terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Jackpot

Ao abrigo do Programa de Regularização Extraordinária de Dívidas do Estado às Câmaras de Sines e Santiago do Cacém vão receber de Sines e Santiago do Cacém vão receber um montante de 11,325 milhões de euros e 4,130 milhões de euros, respectivamente.
Os montantes atribuídos no âmbito deste programa não poderão financiar novos investimentos, trata-se de uma operação financeira que permite transformar a dívida a fornecedores em dívida à Banca (que aceitar financiar a operação) e ao Estado.


Mantenho a opinião publicada em 20 de Janeiro. Para bem de Sines e, particularmente, dos fornecedores da autarquia regozijo-me com a aprovação da candidatura, pois permite pagar as dividas, muitas das quais a pequenas empresas locais e injectar liquidez no mercado.
Contudo não será negligenciável nas contas municipais os encargos financeiros desta operação, isto se a autarquia conseguir contratar 60% do montante aprovado junto da Banca.
Em relação aos 40% remanescentes, a juro zero financiado pelo Estado - através da emissão de divida pública - seremos mais uma vez nós contribuintes, a pagar a má gestão, neste caso das autarquias. E que dizer das autarquias cumpridoras com o pagamento a fornecedoras. Continuamos a beneficiar a falta de rigor e a ignorar quem cumpre, triste sina a nossa.

5 comentários:

Anónimo disse...

O Contribuinte paga sempre! Em ano de eleições, paga muito mais! Porquê agora este avale ás autarquias?! Afinal há ou não dinheiro?

Anónimo disse...

É claro que a má gestão vai sempre cair no contribuinte e vai hipotecar a resolução de obras prioritárias e importantes sobretudo quando a gestão de uma câmara é centrada em obras de regime, vulgo elefantes brancos, completamente descontextualizados da realidade social local na linha do que se fazia no tempo do Estado Novo numa orientação política que também tem alguns traços de uma conduta governativa onde também se desenvolve um pouco o culto da personalidade.

Bruno Leal disse...

Forasteiro, se há dinheiro? Aqui em Lisboa, nunca houve tantos maseratis e aston martin´s a circular nas ruas esburacadas! Dinheiro é o que não falta para ai, é pena é ir sempre parar às pessoas erradas...

Anónimo disse...

Normalmente nestas crises nota-se que os produtos de luxo são os que menos sofrem. Isto pode querer dizer alguma coisa. Penso que não pudemos dizer que o dinheiro vá parar sempre às mãos erradas, porque dá a entender que desde que fosse parar a outras mãos já estaria bem. Eu diria antes que é pena não haver outra distribuição desse dinheiro, capaz de beneficiar mais pessoas. No fundo aumentar o poder de compra da chamada classe média, porque um país sem uma grande classe média não é um país desenvolvido. Se repararem qualquer país mais de direita ou de esquerda, se não tem uma classe média forte é sempre sinal que existe um pequeno grupo que vive majestosamente, para depois a grande parte da população viver na miséria.
LR

Anónimo disse...

Crise, qual crise e para quem?
Um dado recente:
Só em prémios, o patrão da edp recebe por dia mais de mil e quatrocentos euros.
Falta juntar aqui o salário...
Coitado do homem quem está em crise e deve ter salários em atraso.
E da Galp? E da PT?, E da TAP, e da CP? e....?
É que os numeros vão aparecendo e vai-se sabendo onde anda o dinheiro.
Para uns não terem, outros terão que o ter "aos camiões"