sexta-feira, 19 de junho de 2009

Correio dos Leitores

Comunicação da Direcção da Repsol aos seus Colaboradores


Nestas últimas semanas, produziram-se reduções importantes nas margens do sector químico principalmente devido ao aumento dos preços das naftas. Este facto, juntamente com a contínua queda da procura dos produtos petroquímicos e dos mercados para onde vão os nossos produtos, fazem com que as previsões dos meses seguintes (incluindo os meses de Verão que são de costume de actividade reduzida no nosso sector) apresentem uma perspectiva complexa.

Diante desta situação, há três formas básicas para adaptar a gestão dos negócios às novas circunstâncias:

a) Ajustar a nossa capacidade à procura existente em cada situação, focando-nos basicamente na produção e venda daqueles produtos que têm margem maior, de modo a responder a um ambiente no qual as regras do jogo estão a mudar. Para tal, estamos a elaborar um plano de acção para o prazo de um ano e meio e com a previsão de diferentes cenários, cujo principal objectivo pode ser antecipado, com o fim de colocar em funcionamento com rapidez as medidas adequadas à evolução dos mercados internacionais.

b) De acordo com o anterior, temos de poder assegurar a máxima flexibilidade possível das nossas fábricas de produção num sector como o nosso, onde tanto os preços de venda como os custos são essenciais para garantir a competitividade do negócio. A evoluação das margens nas últimas semanas levou-nos a adoptar a curto prazo acções adicionais às que comuniquei há algumas semanas.

- No centro industrial de Tarragona, onde os custos são menores, e portanto as margens são maiores, maximizar-se-á a carga das fábricas sem que se possa eliminar a possibilidade de paragem de alguma unidade com margem menor, se requerido.
A previsão de funcionamento do cracker situa-se em cerca de 80% para os próximos meses.

- Relativamente ao centro industrial de Puertollano, ajustou-se a carga do cracker ao mínimo técnico, adaptando-se as fábricas de poliolefinas ao andamento do cracker, o qual manter-se-á durante um prazo de três meses consoante à paragem temporária da unidade de co-produção de estireno e óxido de propileno.

- Por outro lado, realizar-se-á a paragem do cracker de Sines, à espera de que as margens se recuperem. As unidades de polietileno funcionarão consoante a demanda existente com os estoques de etileno do próprio centro ou então com importações, se as mesmas são mais baratas que o etileno produzido.

c) Finalmente, a direcção da empresa decidiu apresentar um ERE temporário e flexível durante um ano em Repsol Química, o qual apenas se aplicará se houver a necessidade eventual para uma fábrica ou linha de produto determinada durante o tempo necessário, de acordo com a situação dos estoques ou das margens. Tendo em conta a conjuntura actual do mercado de OP/SM, a primeira unidade à qual tal se aplicará é a fábrica de OP/SM de Puertollano, o que atingiria hoje em dia a, aproximadamente, 50 pessoas.

Da mesma forma que todas as empresas do sector petroquímico, temos diante de nós uma situação complexa à qual devemos responder do melhor modo possível. Nestes momentos, nossa vantagem está em continuar a aplicar nossos esforços com a profissionalidade e compromisso que nos caracterizam. Agradeço mais uma vez sinceramente o esforço e sacrifício da vossa parte para que, entre todos, possamos colocar o nosso negócio na melhor situação possível.

Cumprimentos

O Director Executivo Química
Repsol

3 comentários:

forasteiro disse...

...e isto quer dizer?

Anónimo disse...

Esse comunicado já foi enviado no dia 16/06/09.

Anónimo disse...

ora aí está o que deve ser feito: participar com esclarecimentos julgados oportunos.

custará assim tanto dar-se bem com uma pequena comunidade como Sines? custará muito participar na Estação evitando boatos e sussurros?

claro que não...