segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Correio dos Leitores: Ancorope

Depois de ter lido varias opiniões sobre o edifício não resisto a dar a minha opinião/comentário sobre o mesmo e, faço-o como morador desde 1987.
Em vários comentários que li fala-se em prostituição no ANCOROPE. É provável que haja. Mas será que é só no ANCOROPE que existe prostituição? Não existirá prostituição em mais nenhum edifício de Sines? Qual será a diferença entre a prostituição no ANCOROPE e a dos outros edifícios? A diferença está em que no ANCOROPE são tratadas como p_ _ _ _ e nos outros lados são prostitutas de luxo ou "call-girls". Mas no fim vai dar à mesma coisa.
Li também sobre o problema de drogas no ANCOROPE. É provável que haja. Mas será que é só no ANCOROPE que existe esse problema? Esse problema não existe em mais nenhum lado?A diferença é que, a existir esse problema, no ANCOROPE é escalão mais baixo ao passo que nos outros lugares é mais "chique", mais fino.
O problema do ANCOROPE não é a idade, não é o tamanho. O problema do edifício é a falta de uma Administração do Condomínio forte, de controle das entradas e saídas do prédio, é a falta de controle no aluguer dos apartamentos, pois por vezes os apartamentos são alugados a quem nunca devia de morar em apartamentos.
Estes problemas só serão resolvidos quando os proprietários se convencerem que isto não pode continuar e começarem a responsabilizar os intermediários que os alugam como também serem responsabilizados eles próprios pelos estragos e mau estar que os inquilinos provocam.
O que o edifício necessita é de que os proprietários se juntem numa Assembleia-geral para ouvir os problemas. Mas que estejam presentes e não se fazerem representar como tem estado a acontecer. Que essa Assembleia-geral seja convocada e realizada legalmente e não como tem estado a ser nos dois últimos anos.
Li também um comentário de que devia-se fazer a implosão do edifício. Este nem merece comentário. Gostava de ver os edifícios que agora estão a construir daqui a trinta anos, que é mais ou menos a idade do ANCOROPE. Em algum deles basta olhar para as fachadas para se ver a categoria a construção.

Carlos Amaral

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Vemos, Ouvimos e Lemos mas...

Isto não se aplica numa terra que conhecemos?

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Roupa de Domingo - Estamos na Maior!...

Uma mensagem recebida na caixa do Correio

Um dia destes estava a trabalhar com a televisão ligada e ouvi este desabafo de uma desempregada:

" Não tinha filhos, ganhava acima da média, pensava que tinha um emprego para sempre e agora, dependo da minha mãe.... não compro roupa, a que tinha fui-a usando e tenho uma melhor, de parte, para ir às entrevistas de emprego, é como se fosse a roupa de domingo."

Parei de trabalhar ouvi o programa até ao fim e pensei que há muito tempo não ouvia essa expressão. Expressão que se usava, e muito, na minha infância.

Os da minha geração, os que nasceram nos anos cinquenta lembram-se que usávamos bata na escola, desde a primária até ao fim do liceu, e que não tinhamos luxos nenhuns.

Compravam-nos um par de sapatos no inico do inverno e outro no verão e quando havia dinheiro tínhamos direito a roupa nova. Ninguém se chateava de herdar roupa dos irmãos mais velhos...e tínhamos uma roupa melhor para os domingos.

Contavam-se pelos dedos da mão os que continuavam a estudar após a quarta classe e o destino estava traçado.

Os que continuavam a estudar, mas sem muitas posses iam para as escolas técnicas, para terem uma ferramenta para começarem a trabalhar mal acabassem o curso comercial/industrial, com qauinze/ dezasseis anos, os com dinheiro iam para o liceu.

Os pais diziam que se quisessemos estudar mais já era connosco!!!

As opções para distracções eram poucas e o tempo para estudar, aqueles que de nós podiam, era muito.

Lia-se muito, eu e as minhas irmãs, pelo menos, não porque os nossos pais tivessem dinheiro para comprar livros mas porque existia a biblioteca de turma e ouvia-se muita "telefonia" e conversava-se muito mais do que se conversa hoje.

Ia-se de longe em longe à matiné ver um filme e era um acontecimento ir ao cinema.

Não, não estou saudosista, estou indignada>/revoltada porque acabei de ouvir, na televisão, o discurso do Snr Primeiro Ministro e segundo ele estamos na maior. O desemprego já era está a baixar tanto que qualquer dia é negativo!!!!!!

Não há pior cego do que o que não quer ver.

Não há ninguém que não tenha alguém de família desempregado e parece que ter emprego no nosso País é uma questão de sorte e não um direito.

Voltámos aos tempos em que a competência de nada vale sem conhecimentos..........e estamos na maior!!!!!!

Abraços

Ana
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Continuemos na maior que vamos parar longe!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

DESTRUIÇÃO DE EMPREGO CONTINUA EM PORTUGAL

O Instituto Nacional de Estatística acabou de publicar os dados sobre o emprego e desemprego em Portugal referentes ao 2º Trimestre de 2010.
E Sócrates, no lugar de analisar com cuidado e profundamente esses dados publicados pelo INE, com a pressa e a ignorância que o caracteriza, e sem respeito pela situação dramática em que já vivem centenas de milhares de portugueses, entrou na propaganda ignorando a realidade.
O problema grave que o 1º ministro e muitos outros se esqueceram de dizer é que a destruição do pouco emprego que existe em Portugal continuou no 2º Trimestre de 2010; que, apesar de muitos trabalhadores desempregados e válidos para o trabalho estarem a ser empurrados prematuramente para reforma com pensões próximas do limiar da pobreza, o desemprego efectivo, que inclui muitos desempregados não incluídos nas estatísticas oficias de desemprego, aumentou; que o apoio aos desempregados está a diminuir lançando muitos mais milhares na miséria devido aos cortes significativos que o governo está fazer, também por pressão do PSD e do CDS, na despesa pública, incluindo investimentos, devido à obsessão de reduzir o défice em plena crise económica e social; e que o desemprego vai continuar a aumentar por essa razão, até porque a destruição de emprego vai prosseguir.

O APOIO AOS DESEMPREGADOS CONTINUA A DIMINUIR EM PORTUGAL: entre Abril e Junho de 2010, perderam o direito ao subsidio 16.033 desempregados

Apesar do emprego continuar a ser destruído em Portugal a um ritmo elevado e, consequentemente, o desemprego real aumentar, o apoio aos desempregados, como consequência das alterações à lei do subsidio de desemprego (Decreto Lei 220/2006 e outras), como referimos em estudo anterior, está a diminuir. A prová-los estão os próprios dados publicados pelo Ministério do Trabalho. Assim de acordo com o Boletim Estatístico de Julho de 2010, entre Abril e Junho deste ano, o numero de desempregados a receber o subsidio desemprego baixou de 252.522 para 245.594 (menos 6.928), e o numero de desempregados a receber o subsidio social de desemprego, cujo valor é inferior ao limiar da pobreza, conforme consta de um nosso estudo anterior, baixou de 118.609 para 109.502 (menos 9.105). E as consequências das alterações à lei do subsidio de desemprego ainda não se fizeram totalmente sentir, já que algumas delas só entraram em vigor no dia 1 de Agosto de 2010.

É tudo isto que Sócrates tem sistematicamente omitido nas suas declarações, apesar destes dados terem sido também publicados quer pelo INE quer pelo Ministério do Trabalho, e que é preciso que seja dito também aos portugueses para a opinião publica não ser enganada com as declarações do 1º ministro. A omissão ou a tentativa de esconder a realidade, e a situação dramática em que já vivem mais de 730 mil portugueses, a quem lhes é negado o direito constitucional ao trabalho, só poderá servir para que não se tomem medidas urgentes, contribuindo assim para que a situação se prolongue e se agrave ainda mais.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Piqué, o animal




A fama e o prestígio não justificam tudo. Triste figura, daquele que é unanimemente apontado como um dos melhores defesas do Mundo. Confirma-se que o dinheiro, a fama e o prestigio muitas vezes não anda de mãos dadas com a educação e civilidade.

Convocatória dos Veteranos do Vasco


Convocado para trabalhar na roulote da Super Bock, na Avenida da Praia, defronte para o Palco, concessionada ao Vasco da Gama A.C., que em boa hora resolveu partilhar com o Veteranos, compareci as noites de Sexta e Sábado, o que significou 10 horas seguidas na 1º noite e 11 horas na segunda, em 5 máquinas servimos largos milhares de imperiais.

Confesso que nem a exploração laboral - 10 horas sem direito a hora de refeição, subsídio de turno, folga, isenção de horário de trabalho - retiraram o prazer de trabalhar com o público. Gosto do contacto com o público, breves segundos que permitem observar o caleidoscópio de emoções e sentimentos, que nas horas de maior aperto eram quase como flashes. Durante os 3.000 litros de imperiais, águas, sangrias, etc, por lá passou de tudo, desde os eufóricos a melancólicos, de alcoólicos a alcoolizados, dos entrosados aos descontextualizados, havia de tudo, mas sempre, sempre com muita cerveja, em que a  urgência de uma imperial, tornava-se quase um caso de vida ou morte à medida que as horas avançavam.
Uma experiência interessante.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Onde estavas em Agosto de 1989?


Agosto de 1989, A maré negra

Munidos de um balde e de uma pá, dezenas de trabalhadores, militares e jovens estudantes fazem o que podem para retirar das praias da costa alentejana mais de 6 mil toneladas de crude derramadas pelo navio "Marão", ao serviço da Soponata.


O barco, certamente por erro de navegação, embateu no dia 14 de julho nos destroços do molhe do porto de Sines, perdendo a maior parte do crude que transportava em dois dos seus depósitos.


Ninguém alertou as autoridades, e foram os veraneantes das praias vicentinas que denunciaram o facto à Marinha, quando a mancha negra já se havia espalhado, inexoravelmente, pelas areias e rochas das praias.


Este foi um acidente (irresponsavelmente escondido, não se sabe por quem), mas é prática comum os navios que navegam nas águas territoriais portuguesas efetuarem ao largo a limpeza dos tanques, sujando as águas e prejudicando a pesca.


Já na altura dizia um responsável da autarquia de Sines: "A multa é pequena, cerca de 900 contos (4500 euros), e compensa, pois a limpeza efetuada nos estaleiros é muito mais onerosa e obriga a parar dois dias."


Quem aproveitou foram dezenas de estudantes que, sem meios adequados, efetuaram a limpeza durante as suas férias. Trabalhavam dez horas por dia, a 350 escudos (1,70 euros) à hora.

Um Olhar, Álbum de Rui Ochôa expresso online

Passaram 21 anos. Era mais um de tantos dias na Praia de Sines. Havia levantado pouco tempo antes uma ligeira névoa, não daquelas que nos faz pensar que D.Sebastião regressa, mas um subtil nevoeiro, acompanhado, apesar de sem relação, de um pestilento e nauseabundo cheiro a nafta. Tardaríamos horas a perceber - depois de no ano anterior o rebentamento do depósito da APS, que originou a morte de um trabalhador siniense e o afastamento de centenas de turistas - que o nosso verão de praia feito acabara nesse dia. Mas aquele que foi o verão que muitos do nosso grupo - e éramos tantos - considera o melhor da nossa vida, já ninguém nos tiraria. O verão já ia alto, as férias haviam começado em Junho, era o primeiro ano com carta de condução para alguns de nós, o que significava que o mundo ficara mais pequeno e depois éramos jovens. E qual a importância para quem tem 17, 18 anos, que a espuma dos dias fosse literalmente negra?

domingo, 15 de agosto de 2010

Divulgação - Sines Surf Clube

Vasco da Gama

Apesar do inicio da pré-epóca adiado, devido às obras de manutenção que a autarquia está a efectuar nas instalações do Estádio Municipal, o Vasco da Gama obteve um empate a 2 bolas, na deslocação a Moura, equipa que milita na 3ª Divisão, no primeiro jogo amigável da época.

Com apenas 3 treinos, uma vez que parece que os meses de férias não foram suficientes para as pequenas reparações nos balneários, nem para fazer o prometido relvado sintético, cujo inicio das obras de acordo com o propalado, iniciariam em Maio, de modo a estar pronto para o inicio da época.

Existirão dezenas de motivos que justifiquem o incumprimento do prometido, falhar o planeado, adiar os investimento, mas nenhuma resolve as dificuldades que originam aos atletas.

sábado, 14 de agosto de 2010

Sines aqueceu

Nos primeiros 12 dias de Agosto, a temperatura máxima em Portugal foi em média de 33,9 graus e a mínima de 18,2. Segundo o Instituto de Meteorologia, Sines com mais oito graus, foi a cidade que registou maior diferença face à media.

Nas duas primeiras semanas de Agosto a temperatura mais elevada foi registada na localidade de Amareleja, no dia 11, com 42 graus seguido de Tomar com 41 graus e Alvega com 41.5, ambos no dia 8.

Ainda segundo o Instituto de Meteorologia, foram registadas duas ondas de calor: uma entre 3 e 11 de Agosto em Monção e Alcácer do Sal; a outra entre os dias 6 e 11 de Agosto em Sines, Sagres, Monte Real, Anadia, Nelas, Guarda, e Dois Portos.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Divulgação - Sines Surf Clube

Nota de Imprensa
Resultados Nacional Surf Esperanças

Mais uma vez os resultados comprovam o excelente nível dos atletas alentejanos que foram a Viana do Castelo.

Boas ondas, bom nível de surf e muito público na praia da Arda durante os três dias e um desempenho global muito positivo que contemplam várias presenças nas finais e mostram também que o excelente trabalho dos treinadores.

Nos Sub-14, o Pequeno Grande Santiago Miranda foi 3º classificado e está cada vez mais competitivo.

Nos Sub-16, o cada vez mais vibrante André Faria, que mostrou muito bom surf (destaque para a sua última onda da final), na 2ª posição e o Mateus Rego na 4ª,

São estes os nomes do futuro do Surf Alentejano e de futuros campeões nacionais.

Muitos Parabéns Santi, André e Mateus e respectivos treinadores.

Acrescentamos ainda que próxima etapa decorrerá em SINES, São Torpes, nos dias 25 a 27 de Setembro.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Não Gozem Com o Povo de Sines

Quando vi a ordem de trabalhos da reunião da Câmara Municipal de Sines do passado dia 5 de Agosto de 2010, e constatei que um dos pontos da agenda dizia “ Protocolo de cooperação que visa definir os termos e condições subjacentes à colaboração entre o município de Sines e a Administração Regional de Saúde do Alentejo IP, ARSA tendo em vista a edificação de um novo Centro de Saúde em Sines”, fiquei deveras curioso. Será que é desta? E rapidamente recordei as dezenas de vezes que junto de vários responsáveis ministeriais foi exigida tal obra desde que a câmara municipal de Sines a suas expensas construiu, vai para vinte anos, as actuais instalações no Cemetra.

Numa das iniciativas junto da actual Ministra da Saúde, então presidente da região de Saúde de Lisboa e vale do Tejo, tivemos azar porque Sines estava em vias de passar para o Alentejo e não fora essa situação, dizia Ana Jorge, Sines iria ter um novo centro de Saúde que dele bem precisava havia muito.

Depois tinha sido já no inicio deste ano de 2010, quando perante uma proposta de protocolo da ARSA para os mesmos fins o colectivo da Câmara Municipal de Sines a havia recusado por unanimidade essencialmente porque se propunha construir o novo centro de saúde de Sines no prazo de cinco anos.

Fazia todo o sentido a minha curiosidade e logo que cheguei ao local de trabalho agarrei o dito protocolo. Primeira estranheza o protocolo já estava assinado por Manuel Coelho, em nome da Câmara Municipal e por Rosa Zorrinho em nome da ARSA desde 21 de Julho de 2010. Mau, pensei. Então não é para discutir!?

Fui ler o documento e depois de uns considerandos de que retiro as seguintes palavras “ … a ARSA consciente das reais necessidades do concelho de Sines decorrentes do avançado estado de degradação das actuais instalações do centro de saúde tem vindo a desenvolver esforços no sentido de promover pela construção de um novo equipamento susceptível de garantir na íntegra a realização da sua missão”;

Passei então dos considerandos aos finalmente e aí é que a porca torceu o rabo, como diz o povo. Nos deveres do município de Sines, na cláusula segunda obriga-se a “disponibilizar de imediato uma parcela de terreno com "2769 m2" . Na cláusula quarta, dá o dito por não dito e obriga-se transmitir a propriedade do terreno para a ARSA no prazo de dois anos. Por sua vez a ARSA obriga-se nos pontos um e dois da cláusula terceira, a fazer os projectos e a iniciar as obras de edificação do novo centro de saúde no prazo máximo de três anos contados da data de assinatura do protocolo. Mas não vá o diabo tecê-las acrescenta nessa cláusula um terceiro ponto em que diz que o disposto anteriormente, o tal prazo máximo de três anos para iniciar a construção, “não prejudica eventuais reprogramações resultantes de atrasos não imputáveis à ARSA, IP. À cautela tem uma cláusula de reversão do terreno para o município se ao fim de quatro anos houver incumprimento do ministério.

Ou seja nem daqui a cinco anos teremos novo centro de saúde. A meu ver não existem nenhumas razões para que não se inicie a construção do novo edifício já no próximo ano de 2011. Terrenos existem. Projectos devem existir dado o número de anos que já passaram desde que começaram a ser feitos. Verbas comunitárias existem. Dinheiro camarário existe desde que não se façam uns quantos concertos musicais e uns quantos jantares durante um ano, acho que o povo compreenderia e até aplaudiria.

Portanto para mim estão reunidas todas as condições para que se inicie em 2011 a construção do Centro de Saúde que a população de Sines precisa e merece. A não ser que faça jeito às eleições municipais de 2013, manter “o avançado estado de degradação das actuais instalações do centro de saúde” .


Francisco do Ó Pacheco


Ver notícia "CM de Sines fixa prazo para construção de Centro de Saúde" na Antena Miróbriga

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Homem-Aranha



Tornou-se impossível ignorar, corre pela net, via youtube esta "trepação" do castelo de Sines.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O nosso "Ouro do Brasil"

Lisboa (1.º lugar), Oeiras (2.º), Porto (3.º), Cascais (4.º), Alcochete (5.º), são os cinco concelhos de Portugal com maior poder de compra por habitante, num ranking que Sines ocupa o 14º lugar a nível nacional e o primeiro de todo o Alentejo, de acordo com os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatísticas, datados de 2007.

Segundo o INE, o indicador pretende caracterizar os municípios "sob o ponto de vista do poder de compra, numa acepção ampla, a partir de um conjunto de variáveis", como o vencimento salarial, contratos imobiliários e o número de automóveis são algumas das variáveis em questão.

Obviamente que Sines tem um poder de compra considerável e trata-se de um verdadeiro oásis na região do Alentejo, apesar de o critério não considerar uma variável que parece importante e que poderia alterar tudo, o nível de poupança. O critério utilizado não avalia o potencial de compra mas a disponibilidade para comprar, enfim é um critério.

Sines era em 2007 (e muito provavelmente continuará a ser) o concelho com o maior poder de compra do Alentejo e o 14º. a nível nacional, com uma riqueza baseada fundamentalmente no desenvolvimento do complexo industrial baseado no ciclo do petróleo, e mais recentemente, portuário e nas PME's satélites, está forte e perigosamente dependente da continuação do "sucesso" dos combustíveis fósseis.

Urge que os responsáveis políticos procurem alternativas pós complexo Industrial. O sector da construção, o comércio e os serviços do Concelho estão fortemente dependentes, senão reféns do Complexo Industrial e reflectem as suas crises de crescimento ou emagrecimento. É necessário canalizar as verbas geradas pelo desenvolvimento industrial para projectos e actividades económicas que perdurem para além deste.

A perda de um turismo de qualidade, a fraca atractabilidade de Sines que não seja por uma remuneração mais alta, a incapacidade da autarquia de ordenar o território, a ausência de matérias-primas que sustentem um sector primário, não auguram nada de bom para as gerações futuras que queiram permanecer em Sines.

Até lá festejemos, veremos um dia o que resta deste "ouro do Brasil".
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Nota histórica (ver fonte):

Na época de D. João V assistiu-se ao período de maior fluxo de ouro brasileiro, mas o aumento da receita pública e privada não se repercutiu em transformações duradouras no plano económico, ou em modificações sensíveis na estrutura social portuguesa.

O rei consumiu quase tudo quanto ao estado coube do rendimento das minas brasileiras na manutenção de uma corte luxuosa e em gastos enormes relacionados com o prestígio real, no entanto, o dinheiro não podia, por si só, resolver nenhum problema.
A época de D. João V caracteriza-se pela inexistência quase completa de quadros empresariais, pela falta de gente preparada para se servir da riqueza como instrumento criador de nova riqueza.
Em Portugal, havia falta de elites em todos os campos: na cultura, na arte, na política, na economia.
A abundância do ouro atraiu vários estrangeiros, que procuravam instalar indústrias ou eram encorajados pelo Estado a produzirem em Portugal os bens importados. A maior parte destas iniciativas saíram malogradas por falta de organização económica.
A mais importante realização pessoal de D. João V foi o projecto de construção de um edifício gigantesco, de proporções que excediam de longe tudo quanto até então se edificara em Portugal: o Palácio Convento de Mafra.

MAIS DE UM MILHÃO E CEM MIL TRABALHADORES PRECÁRIOS EM PORTUGAL

Será caso para nos envergonharmos?
Segundo o comunicado de imprensa do Eurostat, o serviço oficial de estatística da União Europeia, nº 117/2010 de 4 de Agosto deste ano, a percentagem de assalariados com contratos a prazo em Portugal atingia 22% , quando a média na União Europeia era de 13,5%. Tendo em conta que a população empregada em Portugal no fim de 2009 era de 5.008,7 mil segundo o INE, uma taxa de 22% significa que 1.105.170 portugueses têm trabalho precário em Portugal já no fim de 2009. Como o INE divulgou que no fim de 2009 existiam no País 714,5 mil portugueses com contrato a prazo, isto significa que existiam mais 390,7 mil portugueses numa situação de emprego precário que não constavam das estatísticas oficiais de emprego em Portugal. O ministro da Economia confrontado com a gravidade desta situação respondeu, como tivesse feito uma grande descoberta, que isso resultava da utilização de metodologias diferentes, embora não tenha desmentido os dados do Eurostat.

Estes dados do Eusrostat sobre a dimensão da precariedade e da pobreza em Portugal mesmo entre a população empregada (tenha presente que o salário médio de um trabalhador com contrato a prazo corresponde, em média, entre 70% e 80% de um trabalhador com contrato permanente) são extremamente graves, pois estes trabalhadores são facilmente despedidos (mais de 40.000 por mês segundo o IEFP), e quando caiem no desemprego ou não têm direito ao subsidio do desemprego ou caiem na nova “trituradora” do subsidio do desemprego que, de acordo com as alterações à lei do subsidio do desemprego (Decreto-Lei 220/2006) aprovadas pelo governo no fim do 1º semestre de 2010 (Decreto-Lei 72/2010), são obrigados a aceitar um emprego, sob pena de perderem o subsidio que recebem, desde que o salário oferecido seja igual a 75% do salário liquido do emprego anterior.
Tendo em conta que o subsidio médio de desemprego naquela data era, em Junho de 2010, de 523,91€, e sabendo que até o subsidio de desemprego correspondia a 65% do salário ilíquido, isto dá um salário médio, sobre os quais os descontos para a Segurança Social foram feitos, de 806 euros. 75% de um salário liquido de 806 euros corresponde apenas 508 euros. E sobre este salário o trabalhador ainda terá de descontar para a Segurança Social e IRS ficando apenas com 442 euros líquidos. É também desta forma concreta, e com a ajuda do governo, que a taxa de exploração dos trabalhadores em Portugal é aumentada, e perpetuado o modelo de “desenvolvimento” baseado em baixos salários.
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Isto não é verdade para os "anónimos" do costume

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Com uma semana de atraso

Passaram pela Herdade da Casa Branca nesta primeira noite cerca de 25 mil pessoas, adiantou ao Hardmusica a Música no Coração.

A GNR de Sines montou uma mega operação nos acessos ao festival onde resultou, segundo noticia o jornal Correio da Manhã, num homem foi detido por posse de duas pistolas ilegais e cinco por suspeitas de tráfico de droga. "Apreendemos dezenas de doses de haxixe, cocaína e ecstasy aos detidos", informou fonte da força policial ao mesmo jornal.

O Hardmusica observou que os acessos ao Sudoeste estavam controlados, tendo sido cortadas algumas estradas. Tal facto aconteceu para que na rotunda da Barbuda, saída de Sines em direcção ao Sudoeste, fossem passados a pente-fino, praticamente, todos os veículos que por ali passaram.
Esta operação manter-se-à até ao final do festival, sem horaras definidas, neste e noutros locais que permitam acesso ao festival.


Noticia completa aqui

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Porque é de Interesse relevante...

Impostos: Mais-valias da PT - Comunistas fizeram as contas
Os comunistas fizeram as contas e se a Portugal Telecom pagasse impostos sobre as mais-valias pela venda da brasileira Vivo à espanhola Telefónica seria possível a descida de um ponto percentual no défice público. Quem o disse foi o deputado Agostinho Lopes, que condenou a "fuga ao Fisco" provocada pelos "buracos na legislação."
Estes são os "artistas" beneficiários

Conferência de imprensa da CDU

A maioria política, Movimento SIM, que gere a Câmara Municipal de Sines apresentou em recente reunião de Câmara a sua estimativa de custos para o próximo festival de Músicas do Mundo a ter lugar nos próximos dias 28 a 31 de Julho.
Um festival mais pequeno, apenas quatro dias, a que foi retirado, quanto à CDU erradamente, a sua componente de Porto Covo mas que prossegue a senda do despesismo irresponsável e do agravamento das já débeis finanças municipais.

As despesas previstas atingem o montante de 528.760 euros assim repartidos:
- Músicos – 192.920 euros;
produção técnica – 260.840 euros;
divulgação – 75.000 euros.

Por outro lado as receitas previstas montam a 375.000 euros assim repartidos:
-Bilheteiras-150.000 euros;
apoios 100.000 euros;
cervejeira 70.000;
outros 55.000 euros.


À partida um prejuízo de 153.760 euros, sem afectação dos custos da própria Câmara.

Absolutamente inaceitável.

A CDU defende que o Festival de Músicas do Mundo se realize todos os anos, em todo o município e que tenha como orçamento limite as receitas que seja capaz de angariar. Podemos dizer que um festival musical com um orçamento de 375 mil euros já será um dos festivais mais caros dos que se realizam anualmente no país.

Por outro lado esta loucura de se produzirem espectáculos altamente deficitários e pagos pelo dinheiro dos contribuintes com escassos quatro dias de duração e sem consequências visíveis no tecido social e económico siniense, tem reflexos altamente negativos em toda a actividade financeira da Câmara Municipal. Na qualidade dos serviços públicos prestados à população, nas obras de restauração e conservação do património, nos investimentos, nos apoios às colectividades e associações, nos pagamentos a comerciantes e industriais, etc. etc.

Aliás a não realização este ano de 2010 do passeio da primavera para os seniores sinienses tem tudo a ver com esta política financeira desastrosa. E afinal dizia-se na campanha eleitoral de Outubro passado que a CDU se ganhasse as eleições acabaria com os passeios. A CDU acabaria era com este regabofe de deitar dinheiro à rua, faria um Festival à medida das possibilidades financeiras e teria realizado o Passeio da Primavera como era sua obrigação política.


A Comissão Concelhia de Sines da CDU

Sines, 28 de Junho de 2010

Agora algo verdadeiramente importante


Procuram-se professores para a Escola das Artes de Sines


Procuram-se professores para ministrar os Cursos Básicos de Acordeão, Piano, Violino, Violoncelo, Clarinete, Saxofone, Tuba, Trompete, Trompa, Percussão, Guitarra Portuguesa, Formação Musical e Classe de Conjunto. O trabalho a realizar será na Escola das Artes de Sines, escola pertencente à rede de escolas particulares do Ensino Artístico, durante o ano lectivo 2010/2011, em horário completo e a tempo parcial.

O perfil do candidato deverá ter em conta: Habilitações Académicas, Experiência Profissional, Formação nas Áreas do Instrumento e do Jazz.

Site CMS

Fmm

Pode ler aqui o anúncio da organização do FMM de 85 000 a 90 000 espectadores acumulados ao longo dos 4 dias, mas principalmente pode ler também os comentários feitos por pessoas que visitaram Sines e a forma como estão escritos.

As conclusões sobre o custo/benefício deste festival ainda estão à distância de uns bons anos.

Parabéns à organização do Fmm, que continue sempre assim e se possível, com um bocadinho de lucro...

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Foi você que falou de números?

Para uma organização que nunca se preocupou com os números,  parece agora estranhamente obssessiva com o número de espectadores num festival que se diz, e quer, não comercial.

Então, falemos de números. Segundo a organização do FMM 2010 a última noite foi a mais participada de sempre, nomeadamente na Avenida com uma assistência estimada de 15.000 almas. Nada de extraordinário para um festival - na avenida - gratuito, estadia incluida, com resturantes, barracas de comes e bebes diversos e feira de apoio. 15.000 nem dá para fazer cocégas a um Tony Carreira (juntou 110 mil num concerto), se é de número que querem falar. Não são os números que tornam grande o FMM, mas precisamente a ausência dessa preocupação.

Diria que existem pelo menos dois festivais, um no castelo para quem gosta, aprecia e conhece música, outro na avenida em que a música é somente o leit motiv para o convívio e o álcóol e a droga o combustível que alimentam um ambiente descontraído e descomprometido com a realidade, quase de alienação. Aliás à luz dos números e do sucesso musical como explicaria a organização os milhares de pessoas que horas depois dos últimos músicos abandonarem o palco, ainda permanecem nos bares da avenida e da praia.
Mas vale que este festival não se mede pelos números. O verdadeiro número que interessa não se conhece, quantos festivaleiro voltam a Sines fora do FMM? A calcular pelo miserável turismo de Sines - em quantidade e qualidade - diria que rarrísimos. Outra curiosidade é, ao contrário de eventos semelhantes, nunca serem divulgados os registos de acidentes graves e mortais. Outro número que não interessa.



O fica depois de mais um FMM. Sines é hoje uma cidade melhor? Está mais limpa, mais segura, mais ordenada, menos poluída (curiosamente por mais volta que dei, não me recordo de uma única noite de FMM em que se fizesse sentir o cheiro pestilento que nos atormenta tantas e tantas noites), a autarquia menos endividada, criaram-se posto de trabalho, surgiu uma alternativa económica ao desenvolvimento de Sines que não o infernável ciclo do petróleo, substituíram-se os equipamentos abandonados e degradados, recuperou o centro histórico ? A resposta é não, muitas vezes não. Estaremos mais felizes, com um repetido sucesso, mas durará pouco, porque hoje tudo está igual.

O FMM é como um amor de Verão, no fim restam apenas as memórias. E as memórias para as gerações que não as viveram dizem pouco, demasiado pouco.

domingo, 1 de agosto de 2010

Nós por cá


Carrinha d programa "Nós por cá" rebocada.