terça-feira, 31 de março de 2009

Correio dos Leitores


Academia de Ginástica de Sines, Campeã Distrital de Juvenis Femininos.

A.G.Sines, participa mais uma vez no Campeonato Distrital de Tumbling realizado no Barreiro no passado dia 14 de Março de 2009.

Resultados:

Iniciados Femininos
Ana Gonçalves – 8.º Lugar
Juvenis Femininos
Jéssica Plácido – 1.º Lugar – Campeã Distrital 2009
Daniela Sousa – 3.º Lugar
Seniores Femininos
Mariana Fonseca – 3.º Lugar


Parabéns a todos os GINASTAS.

Dívidas são dívidas

Sentado na cadeira já gasta, com a luz do monitor a incidir sobre o seu rosto igualmente gasto pelos anos, entrava religiosamente no blog que se via obrigado a ler desde que ali, observara ataques descabidos ao homem que tanto admirava e respeitava.
Porque as formas de pagamento podem ser as mais variadas, todas as suas contas ficariam saldadas e, caso isso não acontecesse até ao dia da sua morte, tinha já assegurado que os seus filhos iriam continuar essa sua cruzada, mesmo que encapuçados, como ele.
Dos que ali escreviam, nenhum lhe merecia respeito, muito embora visse num ou noutro qualidades, achava-os sempre tendenciosos, monocórdicos e enjoativos por apontarem sempre no mesmo sentido.
Nunca conseguiu fazer aquilo a que se propôs, sendo que a quase nada se tinha proposto, talvez por isso, condenava todos aqueles que aspiravam a alguma coisa, mesmo que essa coisa não os envolvesse directamente a eles, mas sim a um todo. Porém, o facto de ter ciente as suas limitações, bem como as limitações do homem que tanto admirava, obrigava-o a não acreditar que alguém pudesse ser melhor que o seu Deus, acusando-os por isso de maldizentes que nada têm para oferecer senão criticas mal fundamentadas.
Não percebia ou não queria perceber, que o futuro pertence aos jovens e que a política é desinteressante para a maioria deles, por ser obscura, politicamente correcta e quase nunca verdadeira e objectiva e, que por isso mesmo havia que valorizar os que tinham opinião e tentar atrair cada vez mais, em vez de lhes negar o direito a pensar, o direito a julgar o que é certo ou errado, o direito no fundo a ter os seus próprios ideais.
Chamava-lhes maldizentes, mas no fundo era ele o velho do restelo, era ele que queria negar a possibilidade de almejar algo melhor para a sua própria terra, preferindo aceitar as limitações de uns como sendo o limite universal de tudo aquilo que se pode fazer. No entanto, o verdadeiro velho do restelo dava a cara, não criava um personagem fictício que nada mais era senão um cobarde que acusa os outros de falta de coragem por não avançarem, quando ele também nunca o fez.
Aos jovens que por ali escreviam, acusava-os de ingenuidade, proibindo-os, por terem tanto a aprender, de terem opiniões formadas sobre os temas que para si eram mais preciosos, enquanto que na sua ignorância desculpava o facto do seu Deus, ter renunciado a tudo aquilo que acreditou durante décadas, já depois de velho.
Mas dívidas são dívidas e são para ser pagas...

VASCO perde os primeiros pontos em Sines!!

Vasco da Gama 2-2 Almada

No Domingo passado recebemos em Sines o Almada e cedemos os primeiros pontos em casa, empatando a duas bolas. Desde o inicio da presente época que não conhecíamos outro resultado em Sines se não o da vitória, invencibilidade que queríamos manter.

Fui talvez a nossa pior exibição desde o inicio do campeonato, nunca conseguimos fazer a habitual circulação de bola e transições rápidas entre sectores. Um factor importante, mas que não justifica, foi o forte vento que se fazia sentir em Sines, a que nunca nos adaptámos. O Almada com mérito fez um jogo muito bom e adaptou-se muito bem a jogar quer a favor do vento, quer depois contra o vento.

Ao intervalo perdíamos por um a zero, resultado justo perante o que as duas equipas estavam a demonstrar em campo, com um Almada muito diferente daquele que na 1ª fase do campeonato perdeu em Sines por seis a zero, um Almada muito organizado tacticamente e com boa circulação de bola desde a defesa até ao ataque. Na segunda parte seriamos nós a "beneficiar" de jogar a favor do vento e tentar virar o resultado a nosso favor, melhoramos um pouco em relação a primeira parte e empatamos o jogo através de um remate fora da área por Daniel Sobral.

Poderia ser o click que precisávamos para começar então a jogar melhor e lutar pela vitória, aproveitando o facto de um jogador do Almada ter sido expulso por acumulação de amarelos logo a seguir ao nosso golo. Ainda saboreávamos o golo, quando numa jogada muito duvidosa dentro da nossa pequena área faço penalti, teria que ver o amarelo que seria o segundo e a respectiva expulsão que não aconteceu talvez por o àrbitro não estar seguro da decisão que tinha tomado. O Almada converte o penálti e volta à posição de vencedor, com mais um jogador e a perder em casa o mister João Direito lança na partida dois avançados para um forcing final, aposta ganha que Rui Ismael acabado de entrar marca através de um canto ao encostar ao segundo poste.

Resultado justo perante a prestação das duas equipas e dadas as condições do vento que não deixou que se existisse a um bom jogo de futebol.

Próxima jornada temos o jogo grande, Beira-Mar de Almada vs Vasco da Gama às 16h em Almada. Jogo da liderança do campeonato já que as duas equipas estão com os mesmos pontos na tabela classificativa.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Edifício Largo da Estação - Parte IV (Desfecho à vista)

Fui hoje informado por um comerciante da zona periférica ao edifício de que têm existido reuniões entre a Câmara e representantes dos moradores, e que da última reunião surgiu a decisão pela qual todos ansiosamente esperavam: A Câmara de Sines, na pessoa do seu Presidente, assumiu que no espaço interior do Edifício Largo da Estação, comum com as traseiras das casas da Av. General Humberto Delgado, será feito um Parque de Estacionamento para residentes das casas que não possuam garagem, ou seja, das casas anteriores ao novo edifício, sob o custo de uma pequena verba ainda a acertar. Esse parque estará dentro de portões automáticos, dos quais os residentes que adquirirem um lugar, terão acesso a um comando pessoal e intransmissível.
Surge assim, a ser verdade esta notícia, o aguardado desfecho deste problema que se arrasta há cerca de 1 ano. Falta saber, no entanto, duas coisas:
- Será esta notícia verdade, tal como me foi transmitida?
- Quando se iniciará a obra?
A ser verdade, congratulo a Câmara pela acertada decisão, agora veremos para quando o início das obras. Se for neste mandato, o Dr. Coelho ganhará alguns votos, isso posso garantir. Se aguardar-mos pelo próximo mandato, custa-me a querer que a obra algum dia avance...

Aguarda-se desmentido

Falsos independentes nas autarquias

A s próximas eleições autárquicas vão ficar marcadas por uma vaga de candidatos contra os partidos em que fizeram "carreira". Há até quem defenda que este fenómeno representa o princípio do fim da partidocracia nas autarquias. Não deixa de ser curioso que os partidos que abriram a porta a candidaturas independentes às câmaras sejam agora as vítimas desta recente realidade.
À excepção do CDS/PP ou Bloco de Esquerda, cuja existência autárquica é residual, todas as restantes forças partidárias foram apanhadas nesta malha. A incapacidade que os partidos têm revelado para se renovarem, e as disputas intestinas pelos poderes internos têm contribuído para o nascimento dos falsos independentes. Isto é, tal como aconteceu com Fátima Felgueiras, Valentim Loureiro ou Isaltino Morais, hoje Narciso Miranda em Matosinhos, Defensor Moura em Viana do Castelo, José António Silva em Leiria ou Manuel Coelho em Sines só admitem avançar como independentes porque PS, PSD e PCP os rejeitaram. (...)

ler continuação Diário de Noticias

domingo, 29 de março de 2009

Fotos do Fim de Semana - Alentejo







Bem sei que os interesses vão para temas da actualidade política sineense, mas para desenjoar, aqui vão umas fotos do fim de semana.

Abraço

Tendência de voto


Com as alterações nos candidatos que tradicionalmente se apresentavam a votação nas eleições locais em Sines, decidi levar a cabo nos últimos quinzes dias uma pesquisa da tendência de voto nas próximas autárquicas, não confundir com uma sondagem, com uma amostra representativa da população, estratificada, com intervalos de confiança etc.

A pesquisa baseou-se no que normalmente fazemos conhecer a opinião da sociedade. Pedi a cerca de 20 indivíduos que contactam diariamente com um número elevado de cidadãos, o mais diversificada possível, e com os quais estabelecem laços de confiança. Falo de comerciantes, funcionários públicos, reformados, procurámos seleccionar actividades profissionais especificas como cabeleireiras, pescadores, funcionários camarários, donos de cafés e pessoas de diversas idades desde jovens de 18 anos, até ao referidos reformados.

Foi pedido aos "nossos colaboradores" que não abordassem directamente a intenção de voto, mas falassem sobre a situação actual da politica local e qual a opinião pessoal e a sensibilidade da tendência de voto geral.

Deste modo procurámos que estas vinte pessoas, escolhessem 10 pessoas cada, que na sua opinião maior conhecimento e representatividade tivessem da população, obtendo deste modo a tendência de voto de 200 pessoas e a sensibilidade destas sobre a tendência geral de voto.
Francisco do Ó - manterá o eleitorado fiel do PCP, apesar de existir forte resistência à mais que provável presença de Albino Roque em lugar de destaque na lista. Trata-se de eleitores convictos, muitos dos quais com um cariz emocional de proximidade ao candidato e ao passado. Quer por amizade, quer por gratidão, apresenta-se com uma tendência de voto superior ao que se fazia prever, apesar da baixa notoriedade entre os mais jovens. Muito valorizado o seu passado de combatente contra os poderes do “terreiro do paço” e das grandes empresas, no actual momento de crise e de procura de valores e de referências.

Manuel Coelho - beneficiará do voto útil de algum eleitorado flutuante que pretende garantir que o PCP deixará de governar os destinos de Sines, mas será penalizado à medida que o tempo passa pela falta de referência ideológica. Muitas pessoas ainda encaram um movimento de cidadão como uma manifestação de vontade pessoal.
Curioso é o facto de existir um sentimento comum que ganhará sem dificuldades, mas simultaneamente poucos assumem que votarão nele, precisamente ao contrário da lista da CDU.

Não existe a suposta "vaga de fundo" normalmente associada aos movimentos de cidadãos

Idalino José – manifestação de algum desencanto que racionalmente a maioria nem consegue justificar, no entanto assumem o facto de não residir em Sines, de já ter sido derrotado e da quase inexistente oposição, como elementos que contribuíram para a sua derrota. Poderá ainda ser penalizado pelo desgaste do Governo e pelo voto útil em Manuel Coelho de alguns simpatizantes socialista que pretende assegurar a saída da CDU do poder. O sucesso de Idalino José terá passa pela afirmação de uma candidatura vitoriosa, segurando os seus eleitores e demonstrando que Manuel Coelho e o PCP são o passado que muitos querem ver definitivamente afastado.


Micael Raposo – terá a votação afecta ao PSD e de alguns descontentes com o governo central, a dúvida entre a sua eleição como vereador divide em partes iguais as opiniões.

Muito falta para se poder elaborar um previsão mais credível. Com o alargamento do espectro politico e a consequente divisão de votos, a votação de Porto Covo, a provável candidatura do BE, a campanha, as listas e o programa eleitoral poder-se-ão revelar determinantes.

Contudo, a esta distância, é certo estar definitivamente afastado o cenário de maioria absoluta, quem ganhar necessitará de fazer acordos pontuais ou coligações pós-eleitorais, com uma das outras candidaturas, teremos um cenário de 3+1, 2+2 vereadores.

Sempre actual

" Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas..."

Guerra Junqueiro, escrito em 1886.

Correio dos Leitores

URGENTE.

Precisamos de si, se:

...tem bom feitio, respeita os outros, não é prepotente, sabe delegar, é competente, promove o bom ambiente escolar, tem experiência profissional, formação em Administração Escolar ou um mandato completo num Órgão de Gestão, quer ganhar mais 600 a 750 euros mês, ser o/a responsável pela boa Educação de muitos jovens, quer viver num sitio com 300 dias de sol, junto a praias espectaculares e com a possibilidade de ter casa em Porto Covo.

CONCORRA JÁ PARA DIRECTOR/A DA ESCOLA POETA AL BERTO SINES.

Será bem recebido por (quase) toda a comunidade desta escola.


Para uma escola melhor, por favor divulgue.
Quanto maior for a escolha, melhor é o resultado.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Quinzena de todos os jovens

Alguém consegue explicar o porquê de um Jantar da Juventude, "com inscrições abertas a todos os jovens do concelho, com idade superior a 14 anos" (sic)?
Que se faça uma quinzena da juventude, com diversas iniciativas, a maior parte das quais de considerável qualidade, é de aplaudir. Mas reunir cerca de 200 convivas, muitos dos quais que de jovens só o espírito, só vem dar razão aqueles que como eu criticam a promiscuidade entre as iniciativas da autarquia com iniciativas de campanha eleitoral. E esta coisas é como a mulher de César.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Pedido de Ajuda - URGE GENTE

Sou do tipo supersticioso, crédulo, quase crente.
sempre que recebo um mail a pedir para enviar a 20 pessoas, reencaminho para 24, 25, não vão alguns não receber e quebrar a corrente, o feitiço, ou lá o que quer que seja
quando recebo fotos de desaparecidos, pedidos de qualquer tipo de ajuda, reencaminho para toda a gente que conheço e imagino conhecer
na net desde que barato compro viagra, cialis, maconha, faço depósitos em duvidosas empresas nigerianas, aposto em tudo o que é site, adiro sem hesitar a esquemas de pirâmide, bolha, etc.
levo com vírus, farsas, burlas, mas piamente acredito que é o preço a pagar pela minha compaixão pelo próximo
em suma não resisto a um pedido de ajuda, quanto mais desesperado, maior o meu empenho

assim esvaí-me em lágrimas com o cândido pedido, para o qual peço a vossa colaboração, não custa nada e podemos evitar o desemprego, a perda de status e respectivos privilégios, a amargura do falhanço.
Vá lá clique, vai ver que não custa nada
AQUI

Disto já temos a nossa conta

Vale tudo na campanha do PS

Também no Alentejo intensifica-se a campanha do PS visando ludibriar a opinião pública e desse modo tentar manter-se no poder apesar das desastrosas políticas destes quatros anos.

Cheques de empresas oferecidos (...)
propaganda de obras que ainda não começaram
, (...)
ataques à comunicação social (...)
oferecer à direcção do clube desportivo local
um cheque de 5 mil euros (...) «contribuição» de uma empresa a um clube através de um ministro.
montou uma tenda luxuosa (...)
ataca a comunicação social que não lhe presta vassalagem (...)

Estas frases tiradas de um artigo do Jornal do Avante, demonstram que não é apenas as ideologias que se esbatem, mas também as estratégias, mudando apenas quem está no poder.

Ontem como Hoje

Hoje por mero acaso encontrei estes textos de minha autoria, publicados no extinto Semanário Sudoeste, na qualidade de membros das listas do PS às eleições autárquicas. Apesar muito daquilo que o Partido Socialista à época ansiava e previa, se ter realizado, muitas das precupações mantêm uma preocupante actualidade, decorridos quase 8 anos.


"Ser Jovem em Sines

O nível de evolução dos povos não se deve medir somente pelos índices económicos, mas principalmente pela forma como honra a sua história e antecipa o seu futuro, preparando os seus protagonistas.
A política para a juventude tem de ser versátil, flexível porque nenhuma classe etária reflecte tanto as modas e os ventos da história como os mais jovens, com a consequente mudança de hábitos, desejos e anseios. É igualmente nos estratos etários mais jovens que se encontra uma força criativa que tem que ser potenciada e canalizada em prol da sociedade. Por isso, não só o poder central, mas também as autarquias devem ter um papel fundamental no desenvolvimento e inserção dos mais jovens na sociedade, criando as condições necessárias para a plena explanação das suas capacidades e conhecimentos.

Nunca a CDU em Sines demonstrou ter uma visão global e estruturada em termos de política de juventude para o Concelho de Sines. Quando hoje se fala na “sociedade de informação” e iletracia funcional, compete às autarquias criar condições que propiciem competências profissionais complementares ao ensino escolar promovendo a criação de centros de estudo multimédia e de tempos livres, com salas de informática, ensino de línguas, salas de estudos, formação profissional em áreas especificas direccionada para a sua envolvente, anfiteatros etc. O executivo CDU esgota a sua intervenção através da atribuição de bolsas de estudo que deixam muito a desejar na sua justiça e incompreensivelmente não contemplam mestrados e doutoramentos.
Mas a política de educação não se esgota no ensino, passa igualmente pela ocupação de tempos livres e actividade desportiva.

Os sucessos desportivos dos atletas de Sines, registados nos últimos 20 anos resultam do carácter e determinação dos seus desportistas e dirigentes. Pois doutra forma como era possível formar campeões numa terra com uma piscina sem as dimensões adequadas, um pavilhão de ginástica desportiva sem a altura suficiente, um pavilhão sobrelotado, não existem polidesportivos nos bairros da cidade (Bairro Marítimo e Quinta dos Passarinhos, por exemplo), não existe um parque de desportos radicais, etc. Há pelos menos uma década que Sines não vê surgir um equipamento desportivo no seu Concelho.

Todos nós reconhecemos que é reduzido o número de Sineenses que após a obtenção de um curso superior se fixam profissionalmente em Sines. É pois necessário que a autarquia promova uma discriminação positiva relativamente aos seus munícipes e que o faça não só dentro da Câmara Municipal de Sines – o que não tem sucedido, continuando a CDU a insistir na admissão de profissionais especializados fora de Sines – mas procure implementar este principio nas médias e grandes empresas do Complexo Industrial através da assinatura de protocolos de estágios profissionais e de inserção na vida activa. Contudo a dificuldade de manutenção dos mais jovens em Sines não se fica por questões profissionais, é reconhecido por quem conhece o mercado imobiliário que as habitações em Sines atingem valores exorbitantes. Também aqui a autarquia têm um papel a desempenhar como elemento regulador do mercado travando a especulação.

Por tudo isto se compreende porque os jovens Sineenses têm de demandar outras paragens para viver, onde possam realizar-se profissionalmente e procurar a qualidade de vida que não encontram na sua terra. É necessário inverter esta tendência, facultando aos mais jovens a possibilidade de se realizarem e contribuírem para o desenvolvimento da sua terra, fazendo com que Sines recupere de um atraso significativo na área da juventude exige um esforço concertado nas áreas da educação, criação de postos de trabalho, desporto e habitação que permita devolver à nossa cidade a qualidade de vida que a minha geração continua sem conhecer."
Sines, 07.09.2001
_________ .........._________
BASTA

Hoje mais do que nunca os Sineense estão informados e percebem que uma viagem a Lisboa não resolve o problema da ampliação do Lar Prats. Hoje sabemos que a decisão de não aprovar o projecto foi meramente política e prende-se com o facto de Idalino José ser candidato à autarquia pelo PS. Tiveram medo que ficasse demonstrado que é fácil fazer obra, assim haja vontade e trabalho, mas apesar de todo o folclore político, ficou provado que é possível Sines aproveitar os fundos existentes e captar montantes na ordem de centenas de milhares de contos. Algo que a Autarquia teima em não conseguir.
Contem aos comerciantes o que correu mal com a candidatura ao PROCOM, em que muitas autarquias deste País recorrendo a este fundo requalificaram e revitalizaram as zonas comerciais e possibilitaram que os comerciantes recorressem a fundos perdidos. E Sines, desgraçadamente ficou de forma, houve candidatura?
Expliquem à população que o custo de abastecimento de água ao Paiol durante um ano é praticamente suficiente para realizar uma obra definitiva de abastecimento.

Acreditamos num modelo de gestão participada e por objectivos. Jamais alteraremos o trânsito, como foi feito na Rua Marques de Pombal, com um impacto tão significativo sem auscultar a população e os comerciantes da área afectada, não modificaremos um Bairro, como o Bairro Marítimo, sem reunir com os moradores e saber as suas pretensões, não derrubaremos um edifício como o Cine-Teatro Vasco da Gama de simbolismo afectivo para muitas gerações de Sineense sem saber a sua vontade, connosco não seria necessário a população fazer abaixo-assinados por causa da construção dos novos pombais junto à escola porque antes teria sido inquirida acerca da nossa decisão.

Acreditamos na sociedade civil, no associativismo e na sua independência e autonomização, não pretendemos criar ligações de subserviência e clientelismo. Basta de manter uma política de subsídios às associações e clubes de forma casuística assente no interesse e disponibilidade da Autarquia. Nós acreditamos e fomentamos protocolos anuais baseados no rigor e no cumprimento de objectivos propostos.

Não contem connosco para por motivos eleitorais ou incapacidade aumentarmos abruptamente os custos das obras em cursos devidos as constantes alterações e prolongamentos de trabalho para cumprir prazos eleitorais. Seremos rigorosos, connosco as obras serão para realizar ao longo de 4 anos não de quatro meses. è vergonhosa a forma como se concentrou obras tão necessárias para o período eleitoral.

Iremos manter e recuperar os monumentos e símbolos que nos ligam a Sines ao nosso passado. Não acreditamos que a mudança do Parque de Campismo, a demolição do Cine-Teatro, o abandono do Palácio Pidwell e do Palácio Santa Catarina signifiquem uma melhoria da nossa qualidade de vida. Queremos manter a nossa memória e identidade cultural.

Porque nos preocupa o futuro do nosso presente, chegou a hora de dizer basta, manter a situação actual é comentar um grave erro histórico, não se pode perpetuar um modelo de gestão que em 25 anos já demonstrou o que vale, vamos a partir de dia 16 de Dezembro começar a recuperar o atraso que hoje já se tornou visível em relação a muitos outros Concelhos.

Quando a Revista Visão e a revista Exame dizem que o Concelho de Sines é dos mais endividados do País e o Tribunal de Contas – entidade independente de forças políticas – aponta graves irregularidades de gestão, o PS não pode estar enganado nas criticas e denuncias que faz e por mais manobras políticas e boatos que a CDU protagonize nunca conseguirá esconder a verdade.
Sines, 16.01.2001

E o Twitter é...o Almeida Santos


«Não se paga aos deputados o suficiente para que sejam todos apenas profissionais, sobretudo quando são profissionais do direito ou fora do direito. No caso do advogado, se tem um julgamento não pode estar na assembleia e no julgamento ao mesmo tempo».
«Quanto às justificações para as faltas, é verdade que a sexta-feira é, em si própria uma justificação, porque é véspera de fim-de-semana. Eu compreendo isso. Talvez esteja errado que as votações sejam à sexta-feira. Não julguemos também que ser deputado é uma escravatura, porque não é, nem pode ser. É preciso é arranjar horas para a votação que não sejam as horas em que normalmente seja mais difícil e mais penoso estar na Assembleia da República».

Almeida Santos, PS

IOL Diário

A ressurreição do miolo histórico de Sines

"Um conjunto de ruas paralelas e apertadas, cosidas umas às outras por vielas estreitas, abrindo-se, alargando-se como pulmão, na velha Praça, hoje chamada de Tomás Ribeiro, permite delimitar já em antigas plantas do século XVIII, o miolo urbano de Sines."

ler continuação do artigo de João Madeira, no Setúbal na Rede, aqui

quarta-feira, 25 de março de 2009

Nós em Sines, desligamos mais é a Água


da série: "Bálsamos para a Alma"

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,

mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.

E que posso evitar que ela vá a falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver

apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e

se tornar um autor da própria história.

É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar

um oásis no recôndito da sua alma .

É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.

É saber falar de si mesmo.

É ter coragem para ouvir um 'não'..

É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?

Guardo todas, um dia vou construir um castelo...
"

Fernando Pessoa

Sentimento de Revolta

Bem sei que sou uma pessoa um pouco suspeita para falar de Sines, visto ter vindo para cá em busca de melhores condições de vida, não sou um "natural" de Sines, mas considero-me um Sineense "naturalmente".
Existe actualmente um enorme movimento de revolta em Sines, face à incapacidade da autarquia em dar resposta a todos os problemas que surgem dia após dia, eu próprio sou uma das pessoas que critico, que refila, que se sente desiludida com a actual situação das coisas.
Mas será que com estes candidatos à Câmara, Sines vai finalmente progredir em direcção a uma riqueza sustentável da região, a uma melhoria das condições de vida, a um bem estar social que tanta falta faz a este município, aliás, a este país?
A minha dúvida leva-me a questionar algumas pessoas que criticam, tal como eu, o actual estado das coisas. Será que os candidatos têm de ser pessoas com uma carreira política no passado, com uma máquina partidária atrás deles, ou deveria ser o cidadão comum, mas que tem ideias delineadas sobre o que quer para o seu município, sobre as alterações urgentes ao PDM, sobre a revolução que é necessário levar a cabo para que Sines não se torne numa cidade sem brilho, sem qualidade de vida, e acima de tudo sem razões para levar as pessoas a querer cá viver?
Bem sei que não tenho perfil político para preencher esse lugar, mas sei que há pessoas que fariam um excelente trabalho, mas têm medo de avançar, de se expor, de mostrarem o que são capazes de fazer.
Deixo aqui o meu desafio: O que faria para tornar Sines numa cidade competitiva, numa cidade geradora de riqueza e bem estar, naquele paraíso à beira-mar plantado que todos os sineenses desejam?

terça-feira, 24 de março de 2009

Os bois pelos nomes


Já me disseram que em Sines se diz muita coisa nas entrelinhas e realmente é isso que tenho constatado neste blog.
Chamem os bois pelos nomes, não custa nada!
Começo eu para ajudar a desinibir os restantes:

Manuel Coelho o irascível;

Xico do ó o culpado;

Idalino o discreto;

Albino o sorridente;

Continuem vossemecês!

Talho Porto Covo


Freguesas, já tá tudo retalhado, é só escolher!
- Olhe prufavor, dê-me 12 lotes, do bom.
- Aqui é tudo bom!

- Não faça como à mnhã vezinha, que comprou 19 e minguaram na brasa, nã deu pra nada.

- A mim dê-me carne limpa.
- Aqui é tudo limpinho, é pagar e levar.

- Diga! Você!
- Eu? Pra mim é um loteamento.
- Atão escolha, que isto é sempre a sair.

Escolham fregueses, é do bom e barato, tão cedo não há mais. Aqui vendemos de tudo, até o que não é nosso. Escolham, escolham, nã se acanhem.

a falência do SNS

Sou até à data um bom "cliente" do Serviço Nacional de Saúde (SNS), faço razoáveis contribuições, via impostos, e recorro ao sistema privado de saúde, graças ao seguro de saúde da empresa onde trabalho. Tenho por principio recorrer aos Privados por duas questões, sou melhor e mais rapidamente atendido e liberto o SNS de mais um paciente.


No entanto, como em outras situações de urgência, no Sábado à noite, após uma queda no jogo de veteranos Palmelense-Vasco da Gama, que forçou o pescoço a rodar mais para a esquerda do que lhe era permitido, lá fui ao Hospital do Litoral Alentejano. Radiografias, injecções, receita, colar cervical, diagnóstico de lesão muscular, sem mais consequências. Consulta de ortopedia terça-feira. Doloroso mas rápido e eficaz.


E foi aqui nas consultas externas, que me recordei porque o SNS não funciona, o estado é mau gestor do nosso dinheiro.

Consulta marcada para as 9 horas, mas prontamente aconselhado para não ir antes do meio-dia, mau sinal. Chego pontualmente às 12 horas, deparo-me com um cenário digno de um campo de refugiados. Seguramente uma centena de pessoas (des)espera, miúdos a chorar, engessados, cadeiras de rodas, uns dormem, outros suspiram, todos reclamam.

Primeira observação, a sala é comum a uma série de médicos e respectivas especialidades, sem atendimento ou alguém que preste esclarecimentos. O microfone debita o nome do paciente e o gabinete e siga. Fiacmos sem saber se já fomos chamados, se falta muito, ou se outra coisa qualquer, resta-nos esperar e muito.


Após duas horas e meia de espera, desloco à recepção, cumpro o meu dever cívico, preenchendo o livro de reclamações.

Sento-me no carro, ligo o alta voz, marco uma consulta de ortopedia num hospital privado.

- Traga as radiografias e a prescrição que tiver e no dia marcado, com a antecedência de uma hora receberá um telefonema ou mensagem nossa. Diz-me a voz do outro lado. Nada mais fácil.


Desligo e fico a pensar em todos os que não podem fazer o mesmo, naquela gente da sala de espera do Hospital, maioritariamente idosa e com aspecto de poucas posses. Que aguardam, 5 e 6 horas, pela sua vez e ainda saem todos contentes porque o Sr. Doutor foi muito simpático, como se de uma benesse dos Deuses se tratasse, como se não tivessem a usufruir de um direito que lhes assiste, como se o médico estivesse a fazer-lhes um favor.


Num SNS que pelo menos nas consultas externas não funciona, todos são vitimas e culpados, os médicos e os pacientes. E eu que tanto queria acreditar no sistema nacional de saúde.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Porto Covo ou o Sítio do Picapau Amarelo



Marmelada de banana, bananada de goiaba
Goiabada de marmelo
Sítio do Pica-Pau amarelo
Sítio do Pica-Pau amarelo

Boneca de pano é gente, sabugo de milho é gente
O sol nascente é tão belo
Sítio do Pica-Pau amarelo
Sítio do Pica-Pau amarelo

Rios de prata, pirata
Vôo sideral na mata, universo paralelo
Sítio do Pica-Pau amarelo
Sítio do Pica-Pau amarelo

No país da fantasia, num estado de euforia
Cidade polichinelo
Sítio do Pica-Pau amarelo

Giberto Gil


A presença dos políticos por bandas do Porto Covo, pavilhões desportivos que inflacionam de € 200.000 para € 600.000, condomínios privados em domínio público, campos de futebol vendidos, loteamento com o número de fogos a aumentar diariamente, equipamentos públicos pagos por conta de adiantamento de taxas municipais de outros loteamentos, e mais um conjunto de acontecimentos próprios das negociatas imobiliárias, a corrida ao ouro dos tempos modernos.

Não sei o que corresponde à verdade e o que pertence à fantasia, onde começa a ilegalidade ou fica apenas no eticamente incorrecto, mas basta uma, uma apenas das muitas tropelias que me contam os envolvidos neste processo, - seja como proprietários, promotores, compradores, construtores, ou outros interessados-, para já ser muito mau.

Depois de ouvir as rocambolescas histórias, no caminho para casa só me ocorria a música e a história de uma série que marcou diversas gerações, o Sitio do Pica-Pau Amarelo. Parece que cabem lá todos os personagens, "no sitio do Pica-Pau Amarelo tudo é possível. A fantasia se mistura com a realidade..."

Sobre o sitio do pica-pau amarelo ver mais aqui, sobre o Porto Covo ver no local ou esperar uns anos.

la palice

algo verdadeiramente bom e que ninguém nos pode tirar - o que é raro nos tempos que correm:
nas próximas autárquicas em sines,
alguns comunistas vão perder,
menos bom, alguns comunistas ainda podem ganhar.

Quinzena da juventude de Sines



Durante estes dias em Sines, festeja-se a quinzena da juventude.
Sábado decorreu, numa enorme tenda no castelo, a audição da escola da música seguida da actuação do Dj Mike Stellar.
Habituado e conformado em vir a Sines sem que nada de significativo aconteça, fui este fim-de-semana com as expectativas elevadas.
À tarde passei pelo ponto de encontro e pela casa da juventude, onde pude folhear a revista visão e mais uma outra revista à disposição dos jovens. Para quem não conhece, devo dizer que se trata de um espaço muito bem decorado, convidativo, fresco e leve, no local certo de Sines.
À noite a audição foi um sucesso, estando a plateia bem composta até ao final da audição, o que se verificou por volta da meia-noite, altura em que a tenda ficou vazia possibilitando a retirada das cadeiras que obstruíam a pista de dança para a actuação do Dj.
No entanto, o espaço revelou-se grande demais. não tendo estado mais do que 50 pessoas na tenda.
Num evento grátis, com um Dj de relativa qualidade no panorama nacional, num espaço idílico como o castelo de Sines, a juventude não comparece.
Muitos preferiram ficar no mesmo sitio, que frequentam durante toda a semana, não tentando sequer experimentar algo diferente, mas a grande maioria nem sequer saiu à rua.
Esta questão da falta de adesão dos jovens aos eventos que se organizam, á algo que deve ser analisado e pensado em conjunto, pois é algo que não tem uma explicação lógica e sinceramente é algo que me entristece como Siniense.
No próximo fim-de-semana não vou poder estar em Sines, mas gostava muito de ver e ouvir os portugueses X-Whife, que espero que tenham uma plateia digna da qualidade que lhes é reconhecida. Também para aqueles que organizam este tipo de eventos, por muitas discordâncias que possamos ter, será também um reconhecimento merecido.
Se acuso os jovens e menos jovens, de alheamento face à vida politica, também os critico por alheamento em relação à cultura e à diversão que estes eventos proporcionam, porque sem nós, sem os jovens, estas coisas não funcionam e apenas servem para desmotivar os poucos que pretendem animar as hostes.
Saiam à rua! Não tenham medo!

Câmara quer despejar clube

O Clube Desportivo e Recreativo de Porto Covo interpôs no Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja uma providência cautelar para impedir a Câmara de Sines de avançar com a desocupação das instalações que o clube detém há mais de trinta anos.

Rui Dias Ferreira, presidente da direcção, entende que os 12 mil metros quadrados que o campo de futebol e pavilhão ocupam são pertença do clube desde 1975 e exige da edilidade uma alternativa. "O presidente da Câmara diz que isto precisa de ir tudo abaixo para dar lugar a um jardim, duas piscinas e vários courts de ténis e, em contrapartida, oferece-se para construir um pavilhão semelhante ao actual e um campo de futebol moderno", explicou. De acordo com a direcção do clube, a autarquia terá assumido o compromisso com um empreiteiro para a construção de um resort de cinco estrelas no local onde está implantado o terreno do clube, no centro da vila.

O presidente da autarquia, Manuel Coelho, acusa os dirigentes de lançarem "desconfiança e suspeição", garantindo "instalações para a direcção do clube, transporte grátis para os atletas no decorrer das obras e o usufruto do futuro pavilhão". O autarca considera "inaceitável" a posição da direcção do clube.



Correio da manhã

VASCO DA GAMA ganha e sobe ao 1º lugar!!

Vasco da Gama 3*- 0 Paio Pires

Este domingo realizou-se a 2ª jornada do campeonato distrital de Setúbal da 2ª divisão - fase final, jornada muito positiva para o Vasco da Gama pois, venceu e subiu ao 1º lugar do campeonato beneficiando da derrota do Beira-Mar de Almada em Cabanas frente ao Botafogo e ainda alargou a vantagem sobre o Luso do Barreiro que perdeu em Almada.

Recebemos e vencemos o Paio Pires em mais um jogo importante na luta pelo primeiro lugar, sabíamos que não poderíamos facilitar depois da brilhante vitória no Barreiro e de que o Beir-Mar ia a um campo muito difícil com fortes probabilidades de perder pontos como veio a acontecer. Inicio de jogo muito bom da nossa parte, marcando logo aos 3 minutos através de Roberto Guia, após boa jogada colectiva. Foi a entrada perfeita de uma equipa que desde os primeiros minutos procurou resolver o jogo mostrando atitude de campeão.

Primeira parte controlada sempre por nós, apesar do Paio Pires ter reagido muito bem ao golo sofrido e mostrando ser uma equipa organizada e tacticamente bem trabalhada. O inicio da segunda parte trouxe logo de entrada o segundo golo do Vasco apontado por Idi, trabalhando muito bem na área adversária e fazendo um golo à ponta de lança. Foi a segunda machadada nas aspirações do Paio Pires na discussão do resultado e certamente que toda a estratégia planeada ao intervalo cairia por terra.

Quando o jogo caminhava para o final e correctamente disputado pelas duas equipas e com boa arbitragem, nada fazia prever um final de jogo tão inesperado. A 10 minutos do fim o àrbitro assinala uma grande penalidade clarissima na área do Paio Pires e consequentemente expulsa o jogador que cometeu a falta, a reacção do jogador foi gravíssima pois agrediu o arbitro com um soco na cara deixando logo marcas visíveis da agressão. Como mandam as regras o àrbitro deu por terminado o encontro e seguiu com uma queixa crime contra o atleta.

Atitude completamente condenável desrespeitando a equipa de arbitragem, a instituição que representa (Paio Pires Futebol Clube), adversários e o desporto.

* a Associação Futebol de Setúbal informou o Vasco da Gama que o resultado final seria de 3-0 seguindo assim o regulamento da prova.

Próxima jornada Domingo dia 29/03/2009 ás 16h, Vasco da Gama vs Almada em Sines.

Entrevista Manuel Coelho

Manuel Coelho vai recandidatar-se à Câmara Municipal de Sines nas próximas eleições autárquicas, mas desta vez como independente, integrado no movimento Sines Interessa Mais (SIM). Depois de se ter desvinculado do PCP por “profundas divergências ideológicas, políticas e partidárias”, Manuel Coelho explica que a sua decisão deve-se ao facto de querer “levar até ao fim um fundamental trabalho de fundo, nomeadamente no planeamento do território”, numa intervenção que considera ser uma “revolução urbana e de equipamentos”.
O actual líder sineense lembra, particularmente, o trabalho feito no último mandato, que contempla um “conjunto de planos para a transformação profunda da cidade”, que são “fundamentais que se concretizem em dez a quinze anos” e que “não sejam destruídos por querelas partidárias”. Manuel Coelho lembra também as candidaturas “muito importantes” efectuadas pelo município ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), na área da educação e do desporto, que vai permitir que Sines “fique com equipamentos de excelência, que respondem às necessidades do presente e do futuro”.

Manuel Coelho não teme que a sua saída do PCP prejudique a sua candidatura como independente, lembrando que “é suficientemente conhecido em Sines”, onde “sempre trabalhou para o bem público durante trinta anos” e sublinhando que “explicou as razões da sua saída às pessoas”. Além disso, garante conhecer a “realidade do PCP em Sines e a sua influência na sociedade, que evoluiu muito nos últimos anos”. “Sines é a cidade mais cosmopolita do Alentejo e tem uma população urbana, com a visão de quais são as suas necessidades”, conclui. Por isso, confessa-se “tranquilo”.

Quanto às críticas do PCP, nomeadamente de Francisco do Ó Pacheco, actual candidato comunista às próximas eleições autárquicas, Manuel Coelho entende que o partido “não está a agir de forma ajustada”. Lembrando que o PCP, durante o seu último mandato, “tentou manietar o desenvolvimento do município”, o edil sineense “não admite que se confundam orientações com ordens” e, por isso, considera que “é tão natural sair como entrar num partido”.
Colocando de parte possíveis coligações, Manuel Coelho realça que está “à-vontade para se relacionar com todos os partidos que estejam disponíveis para ajudar” no desenvolvimento de Sines, até porque “não se considera dono da verdade”. Confessando-se satisfeito por se ver livre do “espartilho partidário”, Manuel Coelho garante “uma equipa coesa sem restrições de uma política desajustada, com vontade de trabalhar e decidida a ganhar”.

Setúbal na Rede

domingo, 22 de março de 2009

Olhe que não Sr. Dr.!, Olhe que não!

"Tenho curiosidade, em saber o que é que o "Xico" Pacheco tem para apresentar à população. É por aí que aferimos o peso de cada força politica, a população logo avalia o mérito dessas propostas, dessas pessoas e das equipas projectadas".

Manuel Coelho, Noticias de Sines, 20.03.2009

Se assim fosse Manuel Coelho não teria ganho o confronto eleitoral contra José Carlos Guinote ou Idalino José. Os programas eleitorais, as proposta e as equipas apresentadas eram em tudo superiores à da CDU, e no entanto...
O caminho a percorrer é outro e Manuel Coelho sabe-o bem, ou não o tivesse trilhado nas ocasiões anteriores.

Entrevista Albino Roque

Leio a entrevista de Albino Roque ao Noticias de Sines, sem nenhuma novidade. A sua amargura, o clima de tensão existente na autarquia, o timming (após a aprovação do orçamento) da saída de Manuel Coelho do PCP, a forma de agir profissionalmente do Presidente, etc, nada constitui surpresa.

Assumindo como verdadeiras as questões levantadas pelo ex-vice-presidente, elas não são de hoje. Então o que o levou a caucionar a forma de agir do Presidente? Onde estava quando os trabalhadores tiveram “medo” e tinha poder efectivo? Porque se calou quando existiram atropelos debaixo dos seus olhos? Estava do lado do poder, onde tudo era válido para manter a CDU à frente dos destinos de Sines, independentemente de quem presidia e de que forma, talvez aguardando a sua vez, em silêncio cúmplice.

A afirmação de que em mais de 30 anos de CDU na autarquia nenhum trabalhador foi perseguido ou marginalizado, denuncia um certo autismo político e compromete as restantes afirmações de uma entrevista até então bastante conseguida. Se é muito difícil encontrar uma organização, instituição, empresa, etc, que ao longo de mais de três décadas não tenha cometido injustiças com os seus trabalhadores, mais será numa organização politica, e impossível numa autarquia como a de Sines, em que sobram as histórias de injustiças profissionais, reconhecimento profissional baseado em critérios políticos e despromoções por ajustes de opinião, como aliás na maiorias das autarquias por este país.

Para o bem e para o mal, Manuel Coelho, Francisco do Ó, Albino Roque e o PCP são indissociáveis, naquilo que tem sido Sines nos últimos 30 anos. Do mesmo modo que vereadores, deputados, presidentes de Junta que por acção ou omissão aprovaram, apoiaram e votaram a favor, mesmo que por vezes contra a sua vontade.
O próprio Manuel Coelho enquanto deputado Municipal da CDU, quando vezes votou contra ou absteve contra as propostas do seu partido e de Francisco do Ó? Nenhuma.

Quem ninguém se iluda, em Outubro que votar escolherá entre PSD, PS, BE ou CDU (versão oficial ou pessoal).

Estádio Municipal de Sines - Futebol ou espectáculo musical?


Já há alguns anos que me deparo com esta dúvida, no Estádio Municipal de Sines joga-se futebol aos fins de semana ou são espectáculos de coros alentejanos semanas e semanas a fio? Ele é Sábados de manhã a começar às 9h00, é Domingos de manhã e à tarde sempre com o "Eu ouvi um passarinho" e outras modas bem conhecidas. São horas e horas a fio a tocar para toda a comunidade ouvir, para depois conseguirem ter assistências de 10 ou 20 pessoas em cada jogo. Será isto mais importante, ou o sossego e o descanso das pessoas? Será que ao fim de semana não tenho direito a dormir até mais tarde? Porque é que em vez de meterem música 2 a 3 horas antes do início dos jogos não metem 15m antes? Vão meter a música em altos berros para a casa do Coelho (o estádio é municipal) para ver se ele gosta ou para a porta do Presidente do Vasco (que é quem promove os jogos)... O que vale é que vão passar o estádio para ao pé do intermarché, porque não há paciência que aguente...

Abraço

Sporting x Benfica


Num jogo de fraca qualidade, revelador da cada vez mais fraca qualidade do futebol luso, ganhou quem melhor marcou grandes penalidades, no caso Lucílio Batista.

Laurentino Dias, pai desta competição e arauto da verdade desportiva tem aqui uma boa oportunidade de demonstrar a coragem que tem faltado a outros. Repita-se a final, ou pelo menos devolvam o dinheiro a quem comprou bilhete para ver uma farsa.


Defendo a verdade, seja ela qual for e inependentemente do seu preço. Alterar um resultado, suspender um jogador ou sancionar um golo não assinalado, à posterior pelas imagens televisivas, é para mim mais aceitável que permitir que milhares de pessoas assistam a um erro e este fique impune.

sábado, 21 de março de 2009

sem forças

sô everson foi algemado, quando bebia uma geladinha e depois de humilhado pela GNR de Sines, ainda não recuperou a força para poder trabalhar.

ah, como o compreendo, o meu pai está de baixa vai para dois anos, por algo semelhante.

ia de carro, sem inspecção porque segundo ele sabe mais de carros que qualquer mecânico, sem seguro, porque nunca tem acidentes e os seguros são uns ladrões, sem cinto porque basta o das calças, e bebado, porque sim.

Foi multado, inibido de conduzir, e pronto ficou traumatizado, está de baixa psicológica porque cada vez que um gnr olha para ele tem uma "falência geral de origem psicossomática, com sintomatologia neuro-obssessiva".

se não se colocasse à porta da gnr antes de cada junta médica e como os restantes cidadãos de sines poderia estar meses, com sorte anos sem ver um gnr, mas diz ele que é a sua neurose obssessiva que o leva à porta da esquadra.

Brasileiros queixam-se de agressões pela GNR

Dois imigrantes, trabalhadores-estudantes, foram detidos numa operação policial. No posto da GNR, dizem terem sido humilhados e tratados de forma racista pelos militares. Denunciaram o caso ao Consulado do Brasil.
"Parecia um assalto. Entraram com armamento pesado e mandaram toda a gente deitar no chão e amarraram-nos com braçadeiras", contam, abalados, Everson Maciel e Romão Nantes, referindo-se à rusga aparatosa feita pela forças da GNR e do destacamento de Intervenção de Setúbal, na última terça-feira, na Ancorope, um edifício problemático de Sines.

Os dois homens dizem já ter apresentado queixa no Consulado Brasileiro, sem sucesso, e ponderam levantar "uma acção contra as autoridades", com outros queixosos.
Everson deslocou-se ao hospital devido a mazelas numa das mãos algemadas e diz que até hoje não recuperou a força para poder regressar ao trabalho, do qual se mantém afastado.
O local onde ocorreu a operação da GNR é conhecido no concelho como uma zona de insegurança. Com cerca de 230 apartamentos, o edifício Ancorope é dos maiores e mais antigos de Sines e também um dos mais problemáticos.
"O ambiente não é nada bom, não há assaltos mas junta-se ali uma malta e dizem que se trafica droga", sintetiza uma das administradoras do prédio. Isilda Correia revela, sem rodeios, que está a par que "à noite, os toxicodependentes metem-se no elevador e que vão ao apartamento 'x' e 'y' buscar droga".
"Isto é um prédio que mais parece uma aldeia no meio da cidade, Sacudam-nos daqui", pede, referindo-se aos frequentadores indesejados.
A prostituição é outro dos problemas apontados pelos moradores que criticam as casas privadas que servem para "receber homens toda a noite". "Existe alta prostituição aqui no prédio e a GNR sabe disso", assegurou ao DN uma residente, que preferiu anonimato.
Isilda Correia, por seu lado, garante que sempre que sabe de alguma situação concreta chama as autoridades e que já recusou alugar apartamentos a um "chulo".

Diário Noticias

Esta cruz que carregamos

Na sua cabeça, quem não estava de acordo com ele, estava contra ele.
A memória começava já a falhar, não lhe permitindo distinguir amigos de inimigos, excepto os de estimação. Fazia-se por isso acompanhar quase sempre de alguém de confiança, quer a nível pessoal, quer a nível profissional. Ao ouvido sussurravam-lhe histórias e ligações pessoais e familiares, que o faziam roer as pontas do bigode de que tanto gostava.
Incapaz de se controlar, por se achar sempre do lado da razão, que afinal de contas desconhecia, ameaçava todo aquele que ousasse por em causa a sua palavra, disparando proibições à laia de uma criança que por ser dona da bola, em caso de derrota, não deixava mais ninguém jogar, pontapeando-a com raiva contra a parede .
Encarava o povo, para o qual supostamente trabalhava, como gente menor, que necessita ser guiada e que o deveria reverenciar por aquilo que por eles fazia, todos os que não seguiam este comportamento padrão, não eram mais do que ingratos que se pudesse julgaria por traição e condenaria a silêncio eterno.
Nunca questionava se aqueles que o seguiram, quando se afastou de quem sempre até então, lhe havia dado de comer, o faziam por o admirarem, ou por puro oportunismo, nem mesmo quando lhe sugeriam coisas, com as quais ele não concordava e que apenas aceitava por sentir que esse ódio lhe poderia toldar o raciocinio.
O amigo a quem ele houvera sucedido, era agora o seu maior inimigo, alguém que o desestabilizava de forma tresloucada e, sabendo isto os seus seguidores faziam questão de o acompanhar em toda e qualquer reunião ou compromisso oficial, dada a sua mais que óbvia incapacidade de auto-controlo, acalmando-o sempre que explodia, tal e qual uma mãe que dá a xuxa ao filho, para que este não incomode as pessoas no café.
No entanto, era incapaz de se aperceber dos cuidados que inspirava, tal era o seu ódio e desejo de vingança em relação àqueles que o traíram, em relação àqueles que lhe diziam estar errado, em relação àqueles que perguntavam, porquê assim? Porque não assim?
Os seus seguidores, na solidão do seus pensamentos, perguntavam a si próprios, como seria possível trabalhar e cuidar simultaneamente de uma criança assim, birrenta e quezilenta e nas suas costas comentavam este fardo que tinham de carregar, dando-lhes apenas ânimo, o facto de o sentirem já cansado e de mais cedo ou mais tarde, as luzes da ribalta poderem vir a incidir sobre si próprios e, só por isso valia a pena aturar alguém assim.

Cova do Lago

Decorreu hoje, mais um pouco edificante espectáculo, em que se começam a tornar as sessões da Assembleia Municipal de Sines. Desta vez uma Assembleia Extraordinária, com um único ponto em discussão, o Plano de pormenor do empreendimento turístico da Cova do Lago.

Pelo clima agreste, dominado por ventos fortíssimos ao longo de todo o ano, a proximidade da refinaria da Repsol e da ETAR e dos cheiros que emanam, um lago cuja água é de qualidade manhosa, a quantidade da oferta turística desde Tróia até Melides e a inexistência de propostas de lazer que permitam diferenciar o projecto, este parece-me de viabilidade duvidosa. Mas deixemos isso para os investidores.

Da assembleia resulta o estado de sitio em que se tornou a politica local. A CDU aponta todo o seu fogo de artilharia a Manuel Coelho, secundarizando os interesses de Sines e do próprio PCP. Mais que colocar os interesse partidários, acima do interesse politico, trava em campo aberto uma guerra pessoal. A CDU que sabe bem que não é nas assembleias que se perdem ou ganham eleições, continua a pressionar o adversário aguardando que ceda, o que creio de todo não estar perto de acontecer.

O PS com a lição bem estudada de que nem todos os inimigos dos meus inimigos são meus amigos, é actualmente, a força politica mais sensata, sem se deixar inebriar com o turbilhão emocional que turva a politica local.

Isto apesar de continuar a pautar as suas posições por questões menores. Não deveria ter enjeitado a oportunidade de cavalgar a onda de partido de e para o poder e discutir a temática do turismo no concelho de Sines. O empreendimento da Cova do Lago é obra da CDU e/ou de Manuel Coelho, a solução turística de Sines, é bem mais abrangente e trata-se do futuro que o PS quer governar. Falta a este PS, ainda a aquecer os motores, alguma dimensão e visão de partido do poder. Assumir este papel de vitória e futuro de forma determinada mas sem arrogância será o difícil e talvez determinante, trabalho para Idalino José e os seus pares na campanha, que já começou.
O PSD com um dos deputados candidato à autarquia - cuja eleição como vereador será uma vitória - e o outro manifestamente da CDU, ou antes de Francisco do Ó, mantem a tranquilidade de quem sabe que corre por fora.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Tribunal no Centro Histórico

Localizar o Tribunal no Centro Histórico seria uma forma de revitalizar e dinamizar o abandonado e esquecido Centro e simultaneamente recuperar um ou vários imóveis, como o antigo edifício do Centro Recreativo Siniense, propriedade da autarquia e que apresenta como destino mais evidente a sua derrocada.
Espero que a autarquia tenha esgotado todas as possibilidade de instalar o futuro Tribunal no Centro Histórico, caso contrário, prestou um mau serviço a Sines.

Primeiro Juizo Social do país vai abrir em Sines

Ministério da Justiça promoveu hoje, dia 20 de Março, uma visita às novas instalações do primeiro juízo social do país, que vai surgir em Sines, integrado na futura comarca experimental do Alentejo Litoral, no âmbito do novo Mapa Judiciário, numa iniciativa que contou com a presença do secretário de Estado adjunto e da Justiça, José Conde Rodrigues.
Com este novo espaço Sines tem pela primeira vez um tribunal, facto que não possuía até agora, que reunirá justiça na área de Família, Menores e Trabalho. O novo edifício abrirá a 14 de Abril esta a sofrer obras de adaptação orçadas em 1.100 mil euros. (notícia na íntegra em http://www.mj.gov.pt )

Diz igualmente na notícia que serão instalados sistemas de vídeo-vigilância. Só espero que esses sistemas funcionem tanto para o interior como para o exterior do edifício, sempre ajudava a reconhecer os vândalos que proliferam nas imediações do futuro tribunal ( isto partindo do princípio que não se sabe já quem são... ).

Edifício Largo da Estação - Parte III

Retornando a um problema que, a meu ver, já deveria ter sido solucionado há muito tempo, soube hoje, de fonte fidedigna, que foi solicitado à GNR de Sines que aumentasse a vigilância ao local, pois o novo Tribunal de Sines está a ser instalado nesse mesmo prédio.
A resposta que foi obtida por parte do comando da GNR foi de que a patrulha à zona é efectuada tal como a todas as zonas de Sines, e que, enquanto não houver um acréscimo de denúncias na GNR a pedir a intervenção da patrulha, não se justificará esse aumento de vigilância.
Agora pergunto eu: será que as imagens já aqui publicadas e entregues na Câmara Municipal, os actos documentados de vandalismo, as montras partidas, os assaltos e a falta de higiene das pessoas que aqui cometem esses actos não são já razão suficiente para o aumento de vigilância??
Só espero que com isto a GNR não fique zangada comigo, porque sei que a responsabilidade não passa só por eles... mas achei que deveria trazer este assunto de novo à opinião pública!

quinta-feira, 19 de março de 2009

vá mandando cupons

Jornal do avante, 19 de março de 2009, dixit...

"A Comissão Concelhia de Sines do PCP anunciou, na passada semana, que o candidato da CDU a presidente da Câmara de Sines, nas próximas eleições autárquicas, é Francisco do Ó Pacheco.

Tendo estado à frente da Câmara durante 21 anos, Francisco do Ó Pacheco, 61 anos, bancário, é presidente da Assembleia Municipal de Sines há nove anos, assim como escritor, poeta, jornalista e gestor."


exmo sr.

francisco do ó pacheco

assunto: candidatura à autarquia

de acordo com a vaga aberta pela democracia, lamentamos informar que possui excesso de habilitações.
se concordar consideraremos a sua candidatura, para futuras vagas menos rascas.

ass.
população de sines

Maus ares


Desde o fim da tarde que o perfume do que muitos apelidam de modernidade, voltou a empestar Sines.

Porque sou daqueles que sabem ser possível existir desenvolvimento, nomeadamente industrial, sem índices de poluição que ponham em causa a saúde pública e a qualidade de vida, também sei que exige investimento e fiscalização, digna desse nome. Se hoje para muitos indústria é sinónimo de poluição é porque a isso nos habituaram.

Mas como "A Câmara Municipal de Sines anunciou em 08.02.2006, a realização de um estudo sobre os efeitos da poluição na saúde da população, denominado Sistema de Gestão Integrada da Saúde e Ambiente (GISA), devemos manter-nos tranquilos que isto está a ser monitorizado e logo, logo, os que sobreviverem, poderão descobrir, para grande surpresa de alguns responsáveis, que afinal os cheiros pestilentos - apenas uma parte da poluição - afinal fazem mal.
(1) foto propositadamente tendenciosa, em contraponto às fotos institucionais que as empresas apresentam sobre ângulos que mostram a verdejante paisagem, o límpido azul do céu e as gaivotas a debicar junto à espuma das ondas.
(2) a foto não pretende ilustrar a única responsável pela poluição atmosférica do Complexo Industrial de Sines.

Dia do meu Pai

depois de mais uma noitada de estudo. acordei a ouvir o meu Pai a falar de Pinóquio práqui, Pinóquio Prácolá.
chego à cozinha, local de todos os (des)encontros, atão não tá o homem a fazer contas se com o subsidio de desemprego, menos os 50% de pagamento do empréstimo bancário à habitação (nova medida do governo para os desempregados) , compensa continuar a trabalhar.
a minha mãe, sabida nestas coisas, atira-lhe: não filho, com aquilo que tu passas a gastar a mais em bebida, de café em café, não compensa.
o meu Pai, que aquela hora já devia não estar bêbado, fingiu não ouvir, e continuou a fazer contas, com cara de entendido, na testa da barbara guimarães, que ocupava quase a totalidade da capa da revista.
vem aí um belo fim-de-semana.
ainda assim, é o meu melhor Pai, e eu amo-o, como se deve amar um Pai

última hora - resultados de sondagem


uma recente sondagem feita em sines, aponta os candidatos do movimento sim, oh sim, sim, e os candidatos do camarada xico com enorme avanço.

mas, de acordo com a empresa que realizou a sondagem esta não pode ser validada, pois foi feita em horário laboral e os eleitores do ps e do psd estavam a trabalhar.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Dia do Pai

Embora desejasse acima de tudo o resto, a sua independência, sabia também que em caso de naufrágio, a sombra protectora do seu Pai o iria fazer chegar a bom porto e era por isso que sentia poder arriscar. Não se tratava porém de um qualquer colete salva vidas, desses que se usam por obrigação, mas sim algo que sentia como inerente a si próprio, embutido em todos os poros da sua pele. Às vezes dava por si a falar e parecia que o escutava a ele, mudando o tom por querer ser diferente de todos os outros, inclusive do seu próprio Pai.
Naquele dia, não podia estar com ele, sentir o seu cheiro e a sua presença, que o faziam sentir-se em casa mesmo quando se encontravam os dois no meio do nada.
O seu olhar que durante tantos anos o intimidou, fruto da sua rebeldia, sentia-o agora como algo que o protegeria sempre e em qualquer circunstância, a sua força, o seu amor, que timidamente escondia, demonstrava-se em actos e nunca em palavras.
Neste dia, que está a chegar, festeja-se o dia do Pai e eu, que felizmente tenho sorte, que sempre tive sorte, recuso-me a dar os parabéns ao meu Pai, guardo-os para mim, porque devo ser eu a ser felicitado por ter um Pai assim, a ti, digo-te apenas obrigado por tudo!

A Máquina Eleitoral

Entre várias dúvidas com que convivo, existe uma que regressa de sempre em época de eleiçõs.
Sou da opinião que os Presidentes de Câmara que se recandidatam ao cargo deviam estar impedidos de fazer inaugurações ou iniciativas de carácter não regular, no limite deveriam abdicar do cargo durante um período, de por exemplo, de 6 meses que antecedem as eleições. Se no campo das ideias é defensável, reconheço que na prática colocaria muitas autarquias em gestão corrente - principalmente as excessivamente dependentes da figura do chefe centralizador -, prejudicando as populações e as localidades, quer das iniciativas das autarquias, quer do desempenho dos seus presidentes.

Deste modo resta-nos acreditar no bom-senso e sentido ético de cada recandidato, ou seja o passado mostra-nos que nos resta muito pouco, para além de mantermos a clarividência e o discernimento entre o que é a normal e natural posição privilegiada de um presidente que se recandidata, do que é o aproveitamento desta posição e dos recursos e meios da autarquia para a sua campanha.
Devemos distinguir o que é acção politica do candidato e denunciar o que é prática eleitoral do presidente.


Em Sines os partidos sobrevalorizam a capacidade de mobilização do PCP e a eficácia da sua máquina eleitoral, confundindo-a com a máquina "autárquica". As próximas eleições, entre outros aspectos, esclarecerão onde acaba uma e começa a outra.

Algorritmo Eleitoral

Indeciso entre um presidente do PCP ou um presidente do PCP, hesita entre um presidente velho e outro idosos, entre um que nada realizou e outro que nada realizará? Faça o teste e veja em quem deve votar.

1. Concorda com a gestão comuna do Município de Sines, desde o 25 de Abril?
Sim. Vá para a pergunta 2
Não. Vá para a pergunta 3

2. Melhorou nos últimos anos?
Sim. Vá para a pergunta 5
Não. Vá para a pergunta 5

3. Gosta de boys and your jobs?
Sim. Vá para a pergunta 5
Não Vá para a pergunta 4

4. Gosta do desconhecido?
Sim. Vá para a pergunta 5
Não. Vá para a pergunta 5

5. Já pensou em não votar?
Sim. Tomou uma boa decisão
Não. Mude de opinião

Correio dos Leitores


Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas

O êxito da greve dá-nos força para continuar a luta!

Manindústria é uma “capa”

Com apenas dois dias de luta deu para termos a percepção da importância que a EDP dá à prestação de serviços que executamos continuadamente há muitos anos.

É de facto uma prestação de serviços que só é importante mesmo do ponto de vista do trabalho que aparece feito, muitas vezes em condições de salubridade deficientes. Mas quanto à responsabilidade social, que é isso para a EDP.

Provado está também que a EDP, é o primeiro responsável pelo trabalho que executamos no dia-a-dia, todos os dias do ano. A figura da Manindústria aqui de pouco mais serve do que para pagar os salários de todos nós, depois de receber o que lhe é dado pela EDP, sempre aceite e depois utilizado como argumento para criar um quadro de precariedade cada vez mais acentuado.

Mas está também provado o nível de envolvimento da EDP em todo este processo, pela assunção das responsabilidades pelos equipamentos que normalmente conduzimos, ao substituir trabalhadores em Greve (ilegalmente), pelos trabalhadores de uma das suas empresas.

De facto esta luta só existiu porque desde Outubro do ano passado que nos são devidas actualizações salariais, sem que EDP e Manindústria tenham demonstrado na prática qualquer vontade em rever efectivamente os salários, demonstrando desprezo pelos trabalhadores.

Independentemente de sermos trabalhadores precários, disponibilizámo-nos desde o início da greve para assumir a responsabilidade das instalações e garantir a sua segurança como todos os dias. Mas, a resposta foi a arrogância, provocação, afronta e total desrespeito, onde até o recurso a trabalhadores da Efacec foi também utilizado para contornar seguranças dos equipamentos, o que, conjuntamente com a situação acima referida, levou à solicitação da intervenção dos serviços da ACT/ Beja que esteve no local e constatou os factos, aguardando-se os resultados.

Não pretendíamos, como erradamente foi aflorado por alguns responsáveis da EDP no local, parar a Central e muito menos pôr em risco a segurança de equipamentos e pessoas.

O que queríamos - e queremos - é respeito, condições dignas de trabalho e salários condicentes com o custo de vida.

As empresas envolvidas neste negócio - e não se pode falar apenas em quem detém os contratos com os trabalhadores - têm condições para satisfazer as nossas reivindicações e só não o fazem para manter a precariedade laboral obtendo daí uma parte dos seus chorudos dividendos. Nós prometemos que VAMOS CONTINUAR A LUTAR por salários dignos que nos são devidos deste Outubro de 2008.

Estamos unidos e dispostos a não abdicar do que temos direito. A EDP não pode ser um mero símbolo na entrada da Central e quem se apropria da riqueza criada e depois esconder-se atrás de terceiros. Tem de olhar para a situação, ter uma palavra e, principalmente, agir!

Sines, 16 de Março de 2009
A Direcção

Direito de Resposta

Antes de mais, quero dizer que me foi pedido pelo Bráz para colocar posts pequenos, mas caro amigo Bráz, este post será grande, pois assiste-me o direito de resposta e não o sei fazer em pouco espaço. Depois fica ao teu critério mantê-lo ou apagá-lo.

Num comentário ao post "A Crise Real", foi dito que "Luis, nós desculpamos-te ainda és muito novo ,ainda não comes-te o pão que o diabo amassou, como alguém já aqui disse és um sortudo" . Pois bem, o Sr(a). Anónimo(a) que o escreveu não me conhece, não faz ideia do meu passado nem conhece as dificuldades pelas quais possa ou não ter passado para estar hoje onde estou.

Num comentário ao post "Portugueses foram principal mercado em Janeiro da hotelaria nos Pólos Turísticos", foi dito pelo Sr. Blogmaníaco que "Só porque nasceste com o cu virado para a lua, não tens o direito de julgar os outros pela tua bitola. Pelo teu discurso até parece que nunca te faltou nada (ainda bem, para ti), provavelmente és filho de algum director das grandes fábricas da zona, ou se calhar ainda é novo e não sabes o que dizes(...)". Sr. Blogmaníaco, nasci num berço igual à maioria dos portugueses, como disse anteriormente o Sr. não me conhece para saber se alguma vez me faltou alguma coisa ou não, mas posso dizer-lhe que provavelmente me faltou mais do que à maioria dos jovens de hoje em dia. Quanto a ser filho de um Director, não era mal pensado, mas mais uma vez engana-se. Sou filho de um homem que lutou a vida toda para dar o necessário aos seus filhos para viverem condignamente, e para que tal sucedesse, estava 10 meses por ano longe de casa, sem ter o privilégio que a maioria tem de ver os filhos crescerem. Por isso, se quer julgar alguém, julgue-se a si próprio.

Quanto ao facto de me dizerem que por ser muito jovem não tenho opiniões consistentes, que não conheço a realidade, que falo de barriga cheia, a todos eles devo dizer que se hoje estou onde estou, se tenho o emprego que tenho, se posso pagar uma casa para viver, se posso ter um automóvel para me deslocar, é porque todos os dias me esforço para ser cada vez melhor, e que também "queimei as pestanas enquanto muitos andavam nas discotecas", tal como o filho de um Sr. Anónimo que comentou "A Crise Real".
Fiz o meu curso do princípio ao fim, com uma média bastante boa, para poder concorrer a um emprego numa das melhores empresas da Zona. Não tive nem tenho padrinhos em cargos de relevância em nenhuma dessas empresas, por isso, se lá estou, deve-se apenas a mérito próprio e ao trabalho efectuado no dia a dia.

Caro Bráz, perdoa-me este desabafo, mas senti que era meu dever clarificar as coisas. Terei todo o gosto em conversar seja com quem for, em discutir opiniões sobre os mais variados assuntos, mas não vou permitir que isso sirva de desculpa para se intrometerem na minha vida, nem que para isso tenha de deixar de fazer parte da equipa de colaboradores deste blog.