniense agita-se, sacode-se, diverte-se, esfrega as mãos, como se duma vitória sua se tratasse, mas resultados ou efeitos políticos, zero. Volta a demonstrar incapacidade para marcar a agenda politica e conhecimento para ler a politica, sendo constantemente ultrapassado pelo acontecimentos, pois "quando a sorte entra no salão, é preciso estar lá para dançar com ela".
É esta inércia, esta inacção, a crónica incapacidade de assumir a liderança dos factos, este permanente receio de assumir posições, que critico no PS siniense.

No actual momento politico o PS, enquanto oposição devia:
1) apelar à tranquilidade e união do partido que prescinde ao destinos da autarquia, num período particularmente difícil em virtude da crise; e importante pelos investimento que pretendem relançar o Complexo Industrial. Mostrava deste modo a maturidade e seriedade necessária a uma oposição responsável;

2) demonstrar que as politicas adoptadas pelo PS, nomeadamente a transferência de competência e respectivas verbas para as autarquias, são de tal forma consensuais e importantes que o Presidente da Câmara Municipal de Sines, militante eleito pela CDU e contrariando as instruções do seu Partido, assinou o protocolo proposto pelo Governo PS.

Era isto que eu queria da oposição, nomeadamente do PS, porque era o melhor para o partido e para Sines. Mas, é pedir demais.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Estranha forma de mercado

Estranho este mercado, clandestino talvez, grossista certamente, em local que foi, ainda é e poderá vir a ser. Deixou de ser o local da Feira de Agosto, continua a ser o mercado das primeiras quintas feiras do mês e prometia o executivo camarário que ali seria o Pavilhão de Feiras e Exposições.
Para já em dia e hora certa para quem sabe, os camiões, empilhadores, paletes, vendedores e clientes, surgem e desaparecem, da mesma forma, sem se saber como.
Olhar desconfiado, de quem desconfia, negoceiam, regateiam, transaccionam, em silêncio com gestos, acenos, cumplicidades.
Se for clandestino, como contribuintes temos a obrigação de saber e denunciar, pois a economia paralela corrói o sistema, foge ao fisco, destroce a concorrência, se for legal como cidadão e eleitor quero saber, porque aquela gente merece um lugar digno para comerciar, sem chuva, sem frio, sem vento, sem suspeitas.


Vasco empata e desce para 2º lugar

Realizou-se no domingo a última jornada da primeira volta do campeonato e do ano 2008, pois o campeonato regressa a dia 04/01/2009.

Deslocamos-se ao difícil terreno do Paio Pires com o objectivo de ganhar para consolidar o primeiro lugar e entrar nesta quadra festiva no lugar mais justo para este grupo de trabalho, pelo futebol praticado e pela postura digna que mostramos em cada campo por onde jogamos.

Empatámos 1-1 num jogo muito semelhante ao do Beira-Mar de Almada, em que entrámos praticamente a perder, sofrendo um golo logo nos primeiros 5m de jogo, com grande felicidade para o nosso adversário, em que a bola é desviada por um jogador nosso acabando por entrar na baliza. Mas tal como em Almada tivemos uma excelente resposta a esta adversidade e partimos em busca do golo do empate que não surgiu na primeira parte, apesar das várias oportunidades. Ao intervalo assentámos ideias e percebemos que o jogo estava a pender para o nosso lado, assim logo no inicio (primeiro minuto) da segunda parte empatámos o jogo com mais um golo de Roberto Guia, dando justiça ao marcador. O Paio Pires limitou-se a defender o resultado como podia, não subindo no terreno e rendendo-se á qualidade do Vasco da Gama que era muito superior, faltando apenas finalizar as diversas jogadas de golo criadas.

Com este empate descemos ao 2º lugar da tabela classificativa, beneficiando deste resultado o Beira Mar de Almada que ao ganhar isolou-se na liderança.
Sabemos qual o nosso lugar neste campeonato e esta classificação não corresponde ao que praticamos ao longo destas nove jornadas, de realçar que os pontos perdidos foram em terrenos que sabíamos que não seria fácil e contra equipas com os mesmo objectivos, que receberemos em Sines na 2ª volta, onde certamente tudo será diferente.


Dou a conhecer o campo do Paio Pires onde jogamos este domingo. Neste campeonato 70% dos "estádios" são assim como este de terra batida, maus balneários, bancos de suplentes degradados e com público muito difícil para as equipas adversárias.

É contra estes factores e adversidades que o Vasco da Gama vai ser campeão e provar que as grandes equipas jogam em qualquer "estádio".

Assembleia Municipal de Sines


"A opinião tem pela Câmara dos deputados um sentimento unânime e unanimemente declarado de tédio.
Diz-se mal da Câmara por toda a parte. Os jornais mais sérios falam constantemente da sua improdutividade. Ela é geralmente considerada como um sórdido covil de intrigas.
Se se pergunta:
- Que houve hoje na Câmara?
- Uma farsa - respondem uns.
- Uma feira - respondem outro".


Do "nosso" Eça de Queirós, que já não sei se era um visionário, ou é Portugal que não muda.

Na última Assembleia Municipal Extraordinária, a votação da assinatura por parte do Presidente da Câmara Municipal de Sines com o Ministério da Educação para a transferência de competências na educação do 1º e 2º ciclo, dividiu o elenco camarário da CDU e a sua bancada.

A favor Presidente da Câmara, Vereadora Marisa, a deputada Helena Sales ( CDU), deputado Murta ( CDU) , deputado Micael (PSD) e toda a bancada PS.

Contra a Mesa da Assembleia - Presidente da Assembleia e Secretários - deputado Venturinha (PSD) e a restante bancada CDU.

Fez-se história, a CDU perde pela primeira vez uma votação por si proposta.

Manuel Coelho, pragmático, esqueceu a lealdade partidária em benefício da autarquia, da sua gestão e de Sines.

O PS que tanto contesta e com razão, a má gestão da CDU siniense e uma certa tentaculização sobre a vida siniense, votou favoravelmente, mais poder para a autarquia, sem esboçar o mais pequeno desconforto. São os sapos da politica, pois a medida em termos globais é favorável e muito para a autarquia e para Sines.

A CDU provou do seu próprio fel, a apregoada descentralização, o reforço do poder local, a defesa dos interesse da população que os elegeu acima dos interesses partidários, foi por água abaixo, ao primeiro sinal da cúpula partidária.

O PSD, quem mais podia capitalizar esta situação, deu uma imagem de si próprio, mantendo-se dividido. Nem aqui que era só ganho, soube trazer a mala cheia de dividendos políticos.

Politicamente saiu a ganhar Manuel Coelho que demonstrou a sua independência em relação à CDU em nome da defesa dos interesses de Sines, dizem uns, em defesa da sua gestão, dizem outros. Ao PS coube a sorte do guarda-redes no penálti, que sem se mexer o avançado acerta-lhe com a bola.

Ganhou Sines, pois o Estado passa a transferir verbas para competências que em grande parte a autarquia já assumia, sem daí resultar proventos financeiros.

Recuando no tempo, recordo-me quando a divisão do PS Sines, protagonizada entre a bancada e a vereação socialista, encabeçada pelo Idalino e Guinote respectivamente, punha o PCP em histerismo louco. "Afinal, quantos PS's existem?" era a palavra de ordem para regozijo imbecil. Imbecil porque não beneficiou ninguém, nem o PCP capitalizou politicamente com esta divisão, o PS perdeu o seu melhor quadro desde sempre, em Sines, não dignificou a política, nem a Assembleia Municipal, e a Cidade, essa, saiu sempre a perder.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Inquérito às Condições de Vida e Rendimento

Quase 20% das famílias portuguesas continuam em risco de pobreza (habitantes que recebem menos de 379 por mês), segundo o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento realizado em 2007, pelo INE.

De acordo com o mesmo inquérito, «o rendimento dos 20% da população com maior rendimento era 6,5 vezes o rendimento dos 20% da população com menor rendimento, a maior assimetria sócio-económica da União Europeia e uma das características da sociedade do terceiro mundo.

Tal como nos anos anteriores, conclui-se que o risco de pobreza afecta sobretudo os idosos, com uma taxa de risco de 26%. Destes, verificava-se uma maior preponderância para as mulheres (27% face a 24% de homens idosos). Também os menores registavam uma taxa de pobreza superior à média nacional, estimando-se que 21% das pessoas com idade inferior a 18 anos se encontravam em risco. Já o risco de pobreza para a população em situação de desemprego era de 32%. Por outro lado, a população empregada (seja por conta de outrem, seja por conta própria) registava uma taxa de risco de pobreza de 10%.

De que modo se explica aos 20% da população que ganha menos de € 379 por mês, e aos 20% mais pobres que ganham menos 6,5 vezes menos que os 20% mais ricos que Portugal está no caminho certo, que a redução do défice permitirá suster a crise mundial, que somos um país exportador de tecnologia, que inventámos (???) o Magalhães, que é necessário injectar liquidez no sistema financeiro, que devemos impulsionar a economia através de obras públicas, e tudo o mais?

Correio dos Leitores


Visitem o novo jornal digital do Campeonato Distrital de Setubal do INATEL

Informação Detalhada do Campeonato de Futebol INATEL, Jornada após Jornada, no Distrito de Setúbal.

Visitem e divulguem: http://jornal-inatel.blogspot.com/
Contacto:jornalinatel@hotmail.com

Obviamente

"Sócrates diz que não se sente incomodado com Fórum das Esquerdas".
Claro a esquerda não lhe diz nada, perguntem ao Paulo Portas se se sente incomodado com o Fórum das Esquerdas, e verão que têm a mesma opinião.

domingo, 14 de dezembro de 2008

A crise quando nasce não é para todos


Concordo no global com a estratégia do Governo para enfrentar a actual crise financeira e económica. Investimento público e liquidez no mercado, que permita manter algum dinamismo da economia.

O recurso à divida pública, que agora financia o investimento, terá que ser paga. Quando a crise passar espera-se que o sector privado tenha músculo suficiente para assegurar o crescimento da economia. Deste modo será a forma de como e quem financiar agora e de quem e como pagará depois que em muito se construirá a sociedade em que as próximas gerações viverão.

Uma das primeira medidas de combate à crise, através do aumento de liquidez na economia, foi o programa PME Investe. Os incentivos públicos, consistem na Bonificação de juros (diferencial entre a taxa de juro aplicável à operação e a taxa de juro suportada pela empresa) e pagamento integral da comissão de garantia mútua, deste modo reduz-se o risco da Banca e financia-se o seu funcionamento, através do pagamento de juros pelo estado. As empresas beneficiam da possibilidade de recurso ao crédito a juro bonificado (não suporta o spread bancário e ainda 0,5%, do juro). Igualmente tudo se resolveria, com um programa de incentivo à economia, através de um subsídio reembolsável, gerido pelo IAPMEI, com uma pequena diferença, a Banca não ganharia um tusto.

Se existe sector, que ao contrário do que se pensa que sairá reforçado da actual crise será a Banca. A redução de custos, o aumento de spreads, encargos e comissões sobre os clientes, a redução do risco, devido à maior selectividade da concessão de crédito, os apoios estatais, contribuirão para taxas de rentabilidade ( se não em termos nominais, mas em termos relativos) excepcionais. Veremos.

Dúvida

O primeiro-ministro José Sócrates, ao afirmar em Sines que "0 que se exige dos partidos políticos é que apresentem as suas propostas, é que digam o que pensam sobre a situação, é que digam quais eram as medidas que tomariam se estivessem no Governo", por momento suscitou-me a dúvida se estaria a falar à oposição nacional, ou ao partido socialista de Sines, isto partindo do princípio que ele saberá que por cá existe oposição.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Cataratas políticas

No acto de oficialização de aquisição das novas instalações do BNU, o vice -presidente do IEFP, Alexandre Rosa, veio a Sines demonstrar mais uma vez o desconhecimento que os políticos nacionais possuem das realidades locais.

Após apontar as vantagens da nova localização, - com que concordo, se exceptuarmos umas dezenas de outras hipóteses-, desvalorizou a falta de estacionamentos, agravado na zona pela construção de novos imóveis sem estacionamento em cave, porque existem transportes públicos perto. Mas de que raio fala este homem? Imaginam um individuo sem transporte próprio a deslocar-se de uma qualquer aldeia do Concelho de Odemira, até chegar ao Centro de Emprego de Sines, ou um desempregado de São Francisco da Serra a deixar a sua viatura em casa, porque não há estacionamento, mas existem bons transportes públicos?

Mas se tinha o dever de oscultar a realidade local, tem a obrigação de conhecer a realidade da actividade a que preside. Sendo os desempregados inscritos no Centro de Emprego de Sines 2.214 em Setembro de 2008 e 2.552 em Outubro, nem mesmo este PS consegue "imaginar" uma forma de mostrar que o desemprego diminuiu.

Algumas das vozes que criticaram a localização do Centro de Artes, porque carecia de um espaço desafogado, elogiam agora o dinamismo e revitalização que o Centro de Emprego pode trazer àquela zona da Cidade. Estou curioso para conhecer a opinião da autarquia quanto à localização deste serviço e o seu enquadramento em sede de PDM.

São manifestações de cataratas políticas, que podem conduzir à cegueira política.

Refinaria Galp Sines

Projecto conversão da refinaria da Galp arranca hoje e vai implicar investimento de 1.000 ME

A Galp Energia assinala hoje o arranque da construção do projecto de conversão da refinaria de Sines, num investimento global de cerca de 1.000 milhões de euros, com as presenças do primeiro-ministro e do ministro da Economia.
O projecto de conversão e de melhoria da eficiência energética da refinaria de Sines vai implicar a construção de uma nova unidade de hidrocraqueamento de gasóleo pesado para a produção de gasóleo e de 'jet fuel' (combustível para aviação).
Com este projecto, a Galp Energia pretende ajustar o perfil de produção da refinaria às necessidades do mercado, passando a produzir mais gasóleo a partir de 2011.
A empresa espera passar a produzir 2,5 milhões de toneladas de gasóleo por ano com a conversão das duas refinarias - Sines e Matosinhos -, colmatando, assim, o défice de produção de gasóleo do país.
Com este projecto, a Galp espera que o país deixe de importar gasóleo, poupando cerca de 6 por cento na factura anual de energia.
O projecto de conversão que hoje arranca vai implicar ainda a construção de uma unidade de 'steam reformer' para a produção de hidrogénio e de uma unidade de recuperação de enxofre dos gases produzidos, ambas necessária para o funcionamento da unidade de hidrocraqueamento.
Em Sines será ainda construída uma central de cogeração com uma potência de 82 megawatts (MW), num investimento de cerca de 73 milhões de euros, que vai permitir satisfazer as necessidades da refinaria, nomeadamente em vapor e energia eléctrica.
A central de cogeração de Sines, que entra em funcionamento no início do próximo ano, vai produzir 250 toneladas por hora de vapor, correspondentes a 216 megawatts (MW) térmicos, evitando a emissão de cerca de 500 mil toneladas por ano de dióxido de carbono.
A Galp Energia prevê que no período mais intenso de construção estejam a trabalhar na refinaria de Sines cercade 3.600 pessoas e sejam criados posteriormente 100 novos postos de trabalho.
A refinaria de Sines emprega cerca de 500 trabalhadores e refina 223 mil barris de petróleo por dia, produzindo gasolina, gasóleo, gás de petróleo liquefeito, fuelóleo, nafta, "jet fuel", betume e enxofre.
Lusa

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Correio dos Leitores

UNIÃO LOCAL DOS SINDICATOS DE SINES, SANTIAGO
DO CACÉM, GRANDOLA E ALCÁCER DO SAL
C.G.T.P. – INTERSINDICAL NACIONAL

A Cruzada de Sócrates
Nota de Imprensa

Mais uma cerimónia duma primeira Pedra acontecerá em Sines já amanhã com a presença do candidato a primeiro-ministro em queda de popularidade. Os resultados da sua política são bem claros e será necessária muita propaganda e foguetes para disfarçar o indisfarçável para quem vive do seu trabalho.

Na tentativa de disfarçar os efeitos mais visíveis do fracasso político, económico e social, do sistema, o nosso governo com o seu 1º ministro à cabeça, já encetou mais uma campanha política com o objectivo de fazer esquecer o desastre social que foi este governo eleito com a maioria absoluta.

Mas, nada poderá apagar da memória dos Portugueses (trabalhadores e população em geral) o prosseguimento da política de direita retrógrada que empurrou o país para a estagnação económica com o consequente aumento do desemprego, das desigualdades sociais e do empobrecimento geral da população.

Com o Apoio de algum Patronato que pouco tem de empreendedor (os resultados estão à vista), este governo procura disfarçar os movimentos de contestação e a falência das suas políticas promovendo e colando-se ao discurso da crise.
Tudo passou a ser “crise” e, a seu pretexto, anunciam-se todos os dias paragens de actividade nas empresas, reduções de pessoal e a tentativa de criação de “bancos de horas” ou seja, da gestão integral do tempo de trabalho pelo patronato e consequentemente da vida dos trabalhadores, sem sequer ainda o ter conseguido pela revisão do Código do Trabalho.
O Governo e patronato estão de facto a aproveitar-se duma pretensa crise internacional para lançar um clima de intimidação nos locais de trabalho em torno do emprego, procurando colocar os trabalhadores na defensiva precisamente no momento das alterações à lei laboral – Inadmissível para quem se diz duma esquerda moderna.
Ultimamente, o nosso primeiro-ministro bem como os seus “ajudantes” não têm largado o Litoral Alentejano a propósito de tudo e de nada. Os “milhares” de empregos prometidos não têm passado de um “bluf”. O trabalho temporário e sem direitos esse sim, vigora e só não vê quem não quer ver.
Sempre foi nosso entendimento que a criação e remodelação das empresas é essencial para a modernização do País e para a criação de emprego. Só que o emprego precário, sem direitos até de cidadania não pode ser considerado emprego. Esta é a grande diferença de entendimento com este governo e o seu código do trabalho.
Sines, 12 de Dezembro de 2008
A Direcção

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Cada um tem o que merece...

Vejamos...

Espanha tem o governo mais feminino de sempre.

Itália tem Mara Carfagna como Ministra da Família.
Portugal, tem isto!

Novas instalações do IEFP em Sines

O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) adquiriu à Caixa Geral de Depósitos (CGD), por 800 mil euros, o imóvel sito na Rua Marquês de Pombal, onde funcionou em tempos o BNU (Banco Nacional Ultramarino) e que contempla a subcave do edifício, o rés-do-chão, primeiro andar e parte do segundo andar.

Com as obras de adaptação às novas funções que o imóvel necessita, facilmente atingirá um milhão de euros, por menos que isso o IEFP adquiria um terreno e construía um equipamento de raiz, mais funcional que um edifício adaptado e já com alguns anos.

Deste modo a CGD consegue vender por € 800.000, um imóvel que o mercado rejeita há vários anos. No fundo somos nós que pagamos com os nossos impostos, os actos de má gestão, deste modo, até que fica muito em conta.

(Ex)citações da Semana

“Se o PDM actual fosse mau teria de ter sido revisto mais cedo”

José Ferreira Costa (Deputado Municipal da CDU)
Sineense 56, Dezembro 2007 / Janeiro 2008


"Uma das questões que mais preocupa a Comissão de Luta prende-se com o facto da ETAR da Ribeira de Moinhos ter mais de 30 anos e haver necessidade de se proceder à sua reconversão ou até mesmo a construção de um novo equipamento."

Francisco Pacheco, Comissão de Luta Contra Poluição em Sines
Rádio voz da planície, 2008.02.01


“Podemos diversificar a indústria e ter outras actividades - turismo, educação, cultura, administração”.

“Não podemos liquidar Sines só como o espaço do petróleo e da indústria. Temos de encontrar equilíbrios. A vida não se faz só com a produção”.

“Integrar o norte do concelho de forma a constituir uma unidade urbana Sines - Santiago do Cacém - Santo André, defender o sul do concelho para as actividades turísticas, dar maior atenção às acessibilidades e prever o crescimento de um eixo industrial para leste foram algumas das perspectivas para o PDM 2008 enunciadas pelo coordenador da revisão.”

Manuel da Costa Lobo, coordenador da revisão do PDM Sines

“É imperioso romper com o círculo estreito da energia fóssil, abrindo novos caminhos e criando novos ramos de actividade económicas diversificadas, que garantam mais criação de postos de trabalho, mais valor acrescentado e maior sustentabilidade ao desenvolvimento económico e social da região”.

Manuel Coelho, Presidente da CMS
Site CMS, 19.09.2008

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Seminário SHST Sines

Seminário SHST Sines – 4 de Dezembro de 2008 – Centro de Artes
Poeiras/Gases – riscos de exposição
Riscos em estaleiros Industriais
Conclusões

Este Seminário, Promovido pela União Local de Sindicatos e organizado pela FEQUIMETAL com o apoio da Câmara Municipal de Sines, Autoridade para as Condições de Trabalho e Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho, teve o formato duma acção de formação que visou fundamentalmente sensibilizar os trabalhadores e seus representantes bem como a população em geral desta região Industrial, para os malefícios para a saúde provocados pela inalação de poeiras e gases Industriais, também os perigos emergentes nos diversos estaleiros Industriais e suas consequências pelas múltiplas acções de construção e manutenção de fábricas, e as medidas de protecção a adoptar, perigos para a saúde a evitar, bem como aplicar e exigir a aplicação dos direitos consignados na lei.
Outro Objectivo deste Seminário e não menos importante, foi o enquadramento da nova legislação laboral na SHST e a forma como os regimes de trabalho precários interferem na saúde e segurança dos trabalhadores.
Ficou evidente neste Seminário:
• A qualidade e Capacidade Técnica dos nossos Técnicos (Médica, e três Técnicos Superiores de Segurança no Trabalho), que apresentaram os seus trabalhos e defenderam as suas teses no debate vivo com todos os participantes;
• O Investimento das empresas em SHST é ainda considerado um custo, principalmente naquelas que não têm estratégias de longo prazo. De contrário é um investimento rentável e de progresso;
• O recurso sistemático à subcontratação e ao falso trabalho temporário, é potenciador de insegurança quer nos trabalhadores contratados, quer no meio envolvente;
• As dificuldades encontradas pelos Técnicos nas múltiplas empresas e serviços para exercerem a sua actividade, no estrito cumprimento das normas de Segurança e da Lei, pela pressão que sofrem de muitos empregadores e pela tendência generalizada para precarizar o trabalho
destes, retira-lhes na prática a devida autonomia;
• A Medicina no Trabalho tem ainda dificuldades idênticas ás dos Técnicos Superiores de SHST;
• Em algumas empresas, os serviços de SHST e Medicina no Trabalho,
existem apenas para cumprir a lei sem a preocupação real de proteger os trabalhadores;
• As falhas atrás referidas serão potenciadas com o novo Código do Trabalho pela insegurança que a nova legislação irá provocar na generalidade dos trabalhadores.
• A participação de muitos alunos que frequentam cursos de formação profissional em SHST da ETLA e IEFP foi entendida como uma mais valia para o seu futuro profissional;
• A importância dos representantes dos Trabalhadores para a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho dentro das empresas e na falta destes, o Sindicato e seus delegados ou dirigentes;
• A necessidade de transportar para dentro das empresas e locais de trabalho as indicações aqui dadas e discutidas claramente, na perspectiva do cumprimento da lei, pela exigência de introdução de métodos, normas e cultura de Segurança em todas as actividades laborais;
• Só pugnando pelos direitos e obrigações e pelo cumprimento da lei, seremos cidadãos plenos;
• Pelo numero de participantes dos vários sectores de actividade profissional (enchendo por completo o auditório do Centro de Artes) e pelo seu interesse empenhado ao longo de todo o dia, pode concluir-se que se tornou um êxito extraordinário dando-nos a certeza de que este é o caminho que devemos prosseguir pelo que, está já em projecto uma outra acção a agendar para o próximo ano com outros temas.
Para reflexão:
Os acidentes de trabalho e as doenças profissionais custam anualmente às empresas e ao Estado perto de 1,5 mil milhões de euros.
Para além das questões sociais, este deveria ser um motivo que, por si, devia ser mais do que suficiente para convencer as empresas a avaliar e a prevenir os riscos a que todos os dias os trabalhadores estão sujeitos.
Estamos gratos à totalidade dos participantes neste Seminário sem excepção, bem como ás entidades que o apoiaram.
Pode concluir-se finalmente que demos este dia por bem empregue e saímos daqui com mais conhecimento.
Sines, 04 de Dezembro de 2008
A Direcção da União Local de Sindicatos

Poeiras e Gases em Sines

Sines:'Poeiras e Gases' preocupam trabalhadores do Complexo Industrial

A região do Litoral Alentejano tem riscos acrescidos em matéria de gases e poeiras resultantes da laboração das empresas do complexo industrial de Sines, afirmou Egídio Fernandes, porta-voz da Fiequimetal.

O responsável falava aos jornalistas à margem do encontro que aquela organização sindical realizou par debater a problemática da poluição ambiental e os seus efeitos. Embora, considere que muitos riscos estejam controlados, outros ligados à formação técnica de segurança, preocupam os responsáveis. Egídio Fernandes lamenta não existirem dados estatísticos fiáveis que comprovem os riscos associados à emissão de poeiras e gases. São diversos os riscos a que os trabalhadores estão expostos nos seus locais de trabalho que devem ser controlados e para isso a medicina do trabalho tem um papel preponderante, acrescenta o responsável. Estas foram algumas das matérias em debate no encontro promovido pela Fiequimetal, na passada semana, que juntou no auditório do Centro de Artes de Sines, perto de 200 pessoas.

Rádio Miróbriga

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Vasco da Gama vence e reforça liderança!!

Mais um jornada ultrapassada e mais uma vitória rumo ao objectivo de sermos campeões. Este Domingo recebemos e vencemos o Juventude Sarilhense por 2-1, num jogo teoricamente fácil para o Vasco dada a diferença das duas equipas na tabela classificativa. Mais uma vez, provando que a lógica do futebol é não haver lógica, factor em que reside muita da sua espectacularidade, tornamos este jogo muito difícil. Não sendo o Vasco da Gama do costume, começámos por perder, e só no período de desconto se confirmou a nossa vitória. Pouca posse de bola e falta de atitude perante um adversário realmente mais fraco e com objectivos muitos diferentes dos nossos, podíamos ter dificultado o nosso objectivo, não fosse o grande espírito de equipa e de sacrifício.

Entramos muito mal no jogo e ate ao intervalo não conseguimos inverter essa situação, pois nada saía bem e não estávamos a mostrar o porquê de sermos os primeiros. Pensava-se que o intervalo iria fazer bem á nossa equipa, mas pouca alteração se constou na exibição e não havia sinais de melhoria, com todo o demérito da nossa parte o Sarilhense ia subindo mais no terreno e numa dessas subidas ganhou um ponta de canto que resultou no 0-1 para grande surpresa de todos inclusive dos próprios jogadores do Sarilhense.

Era o susto que merecíamos passar para finalmente entrar no jogo e encarar realmente o jogo com outra atitude, tentando inverter o que estava a ser na altura a grande surpresa da jornada. Pois bem, o golo sofrido foi um bom tónico para a nossa equipa que começou finalmente a fazer circulação de bola, criando logo a seguir ao golo sofrido boas ocasiões de golo. Chegamos ao 1-1 por intermédio de Tiago Sobral aproveitando um ressalto dentro da área para empatar o jogo nos últimos dez minutos do jogo. Fizemos algumas alterações depois do empate com o objectivo de chegar ao golo da vitoria que se justificava, golo esse que chegou ao sexto minuto do tempo desconto dado pelo arbitro.

Duas notas: primeiro golo sofrido do Vasco da Gama em Sines para o campeonato e o regresso á competição do Edson Malik depois de seis meses de ausência devido a lesão no joelho.

Domingo, último jogo de 2008 e da primeira volta, na deslocação ao terreno do Paio Pires às 15h.

Diz quem sabe

Um comentário que virou post.
A Artenius Sines vai produzir acido ftálico para alimentar as fábricas de pet do grupo La Seda de Barcelona, incluindo a sua planta de Portalegre que consumirá cerca de 30 mil tons anuais. Se continuar viva…
Inicialmente a localização seria no sul de Espanha integrada no grupo Cepsa Quimica; mas dada a insolvência financeira deste grupo catalão houve que buscar alternativas financeiras para este projecto.Ora um dos principais accionistas da La Seda é a CGD que entrou para o grupo no tempo das vacas gordas, isto é, quando o Deutsche Bank tinha apostado forte na produção de pet em Espanha. Com a retirada do banco alemão em finais de 2007, a Caixa viu as suas acções caírem para metade: 0,40 euro. Mas como tinha o compromisso de construir a «fábrica de plásticos» em Sines não houve outra alternativa que não fosse entrar com os 320 milhões de euros necessários à sua construção.A Artenius Sines utilizará como matéria-prima os chamados xilenos – produtos petroquímicos provenientes do tratamento dos grupos cíclicos do crude. Ora, nenhuma das petroquímicas portuguesas ou espanholas fabricam xilenos em quantidades suficientes para alimentar Sines. Por outro lado a distância de Sines a Barcelona é de 1500km quer se viaje de camião quer se utilize o contentor marítimo. Qualquer analfabeto calcula facilmente a rentabilidade desta unidade de produção de 700 mil tons de ácido ftálico.
E quanto aos famosos 150 postos de trabalho a criar na cidade de Santo André? A resposta está à vista: preparando-se para desactivar a sua fabrica de Portalegre a Administração espanhola já reencaminho para Sines os quadros superiores e intermédios que de outro modo cairiam no desemprego.Que em Portugal se continue a gozar com o pagode, já não é coisa que surpreenda alguém. Mas… como é que a Europa permite um tal esbanjar de recursos é que para nós constitui uma desagradável surpresa.

Da série: Soa-me tão familiar

A Maioria dos 158 membros do comité central do PCP, funcionalizaram-se há muitos anos.

Expresso 06.12.2008

sábado, 6 de dezembro de 2008

Mais do mesmo

Em entrevista publicada no Notícias de Sines, o Director Geral da Artenius Sines, afirma que não há quotas estabelecidas para trabalhadores residentes na zona. Não podia estar mais de acordo, colocar a possibilidade da existência de quotas de emprego e trabalho para os residentes na região ou garantir empreitadas para as suas empresas, em novos investimento, seria não só discricionário, como contraria uma polítíca baseada no mérito. Aos Sinienses, e às suas empresas, devem ser criadas as condições necessárias para ser competitivos no mercado de trabalho, por mérito próprio e não de mão estendida.

Do resto da entrevista praticamente, só posso discordar. Não acho bom que tenha havido 200 inscritos na Feira do Emprego, pois apesar de ter muito por onde escolher, é preocupante estar tanta gente, principalmente qualificada, a procurar emprego.

"Dos apoios que atribuímos fazemos o seguimento e vemos qual é o resultado e o retorno para a comunidade". Nada mais errado, deverão antes definir o tipo de apoios que pretendem privilegiar, divulgá-los e eleger qual ou quais as instituições que os merecem, doutro modo, limitar-se-ão a entregá-los à autarquia que atribuirá de acordo com os seus critérios.

Sobre o contributo da Artenius para a poluição na região, afirma o entrevistado que "poluentes somos nós todos". Uns mais do que outros, acrescento eu. Depois o costume, utilizam a mais avançada tecnologia, estão abaixo ou dentro dos níveis máximos exigidos, etc, etc, etc.

Estamos, então, perante um investimento que ronda os 400 milhões de euros, conta com subsídios directos e benefícios fiscais num montante de 99 milhões de euros, implicará um tráfego rodoviário de 160 camiões dia, entre a fábrica e o terminal XXI, prevê-se a criação de 150 postos ( que mantendo a percentagem actual, 15 serão da região) e uma fábrica que usa a mais avançada tecnologia e é poluente, apenas, dentro dos limites legais.

Em suma, temos mais do mesmo, com os políticos locais a aplaudirem de pé. Seja pelos PIN's, pelos apoios financeiros, pela simples ignorância, pelo postos de trabalho que não existirão, pelo desenvolvimento da Região (que continua por provar se deve insistir no ciclo do petróleo), seja lá pelo que for, eles estarão lá desde o lançamento da primeira pedra até ao arranque da laboração, de croquete na mão, sem questionar, esperando pelas migalhas.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Contrução do Porto de Sines

Da série: Amor é...


Escola Secundária de Sines

Mera curiosidade intelectual, transformou-se num mistério social. Seja qual for o prisma, a abordagem, o método, o ranking, a Escola Secundária de Sines, piora de ano para ano.
A Escola Secundária Poeta Al Berto, de Sines, depois da 232º posição em 2006, 345º em 2007 e 360º no presente ano, num total de 483º escolas.
A secundária de Sines ficar em 360º, num total de 483 escolas em análise, não significa que é apenas má, mas que está a piorar.

Falei com professores, sociólogos uns encartados, outros meros curiosos, pedagogos de bancada (como os treinadores de futebol), alunos, pais, etc. Todos de um modo ou outro apontam o desinteresse dos alunos, da família, a pouca atractividade das matérias, a população estudantil oriunda de estratos baixos da sociedade, a qualidade do ensino, a “cultura” escolar, etc.

Justificará as diferenças sócio-económicas existentes entre as populações de Sines e Santiago do Cacém que depois de 171º em 2006, alcançou o 24ª em 2007 sendo das melhores na nível nacional em Português e em 51º em 2008, alcançando o 6º lugar a nível nacional nos exames de Matemática e a tudo isto juntarmos o 8.º e 9.º lugar nas melhores escolas do Distrito em termos de ensino Básico

Analisando uma a uma todas são mais ou menos verdade, todas juntas associadas, à frieza dos números não resta dúvidas: as diferenças sócio-económicas entre as populações de Sines e Santo André para Santiago não chegam para justificar a diferença dos resultados alcançado, se não juntarmos a um ensino de excelência praticado na Escola Secundária Manuel da Fonseca.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Assim até parece fácil

Santo André ganha candidatura ao Programa Integrado de Qualificação Urbana.
Esta candidatura está integrada no instrumento de política “Parcerias para a Regeneração Urbana”, decorrente da nova Política de Cidades Polis XXI. De acordo com o Presidente do Munícipio, que marcou presença na cerimónia acompanhado pelo Presidente da Junta de Freguesia de Santo André, Jaime Cáceres a aprovação da candidatura que vai requalificar Vila Nova de Santo André nos próximos três anos, “ significou a persistência da Câmara Municipal de Santiago do Cacém que nunca desistiu da candidatura " para a cidade onde reside a larguíssima maioria dos trabalhadores do Complexo Industrial de Sines”. Vila Nova de Santo André é assim a única cidade do Litoral Alentejano com a candidatura aprovada. Foram ainda beneficiados com verbas do Programa Parcerias para a Regeneração Urbana, Beja, Évora, Portalegre e Elvas.

“Por exemplo vamos ter o Bairro da Atalaia, Pôr-do-Sol e o Bairro Azul requalificados, assim como o Parque Central da Cidade, vamos ter uma ciclovia muito importante para mobilidade, vai ser construído um Lar para os Idosos com jardim de infância, vamos ter a Academia Sénior de Artes e Saberes de Santo André com um novo espaço qualificado e vamos ter também um investimento importante no abastecimento de água ao Bairro da Petrogal”. Um programa co-financiado através de recursos do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) ao abrigo do Programa Operacional Regional do Alentejo e cujo montante elegível aprovado é na ordem dos 6,5 milhões de euros, com comparticipação do FEDER de 4 milhões 112 mil euros. Na cerimónia de assinatura dos protocolos esteve o Secretário de Estado do Ordenamento do Território e Cidades. Manuel Ferrão deu os parabéns à Câmara Municipal de Santiago do Cacém por ter “apresentado em boa hora esta candidatura que tem todas as condições para cumprir o seu objectivo, não só de reabilitar edifícios e espaços públicos, mas de revitalizar a cidade”, porque adiantou o governante “precisamos que as nossas povoações consigam reter e atrair as pessoas com qualidade de vida e precisamos ainda de criar novas actividades económicas”.
“Uma Nova Visão para a Cidade de Santo André”, é este o principal objectivo da candidatura ao Programa Integrado de Qualificação Urbana de Vila Nova de Santo André, agora aprovada. A Câmara Municipal conta com 17 entidades parceiras, que em conjunto pretendem dar uma nova imagem ao Centro Urbano de Vila Nova de Santo André, através da requalificação e da regeneração daquele aglomerado urbano com 10 mil habitantes.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Futuro



Se gostou motor magnético, veja o que nos espera nos próximos 5 anos. A lista das inovações com potencial de mudança sobre a forma como as pessoas trabalharão, viverão e jogarão nos próximos cinco anos foi agora divulgada no terceiro relatório «IBM Next Five in Five».

tecnologias de poupança de energia solar serão utilizadas no asfalto, nas tintas e até nas janelas. No próximos cinco anos, a energia solar será uma opção acessível para si e para os seus vizinhos, até agora, os materiais e os processos para produzir células solares conversíveis em energia solar eram demasiado caros e não permitiam uma adopção generalizada. Com a criação de células solares «thin-film» a situação vai inverter-se, na medida em que estas células são cem vezes mais finas que as células de silicone e podem ser produzidas a preços mais baixos.

bola de cristal para saber o estado da sua saúde. Nos próximos cinco anos, o seu médico será capaz de fornecer um mapa genético que lhe dirá que riscos de saúde enfrentará e quais poderá evitar durante a vida, baseando-se no seu DNA. E tudo isto por menos de 200 dólares (cerca de 155 euros). «Desde que os cientistas descobriram como mapear o genoma humano que novas portas se abriram no sentido de desvendar os segredos dos nossos genes e, assim, prever tratamentos de saúde», sustentam.

poder falar para a Internet e a Internet responder-lhe. A forma de aceder à Internet «vai alterar-se radicalmente» nos próximos cinco anos. No futuro, será capaz de surfar na Internet num modo mãos-livres, recorrendo apenas à voz e deixando de ser necessário o teclado, por exemplo. As novas tecnologias mudarão a forma como as pessoas criam, constroem e interagem com os sites de informação e comércio electrónico, na medida em que a voz substituirá o texto. Imagine enviar e responder a emails e mensagens instantâneas sem escrever. Terá a capacidade de procurar verbalmente na Internet a informação e recebê-la de volta, como se estivesse a ter uma conversa com a rede.

assistentes digitais de compras. Já alguma vez lhe aconteceu estar numa loja apertada e não encontrar ninguém que ajude a procurar o que precisa? E os amigos já lhe disseram que determinada roupa fica-lhe mesmo a matar? Nos próximos cinco anos, os consumidores confiarão muito em si mesmos e nas opiniões dos seus pares para tomar decisões relativamente às compras que fazem, não esperando pela ajuda dos assistentes das lojas. Uma combinação de novas tecnologias e da nova geração de aparelhos móveis trará progressos significativos à experiência de comprar.

esquecer-se tornar-se-à uma memória distante. O excesso de informação não o deixa dormir? Esqueça-a. Nos próximos cinco anos será muito mais fácil lembrar-se do que comprou na mercearia ou que tarefas têm de ser feitas, com quem falou numa conferência, quando e onde combinou encontrar-se com um amigo, ou que produto viu publicitado no aeroporto. Tudo isso será possível porque os detalhes da vida do dia-a-dia serão gravados, guardados, analisados e disponibilizados por aplicações inteligentes portáteis e estáticas, no momento e lugar apropriado.

Um elefante branco de cor...branca

Infelizmente este como outros projectos para Sines, que levaram responsáveis autárquicos a delirar com a perspectiva de duplicação da população, no espaço de uma década, geraram expectativas, inflacionaram primeiro do lado da procura imobiliária e depois do lado da oferta.
Lembro-me de projectos resplandecentes de uma Avenida General Humberto Delgado, ladeada por prédios (feios, no caso do empreendimento da Refer), arborizada, com faixa interior de circulação para os moradores, jardim público e ciclovia até à baixa de São Pedro, equipamentos públicos, etc. Passada que está quase uma década desde estes sonhos delirantes, e agora que já entendemos que a população não vai duplicar, que os investimentos não serão o que se previa, e não só por culpa da crise, que não serão criados os postos de trabalho imaginados, será que existe plano B, ou ficaremos rodeados por um anel de betão, com muitas casas a aguardar moradores e o centro desertificado. Sines é hoje, uma "bolha" especulativa pronta a rebentar.
A "falência" do empreendimento da Refer é só um ronco de um vulcão prestes a explodir.




Dezembro 2, 2008
Empresa imobiliária da Refer em risco de sobrevivência
A Invesfer, uma participada da Refer que tem como missão ganhar dinheiro com os terrenos e imóveis que já não têm utilidade "tendo em vista libertar meios financeiros para a melhoria da infra-estrutura ferroviária", acumulou dívidas de 48,9 milhões de euros."
Afigura-se muito difícil a sobrevivência da empresa com o modelo de gestão até agora prosseguido", diz um relatório da Inspecção-Geral de Finanças (IGF) a que o PÚBLICO teve acesso, que refere que existe a possibilidade de se terem vindo a "transferir prejuízos da Invesfer para a Refer".
A empresa tem empreendimentos em Viana do Castelo, Braga, Guimarães, Porto (Campanhã), Aveiro, Tomar, Lisboa (Rossio) e Sines, mas a sua rentabilidade tem sido fraca ou nula.
Publico online

Setembro 10, 2006
A Alameda da Paz, uma obra da Câmara, resulta de um protocolo celebrado em Outubro de 2000 entre a Refer, a Invesfer e a Câmara Municipal de Sines, no âmbito da qualificação urbana de toda a frente norte da Av. Humberto Delgado e do espaço do antigo trajecto do caminho-de-ferro.Um investimento global de 2,3 milhões de euros, quando estiver completamente concluído, o parque chegará à Baixa de São Pedro, atingindo uma extensão linear de 900m e uma superfície de 30 mil metros quadrados.
alentejomagazine

Setembro 8, 2006
No global, o projecto do novo parque urbano envolve um investimento de 2,3 milhões de euros, mas a primeira fase da obra, já concluída e na qual foi investido um milhão de euros
Designado Alameda da Paz, o parque, nesta primeira fase, estende-se por uma área de 18 mil metros quadrados, ao longo do antigo troço urbano da linha ferroviária, explicou hoje a Câmara Municipal.
No total, o projecto vai ter uma extensão linear de 900 metros e uma superfície de 30 mil metros quadrados, entre o Jardim das Descobertas e a Baixa de São Pedro, englobando um jardim público, ciclovias, vias pedonais e mobiliário urbano diverso.
Manuel Coelho explicou ainda que o projecto "resulta de um negócio entre a Câmara Municipal e a Refer Invesfer, que se traduziu numa permuta de terrenos".
A autarquia cedeu terrenos à Refer para a construção de loteamentos (os primeiros já estão prontos), enquanto a empresa ficou obrigada à realização de obras de urbanização, construindo o parque urbano e requalificando um troço da Avenida.
A construção do restante segmento do parque urbano será feita à medida que for evoluindo a edificação dos empreendimentos habitacionais promovidos pela Invesfer na zona.
Agência Lusa

Julho 25, 2002
Manuel Coelho, presidente da Câmara Municipal de Sines, acrescenta ainda que este projecto insere-se no esforço de qualificação da cidade e que a sua construção “acontecerá numa fase crucial tendo em conta os investimentos estruturantes projectados para o porto de Sines”. No dia de apresentação do projecto o autarca reafirmou a necessidade da construção de acessibilidades para que estes investimentos “tenham ainda mais sentido e para que sejam mais proveitosos”.
Setúbal na Rede