domingo, 31 de janeiro de 2010

Sines Sempre

Adeus João Maria



Morreu hoje o João Maria, vitíma de uma queda. Foi assim deste modo abrupto e estúpido como são tantas mortes.

Poeta e escritor nos dias bons, amigos todos os dias. Partiu hoje um siniense de gema e mais uma das figuras de sempre da nossa terra. Cidadão atento e socialmente preocupado com a sua terra e com o mundo. Recordá-lo-ei como autor de alguns dos melhores textos escritos por Sinienses.

Em jeito de homenagem aqui fica a transcrição do post de abertura do seu recente blogue Aqui só Cheira a Sardinha Assada:

"...nasceu este novíssimo «AQUI SÓ CHEIRA A SARDINHA ASSADA» que, como se verá, é bastante mais consentâneo com um porto de mar, com os seus pescadores, tão engraçados, nos seus barquitos pintados às cores, e gaivotas!, muitas gaivotas aos berros ao dealbar da manhã, revolvendo o lixo e as algas pobres nos rochedos – por entre, onde, ainda hoje, se podem contemplar estranhas linhas, quais glifos pré-históricos, que marcam de cicatrizes a rude face dos rochedos, nas imperfeitas tentativa de limpeza ao Crude Oil do último derrame, e que os turistas chamam, com toda a propriedade, de pinturas rupestres da última cidade palafita: Sinus, a desnaturada.
Portanto, meus caros amigos, não fiquem com pena das inconsequentes ‘tiradas’ surrealistas de André Breton e a poesia alucinada de Al Berto, porque eles também aqui vão ter lugar. Nalguma «tasca» de final de noite, entre candeeiros a petróleo, o cheiro intenso a bagaço e ranço de presunto fumado com sabor a tabaco.
Serão, seguramente, crónicas mais modestas, desprovidas das grandes epopeias do Gama, mas prenhes de uma glória saloia e boçal, que ganha o pão-nosso-de-cada-dia entre o atender de um telemóvel e uma ‘mija’ na esquina da rua!"

Mais umas fotos... Almograve e Milfontes

A imprensa Local


Qualquer coisa entre o sectarismo próprio de um jornal oficial de um clube, o militantismo de uma panfleto eleitoral e o culto do chefe e da sua obra comum nos meios de comunicação ditatoriais, o único meio de comunicação impressa do nosso concelho, o Sineense, vai fazendo o seu percurso. Chega a ser ridículo para quem conhece toda a noticia e não apenas a noticiada.

A forma como ignora a míngua dos recursos da autarquia, os investimentos adiados, os problemas laborais dos funcionários autárquicos, a falta de visão e estratégia para o Concelho, os problemas da poluição que desgraçadamente nos empurram para inevitáveis problemas de saúde, o empobrecimento da participação cívica local, o atrofiamento das associações e colectividades cívicas, o modo como desconhece a polémica e não aceita o contraditório, nem à luz da gestão das expectativas e da tentativa de insuflar optimismo nas gentes se compreende esta sanha de alardear a ideia de fazer, a promessa por cumprir, o auto-elogio da concretização e a perpetuação das virtudes das obras realizadas. Todo um percurso que entre a ideia e a realização medeia uns bons anos, mas é sempre noticia actual.

Que interessa ao Siniense que o GISA tenha uns bons anos, que tenham antes existido igualmente ambiciosas iniciativas sem sucesso, que a autarquia tenha contribuindo com apenas uns míseros euros para a sua realização, que ainda nada de concreto tenha resultado, que a poluição continue a empestar o ar e a nossa saúde. Que importa ao Siniense que o Centro histórico esteja completamente abandonado, muito pelo contributo das políticas dos últimos anos, que o CAS tenha sido a machada final, que o encerramento do trânsito tenha afastado os últimos clientes das últimas lojas, que as Tasquinhas fosse uma boa oportunidade de contribuir para a sua revitalização, caso não fossem na Avenida. Nada, apenas interessa propagandear o projecto de Regeneração Urbana do Centro Histórico, mais um. De que serve a existência de escolas com salas de dimensões reduzida, com má orientação e exposição solar, com recreio sem condições, que o percurso entre o refeitório e a escola se faça sujeito às intempéries, que o chão de madeira teime em levantar, que o mobiliário, os cabides, os estores, a fotocopiadora, consumíveis, tudo tarde. Nada conta a as condições degradadas e insuficientes das instalações desportivas do Concelho, os avanços e recuos nos investimento da Cidade Desportiva, da recuperação do Estádio Municipal, do Parque de Campismo. Este jornal não conhece o desemprego, a precariedade do emprego em Sines, a insegurança, a vida social e nocturna moribunda.

Nada, para este jornal a obra é gloriosa, Sines um caso de sucesso, os seus dirigentes Deuses do Olimpo e o amanhãs que riem estão aí, à nossa porta. Apenas alguns de nós, porque ignorantes, ingratos e mal agradecidos, é que não vimos.

Mas se no único jornal local que temos o escriba do editorial é o seu director, que também é presidente da autarquia, que também é mentor das obras que noticia, que também é notícia, que em suma é tudo, é culpa nossa, sinienses, que vamos baixando os braços e aceitando a vida e sociedade que nos impuseram, e um dia será tarde, se é que não chegou já esse dia.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Somos o primeiro

Hoje quando alguém digitar "Sines" no google, a primeira ligação que surgirá é o Blogue Estação de Sines, seguido dos sites da autarquia e do Porto de Sines. Isto apesar da Estação ter um pagerank de 3 em 10.

A classificação das páginas (PageRank) confia na natureza excepcionalmente democrática da Web, usando a sua vasta estrutura de links como um indicador do valor de uma página individual. Essencialmente, o Google interpreta um link da página A para a página B como um voto da página A para a página B. Mas o Google olha além do volume de votos, ou links, que uma página recebe; analisa também a página que dá o voto. Os votos dados por páginas "importantes" pesam mais e ajudam a tornar outras páginas "importantes."

Sites importantes, de alta qualidade recebem uma nota de avaliação maior, que o Google grava a cada busca feita. Naturalmente, uma página importante não significa nada se não combinar com a sua busca. Assim, o Google combina os resultados de alta qualidade com a busca que você está realizando para que o resultado seja o mais relevante possível. O Google pesquisa quantas vezes a palavra procurada aparece nas páginas e examina todo o aspecto delas (e conteúdo das páginas ligadas a ela) para determinar o melhor resultado para a sua busca.

Assim fica claro que a coisa mais importante, depois de um conteúdo de qualidade e um bom layout, um blog/site precisa de boas relações para gerar muitos links e, de preferência, links de sites relevantes.

A blogoesfera é uma nação

"Quase todos os fins de semana , por vezes durante a semana, na nossa busca forçada e interminável por ondas razoáveis somos forçados a conduzir dezenas de kilometros para as encontrar. Ora, quando nos dirigimos para as ondas mais consistentes a sul de Setúbal damos por nós muitas vezes no concelho de Sines e até chegamos ao concelho de Odemira. Quando atravessamos aquela ponte sobre a ribeira da Azenha de Norte para Sul parece que chegamos a um outro país (evoluído!), a estrada passa a ter pavimento regular/uniforme, marcas laterais e centrais pintadas (incrivel...), sinalização horizontal e vertical. Pois aquela ribeira é a fronteira entre concelhos.

A estrada do concelho de Sines considerados "buracos negros" são:
1º a EM 554 que liga a IC4/N120-4 (Cercal/Sines) a Porto Covo;
2º a CM 1115 (Parreira - Vidigal), estrada que liga EM 554 a Vila Nova de Milfontes;
3º a CM 1109 (São Torpes - Porto Covo).


Temos os nossos carros a sofrer, corremos risco considerável de acidente (provocado pelas andorinhas, entenda-se turistas...) e o tempo é mais curto para surfar (porque temos de nadar mais devagar...). Por tudo o que podemos evitar, e ainda por há dinheiro do GOP(Grandes Opções do Plano! aonde está incluído o Polis Litoral alentejano) devemos-nos manifestar solicitando à Câmara Municipal de Sines que efectue os trabalhos de requalificação necessários a garantir a Segurança aos utentes, a Manutenção dos automóveis, a sustentabilidade Turística e Ecónómica da região. Sugiro que enviem para os seguintes endereços as vossas reclamações (eu já o fiz por isso obti o email do Eng. Carlos Pedroso, acho que é o responsável pelas estradas do concelho):

carlospedroso@mun-sines.pt;
pcivil.sines@gmail.com;
fiscalizacao.municipal@mun-sines.pt;
atendimento@mun-sines.pt

e ainda,

ccinfo@mun-sines.pt; sidi@mun-sines.pt

Entretanto encontrei o seguinte link ( http://estacaodesines.blogspot.com/2008/12/melhoramentos-estradas-municipais-554-e.html) que é agradável mas é aconselhável manter a pressão... "

In Blogue Boa Onda

O SIMULACRO DE UMA NEGOCIAÇÃO

O CONGELAMENTO NA FUNÇÂO PUBLICA VAI SER UTILIZADO PELOS PRIVADOS PARA TENTAR IMPOR O MESMO AOS OUTROS TRABALHADORES

No período 2000-2009, em todos os anos, com excepção de 2009, o poder de compra dos salários
dos trabalhadores da Administração Pública registou um importante e continuada diminuição o que
determinou que, no inicio de 2010, o seu poder de compra seja inferior, ao de 2000, em quase 7%.
Apesar disso, o governo pretende impor o congelamento dos salários em 2010. De acordo com
declarações do Ministro das Finanças feitas durante a sessão publica de apresentação do OE de
2010 só poderão aumentar os prémios, o que significa que, tal como aconteceu em 2009, para a
generalidade dos trabalhadores as carreiras (mudança de posição remuneratória) continuarão
congeladas em 2010. A perda de poder de compra por parte dos trabalhadores da Administração
Pública determinará o agravamento da crise para milhares de empresas, pois terão maiores
dificuldades em vender o que produzem.

De acordo com o artº 5º da Lei 23/98 “é garantido aos trabalhadores da Administração Pública o
direito de negociação colectiva”, direito esse que é exercido através dos seus sindicatos. E
segundo o artº 6º da mesma lei, são obrigatoriamente objecto de negociação colectiva, entre
diversas matérias, as referentes a vencimentos e a pensões. No entanto, mesmo antes de ter
começado as negociações com os sindicatos (só se iniciam em 9.2.2010) o ministro das Finanças
já veio dizer publicamente que os salários dos trabalhadores da Função Pública seriam
congelados em 2010 e feitas alterações importantes no Estatuto de Aposentação transformando.
É evidente que o governo pretende transformar mais uma vez a negociação num autêntico
simulacro, mostrando que não respeita a lei.

O congelamento de salários que o governo pretende impor aos trabalhadores da Administração e
o simulacro de negociação que pretende fazer, vão afectar também os trabalhadores do sector
privado, porque os patrões irão inevitavelmente aproveitar o mau exemplo dado pelo governo para
tentar impor aos restantes trabalhadores aumentos muitos reduzidos, ou mesmo o congelamento
dos salários, para assim recuperar rapidamente os lucros perdidos devido à crise, e também se
sentirão fortalecidos na sua atitude para continuar a não respeitar o direito à contratação colectiva

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Pensem nisto

Nesta fase de orçamento de estado, regionais e municipais, em que todos concordam em reduzir as despesas, desde que sejam as dos outros, depois da autarquia de São João da Madeira, agora a Vidigueira, resolveu dar um exemplo acabando com o salário minimo entre os funcionários da autarquia e ao mesmo tempo, o salário dos membros do executivo, presidente da Câmara incluído, vai ser reduzido em dez por cento.

Eram interessante que todos os autarcas eleitos - executivo, assembleia, juntas de freguesia - no Concelho de Sines, doassem as senhas de presença nas assembleias a instituições e colectividades de Sines ou que escolhessem outro destino solidário ( os autarcas a tempo inteiro, porque não auferem senhas de presença deveriam afectar um valor equivalente ao dos outros eleitos).

Vejamos:
para um municipio com mais de 10.000 e menos 40.000 eleitores, os eleitos em regime de não permanência tem direito a um valor referente a senha de presença nas assembleias municipais correspondente a 2%, 2,5% e 3%, para os deputados, secretários e presidente da assembleia, respectivamente, da remuneração do presidente da autarquia. No caso de Sines temos:
presidente da assembleia municipal: 103,02
2 secretários: 85,85 cada
20 deputados: 68,68 cada
3 vereadores em regime de não permanência: 68, 68 cada
em regime de permanência, sem direito a senha de presença:
presidente e 3 vereadores, o que equivaleria a 103,03 e 68,68 cada, repectivamente.

Ou seja cada assembleia geraria um donativo de € 2.163,42.

Nenhum dos eleitos perderia muito, para alguns beneficiários era significativo e para a sociedade um sinal de esperança.

Nota: antes que ataquem o escriba, poderia dizer-vos "faz o que eu digo, não o que eu faço", esconder-me atrás das circunstâncias, uma vez que quando fui deputado e depois vereador, nunca o país atravessou um crise idêntica à actual. Mas não direi nada disto, porque à época propus algo muito semelhante e nem a votação chegou.

Vasco perde na Amora

Ismael fez o golo do Vasco na derrota por 2-1


Mais uma jornada realizada, foi a 17ª e nós jogámos contra o Amora, donde saímos derrotados por 2-1, encerrando assim um ciclo de 7 jogos sem perder (5 vitórias e 2 empates), iniciado após a derrota em Sarilhos, no dia 15 de Novembro. Depois de nas duas ultimas jornadas termos defrontado os 1º e 2º classificados do campeonato, domingo foi a vez do 3º classificado em mais um jogo de candidatos ao título.

O Amora havia ganho (0-1) em Sines, na primeira volta do campeonato e um resultado este domingo que não fosse a derrota com o Vasco ficava com vantagem no confronto directo, como veio a acontecer ao perdermos por 2-1 e ficando assim a 8 pontos do 3º lugar.

Mais um jogo de elevada dificuldade que fomos encontrar, o Amora a melhor defesa do campeonato (12 golos sofridos) apenas perdeu por duas vezes neste campeonato. Como em Sesimbra, em Sines frente ao Olímpico Montijo e na Amora partíamos com uma desvantagem pontual considerável em relação a todas elas, logo a nossa margem de perder pontos era mínima e até este jogo soubemos com mérito não os perder.

Jogo equilibrado com muita luta a meio campo, na primeira parte maior supremacia e perigo atacante por parte do Amora em que nós não conseguimos impor o nosso jogo e tivemos muita dificuldade em sair para o ataque, efeito das expulsões da semana passada em Sines do Daniel Direito e Paulinho, as melhores opções que temos na organização ofensiva, sentimos talvez essas ausências na primeira parte que terminou em 1-0 para o Amora.

Na segunda parte o Amora voltou a entrar melhor, criando nos primeiros dez minutos duas ou três boas ocasiões de golo, mas a partir dessa altura o jogo mudou a nosso favor e aproximando-se mais do que temos vindo a fazer ao longo dos jogos. Esta nossa reacção resultou no golo do empate pelo Ismael em boa jogada individual dentro da área adversária, este golo acabou por trazer alguma justiça já que o adversário raramente voltou a atacar e nós instalámo-nos no meio campo defensivo do Amora.

Com este nosso crescimento no jogo e pressão á equipa do Amora surgiu a expulsão do capitão do adversário por acumulação de amarelos que o próprio não protestou de tão óbvia que foi, o àrbitro portanto não teria na realidade que usar como é habito (infelizmente) a 'lei' da compensação, que os árbitros tanto aplicam. Como neste caso e mais uma vez do outro lado estava o Vasquinho, a história não poderia acabar assim, não fossemos nós ganhar o jogo como estávamos melhor e com mais um jogador, o àrbitro para espanto de todos, quando digo todos são: jogadores das duas equipas e público do Amora, assinalou penálti contra nós num lance em que ninguém presente conseguiu perceber. No fim do jogo o àrbitro questionado pelos nossos responsáveis sobre o penálti alegou que "o vosso lateral esquerdo, o russinho, saltou nas costas do adversário fazendo carga..", o jogador que o àrbitro refere é o Filipe Mariano que até está fora da àrea. Como vêm foi mesmo penalti.

Nos três jogos frente aos três primeiros classificados, 3 penáltis contra o Vasquinho. Talvez seja a prova que realmente somos boa equipa e temos capacidade para fazer frente a qualquer equipa, desde que não sejam duas equipas em jogo contra nós.

Domingo, dia 31 de Janeiro às 15h em Sines: Vasco da Gama vs Comércio Indústria.

Será desta?

A La Seda de Barcelona assegurou o financiamento, em modelo de project finance, da fábrica de Sines, por um valor de 371 milhões de euros. A empresa química espanhola, que tem como principal accionista a Caixa Geral de Depósitos, refere que o financiamento "será desembolsado após a realização do aumento de capital social de 300 milhões de euros", uma operação que coincidirá com a entrada de um novo sócio industrial, a portuguesa BA Vidro.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Greve dos Enfermeiros Portugueses

Podia explicar melhor?

Vítor Ramalho líder do PS Setúbal, afirmou recentemente a propósito das últimas autárquicas que "...o PCP perdeu Sines, que foi uma autarquia conquistada pela candidatura independente de Manuel Coelho, com quem o PS mantém – “uma relação promissora em relação ao futuro”.

Ou existe algo que ele sabe e devia explicar-nos ou existe algo que era suposto sabermos e ninguém nos disse. Caso contrário daqui a mais ou menos 4 anos voltaremos a ir a votos, sem perceber muito bem o que se passa, e quando entendermos voltará a ser tarde de mais. De novo.

Porto Covo a saque

Há muitos anos atrás, por volta dos anos oitenta do século passado, uma operação fraudulenta de venda de quintinhas na herdade da Parreira em Porto Covo, permitiu a criação de mais de duzentas dessas quintinhas clandestinas, mas apesar da ilegalidade da operação, tais parcelas de terreno não podiam ser objecto de quaisquer construções, provisórias, precárias ou definitivas. Com a criação da Área de Paisagem Protegida primeiro em 1987 e agora Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, entre S. Torpes e Burgau, natural seria que tais operações e intenções de construção ficassem definitivamente resolvidas, isto é, definitivamente proibidas ao abrigo da lei e dos regulamentos do parque natural. Mas não. Primeiro alguns dos donos de tais quintinhas começaram pelas sebes de vedação, depois roulottes e construções de apoio à agricultura, depois por dentro das ditas construções provisórias lá se ia construindo algo mais definitivo, depois os pré-fabricados, enfim, tudo bem à vista e na maior das tranquilidades.

A Câmara de Sines referiu em Assembleia Municipal anterior que havia gente poderosa envolvida na situação, mas que havia agido conforme a lei determina e procedido ao embargo das obras e ordenado a sua demolição. Só que os ditos proprietários recorreram para a justiça solicitando a suspensão das decisões da câmara municipal. Não deixa de ser caricato, no mínimo, os prevaricadores recorrerem aos serviços da justiça em defesa das suas ilegalidades. Certo, certo é que até agora, quer a Câmara Municipal de Sines, quer o Parque Natural do Sudoeste Alentejano, quer o Instituto da Conservação da Natureza, quer o Ministério do Ambiente e Ordenamento do Território, quer o Ministério Público não resolveram a situação.

Há dias ao passar próximo do parque de campismo da Ilha deparei-me com uma tabuleta anunciando a venda de lotes de terreno de 400 metros quadrados na herdade da Caniceira, salvo erro, no sítio do Barranquinho. Em conversa com amigos no Porto Covo e segundo consta, já terão sido vendidos mais de sessenta lotes de terreno agrícola, ali a menos de um quilómetro da praia da ilha do Pessegueiro, em pleno Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Tudo ilegal, tudo descaradamente ilegal. A Câmara Municipal de Sines voltou a ordenar a remoção de estacas e vedação, a notificar a Edp para terminar o abastecimento de electricidade que já havia autorizado (?), e as mesmas entidades que supervisionaram o processo da herdade da Parreira, a saber, o Parque Natural, o Instituto de Conservação da Natureza e o Ministério Público, para que possam actuar em conformidade com a lei.

Do que não me posso esquecer é que as populações do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, não podem aumentar as suas casas e só podem apanhar um quilo de percebes, dois quilos de ouriços ou levam com a policia do parque natural.

Francisco do Ó Pacheco

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

A Pobreza em Portugal é uma Vergonha"

"Não aceito esta vergonha no nosso país”

Não me falem com os problemas de aumento do salário mínimo.

Quem é que aqui nesta sala consegue viver com 450 euros?”.
“Não me venham com cirurgias plásticas para as mudanças que vão acontecer no mundo. Nós, os cidadãos não as vamos aceitar

Estas foram algumas das frases que FERNANDO NOBRE, fundador e presidente da AMI, deixou aos economistas presentes no 3º Congresso da Ordem dos Economistas sobre a Nova Ordem Económica.


Num discurso Inflamado, provocou a assembleia, composta por alguns presentes que são também os responsáveis pelo estado da nação, dizendo mais algumas verdades:

“Em Portugal é preciso redistribuir melhor a riqueza”

“Há dezenas, senão centenas de milhares de jovens a sair de Portugal porque perderam a esperança”.

“Combater a pobreza é uma causa nacional”, e salientando:

“Não me venham com os 18% de taxa de pobreza, porque se somássemos os que recebem o rendimento social de inserção, os que recebem o complemento solidário para idosos, os que recebem o subsídio disto, e o subsídio daquilo, temos uma pobreza estrutural no nosso país acima dos 40%”.

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Há quem aceite? Pelos vistos!

domingo, 24 de janeiro de 2010

Capacidade de atracção de investimento

A Deltabox, uma empresa de electricidade e instrumentação industrial que trabalha com empresas do Complexo Industrial de Sines, inaugurou novas instalações num investimento de 400 mil euros. A empresa, que está sedeada em Vila Nova de Santo André, construiu novas instalações na Zona Industrial Ligeira num terreno de mil metros quadrados cedido pela Câmara.

O que poderá levar empresas como a Deltabox a escolher Sines em detrimento de outros Concelhos? Utilizando o jargão economês, quais os factores competitivos de Sines para atrair empresas satélites do Complexo industrial de Sines, PME´s forte geradoras de emprego? Disponiblidade de terrenos, boas infraestruturas, preço m2, tarifa água, taxa de RSU, IRS, IMI, alojamento em Sines, custo de vida, segurança?

Não, nada disso. Actividade cultural e desportiva, praias e gastronomia, continuam a ser os factores de atracção comparativamente aos concelhos circundantes. Como não me parece que quem venha investir faça desses factores um elemento de decisão, e como desde alguns anos Santo André acordou para esta realidade, a curto prazo assistiremos não apenas ao investimento na Zonas industriais de Santo André e muito provavelmente de Santiago, como ao desinvestimento na ZIL 2 de Sines, fruto do êxodo para outras paragens.

2 anos

Visitas Diárias ano 2009


Só hoje me apercebi que a Estação fez dois anos no início deste mês. É assim! Como os filhos, eles crescem e nem damos por isso.

Após um primeiro ano com alguma indiferença por parte dos visitantes, faz sensivelmente um ano que com o anúncio da saída de Manuel Coelho do PCP, a Estação passou a ser o blogue mais visitado da região, para nunca mais abandonar esse estatuto até à data. Apesar do número de visitantes/audiência não seja necessariamente sinónimo de qualidade, quero acreditar que neste caso signifique pelo menos o reconhecimento de alguma qualidade.

O ano que cessou e que coincide com o aniversário deste espaço dificilmente se repetirá, em termos de visitas, nos tempos próximos. O período eleitoral e as características singulares que assumiu no nosso Concelho, foram o combustível para este espaço ultrapassar mais de uma vez as 1.200 visitas diárias, algo de extraordinário para um blogue local, cuja população ronda os 15.000 habitantes, e que tornou a Estação de Sines uma referência.

Para quem não acreditava que era possível manter um blogue de cariz local, com enfase na vida política e significativamente participado, esta foi a melhor resposta.

Confesso que como tudo o que deixa de ser novidade, já não tenho o entusiasmo dos tempos iniciais, que o sentimento de obrigatoriedade de manter a informação e opinião sempre actualizada, quase diariamente, conjugado com a qualidade exigível pela notoriedade atingida, começam a criar um sentimento de cansaço.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Pedra do Homem chega ao fim


"a menos de um anúncio mais formal por parte da administração deste blogue faço com este tema sobre o qual escrevi várias vezes ao longo de cerca de 4 anos, para muito poucos leitores convenhamos, a minha última participação. Que aliás é já uma pós-participação já que a decisão tinha sido tomada algumas semanas atrás. O Pedra do Homem foi um prazer pessoal e um exercício de cidadania à maneira de cada um de nós. O resto são cantigas."

In Pedra do Homem, 19.01.2009


Deste modo a blogoesfera e Sines, em particular ficou mais pobre. Deixamos de ter com periodicidade regular, aquela que é a opinião mais abalizada e inteligente da nossa região das últimas gerações. Não é um elogio gratuito, mas um reconhecimento generalizado, mesmo daqueles que por motivos vários detestam o José Carlos Guinote. Da minha parte compreendo e entendo, o direito de cada um participar quando entende e a deixá-lo de fazer quando pretende. Todo o guerreiro merece o seu descanso.
Da minha parte as portas da Estação de Sines estão escancaradas para a colaboração do J. C. Guinote sempre que o entender.


Em jeito de homenagem aqui deixo uma transcrição de parte do último post da Pedra do Homem, que atesta bem a qualidade due doravante deixaremos de usufruir.
"Quando se passa o tempo a discutir a protecção civil que, no essencial, é uma paródia com a sua municipalização, abdicamos de tomar a decisão de nos protegermos. Por exemplo começando por um programa de reforço sísmico do parque escolar, como parte essencial de um programa de reconstrução das escolas. Estendendo depois essa intervenção a todos os edificios públicos particularmente os da área da saúde e indo por aí fora. E sendo implacável com as construções particulares que devem ser, na fase de licenciamento, objecto de verificação e de certificação do ponto de vista estrutual. Feito por entidades qualificadas de forma a permitir que fiquem no mercado os tecnicos mais competentes. Trabalho que não pode ser feito pelas autarquias cuja incompetência nesta matéria, e noutras, é notória.Há, pois é, isso levava mais tempo e não dava para as eleições. É a tal questão do período de retorno. Os sismos e os políticos não se encontram neste país e isso tem sido assim quer os políticos sejam mais à esquerda ou mais à direita. A ignorância não tem sido sectária neste particular."

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

IMAGINEM...

Sim...Só de Imaginar!...

Imaginem que todos os gestores públicos das setenta e sete empresas do Estado decidiam voluntariamente baixar os seus vencimentos e prémios em dez por cento. Imaginem que decidiam fazer isso independentemente dos resultados. Se os resultados fossem bons as reduções contribuíam para a produtividade. Se fossem maus ajudavam em muito na recuperação.


Imaginem que os gestores públicos optavam por carros dez por cento mais baratos e que reduziam as suas dotações de combustível em dez por cento.

Imaginem que as suas despesas de representação diminuíam dez por cento também. Que retiravam dez por cento ao que debitam regularmente nos cartões de crédito das empresas. Imaginem ainda que os carros pagos pelo Estado para funções do Estado tinham ESTADO escrito na porta. Imaginem que só eram usados em funções do Estado.

Imaginem que dispensavam dez por cento dos assessores e consultores e passavam a utilizar a prata da casa para o serviço público. Imaginem que gastavam dez por cento menos em pacotes de rescisão para quem trabalha e não se quer reformar. Imaginem que os gestores públicos do passado, que são os pensionistas milionários do presente, se inspiravam nisto e aceitavam uma redução de dez por cento nas suas pensões. Em todas as suas pensões. Eles acumulam várias. Não era nada de muito dramático. Ainda ficavam, todos, muito acima dos mil contos por mês.

Imaginem que o faziam, por ética ou por vergonha. Imaginem que o faziam por consciência. Imaginem o efeito que isto teria no défice das contas públicas. Imaginem os postos de trabalho que se mantinham e os que se criavam. Imaginem os lugares a aumentar nas faculdades, nas escolas, nas creches e nos lares. Imaginem este dinheiro a ser usado em tribunais para reduzir dez por cento o tempo de espera por uma sentença. Ou no posto de saúde para esperarmos menos dez por cento do tempo por uma consulta ou por uma operação às cataratas.

Imaginem remédios dez por cento mais baratos.

Imaginem dentistas incluídos no serviço nacional de saúde. Imaginem a segurança que os municípios podiam comprar com esses dinheiros. Imaginem uma Polícia dez por cento mais bem paga, dez por cento mais bem equipada e mais motivada. Imaginem as pensões que se podiam actualizar. Imaginem todo esse dinheiro bem gerido. Imaginem IRC, IRS e IVA a descerem dez por cento também e a economia a soltar-se à velocidade de mais dez por cento em fábricas, lojas, ateliers, teatros, cinemas, estúdios, cafés, restaurantes e jardins.

Imaginem que o inédito acto de gestão de Fernando Pinto, da TAP, de baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, no país e no Mundo é seguido pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal. Imaginem que a histórica decisão de Fernando Pinto de reduzir em dez por cento os prémios de gestão, independentemente dos resultados serem bons ou maus, é seguida pelas outras empresas públicas.

Imaginem que é seguida por aquelas que distribuem prémios quando dão prejuízo.

Imaginem que país podíamos ser se o fizéssemos.

Imaginem que país seremos se não o fizermos.

Por: Mário Crespo

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Gestão autárquica em 6 lições


1. Novos equipamentos desportivos
O novo pavilhão desportivo de Vila Nova de Santo André vai “reforçar a rede de equipamentos desportivos” disponibilizada pelo município de Santiago do Cacém, permitindo “praticar múltiplas modalidades”.

2. Equipamentos eficazes e funcionais em detrimento de privilegiar a estética
Vítor Proença, presidente da câmara municipal, afirma que o novo equipamento, a ser gerido pelo clube Estrela de Santo André, “ultrapassa as expectativas do município”, uma vez que, “não sendo luxuoso, será bastante sóbrio, eficaz e funcional”.
Este equipamento não ganhará certamente nenhum prémio de arquitectura, mas também não é isso que é suposto alcançar, mas antes a utilidade pública eficaz e funcional.

3. Contrapartidas transparentes
Orçado em cerca de dois milhões de euros, surgiu como uma contrapartida que a autarquia exigiu ao Lidl, “depois de esta querer abrir em Santo André uma das suas lojas”.

4. Acesso deficientes em equipamentos municipais
Distribuído ao longo de dois pisos, o equipamento desportivo de Santo André tem uma bancada com capacidade para 400 pessoas, além de ter uma zona específica para a comunicação social e de possibilitar o acesso a pessoas com mobilidade reduzida. Os deficientes físicos também poderão ter acesso ao primeiro piso, onde estará localizada a direcção do clube, a secretaria, a zona técnica, que inclui caldeiras e outro equipamento que apoiará as águas quentes e sanitárias, e duas salas polivalentes “para a práticas de inúmeras modalidades desportivas”.
5. As instituições enquanto gestoras de equipamentos municipais
A autarquia cerca de 80 por cento de todas as facturas”, cabendo à entidade gestora, o Estrela de Santo André, o pagamento dos restantes 20 por cento. A autarquia deverá pagar também as despesas de manutenção e transferirá uma verba, que “poderá ser trimestral”, para pagar o salário “de um vigilante, que tratará de tudo o que for inerente ao espaço”.

6. Quem não tem, paga
O clube será responsável pela “cobrança dos bilhetes e da publicidade”, estando desde já estipulado que o Estrela de Santo André não poderá cobras às entidades valores acima do regulamentado pelas taxas do município. Para entidades sedeadas fora de Santiago do Cacém, como é o caso da autarquia de Sines, que já pediu para usar o espaço até que o tecto do seu pavilhão desportivo seja reconstruído, o Estrela de Santo André “poderá cobrar acima dos valores regulamentados, depois de consultar o vereador com a pasta do desporto."

Sinais do futuro

Para o FMI uma das soluções para resolver o défice português poderá ser a subida do IVA. O FMI considera ainda, ser essencial ser "imperioso" o Governo descer os rácios da dívida pública, nomeadamente através da contenção dos salários da Função Pública e das transferências sociais.

Segundo a Associação Empresarial de Portugal (AEP) e a Associação Industrial Portuguesa (AIP) é imperioso que o Governo, em 2010 " siga uma política de grande contenção Orçamental, tanto mais que 2009 foi um ano de significativa redução dos preços, de juros, e de aumento das remunerações dos funcionários públicos", lê-se num comunicado.

Estas associações sugerem ainda que se mantenham "medidas temporárias de combate à crise, nomeadamente as de apoio às empresas", a eliminação do pagamento especial por conta, a criação de um regime simplificado em IRC para empresas abaixo de um determinado limiar de volume de negócios, a revisão ponderada do IMI e do IMT, a generalização do prazo de um mês para os reembolsos do IVA e o alargamento temporário dos prazos de pagamento do IVA.

As projecções do FMI assumem que o défice de 2009 deve cifrar-se em 8% do PIB, valor que vai piorar até aos 8,6% este ano. "Sem novas medidas, o défice deve voltar a aumentar em 2010 antes de registar uma queda para 5 ou 6% do PIB em 2013, sendo que o rácio da dívida pública sobre o PIB deve aproximar-se dos 100%", lê-se num relatório hoje publicado.
Para o FMI, uma coisa é certa: "as políticas actuais são insuficientes para atingir o objectivo de reduzir o défice até 3% do PIB em 2013".

Enfermeiros de Novo em Greve, PORQUÊ?

Para que os nossos familiares e amigos saibam porque é que o Ministério da Saúde/Governo nos obriga a partir para a


Paralisação/GREVE!... a 27, 28 e 29 de Janeiro de 2010

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

SUPER Vasquinho em grande tarde de futebol em Sines

Edson Malik saltou do banco para resolver o jogo

Domingo, começou a segunda volta do campeonato distrital da 1ª divisão e que teve dois jogos com especial importância, o Sesimbra-Amora (1º X 3º) e o Vasco da Gama-Olímpico Montijo (4º X e 2º) juntou em dois jogos os quatro candidatos ao título de campeão.
Nós por entrarmos para a segunda volta com dez pontos de atraso em relação ao primeiro não jogamos a 'toalha ao chão' e lutaremos até que matematicamente seja impossível sermos campeões.

Depois do empate (3-3) em Sesimbra, na última jornada, em que a vitória se ajustava à nossa exibição, recebemos em Sines o Olímpico Montijo, 2º classificado, em mais um jogo de elevado nível e em parte decisivo para a nossa equipa.

Quem se deslocou até ao estádio municipal de Sines para ver o jogo certamente tão cedo não irá esquecer este jogo de futebol, que teve de tudo: bom tempo, 9 golos, 4 expulsões e muita emoção até ao apito final. Na minha opinião estiveram frente a frente as duas melhores equipas do campeonato e pena foi que a terceira equipa (arbitragem) em campo ainda não esteja à altura destes jogos, culpa de quem os nomeou para arbitrar este jogo.

Aos 15 minutos da 1ª parte já vencíamos por 3-0, fantástica entrada em jogo com muita concentração, respeito pelo adversário e 100% de eficácia foram factores determinantes para este começo de jogo, a que se deve juntar alguma falta de humildade do Olimpico a encarar o jogo. Somente após estar 3-0 o Olímpico percebeu que estava a defrontar uma grande equipa e que teria que jogar muito para a vencer. Reduziram para 3-1 numa jogada que até houve mais demérito nosso que mérito do adversário, poderia começar ali um crescimento do Olímpico sobre nós mas na sequência da bola de saída e continuando com uma eficácia muito grande, marcamos o nosso 4º golo mantendo assim a diferença de três golos. Aos 30 minutos com cinco golos e muita qualidade no espectáculo, eis que surge a equipa de arbitragem a exercer aquilo que não se pede a esta "equipa" : protagonismo, para o que taerá contribuido a inexperiência e alguma influência do estatuto do treinador do Olímpico, o antigo internacional Fernando Mendes.
Expulsão de Nuno Diogo por acumulação de amarelos, o primeiro após falta normalíssima a meio campo e o segundo amarelo num penálti muito duvidoso, que o Olímpico aproveitou para reduziu para 4-2 e em cima do intervalo voltaram a reduzir para 4-3 com que chegamos ao intervalo.

O jogo estava relançado e a segunda parte prometia, nós com dez jogadores e o resultado pela margem mínima, antecipavam os segundos 45 minutos muito difíceis. O mister ao intervalo por força da expulsão do Nuno (defesa esquerdo), lançou no jogo o Filipe Mariano e o sacrificado pela circunstância foi o nosso avançado Tiago Sobral para refazer a defesa.

Na segunda parte o jogo ficou claramente condicionado pela actuação do arbitro ao distribuir muitos cartões amarelos, na sua maioria aos nossos jogadores que se traduziria em 3 jogadores expulsos por acumulação de amarelos, dois dos quais do Vasco (Daniel Direito e Paulinho).
Na sequência de uma jogada dentro da nossa àrea precedida de falta sobre o guarda-redes, surge o empate. Jogada fácil de ajuizar apenas para quem não teve dúvida sobre o penálti assinalado na 1.º parte. Após o empate, resolveu o àrbitro chamar a si as atenções, primeiro expulsa um jogador do Olimpico, ficando o jogo duplamente empatado, em número de golos - 4 - e em número de jogadores me campo - 10.
O mister mexeu na equipa, entra o Edson, para o lugar do esgotado Idi refrescando assim o ataque, e equilibrado, através de mais posse de bola da nossa parte. O ressurgimento da nossa equipa, fazia prever o golo da vitória, quando o àrbitro expulsa Daniel Direito por ter chutado para fora do rectâgulo de jogo uma de duas bolas que se encontravam em campo. Muito rigoroso este arbitro...para o Vasco.
Nove para dez e o jogo a caminhar para o fim quando o Edson após passe do Filipe Mariano desfaz a igualdade marcando o 5-4 com que acabou o jogo, mas ainda antes do final mais uma expulsão por acumulação de amarelos, desta vez ao Paulinho, mesmo oito contra dez não foi suficiente para derrotar o Vasquinho.

1-0 (Roberto Guia), 2-0 (Tiago Sobral), 3-0 (Tiago Sobral), 3-1, 4-1 (Paulinho), 4-2, 4-3, 4-4 e 5-4 (Edson Malik).

O momento do 5º golo só poderia pertencer ao Edson, por tudo o que ele tem passado em 2 anos devido às lesões constantes e graves que não lhe permitiram ajudar mais vezes o grupo, estava guardado para ele este momento que bem o mereceu. Este golo para nós, colegas, e principalmente para ele é mais que um golo e que três pontos, é uma lição de como se vence e se luta contra as adversidades, o Edson é um exemplo para todos nós, Vasco.

Uma nota final para o excelente ambiente que se viveu no estádio, talvez o jogo com maior assistência em Sines onde os sócios e adeptos do Vasquinho nos ajudaram muito nesta vitória. Gostaríamos de poder contar sempre com este apoio no nosso estádio.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Ó Abreu dá cá o meu!

Foi notícia no DN de hoje e rapidamente mereceu a atenção de toda a comunicação social: o poder central atrasou a transferência de pagamento dos duodécimos da participação dos municípios nas receitas do IRS, causando sérios problemas de tesouraria em algumas câmaras, podendo mesmo levar a que o pagamento de salários de Janeiro possa estar em causa.

Fonte da ANMP explicou ao DN que "que os 33 milhões a serem transferidos são o correspondente aos 5% sobre os 660 milhões de IRS cobrados pelo Estado em Janeiro de 2009". Ou seja, frisa a mesma fonte, " o Governo já recebeu efectivamente este dinheiro dos contribuintes, estando a atrasar a transferência para os municípios".

Fonte oficial do gabinete de Teixeira dos Santos disse à agência Lusa que a receita de IRS das autarquias até 31 de Dez de 2009 está regularizada e o mês de Janeiro está "naturalmente em cobrança", considerando "excessivo" imputar a esta receita dificuldades no pagamento de salários. "Não há aqui qualquer prazo que esteja a ser incumprido", garantiu ainda a fonte.

Mesmo assim, esta manhã, quer Fernando Ruas quer as associações regionais de municípios da Madeira e Açores reiteram a existência de atrasos - acrescentando o autarca de Viseu que teve garantias do Governo de que tudo ficaria regularizado com a entrada em vigor do próximo Orçamento de Estado.

Triste a utilização por parte da ANMP dos salários dos trabalhadores como argumento para pressionar o governo, infeliz a referência do Governo à necessidade de aprovar o orçamento de estado para regularizar a situação.

Neste braço de ferro com contornos políticos, comprova-se as exauridas finanças locais, caso as transferências não fossem por duodécimos mas anuais, quantas autarquias chegariam ao final do ano em condições de pagar subsídio de Natal, ou até subsídio de férias?

Tá mau

O investimento de mil milhões de euros no complexo petroquímico em Sines continua congelado.

A gestão da Repsol, um dos principais investidores estrangeiros a operar no mercado português, está envolta em forte polémica.

A Sacyr, seu accionista de referência com 20% do capital (e que é também dona da Somague), contesta o corte de dividendos de 19% e o plano estratégico traçado para 2008-2012 pelo presidente da Repsol, António Brufau. Um programa ambicioso que, além das vendas de activos no valor de seis mil milhões de euros, contempla investimentos de 33 mil milhões de euros, entre os quais o reforço da produção no complexo petroquímico de Sines. Desenhado antes de rebentar a crise económica mundial, o plano estratégico acabaria por sofrer na pele os efeitos da actual conjuntura.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Orgulhosamente sós ou degraçadamente isolados?


A CIMAL, constituída pelos Municípios de Alcácer do Sal, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém e Sines, vem substituir a Associação de Municípios do Litoral Alentejano (AMLA). A criação de uma nova estrutura dá resposta à imposição legal estabelecida na Lei nº 45/2008, de 27 de Agosto relativa ao Regime Jurídico do Associativismo Municipal. Nesta nova configuração do associativismo municipal, as Assembleia Intermunicipais ganham um relevo que não tinham, sendo chamados a uma intervenção activa nas questões regionais os deputados municipais. Entre outros objectivos, a CIMAL tem a missão de promoção do planeamento e da gestão da estratégia de desenvolvimento económico, social e ambiental do território abrangido; articulação dos investimentos municipais de ointeresse intermunicipal; planeamento das actuações de entidades públicas, de carácter supramunicipal e participação na gestão de programas de apoio ao desenvolvimento regional, designadamente no âmbito do QREN.

A Assembleia Intermunicipal (AI) da CIMAL é presidida por Alexandre Rosa (Assembleia Municipal de Santiago do Cacém); Rita Bebiana Rito – Vice-presidente (Assembleia Municipal de Alcácer do Sal); Amâncio Piedade – Secretário (Assembleia Municipal de Odemira).

A CIMAL é composta por uma Assembleia Intermunicipal e um Conselho Executivo, sendo este último presidido pelo presidente da Câmara Municipal de Grândola, Carlos Beato, que salientou que a sua designação se prende “com o percurso que Grândola tem feito, nomeadamente no caminho da afirmação do litoral alentejano”.

Neste prelúdio de regionalização administrativa, depois da "rejeição nas urnas", Sines está claramente arredado de assumir uma posição charneira no panorama da sub-região do litoral alentejano. Seja por opção ou consequência politica do cenário actual, este afastamento em nada beneficia Sines, que mercê da plataforma portuária-industrial continua a ser o motor económico da região.


Nota: Vitor Proença (Presidente da Cãmara Municipal de Santiago do Cacém) foi recentemente renomeado por Resolução do Conselho de Ministros para o Comité das Regiões da União Europeia.

Rotunda Vale Marim, Sines










Imagens das consequências das fortes chuvadas que se fizeram sentir no passado dia 12 de Janeiro, na estrada de ligação entre a Rotunda da Barbuda e a Rotunda de Vale Marim, junto ao terminal XXI.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Dicas para entender Portugal actual

O avião C-130 que transportava a missão portuguesa, com cerca de 30 elementos, que iria prestar auxílio às vítimas do terramoto no Haiti, regressou a Lisboa devido a uma avaria no motor.

Jovens condenados a pena suspensa por participação em rixa, envolveram-se em violentos confrontos à porta do Tribunal.

Casamento gay, by J.P. Coutinho, in Expresso

Uma agressão somente à religião Católica? Não (não existem casamentos entre indivíduos do mesmo sexo em nenhuma religião)
Uma agressão somente à Civilização Ocidental? Não (não existem casamentos entre indivíduos do mesmo sexo em nenhuma civilização)
Uma agressão somente à humanidade? Não (não existem casamentos entre indivíduos do mesmo sexo em nenhum grupo de humanos)
Uma agressão à Natureza? Certamente, não há no Reino Animal situações de acasalamento entre indivíduos do mesmo sexo.
Casamento "gay"Abomino histerias. E o casamento "gay" é histeria. Segundo dizem, recusar o casamento a pessoas do mesmo sexo é uma "discriminação". As pessoas dizem a palavra - "discriminação" - e esperam que eu me comova. Não me comovo. Claro que é uma discriminação. E daí? Todos os dias, a todas as horas, sobre as mais variadas personagens, a sociedade exerce as suas "discriminações". Se, por mera hipótese, eu pretendesse casar com duas mulheres, estaria impedido pela força da lei. Não será isto uma "discriminação"? Por que motivo o Estado impede que três adultos que se amam possam construir uma família em conjunto?Arrisco hipótese: porque a sociedade estabeleceu os seus códigos de conduta, os seus símbolos, as suas "instituições". São estes códigos, estes símbolos, estas "instituições" que sustentam a vida em sociedade e não vale a pena questioná-los por cálculo racionalista. Acabamos por chegar a conclusões francamente lunáticas. Se o casamento passasse a ser um mero contrato baseado no afecto (a visão sentimental da tribo), não haveria nenhuma razão substancial para impedir todas as formas possíveis de casamento: entre pais e filhos; entre irmãos; entre duas mulheres e um homem; entre uma mulher e vários homens; etc.É justo que duas pessoas do mesmo sexo que partilham uma vida em comum possam assegurar certos direitos sucessórios ou fiscais. Não é justo desmontar o casamento tradicional para acomodar o capricho de uns quantos. Pior: o gesto apenas abriria uma nova forma de "discriminação" sobre todos os outros - pais e filhos; irmãos; duas mulheres e um homem; uma mulher e vários homens - que são deixados injustamente à porta do matrimónio. Tenham juízo e, já agora, portem-se como homenzinhos.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Corrupção

A Câmara Municipal de Sines ratificou, com votação a favor de todos os membros, o Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infracções Conexas a aplicar à organização a partir deste ano.O plano segue a Recomendação do Conselho de Prevenção da Corrupção para todas as “entidades gestoras de dinheiros, valores ou patrimónios públicos” e elenca um conjunto de riscos e respectivas medidas preventivas, com enfoque especial nas áreas da contratação pública, dos procedimentos urbanísticos e da concessão de benefícios. E eu ingénuo que pensava que estas medidas já eram pratica corrente.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Vasco empata na casa do primeiro!

Tiago Sobral assinou grande exibição coroada com um golo

Domingo regressámos à competição após a paragem do campeonato, devido ao Natal e passagem de ano, com a realização da última jornada da primeira volta do campeonato. O jogo grande da jornada Sesimbra-Vasco da Gama.

Entrámos no novo ano preparados para este ciclo de jogos muito importantes para os nossos objectivos assumidos: a subida de divisão. O ciclo iniciou-se Domingo em Sesimbra (o 1º classificado), seguindo-se agora Olímpico Montijo (2º classificado) em Sines e a deslocação a Amora (3º classificado). Resumindo, somos o 4º classificado e defrontamos os três adversários que estão à nossa frente, nada que nos assuste ou meta medo, apenas aumenta a responsabilidade em cada um deles visto que somos nós que temos que ganhar ou pelo menos não perder frente a adversários directos, pois estamos atrás deles.

Em Sesimbra para ganhar, como em todos os jogos com humildade e respeito pelo adversário, entrámos muito bem no jogo, com personalidade de quem sabe muito bem o que quer, ao jogar o jogo pelo jogo e assumindo sempre que possível o jogo. Ao intervalo o resultado era de 2-2, grande primeira parte com quatro golos e muita intensidade de parte a parte apesar da chuva e do frio que se fazia sentir em Sesimbra, o jogo decorria equilibrado e sem grandes oportunidades de ambas as equipas e com maior ascendente do Vasco, o Sesimbra em dois lances de bola parada, a que corresponderam 2 golos, adiantou-se no marcador, quando nada o justificava. A nossa juventude e a grande experiência do Sesimbra poderia levar a pensar que estava ali a construir-se um goleada, quem conhece bem a equipa do Vasco da Gama sabia que isso não iria acontecer e o que aconteceu com justiça foi a nossa resposta ao empatarmos o jogo ainda na primeira parte, Idi primeiro e Daniel Direito de penalti fizeram o 2-2 com que chegámos ao intervalo.

Na segunda parte o ritmo do jogo não baixou e continuou-se a assistir a um bom jogo, com a continuação do ascendente do Vasco o que desta vez deu frutos ao adiantarmos-se pela primeira vez no marcador, boa jogada colectiva até a bola chegar ao Tiago Sobral que finalizou muito bem na cara do guarda redes. Estava feita a cambalhota no marcador, o Sesimbra perdia em casa e fez pela vida ao subir mais no terreno pressionando o Vasco mais perto da sua área, com uma sucessão de jogadas ofensivas o Sesimbra beneficiou de um penalti com que repôs a igualdade com que terminou o jogo.

Bom jogo de futebol por parte de duas das melhores equipas do campeonato com muitos ataques, golos e emoção do inicio ao fim. Não foi um jogo fácil de arbitrar porque o terreno estava muito escorregadiu e originou muitas faltas, bem na analise dos penaltis para ambas as equipas mas muita dualidade de critérios na amostragem de cartões onde os nossos jogadores foram execivamente amarelados em relação aos do Sesimbra.

Domingo, dia 17/01/2010 às 15h em Sines Vasco da Gama vs Olímpico Montijo.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Protecção Civil

No final deste período de intempéries, em que não se verificaram danos enm riscos de maior, não deixa de ser importante reflectir de forma honesta e descomplexada a actuação e o papel da protecção civil.


- Está dotada de meios humanos e materiais para acudir a fenómenos naturais desta natureza?
- garante uma rápida e eficiente afectação e coordenação dos meios e entidades?
- comunica, informa e forma adequadamente a população?


Não se trata de politica, mas da nossa segurança, conseguirão os politicos discutir a nossa segurança sem ser politicamente?

para ver e rever








Decorridos 16 anos e tudo parece igual - os problemas, a carolice de alguns, a tradição, o mar, as gentes - estando tudo diferente - os actores, o local, a dimensão, etc.
Para ver, rever e comparar.

Sines

Watch live streaming video from sinestv at livestream.com

Trombas

Tromba de água em Sines provoca inundações
A tromba de água que caiu, cerca das 11h30 da manhã de hoje, esteve na origem de inúmeras inundações na cidade de Sines.

Um pouco por toda a cidade, especialmente nas zonas baixas, as fortes chuvadas não deram tréguas e muitas estradas e rotundas ficaram inundadas devido ao arrastamento de terras.A rotunda do Terminal XXI, a Avenida Vasco da Gama, a saída da ZIL 2 e o bairro da Quinta dos Passarinhos, foram os primeiros locais a sentir os efeitos da tromba de água que durou 20 minutos."A rotunda do Terminal XXI está inundada e o trânsito está cortado num dos sentidos" explicou à Miróbriga o vereador António Nogueira, responsável da protecção-civil municipal que accionou todos os meios para acudir as ocorrências que vão surgindo. "Os bombeiros estão no local para responder às situações", acrescentou.

Miróbriga Rádio

De trombas ficamos nós quando a manutenção preventiva das vias ao longo do ano se resume a tapar uns buracos que vão aparecendo, quando o planeamento da cidade permite construir nas linhas de água, quando localizado numa localidade com uma topografia natural ideal para escoar as àguas pluviais conseguimos construir e autorizar que construíssem de modo a termos zonas inundadas.

Inédito

EXCLUSIVO: Câmara terá suportado campanhas eleitorais

A Câmara entregou uma queixa no Ministério Público por terem sido encontrados indícios e provas concretas da elaboração dos materiais de propaganda nas campanhas eleitorais nos serviços da Câmara Municipal, nomeadamente no Gabinete de Informação e Relações Públicas.

Já havia suspeitas “uma vez que existiram informações de funcionários da Câmara que esta situação estava a ocorrer e foi no pós eleições que tudo veio a comprovar-se”. "...depois das eleições muitas das provas estariam a ser eliminadas”. A Câmara entregou queixa no Ministério Público.


Inédito, nunca tal se tinha visto ou suspeitado, como é possível haver gente desta no nosso País. Foi na CM Beja e refere-se às campanhas eleitorais de Beja, Mértola, Ferreira do Alentejo e Cuba.

ver notícia completa Rádio Pax

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Ano Novo, vida mesmo nova

Existe quem repetidamente no final do ano projecte um ano novo cheio de projectos, ideias, dietas, mudanças, etc. Acto que me recorda os fumadores inverterados sempre a pensar que "este é o último maço", a partir de amanhã já não fumo". Nunca embarquei neste tipo de atitude, nem permito que seja a mudança de ano a marcar o meu "calendário". Mudo quando entendo ou se proporciona, quando os factores e conjugam ou se impõem, seja Março ou Dezembro, faça chuva ou faça sol.

Quiseram as circunstâncias que o início do ano de 2010, coincidisse com a mudança de emprego, o início de funções voluntárias na Santa Casa e chegasse, finalmente, formalizada a acusação judicial. Tudo numa semana, é obra.

Tudo diferente, tudo igual. Mudam as pessoas, altera-se o local e a dimensão, outras culturas organizacionais, problemas semelhantes ou comuns. Experiências enriquecedoras e absorventes, que me tem afastado deste espaço.

“7 Maravilhas Naturais de Portugal®”

O Distrito de Setúbal apresentou dezanove candidaturas às "7 maravilhas Naturais de Portugal®”, com marca registada e tudo.
A autarquia de Grândola aposta na Praia da Comporta, Praia de Melides, Serra de Grândola e Frente Atlântica do Concelho de Grândola, Santiago do Cacém candidata a área da Reserva da Lagoa de Santo André e Sines a Praia da Costa Norte e a Praia Grande (Porto Covo).

Reconheço a beleza natural de todos estes locais do mesmo modo que entendo o disparate deste tipo de candidaturas. Trata-se de uma pífia forma de promover o turismo e um modo fácil de gastar o nosso dinheiro.

O risco

Chamem-me saudosista, mas gosto de pensar que somos um Povo que gosta de correr riscos. Talvez possa ser um optimismo cego, que me protege da desilusão que seria se não fossemos assim, mas acredito mesmo na coragem do Povo Português. Há quem defenda e enalteça a paciência, como virtude nobre do ser humano, já eu apesar de lhe reconhecer a utilidade, encaro-a muitas vezes como uma máscara confortável da insegurança. Divagações à parte, confesso que após o ultimo acto eleitoral, ponderei a minha entrada nos meandros da vida política Siniense, sendo, como é óbvio a minha possível sede de filiação, a concelhia do Partido Socialista de Sines. Por desleixo, ou talvez por desconfiança, fui deixando o tempo passar, afinal de contas vinham aí decisões e tomadas de posição importantes e definidoras de muita indefinição. E assim tem sido, posições foram assumidas, decisões encontradas e aprovadas e eu, cada vez mais longe da política. Desilusões só tem quem se ilude, é um facto, mas o que pode fazer um sonhador senão isso mesmo?
Do PS Sines nunca mais ouvi falar, nada foi comunicado, nada foi explicado, nada justificado àqueles que são os mais importantes, os eleitores. Já o SIM, continua, com sucesso, a mascarar o caciquismo que encerra, numa entidade aberta e tolerante, emitindo comunicados e actualizando com frequência o seu site. Pelo meio foram definidos, com a abstenção ou voto favorável do PS, pontos de extrema importância para os Sinienses, tais como as Taxas de IMI, IRS, Derramas, bem como aprovado o Orçamento Municipal proposto. No entanto o partido em quem eu votei, continua ao que parece, em silêncio, vivendo fechado sobre si mesmo, desprezando aqueles que nele votaram.
A mim, que possivelmente serei uma pessoa sensível a estas coisas, deixa-me triste este desaparecimento precoce de uma oposição que se previa forte e presente. Esforço-me por não acreditar nas vozes que falam numa aproximação do PS ao SIM, até porque isso iria contra a consciência dos que lutaram e ainda lutam, por tirar este terra das mãos de um clã que se perpetua e também porque essa atitude iria apenas prolongar e aumentar a existência desse cancro local.
A realidade é que Sines continua na mesma, arruamentos degradados, ausência de actividade social, actividades recreativas e desportivas quase inexistentes, a condizer logicamente, com as condições arcaicas ou inexistentes que o município oferece. Mas pior que isto, Sines continua quase surda e, o pouco que ouve, ouve-o de uma só voz, resta-nos a visão já que o tacto e o olfacto pouco nos ajudam nesta história e até a visão, é relativa e influenciável.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Um novo Portal ao serviço dos Cidadãos

Neste, podem verificar por concelho e distrito, tudo o que há para fazer, mas também o que está em curso e até os debates que se verificam.
Achei interessante partilhá-lo.
http://www.autarquias.org/

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Vai e vem

Uns que vêm

Petrobras e Galp vão concluir, até Março, a negociação para formação de uma ‘joint-venture' que produzirá e comercializará, em Portugal, biodiesel processado a partir do óleo de palma brasileiro. O produto exigirá investimentos 500 milhões de dólares na instalação, não só de uma unidade de processamento em Sines, na refinaria da Galp, como também de duas ou três usinas esmagadoras no Norte do Brasil.

Outros que vão


A Moagem de Cimento da Cimpor - Cimentos de Portugal, instalada no Complexo Industrial de Sines, desde 2003, com um investimento de 37 milhões de euros, vai encerrar nos próximos meses - final de Fevereiro ou Março -, devendo os 10 trabalhadores do quadro ser transferidos para outra fábrica e os 10 contratados através de empresas de trabalho temporário dispensados.
A diminuição de trabalhos no sector da construção civil é apontada como uma das causas para o encerranento duma unidade industrial, que segundo os responsáveis nunca deu lucro.

Ruas da amargura


As chuvas puseram a nu a ausente manutenção e as péssimas construções e piores remendos das estradas, ruas e vielas da nossa cidade.

Rua da Reforma Agrária, Largo 5 de Outubro, ZIL 2, Estrada da Costa do Norte, são apenas alguns exemplos das ruas do nosso descontentamento e da alegria de quem vende amortecedores, suspensões, alinha direcções, desempena jantes e vende pneus.

No entanto as chuvas intensas trouxeram 2 aspectos positivos assinaláveis, lavaram as ruas e demonstraram que a drenagem de águas pluviais da cidade está eficaz.


domingo, 3 de janeiro de 2010

Porto Covo - Milfontes, o Dakar Alentejano

Imagem meramente ilustrativa de uma ESTRADA.

Desde o Verão que não fazia a estrada que Porto Covo - Milfontes. Tenho ouvidos as reclamações sobre o estado da via. Exagerados pensava eu. Pecavam por defeito, posso afirmar desde que ontem por lá passei.

Para reforçar e nos envergonhar aos buracos, lombas, ausência de sinalização horizontal e vertical, bermas por reparar acresce o facto de quando inicia o Concelho de Odemira termos uma estrada digna desse nome. Sem comparações doutro teor que o não o material, um autêntico Muro de Berlim.

Sines será dos Concelhos do país que tem menos quilómetros de estradas e caminhos municipais para manter e conservar e seguramente dos Concelhos com melhor rácio receitas / habitantes, apenas a rede viária não é uma prioridade. Nada mais que isso.

Daí que devamos receber com um sorriso nos lábios, as repetidas chamadas de atenção do presidente da autarquia ao Governo Central sobre a importância das acessibilidades para o desenvolvimento do Concelho de Sines ou o regozijo de fazer da via-rápida da Costa do Norte uma Alameda, passando a da administração da Estradas de Portugal para a Autarquia.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

A Vida explicada…

Um barco com um pescador atracou numa pequena vila costeira mexicana. Um turista americano, que estava no cais, elogiou o pescador mexicano pela qualidade do peixe que trazia e perguntou-lhe quanto tempo pescava por dia.

“Pouco tempo…” - respondeu o mexicano. “Mas então porque não fica mais tempo à pesca a apanha mais peixe?” - perguntou o americano.

O mexicano explicou que vivia perto e o peixe que apanhava era suficiente para responder às suas necessidades e às da sua família.

O Americano perguntou: “ Mas e o que faz com o resto do seu tempo?”

O mexicano respondeu: “Eu durmo até tarde, pesco um pouco, brinco com os meus filhos e durmo a sesta com a minha mulher. À tarde vou à aldeia para ver os meus amigos, beber uns copos, tocar guitarra e cantar algumas canções. Tenho uma vida cheia!!!

O Americano interrompeu: “ Eu tenho um MBA de Harvard e posso ajudá-lo! Deve passar a pescar durante mais tempo todos os dias. Assim vai apanhar mais peixe. Com o dinheiro extra que vai ganhar compra um barco maior!”

"E depois disso?" perguntou o mexicano.

“Com um barco maior apanha mais peixe e pode comprar um segundo ou terceiro e por aí fora até possuir um frota pesqueira. Em vez de vender o peixe a um intermediário pode negociar directamente com as fábricas de peixe e talvez, até, abrir a sua própria fábrica. Pode deixar esta aldeia, ir para a cidade do México, Los Angeles ou até Nova Iorque. Pode dirigir a sua empresa daí…” respondeu o americano.

“Quanto tempo vai demorar isso tudo?” - perguntou o mexicano.

“Vinte ou vinte cinco anos, talvez” – respondeu o Americano.

"E depois disso?" - perguntou o mexicano.

“Depois? Bem, meu amigo, é nessa altura que as coisas começam a ser interessantes” respondeu o americano, rindo. “Quando o negócio estiver mesmo grande, pode começar a comprar e vender acções e ganha milhões!!!”

“Milhões?? É mesmo? E depois disso? – perguntou o mexicano.

“Depois disso, pode reformar-se, viver numa vila junto à praia, dormir até tarde, pescar, brincar com as crianças, dormir a sesta com a sua mulher, ocupar as tardes com os amigos a beber uns copos, tocar guitarra e cantar.” – respondeu o americano.
 
MORAL DA HISTÓRIA:

Saiba bem onde pretende ir na vida… é que pode já lá estar!

Desejo-vos um Novo Ano Feliz...A Sério!