quinta-feira, 25 de junho de 2009

Suspensão de contrato de trabalho

O famigerado anglo-saxónico lay-off, tornou-se familiar para muitos sinienses, confirmou-se hoje a suspensão do contrato de trabalho dos funcionários da Repsol, das unidades em paragem comercial.

opinião do sindicato

26 comentários:

efernandes disse...

Carta enviada aos Trabalhadores hoje:
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Caros Colaboradores

As fábricas do Complexo Petroquímico da Repsol Polímeros em Sines vão parar temporariamente a sua produção devido à drástica queda da procura de produtos petroquímicos, que se tem vindo a observar nos últimos meses como consequência da crise económica internacional.

Este cenário que caracteriza os mercados internacionais do sul da Europa é especialmente sentido em Portugal e Espanha e prevê-se que esta situação se mantenha durante algum tempo.

Esta paragem permite ajustar as vendas e a produção do complexo à procura existente neste momento. Devido a esta situação e de forma a assegurar o futuro, a Companhia vê-se na necessidade, nesta altura, de iniciar um processo de "lay-off" temporário e rotativo para cerca de 50% dos empregados. Os restantes ocupar-se-ão em serviços de apoio e na manutenção das fábricas em condições de segurança e disponibilidade para o seu arranque quando necessário.

É vontade da Companhia que a actual conjuntura de negócio tenha o menor impacto possível nos empregados.

O Complexo retomará o seu funcionamento normal logo que se inicie a recuperação dos mercados, que se espera que ocorra nos finais deste Verão.

Tal pressupõe, nessa altura, a normalização das condições de trabalho para todos os empregados do Complexo Petroquímico.

Cumprimentos

Sebastian Mussini
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Recebida agora mesmo...
Grave, gravíssimo...

Unknown disse...

"...paragem comercial." ?! ou paragem parcial ? :)

É bastante grave o que está a acontecer!! Nada de bom!

Anónimo disse...

Surpreendente, após ter lido esta notícia:
http://www.setubalnarede.pt/content/index.php?action=articlesDetailFo&rec=10965

Anónimo disse...

Os efeitos da tal crise que muitos ouviam falar mas a maioria acreditava não chegar a Sines,rebentou da pior maneira. A máscara negro do desemprego ameaça centenas de trabalhadores quando o Primeiro-Ministro andou a propagandear milhares de novos empregos. Em Sines, até cá veio duas vezes assegurar que os milhões de investimento estavam garantidos. Um ano depois, praticamente nenhum dos investimentos que ele anunciou foram para a frente. Na próxima campanha com certeza virá prometer mais 150 mil novos empregos porque desta é que é. Esperemos não haver próxima. Porreiro pá!

Anónimo disse...

É uma situação preocupante uma vez que também sou empregado na Repsol. De qualquer forma, ainda guardo alguma esperança de melhoria para todos.

Anónimo disse...

É grave...mas gravíssimo? Nao seria pior se fossem todos para o desemprego...Temos que deixar a nossa postura tipicamente latina, pessimista, do fácil reclamanço e pensar que no mundo actual temos que adaptar-nos a muitas coisas. Por essa Europa fora muitos reduzem salários para assegurar empresas durante anos e cá temos q ver as coisas como sao... Nao é quando acontece algo assim começar a atacar, a pensar em greves e na luta sindicalista! Só vai piorar as coisas! Essa mentalidade tem que ir embora!

Anónimo disse...

apesar de tudo ir para casa com 2/3 do vencimento, é muito acima daquilo com que sobrevivem muitos portugueses, e incomensuravelmnete mais que muitas pessoas pelo mundo fora.

é a dura realidade

Anónimo disse...

é incrivel a antecipação ou só coincidência o post de ontem do braz sobre o desemprego

Anónimo disse...

como se diz e bem!!!! de espanha nem bons ventos nem bons casamentos so resta esperar e ver o que vai dar por agora podemos ver que sao maus ventos e maus casamentos agora e pensar positivo pode ser que os espanhois vendam a petroquimica a quem dela queira tirar proveito

Anónimo disse...

Não nos podemos esquecer que estão mais empregos em causa do que os da Repsol.

Ao reduzirem a "mão-de-obra" desta empresa, todas as outras empresas "satélites" são as primeiras a sentirem estas medidas.

Será verdadeiramente necessário mais este aumento na taxa de desemprego?

Não serão formas indirectas de "limpar" a casa de persona non grata?

Estão na realidade em causa quantos empregos?

Nesta fase como vão algumas famílias sobreviver?

Onde estão as medidas sociais desta CMS para dar resposta do tsunami que aí vem?

Já tinha referido aqui que os apoios alimentares (acesso a cantinas e em géneros) são para ontem e não para ainda apresentarem nas campanhas eleitorais.

A Mixuguita

efernandes disse...

Comentar alguns anónimos:
É grave, muito grave e é sempre melhor ir para casa temporariamente do que ir para o desemprego...
Outro diz que é melhor receber dois terços que é mais do que uma boa parte dos portugueses recebe; Outros ainda dirão que é melhor comer meia sardinha do que comer só o pão...
Pois é meus caros.
Também é muito melhor receber 40 ou 50 salários por mês como recebem alguns administradores e directores do que receber meio salário...

Anónimo disse...

E ainda o Francisco Pacheco, candidato da CDU a Sines, fala na necessidade de travar o investimento estrangeiro. Havia de ser bonito para as centenas de tranalhadores sineeses que necessitam deste postos de trabalho.

sindicalista disse...

E´isso mesmo Egidio, muitos vêm para aqui escrever mas ainda não lhes tocou.
pensem assim, será que os trabalhadores que vão receber menos 1/3 do vencimento também vão usufruir de descontos nas suas prestações da casa, na luz, combustiveis, alimentação, etc..
A situação é mais do que preocupante como aqui foi dito os administradores não abdicam de aumentos de ordenado, mudança da frota automovel etc, agora o mexilhão é que paga as favas.
Não sou a favor da greve, sou a favor da violência contra esta mão cheia de CORRUPTOS que temos no nosso país, uns governantes outros já se governaram são todos iguais, o LAY-OFF PS, é nada mais que o aproveitamento das empresas para enriquecerem mais um bocado.

Força Egidio és uma mais valia neste blog.

Anónimo disse...

oh efernandes e se deixasses de dar palpites , já vi no ke vai dar a tua conversa, essas opiniões os trabalhadores da Repsol dispensam .

Anónimo disse...

Eu só digo que se algumas pessoas saissem deste burgo que é o triangulo de santiago, sines e st andre e vissem qt se ganha no vale do ave e no resto do país calavam-se...os ataques a administradores agr de nada valem...este tempo tem é que servir para se tentar repensar estratégias de futuro...

Fundamental e o Acessório disse...

Vamos ser realistas.
Estas situações são acima de tudo um reflexo de um estado economico mundial. Os empregados de qualquer multinacional estão à cabeça destes despedimentos/lay-off, isto porque são controladas por cash-flows e não patrões, não existe aqui lado humano. Não olhemos somente para o nosso umbigo, reparem que na USA estão sem emprego milhões que tinham um nível de vida muito bom, que neste momento gostavam de estar na situação de lay-off... e ter pelo menos 1/3 do que oferiam antes... na alemanha estão algumas centenas de empresas em lay-off e os trabalhadores a ter formação na sua área profissional... em espanha aproveita-se este impasse e as pessoas formam-se noutras áreas profissionais, abrindo o leque das oportunidades de emprego...
É certo que muito gestor nacional ganha mais do que merecia... mas existem tambem aqueles que não tendo qualquer formação especializada ou académica ganha mais do que realmente merece. Não sou apologista que deve ganhar mais quem mais estuda, mas sim de quem é bom naquilo que faz... e aqui tanto encontramos exemplos nos lugares de topo como em empregos ditos indeferenciados.
O merito anda longe de ser atingido neste nosso país, mas em todos os sectores. Percebo os sindicalistas: mais dinheiro, mais tempo livre, mais regalias com menos horas de trabalho e menos formação. Quem não quer? Mas será que quem gere tem de ganhar o mesmo de quem não têm responsabilidades? será que um piloto de avião deve ganhar o mesmo que uma hospedeira de bordo? ao primeiro atribui-se a responsabilidade da vida de umas centenas de pessoas, à hospedeira somente a paparoca a tempo e horas e um sorriso... é igual não é?
a vida não fácil, mas creio que temos de nos adaptar aos tempos que correm. ter o mesmo emprego para o resto da vida, acabou. Ter uma profissão sem ter uma constante formação para evoluir e actualizar, acabou. Ser rigido nos direitos e flexivel nos deveres é utópico.
Educação e formação produz capacidade de resposta a muitos destes novos problemas de emprego e sociedade.
Apostar na auto-valorização é sempre uma sementeira que mais cedo ou mais tarde dá frutos... Ficar a chorar porque ganhava bem e agora fica com 2/3 do vencimento e ficar à espera que lhe resolvam o problema ou mesmo ser despedido porque era daqueles que durante anos pensou e afirmou que as acções de formação propostas pela empresa eram uma perda de tempo e os que iam queriam era "passar graxa". Eu sei que tambem existe quem se tenha esforçado e feito tudo para ser o melhor na sua área e agora está desempregado, mas de certeza será pela sua qualificação profissional que tera menos tempo de espera.
Bill Gates, um tipo que trabalhava 12 a 20 horas dia durante anos e um dos mais ricos do mundo, dizia numa palestra aos jovens do ensino secundário: " A vida é dificil. Quem lhes disse o contrário mentiu. Se não trabalharem arduamente, sem nunca desistir, para serem aquilo que querem nunca vão a lado nenhum."
E para acabar, viver é dificil, podemos almejar ser sempre melhor, mas tambem devemos estar preparados para que isso não seja verdade.

"tudo é possivel, incluindo a impossibilidade".

Passem bem.

Anónimo disse...

Atenção, não façam como os parvos da Auto Europa, devem tentar negociar com cabeça, tronco e membros e olhar para o mundo que nos rodeia e não receber ordens da celula do partido .
Não quero dizer com isto que devem prescindir dos direitos fundamentais. Regalias daquelas "perigosas" podem ser um amargo de boca.

efernandes disse...

Diz o Sr. Professor...
O merito anda longe de ser atingido neste nosso país, mas em todos os sectores. Percebo os sindicalistas: mais dinheiro, mais tempo livre, mais regalias com menos horas de trabalho e menos formação. Quem não quer? Mas será que quem gere tem de ganhar o mesmo de quem não têm responsabilidades?
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Começemos pelo fim.
O Sr acha mesmo que os trabalhadores não têm responsabilidades? Sério?
Quando diz que o mérito anda longe de ser atingido neste nosso país, eu estou de acordo, plenamente...Os trabalhadores Portugueses são bons-não sou eu que o digo-são os próprios donos ou accionistas das empresas estrangeiras, no estrangeiro. Porquê? obviamente meu caro, porque a gestão sendo bem feita, o trabalhador Português é compensado e sente-se integrado e valorizado. Aqui, no nosso País, nem por isso!
Quanto a dizer que percebe os Sindicalistas, olhe que não meu caro Professor. Pense, se faz o favor, um pouco melhor.
Pedem mais dinheiro, obviamente;
mais regalias sociais, porque não?
Mais tempo livre com menos horas de trabalho, qual é o problema se isso significar menos horas extraordinárias e consequentemente mais emprego?
Menos formação??? Tem mesmo a certeza do que disse? Creio mesmo que está enganado, sabe porquê?
Eu digo-lhe com todas as letras.
Sabe que há dezenas de empresas que só agora se aperceberam que são obrigadas a dar 35 horas anuais de formação contínua certificada por formadores ou instituições acreditadas? Pois é...Não dando essa formação, obrigatória,preferem pagá-la e livram-se de um problema. Não me diga que não são os trabalhadores que não querem essa formação.
Se tiver alguma dúvida, disponha. Não diga mal só por dizer, até porque, sendo Professor, não cai bem.
Desculpe a chamada de atenção!

Anónimo disse...

Desapareceu o " FORASTEIRO " apareceu o efernandes, não nos livramos deles , ou será que é o mesmo , não se metam na luta da REPSOL já bastou o que fizeram na ETAR, chega ,não precisamos de conselhos desses

Anónimo disse...

apos esta noticia e estes comentarios acho estranho o srº luis maldonato ainda não se ter manifestado ele que tanto defendeu que estava tudo bem

Luis Maldonado disse...

Está uma reunião convocada para 2ª feira, ás 16:15, no refeitório da empresa, para a CT informar os trabalhadores da situação actual.
Fui apanhado de surpresa, como acredito que a maioria das pessoas tenha sido. É efectivamente uma situação complicada, mas não vamos iniciar discursos derrotistas ou pessimistas, é necessário aguardar a decisão conjunta da empresa e Representantes dos Trabalhadores, para saber o que realmente vai acontecer.
Espero, como toda a gente que trabalha na Repsol ou que depende de funcionários da mesma, que seja apenas uma fase e que daqui a muito pouco tempo a situação volte ao que era antes.

forasteiro disse...

Esta, como outras empresas, só utilizam o Lay-off porque lhe é permitido por quem fez esta lei.
Não acreditarão que esta e outras empresas têm tido prejuizos, ou acreditam mesmo?
É preciso lembrar que esta empresa(dados públicos), teve de lucros em 2004-7,5 milhões de euros; em 2005-35,6 milhões de euros e em 2007-45,9 milhões de euros.
Os eventuais(?) prejuizos, devem-se ao simples facto de terem produzido em 2008 com o preço do petroleo em alta, estando o mesmo hoje a 1/3 daquele valor.
Chantagem é, inadmissível

Anónimo disse...

Segundo algumas informações, será 80% do vencimento iliquido, excluindo subsidio de alimentação, de renda de casa, infantário/estudos, produtividade. Ou seja, 80% do salário base+subsidio de turno. Vamos aguardar mais desenvolvimentos...

Fundamental e o Acessório disse...

ao Efernandes.

Peço desculpa, se ofendi, não ´´e de todo a minha intenção.
1º Nem sempre fui professor tambem trabalhei na industria uns anos, sei que exisem muitos sindicalistas que defendem SÓ aquilo que afirmei, no entanto acredito que , como em todos os sectores existem os bons e os maus.

2º trabalhei em empresas com bons funcionários e maus patrões , como ao contrário.

3º As empresas são as pessoas que lá trabalham... todas as pessoas que lá trabalham. Cada um com a sua função.. agora não me venha dizer que um trabalhor ou comissão de trabalhadores indeferenciados tem capacidade de substituir um gestor capaz... dúvido.

4º e por ultimo, quando à uns anos atrás me diziam que eu era muito bem pago, eu costumava dizer que é uma questão de substituição: quem conseguir me substituir em capacidade de trabalho e conhecimentos nas minhas funções e no espaço de um mês, eu faria questão de dividir o meu vencimento com essa pessoa. Mas ao contrário tambem era válido. Nunca ninguêm sequer tentou. Todos devaimos evoluir até ao máximo das nossas capacidades... infelizmente existem demasiados acima das mesmas e outros muito abaixo. Em Portugal é tudo uma questão de "chico espertismo"- Vale para todo a gente.

Anónimo disse...

Sempre actual:
De Espanha nem bom vento nem bom casamento....
Meter gasolina nas bombas da Repsol nunca mais...nem dada!
Vendam o Complexo e vão-se embora de Sines.
Só tenho pena de familiares meus que estão a passar por esta situação. Uma limpeza.
Petrogal, EDP, e outras serão sempre bem vindas. São portuguesas e face à crise não fazem coisas destas. Isto é vergonhoso.
Não se admite que numa altura destas em que é mais do que reconhecido pela maior parte dos analistas finaceiros que o pior da crise já passou (Dezembro, Janeiro, Fevereiro), e em que a retoma está prestes, é agora que estes senhores estão a fazer uma coisa destas quando, e ao que parece o grupo até está bem a nivel financeiro, sendo uma das melhores empresas a nível mundial neste campo. Olha se não estivesse...

efernandes disse...

Ao Sr Professor,
Olhe que não meu caro, olhe que não mesmo!
De qualquer modo, não me parece que tenha respondido ao que lhe questionei, também não é obrigado a isso.
Desculpe-me apenas um pequeno comentário sem querer ser impertinente.
o seu segundo comentário não tem nada a ver com o primeiro, ou estarei a ver mal? Perdeu-se?

Não precisa pedir desculpas porque não me senti ofendido por si.
Cumprimentos