quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Autarquia vs Associação de Comércio

Na sequência do meu 1º post na Estação, sobre a indigente noite de Sines, houve quem em jeito de comentário, argumentasse que a principal responsabilidade do estado de coisas, seria da Associação de Comércio de Sines. É estranho este ponto de vista, uma vez que na minha opinião e julgo que aliás, na opinião da generalidade das pessoas, cabe à Autarquia desenvolver infraestruturas, garantir a segurança, incentivar investimentos e dialogar com Associações Civis de modo a obter aquilo que visiona para uma determinada zona da cidade. Há quem todavia veja o mundo de pernas para o ar e ache que deveria partir da Associação de comércio, ou seja dos comerciantes, a iniciativa de investir num espaço degradado, inseguro, sem acessos e sem estacionamentos, de modo a poderem exigir posteriormente à Autarquia os respectivos melhoramentos da zona em questão. Exemplos não faltam, de quem tenha investido naquela zona, mas sempre sem sucesso. Bem sei que a Câmara pode esbanjar dinheiro, sem olhar a meios, que pode realizar obras faraónicas sem estudos geológicos que as suportem, basta para isso não pagar a quem as faça, ou aumentar ainda mais o passivo já de si escandaloso, mas os comerciantes duvido muito que possam enveredar por tais caminhos. Os riscos para um investidor são calculados ao pormenor, podendo basear-se, é verdade, em previsões, mas julgo que ninguém preveja que os nossos governantes locais possam mudar substancialmente nos próximos anos e por consequência, também ninguém prevê que naquela zona valha a pena investir.
Por raciocínio lógico, até porque em promessas de políticos, apenas os ingénuos acreditam, caberá à Câmara e ao seu executivo, que governa Sines desde o 25 de Abril, efectuar as medidas necessárias para que os comerciantes cheguem à conclusão de que vale a pena correr o risco de investir na zona histórica.
Para confirmar esta minha certeza, basta apenas apresentar como exemplo o que aconteceu na Rua António Aleixo, na qual de uma Fábrica de peixe abandonada nasceu a principal zona comercial de Sines , pela ordem de ideias que julgo ser a correcta, implementação de infraestruturas e condições de segurança que automaticamente serviram de chamariz a novos investidores.

38 comentários:

Anónimo disse...

Claro, braz.
Enquanto não houver uma intervenção profunda de requalificação urbana do centro histórico não vale a pena os comerciantes investirem. Mas a associação comercial também tem que ser mais proactiva, e sobre isso penso que tem estado demasiado passiva na defesa dos interesses dos comerciantes. Aliás, comerciantes, moradores e autarquia devem estar lado a lado em qualquer projecto no centro histórico. São todos parte interessada em que as coisas mudem rapidamente. Infelizmente não acredito que alguma coisa se altere nos próximos tempos. A não ser que venha por aí algum candidato autárquico que faça o que estes não fizerem em 4 décadas de poder e cujo resultado dessa ausência de políticas efectivas está aqui bem à vista de todos.

Anónimo disse...

Só uma rectificação. Deve dirigir o comentário ao Bruno Leal, autor do post e não a mim.

António Braz

Anónimo disse...

Caro Bruno,
custa-me um pouco a sua posição totalmente paternalista em relação á sociedade civil, como se não existisse mais mundo para além da câmara.
Eu que vejo o mundo de pernas para o ar, já passei longas noites no BAIRRO ALTO, que para sua informação não surgiu de nenhum esforço propíciador da CM Lisboa, mas sim dos comerciantes Lisboetas que "expulsaram" daquela zona, AINDA HOJE DEGRADADA de Lisboa, os bebêdos que postulavam em antigas tabernas.
Isto demonstra que não é por uma zona necessitar de requalificação, que o investimento privado não "pega", mas sim porque este investimento é mal feito.
Fala que em Sines já vários comerciantes investiram na zona e nada funcionou, concluindo que falhou devido á CMS. Olhe desculpe mas o ódio não nos deve toldar a razão. Esses investimentos falharam porque o conceito do investimento era desadequado para o público-alvo e porque é bastante mais difícil criar uma zona nocturna onde só existem 2 ou 3 bares salteados (´daí a necessidade do planeamento e coordenação das ofertas dos comerciantes). Ou acha que al´guém vêm de ST André ou STiago por causa de 2 ou 3 barzecos.

Quanto á segurança meu caro, é absurdo dizer que as pessoas não saem á noite devido á sua falta. Em primeiro lugar porque quem sai á noite , maioritáriamente são os jovens...jovens esses que em Lisboa não deixam de ir ao Bairro Alto apesar dos HOMiCÍDIOS que frequentemente lá ocorrem (falo do que sei)...não somos todos uns meninos. A insegurança na zona histórica justifica-se porque não existe ninguêm na rua á noite. Porquê? porque não existem bares. Se houvesse "noite" nessa zona de certeza que a segurança subiria. E mais, a polícia incrementaria a sua actuação na Baixa....pela simples razão de que haveria alguma coisa para POlÍCIAR.

Como disse no meu comentário anterior é óbvio que a zona necessita de requalificação e que isso pode ser assacado á CMS...mas isso não desculpa a modorra em que vive a Ass.Comercial de Sines.Diz que que a CMS devia promover a ASS. Comercial, está certíssimo. Agora alguém acredita que a CMS não o faz??? Acha que o Centro Artes e o Museu de Sines é o quê??? O problema é que os comerciantes querem o lucro mas não querem gastar tusto. Que pague o contribuinte.Acha que deve ser o dinheiro dos meus impostos a pagar a decoração de interiores de um bar???? Ainda por cima como se os comerciantes não fossem prodígios em não passar facturas e em não pagarem impostos.


Tipos de opinões publicadas como a sua em nada ajudam para resolver o problema. Um dos problemas em Portugal é que se chove muito o estado paga, se há seca o estado paga, o estado paga sempre. Isto era tudo muito bonito quando era a UE a pagar, o problema meu caro é que agora somos nós...e eu por mim não alimento comerciantes oportunistas.



PS: se calhar você não tem mais nada que fazer com os seus IMPOSTOS do que estar a ALIMENTAR os COMERCIANTES de SINES... agora eu prefiro que o meu dinheiro seja gasto em bons serviço municipais , boas escolas, espaços verdes...
Os comerciantes já ganham o suficiente com a CMS no FMM sem dispenderem um chavo...A CMS não tem obrigação de pagar a incompetência dos comerciantes e eu também não.



Bruno Vieira

Anónimo disse...

De facto o principal problema do nosso centro histórico reside na falta de iniciativa privada, associada à ausência de "massa critica" – os novos moradores de centros históricos.
Em minha opinião a regeneração do centro histórico de Sines passa pelo seguinte:
1. Captar novos residentes para o centro histórico (empresas e particulares já começaram a recuperar casas no centro histórico) e esta primeira condição é essencial, isto porque o comércio não funciona sem procura, e se não houver residentes no centro histórico não há procura, sempre assim foi, até porque, o esvaziamento do centro histórico de Sines, e tantos outros se bem me lembro, deu-se devido à alteração do modo de vida das pessoas, que adoptaram um modo de vida com características mais urbanas, da vida no prédio, das compras nos hipermercados, do jardim para passear o filhote pequeno e o cão ... e assim o comércio foi-se dissipando e como foi dito, deslocalizou-se para áreas mais residenciais - Rua António Aleixo ...;

2. Iniciativa privada que proporcione investimentos de qualidade e/ou comércio também ele regenerado, porque não basta recuperar casas, têm igualmente de ser recuperadas as "mentes" das pessoas/comerciantes, adaptadas às novas necessidades de consumo dos futuros habitantes do centros histórico, digo futuros, porque penso que este processo ainda possa demorar algum tempo;

3. A Autarquia e entidades locais, devem também estimular a vivência no centro histórico, através da localização de equipamentos de qualidade, como é o centro de artes, a escola de musica, equipamentos que fixam massa critica, fixam pessoas com as características de novos habitantes do centro histórico.

Quando estas condições estiverem reunidas, penso que voltaremos a ter um centro histórico com vida, com pessoas, com comércio e com noite ... sem as queixas de barulho, sem medos …até lá.

Bruno Leal disse...

Caro Bruno,
De paternalista nada tenho. Comecemos pelo Bairro Alto, que define como uma "zona ainda degradada de onde os comerciantes expulsaram os bêbados que postulavam em tabernas", desconhece no entanto que o Bairro Alto sempre se caracterizou por albergar sedes de jornais e ser residência de intelectuais e artistas. Nos últimos dez anos no entanto virou moda, perdendo a zona de Santos com isso, mas aqui em Lisboa essas modas, não são controladas por nenhuma Associação, mas sim por indíviduos que depois arrastam outros, de qualquer forma o Bairro irá perder a sua força, julgo aliás que já a começou a perder ao se ter tornado demasiado comercial.
Mas falemos de sines e da CMS da qual me acusa de ter ódio, não sei se será ódio, mas de facto da sua governação não tenho muita boa opinião. Quanto à falta de visão que diz que esses investidores tiveram, acha então que uma loja de souvenirs tradicionais e uma loja gourmet não se enquadram na zona? Não sou da mesma opinião.
Diz também não acreditar que os jovens não saiam à noite devido à insegurança que se vive, eu também acho e aí concordamos que é apenas devido à falta de ofertas, o que no fundo reforça aquilo que defendo. O que não defendo é que não se policie uma zona por não haver nada para policiar, mas aí resíde a nossa principal diferença.
Eu também sou contra a subsidio-dependência, mas esse é um mal que assola cada vez mais Sines e como sabe, apenas os amigos e compadres dela beneficiam, inúmeros exemplos disso encontramos... Em relação à decoração de bares serem pagas pela CMS, concordo inteiramente consigo, garanto-lhe no entanto que se fosse eu a pretender abrir um Bar em Sines, nem um cêntimo me iria calhar da CMS e dúvido aliás que me facilitassem a vida, se é que bem entende... Também sou contra o imobilismo e repugno o conformismo, mas esse conformismo, que no fundo é aquele que reflecte o estado de espirito da maioria da população de Sines, tem dado imenso jeito à CMS, permitindo-lhes ficar por lá mais tempo do que aquilo que de facto mereciam.
Refere também que o Centro de Artes e o Museu de Sines são um incentivo ao comércio, concordo consigo apesar de ser contra essa obra faraónica do Centro de Artes, que levou e continua a levar os nossos impostos de forma escandalosa, bem como todos os tachos que a Câmara à custa desses mesmos impostos lá vai arranjando.
Quanto à Associação de Comércio se ela padece de facto desse mal, quem poderá fazer algo para os fazer mudar essa forma de estar? Caro Bruno, se não há diálogo entre Associação de Comércio e CMS, a responsabilidade, como cidadão que sou, apenas a atribuo à CMS, uma vez que não sou sócio da Associação de Comércio nem lhe conheço o Presidente e julgo não caber ao povo o estimular do diálogo e a obtenção da desejada concertação entre essas duas entidades. Quanto aos meus impostos, eu também preferia que fossem gastos em bons serviços e espaços verdes, mas isso não acontece não é? Bebemos água contaminada, as estradas são a vergonha que se vê, e por ai adiante. Quanto às escolas, julgo em grande parte serem investimentos do Estado e não da Autarquia, apesar de alguns fazerem propaganda nesse sentido.
De qualquer forma a discussão sobre este tipo de assuntos é sempre salutar e se o ofendí com a expressão de ver o mundo de pernas para o ar, devo dizer que não era essa a minha intenção.

Anónimo disse...

Realmente este Bruno, tem cá uma "carola"!
Que espetáculo de rapaz!
Em terra de cegos...

Anónimo disse...

Caro Bruno,
claro que não me ofendeu, não tenho uma alma assim tão sensivel. O meu gosto é pela discusão de ideias e de propostas de frescas .O resto...o resto é o resto.
Então voltemos á vaca fria.
Quando dei o exemplo do Bairro Alto era apenas com o objectivo de provar que a "desculpa" da degradação do parque imobiliário, não é por si a causa de insucesso comercial.
Quando diz que o Bairro foi a sede de vários jornais e intelectuais está certo, mas também lhe devo dizer que até aos anos 80 a oferta nocturna na zona era semelhante á de muitas outras da cidade (meia dúzia de casas de fado e tascas), não sendo o seu público nocturno o mesmo que durante o dia por lá trabalhava. Só nos anos 80, os comerciantes perceberam o subaproveitamento do espaço e SIM ORGANIZARAM-SE de modo a terem uma resposta estruturada e adequada á nova dinâmica instalada (apesar da degradação da zona). AH e SIM INVESTIRAM o que também é importante.

Quando afirma que na zona histórica foi aberto uma loja gourmet e de souvennirs e que não resultaram, deixe-me que lhe diga que na minha opinião isto se deve ao facto de a zona não ter uma oferta comercial coerente. Será que esta zona é conhecida por ter boas lojas gourmet, artesanato, bons restaurants, bares, cafés? Resposta: NÃO. É verdade existem alguns espaços de qualidade na zona, mas encontram-se em larga minoria...80% dos espaços são sapatarias, lojas de roupa, cafés manhosos, and so on. Se você puser a loja mais avant-garde do mundo no meio do "deserto" é óbvio que as possilidades de sucesso são reduzidas.
Daí a necessidade de existir um tipo de reposta comercial COERENTE com poder de atracção turístico.

Quanto á falta de diálogo entre CMS e Associação Comercial, cuja responsabilidade imputa á CMS,deixe -me que lhe diga que não sei quem é o culpado pela tal ausência. Mas o facto de nem eu nem você sabermos o nome do Presidente da ASS. deve dar uma ajuda, não?
Com a agravante dos maiores interessados neste assunto serem um grupo de Comerciantes, da qual não se conhece nenhuma posição (excepto a que este ano foi pior que o ano passado e ano que vem vai ser ainda pior). Para mim isto é que é chocante pois o objectivo disto tudo é trazer mais dinheiro para a cidade, aumentar o lucro dos nossos empreendedores comerciantes e não nenhuma demanda onírica. Se os maiores interresados não se mexem...
Mas diz que não é sócio da ASS. Comercial e como tal não os pode responsabilizar pela sua inércia. Aqui estamos em desacordo, pode naõ ser sócio mas é utente e se se encontra descontente com a sua actuação, pode acusá-los pelo estado das COISAS e até promover a mudança no sector.E que tal incentivar/desafiar um Comerciante de resultados comprovados e ideias frescas para o cargo? Existem vários.


Quanto ás suas referências ao papel da CMS no questão, só concordo com a falha na regeneração da zona, o resto no meu ponto de vista cabe aos comerciantes.

Ps: existem com certeza várias falhas e erros na CMS(ex: lote ST. Catarina), apenas não acho que todos os males do mundo tenham em si origem. Pelo menos em termos de visão estratégica para a cidade a CMS apresenta respostas de qualidade, como prova o recém aprovado PDM da cidade.
Mas julgo importante uma postura mais reinvindicativa e exigente em relação a CMS, mas também em relação ás empresas da zona, aos comerciantes e aos cidadãos. Ninguém deve ser desresponsabilizado ou ter nos seus ombros o peso de pecados que naõ são seus.

Bruno Vieira

Anónimo disse...

Ao centro histórico tem que estar associado o comércio tradicional, de proximidade, e aí encaixa a tal loja gourmet que o Bruno defende, artesanato, produtos locais, souvenirs, bares, restaurantes, pastelarias, livrarias, tertúlias, cafés-concerto, lançamento de livros, provas de vinhos, etc, etc. É evidente e não podemos esquecer a animação de rua, que serve também de chamariz e para dar vida ao centro histórico. Há nisso uma boa dose de responsabilidade a dividir entre a câmara a associação comercial. Uns com a responsabilidade de zelar pelo espaço público, tornando-o mais atractivo, e outros com os espaços comerciais. Mas sem vida nestas casas, de população envelhecida porque nas últimas décadas há um evidente esvaziamento populacional, que se transferiu para outras zonas urbanizadas, é impossível dar vida a algo que está às portas da morte por doença terminal. Ora aí também cabe à câmara definir incentivos para chamar novos moradores, sobretudo jovens. Se a câmara e a associação comercial cumprirem as suas responsabilidades, tudo bem. Se não fizerem nada, como não têm feito, não mudará nada e vamos continuar a ver um centro histórico morto e apenas povoado por fantasmas e os habituais figurões mal encarados.

Anónimo disse...

Bem, queria só esclarecer num ponto o caro Bruno, não o responsável pelo post mas sim o que fez o comentário. Se disse que conhecia a realidade do Bairro Alto então deve saber que há cerca de 10 anos o número de pessoas que deambulavam por aquelas ruas não é de todo o mesmo que hoje em dia por lá anda. De facto começou a haver muita oferta (que continua a crescer) mas porque há clientes para que o negócio seja lucrativo. Primeiro vieram os numerosos clientes e só depois é que começou a haver mais comércio e não ao contrário.
Mas agora vou-lhe explicar a razão disso ter acontecido. Por acaso até foi devido à actuação da CML, sendo o seu responsável na altura o Pedro Santana Lopes (quero apenas fazer notar que é político a quem não dou credibilidade nenhuma)que tomou muitas iniciativas que proporcionaram o sucesso que é hoje o Bairro Alto. Sendo o Bruno um conhecedor do Bairro Alto deverá portanto lembrar-se que umas das suas medidas foi aumentar e muito o policiamento, com carrinhas de 9 polícias a passar constantemente pelas ruas e ainda antes disso outra medida foi fechar as ruas ao trânsito e um aumento de iniciativas lúdicas naquela zona. Portanto não foi obra do acaso, pelos vistos a CML conseguiu dinamizar aquela zona porque o quis. Por acaso acho que o actual executivo da Câmara Municipal de Sines tem tentado dinamizar um pouco mais a vida cultural de Sines do que os anteriores executivos, mas não chega e concordo que de facto se olha a cores partidárias (basta constatar quem são os responsáveis dos bares que "aguentam").
Na minha opinião o mal foi a população de Sines ter perdido o hábito de sair à noite, passear (pelos nossos magníficos jardins), fazer programas culturais, ir ao cinema (mesmos nos anos em que não o tinhamos)...Ora, a população foi "forçada" a perder esses hábitos, como é óbvio não é de um dia para o outro que se consegue mudá-los. Há que melhorar e muito, como?? Não sei, se eu estivesse na Câmara talvez pensasse um pouco mais, agora não tenho paciência...
Talvez um dia...

Anónimo disse...

Conheço a realidade do B. Alto tão bem ou mal como qualquer pessoa que habitou em Lisboa desde 98 e que sempre frequentou o espaço. Tem razão nos últimos 10 anos o Bairro mudou...massificou-se, desintelectualizou-se. O novo Bairro agora é a Bica e o Cais do Sodré. Mas o Bairro já era um dos pontos altos da noite á mais de 20 anos e era o que deu origem ao fenómeno que estava a discutir.Seguindo o binómio degradação urbanistica / Diversão nocturna, tentei provar que a razão da morte do comércio na zona histórica não é a degradação dos espaço imobiliário.
Também concordo com um comentário que culpabiliza a CMS pela ausência de habitantes na baixa, (sendo que alguns imóveis são privados, a CMS devia tomar acções mais coercivas face a proprietários com prédios devolutos), pondo em ressalva que o investimento é de muitas dezenas de milhões de euros e sendo assim não é fácil nem imediata a intervenção. Esta ausência de habitantes é responsável pela falta de vida na baixa, mas não pela morte do comércio (pelo menos totalmente). Pois julgo que a Zona histórica deve ter na sua maioria um tipo de comércio nobre (e não totalmente residêncial), devendo exercer um poder de atracção em toda cidade. No entanto concordo com o facto de a existência VIDA na baixa poderia ajudar um pouco á solução da problemática, mas a existências de ofertas comerciais valiosas ajudaria bastante mais.

Bruno Vieira

Anónimo disse...

Não creio ser correcto estabelecer analogias entre o centro histórico de Sines e o Bairro Alto, em Lisboa. São realidades muito diferentes, quase sem pontos comuns. São dinâmicas tão diferentes, que não podem ter soluções semelhantes. De resto, quem conhece a realidade do Bairro Alto sabe bem a sua degradação urbana, as casas a cair de podre (a maior parte nem instalações sanitárias tem), o problema grave dos graffitis, o vandalismo, a falta de sossego e descanso dos moradores, as ruas fechadas ao trânsito que tanta constestação têm levantado dos comerciantes, etc. Em termos de segurança, é evidente que melhorou comparativamente há uns anos atrás. Mas urbanísticamente continua uma lástima. A realidade do centro histórico de Sines, é bem diferente. E como tal tem que ter respostas adequadas do poder político. Sines precisa de um mini-polis para o centro histórico e envolvente. Mas confesso o meu descrédito por este executivo, depois de ver a falésia com aquele mamarracho de gosto muito duvidoso e que não faz qualquer sentido naquele lugar. Quem permite uma obra daquelas, não me merece qualquer crédito nem esperança para fazer no centro histórico as mudanças que se impõem. Lamento muito dizê-lo.

Anónimo disse...

É hoje bastante claro que o centro histórico de Sines não tem vocação puramente comercial. Ao contrário de alguns comentários, a culpa não é da Câmara ou da associação de comerciantes. É de todos nós que os elegemos, compramos nas lojas, passeamos pelas suas ruas. Mas também é da Câmara porque nunca soube resolver um problema de difícil resolução. É da associação porque é corporativista e s´pensa nos associados. É dos comerciantes porque não quiseram aderir ao Urbecom, não cuidam das suas lojas, vendem os produtos muito mais caros e deixam o lixo à porta. É dos habitantes do centro histórico e dos bares. É de tudo. Agora...soluções. Querem-se soluções. Queremos mais bares. Óptimo! E como compatibilizamos com as pessoas que têm direito ao descanso? Queremos carros nas ruas. Mas os centros históricos foram construidos numa época em que nem se imaginavam que iriam haver carros. Queremos mais policiamento. E depois vem as reclamações que estes gajos só aparecem para importunar o gajo de copo na mão na rua. Queremos tudo mas nunca pensamos nas suas consequências. Propõem-se coisas como se fosse o Natal e num acto de magia aparecia feito. Este é um trabalho não a 1 ano mas a 10 ou a 20. É um trabalho que todos nós temos que nos envolver. E esqueçam a porcaria da política. O MC não é culpado de tudo. Nas cidades os problemas não aparecem nos últimos 10 anos. Aparecem nos últimos 100. Só que para alguns dá mais jeito acusar do que propôr. E eu, como munícipe de Sines, tenho direito a uma cidade melhor. Para isso lanço o repto. Que propostas sérias, coerentes e sem demagogias propunham? Quanto isso custa? Quais as suas implicações ou consequências nas nossas vidas? Que impacto tem na qualidade de vida urbana?

Anónimo disse...

Que grande comentário. Deveria virar post.

Bruno Leal disse...

Caro penúltimo anónimo, que diz que aqueles que pedem policia se queixam depois que eles só incomodam e que diz que as coisas não se resolvem num ano, mas em em 10 ou 20, sabe por acaso há quantos anos está esse grande Autarca Coelho e os seus amigos à frente da Câmara? Desde sempre não é? Quanto à policia não vou comentar... Propor? Ainda por cima com o preço? Meu caro, sou apenas um jovem em inicio de carreira num País como Portugal e acho que isso diz tudo. Não me pagam para propor, nem tenho um qualquer tacho em que se saia às 17h para depois fazer contas desse tipo, já bastam as que faço ao meu bolso. Mas não se preocupe há sempre tempo para surgirem umas ideias, julgo que mesmo em part-time seria bem mais produtivo que muito boa gente. Mas concordo consigo, mas será aos partidos que terá de perguntar isso, aos candidatos que possam eventualmente surgir. Era só o que faltava que para se criticar seja preciso agora apresentar preços, dados e estudos de mercado.

Anónimo disse...

Depois de ler o ultimo comentário do Bruno Leal, lembrei-me daquele cromo, "o Chato" dos Contemporaneos, que passa na RTP1.
O personagem costuma dizer:
- Tu queres é aparecer! Vai mas é trabalhar! Faz qualquer coisa de util à sociedade!

Anónimo disse...

Bruno, então apenas tens consciência que algo está mal. Se está mal não sabes onde podes melhorar. Ninguém te pediu um projecto. Agora, dizer que não é competência tua propor o que seja estás a ser pior que alguns funcionários públicos. Estás a negar a tua própria cidadania.

Bruno Leal disse...

Caros discordantes, julgo ser fácil de aferir da minha antipatia relativamente a Manuel coelho, xico Pacheco e todos os comunistas que nos desgovernam desde o 25 de Abril. Poderei dar ideias e de facto tenho-as, mas nunca o farei num blog público onde poderão ser utilizadas por pessoas que pura e simplesmente já provaram que não as conseguem ter. A pessoas como as que governam Sines nunca irei dar uma mãozinha propondo ideias. Essa ideia de que um cidadão não pode criticar sem propor ideias é absurda. Depois de décadas a prejudicar pessoas individuais e com isso até colectividades e associações públicas acha que a Câmara e o seu executivo tem moral para pedir ideias a alguém senão àqueles a quem sempre beneficiou, a quem sempre arranjou tachos? Peçam a esses e vivam no deserto de ideias que daí sairão. Eu por mim, aguardo até haver um candidato que valha a pena apoiar e nessa altura disponibilizar-me-ei para ajudar no que me for solicitado. Até lá, já sei que ao criticar, vou ser criticado por aqueles que por não terem ideias e acharem que não é possível, me vão criticar porque no fundo apenas temem que haja alguém melhor do que eles...

Anónimo disse...

E agora Bruno? Como estamos de ideias? Um "bluff!
Quando és um "cadito " apertado, as ideias "esfumam-se", tornam-se evasivas, os partidos é que têm que dar respostas, etc, blá, blá, blá!
Estou como um anónimo acima disse e parabéns a ele pelo analogismo ao o outro.
" O que tu queres é aparecer"
"VAIMAZÉ TRABALHAR ÓHHHH"

Anónimo disse...

Bruno Leal,

dupla coragem. a de quem te convida, mas principalmente a tua de aceitares o convite identificando-te. Já saberias que na ditadurazinha de Sines quem critica é ofendido, não criticado e tão fácil não te identificares se pretendesses.
Fazes parte de uma geração que não se revê no que se passa nesta terra, mas ao contrário de muito, continua preocupado com Sines, ainda bem.

amorais disse...

No antigo largo dos Correios na zona histórica existe um pequeno parque de estacionamento que está sempre ocupado com viaturas pertencentes aos proprietários e empregados do comécio da zona impedindo que os possíveis clientes possam estacionar temporáriamente e fazer compras no local.Pede-se a estas pessoas para o seu própio bem e dos seus negócios que estacionem as viaturas noutro local dando espaço aos possíveis clientes que passam e não param por não ter sítio para parar dentro da legalidade rodoviária.

Anónimo disse...

Grande Bruno, não te deixes atemorizar por quem te quer meter uma mordaça, Já basta a nós, que ligados e dependentes desta terra, pouca ou nenhuma voz temos sob pena de represálias. São mais vozes como a tua, desassmobrada e destimada (como também o dono deste blog) que vão arejando esta terra de caciques, bufos e graxas.

Anónimo disse...

Uma Câmara Xuxialista em apuros:
Ver CM ou a Pedra.
http://www.correiomanha.pt/Noticia.aspx?channelid=00000228-0000-0000-0000-000000000228&contentid=D1EAB548-45F6-427A-BE41-DDA4FE3CEAD0

Anónimo disse...

Caro Bruno,
o facto de dizer que tem soluções mas não as apresentar demonstra um enorme respeito e preocupação pelo bem estar dos Sineenses. Pôr condições á partilha das suas pérolas (que de tão secretas imagino serem revolucionárias), á custa da manutenção /agravamento dos problemas da cidade só pode de ser considerada uma atitude louvável.

O facto de para si apenas existir a CM demonstra um enorme desprezo e paternalismo reaccionário em relação aos Sineenses, que na sua óptica são vitimas de um polvo comunista. Sim a sociedade civil bons , os comunas maus. Deve ser muito feliz vivendo num mundo tão maniqueista, um mundo tão a preto e branco.

Para mim existem vários actores na sociedade sineense, desde aos trabalhadores fábris , aos comerciantes, os idosos, as crianças e claro a CM. Todos têm interesses próprios que muitas vezes são diferentes e entram em choque.
Todos são parte dos PROBLEMAS e todos são parte nas SOLUÇÕES.


Deixe-me tentar fazer uma sumula das suas ideias.
Os problemas: A CMS é responsável pela degradação da baixa, falta de comércio de qualidade, falta de qualidade da água, desemprego na cidade, insegurança, and so on.

As soluções: quando alguém de sua eleição chegar ao poder, você saca da sua varinha mágica e desenrasca umas belas dezenas de milhões de contos e resolve todos os problemas de Sines em 4 anos. Só você, os seus amigos e a Câmara.

Só lhe posso desejar que ninguém se meta no caminho de tão valorosa cruzada, nem os interesses dos trabalhadores, nem dos comerciantes nem seja de quem for. Bem haja.

Presunção e água benta...


Ps: da minha parte apresentei soluções concretas (certas ou erradas não importa) para o problema em causa, seria importante que mais Sineenses dessem o seu input de soluções e não de problemas vistos por lentes a preto e branco...

Bruno Vieira

Bruno Leal disse...

Sabia que também há daltónicos? Incapazes de distinguir diferentes cores. Devo referir de qualquer forma, que não era em si que pensava quando me referi aos meus discordantes. Mas, confesso que estava na dúvida, permitiu-me perceber melhor a sua posição...

Anónimo disse...

Caro Bruno,
a minha posição julgo sempre foi clara. O facto de todos os males do mundo serem inputados á CMS para além de atrapalhar a credibilidade de quem faz as acusações, também prejudica a resolução dos problemas.

Se quiser "bater" na CMS tem bastantes razões,não precisa de força a nota.
Quer um tema? A aprovação do loteamento de St. Catarina e o "arranha-céus" na antiga estação rodoviária. Ambas obras dos Pidwell, ambos atentados urbanísticos. Porque não discutir a relação entre esta família e a Câmara? Porque é que eles têm tratamento de excepção pela CMS? Será que Sines também tem um Sócrates?
Eis um tema em que pode bater no M. Coelho á vontade,escusa de "puxar" mais pela imaginação.

Ah e quanto ao facto de você não ter apresentado soluções, desculpe mas eles têm razão. Dizer que a CMS tem de resolver tudo, é fácil de dizer. Já para não dizer que é um modo populista de discutir e de fazer política...

Bruno Vieira

Anónimo disse...

Este forasteio saiu-me cá uma prenda que só visto,oh comuna desempara a loja .Vai dar uma voltinha á estátua conta a até 3 faz um xixi e depois diz que foi cão.Já te conhecem bem , és daqueles que fala de barriguinha cheia , bom emprego , seguro , não há medo da crise ( isso é para os outros), só que politicamente escolhes-te o lado errado isto está a descambar.

PS: deixa lá assinar o comentário senão ele ainda me chama anónimo

El Chato

Anónimo disse...

Anónimos e não anónimos de certeza que são todos trabalhadores por conta de outrem.Nada tem de mal ,
preciso é ser competente, mas considerar que na generalidade(meter todo no mesmo saco) os comerciantes roubam,estão cheios "dele" não passam facturas é ignorância.!!!
Não se ter a mínima noção do que investir,criar postos de trabalho,gerir , com o seu próprio dinheiro é completamente diferente do que gerir com o dinheiro dos outros. Dar palpites sem nunca ter arriscado e sem o bom senso de antes de falar informar-se, melhor seria ficar calado.

ps.para não destoar da maioria sou mais um anónimo,mas sou Empresário na zona histórica de Sines (ou que dela resta) e falido.

Anónimo disse...

Bruno, quando dizes " A pessoas como as que governam Sines nunca irei dar uma mãozinha propondo ideias" estás a misturar tudo. Eu dou sempre as minhas ideias, independentemente de quem governa, porque acima de tudo está a minha terra. Os governantes estão de passagem mas a terra não tem meia dúzia de anos. Eu só quis discutir ideias. Quando propus os prós e os contra foi para dar origem a uma discussão saudável e profícua. Lojas gourmet concordo, mas recordo que já existiu uma e que nem um ano durou na Praça Tomés Ribeiro. Já que ninguém dá ideias (ou não as quer dar) proponho o seguinte: criação de uma rede de parques de estacionamento periféricos ao centro histórico, um ou dois no seu miolo. Os parques no exterior seriam gratuitos. Os parques seu interior (junto ao castelo e traseiras da CMS) seria taxados a um determinado valor. Em todas as ruas do centro histórico criava parquímetros (com senhas gratuitas para os residentes)cuja tarifa seria superior ao dos parques de estacionamento. Abria o parque de estacionamento do CAS e taxava-o a um valor inferior ao do castelo e traseiras da câmara (para incentivar a retirada de carros à superfície). Nivelava as principais ruas de transito (sem passeios ou faixa de rodagem) e criava formas de abrandamento da velocidade. Aceitam-se opiniões contrárias. A discussão pela discussão, sem politiquices nem palas.

Anónimo disse...

Com o título Centro Histórico, foi publicado primeiro no Noticias de Sines e depois aqui na Estação, o texto que se segue. Porque mantêm a actualidade, e se trata de mais um contributo para a discussão, não resisti:

"Em reunião de Câmara foi aprovado o projecto de Regulamento de Requalificação do Edificado do Núcleo Antigo de Sines.
O documento espelha uma manifesta vontade da autarquia, através da sua competência legisladora, de travar a degradação do centro histórico de Sines, induzindo a intervenção dos proprietários.
Institui benefícios fiscais para quem proceda à reabilitação dos edifícios, reforça os referidos benefícios com vista a estimular o arrendamento e penaliza quem não recuperar os prédios mais degradados, num prazo de um ano e incentiva a compra/venda desde que o comprador proceda a obras num prazo de 2 anos.
Independentemente das boas intenções, este documento é pouco ambicioso, pois não originará a recuperação de um número significativo de habitações, não devolverá os moradores ao Centro, logrando alcançar apenas uma maior colecta de impostos por parte da autarquia, não sendo este o objectivo que se pretende alcançar. Para além de que não contempla nenhum, mecanismo de salvaguarda, do agravamento de 50% do IMI, de quem por questões económicas não poderá manifestamente proceder às obras necessárias nem introduz benefícios para quem sempre manteve a sua habitação condigna. "Manter inalterado o documento apresentado é beneficiar quem não fez, penalizar quem não fizer (independente do motivo) e ignorar os cumpridores.
Sem dúvida que este documento merece uma reflexão, não tanto em relação às medidas em si, mas sobretudo sobre o objectivo mais vasto de que este documento é parte.
A revitalização do centro histórico depende da sua capacidade de atracção não apenas habitacional, mas principalmente como centro de encontro e de lazer da cidade, em que a requalificação habitacional é apenas uma parte, e nem será a mais importante. É necessário a reposição da circulação automóvel a partir do início da Rua Cândido dos Reis, criação de estacionamento cm cave ou altura, estimulação e incentivo a estabelecimentos comerciais, restauração, cafés, bares, esplanadas, alargamento dos horários de funcionamento nocturno e negociação da instalação de espaços âncora como serviços públicos, instituições bancárias, etc, doutro modo até podíamos ter um centro recuperado mas vazio.
A alavanca de revitalização do Centro Histórico já não será feita por via dos moradores e suas habitações, pois esses encontram no anel envolvente melhores preços e condições de habitabilidade. A melhoria do edificado do centro histórico terá que ser uma consequência da atracção da localização e dinamismo social deste.

Publicado no Noticias de Sines, em 09.09.2007

Anónimo disse...

El chato, el parvo, el ignorante, elxuxialista da treta,el...el muitas coisas que não há adjectivos no dicionário galego que ele possa perceber. Bater em ferro frio aquece só o martelo. Não vale a pena insistir com quadrúpedes!

PS: O comerciante falido tem toda a razão!

Anónimo disse...

Realmente o comerciante falido tem toda a razão... Foi o único que não apresentou soluções concretas para a zona em questão (apesar de ser o únic que lucrara com isso), mas tem razão.
Apenas se defendeu, dizendo que nem todos se esquecem de passar facturas, que eles é qe arriscam e os outros não sabem do que estão a falar ...blá blá blá.
Se a vida lhes corre assim tão bem não percebo porque é que estão falidos...
Já agora o que é que os comerciantes da zona histórica têm feito por para mudar o estado das COISAS, para além de pedincharem á CMS . Afinal o que é que a Ass. Comercial propõe para resolver o problema?

PS: Espero que não tenha sido apenas pedir subsidios á CMS e exigir a reabilitação da zona, já que vocês são tão empreendedores espero que tenham propostas autónomas que não incluam o dinheiro dos contribuintes.
Ah e já agora se o negócio não vos corre bem a culpa é vossa... Se está falido feche portas e dê espaço a quem tenha ideias e projectos novos... e parem de se queixar que aqui ninguém vos deve nada.


Bruno Vieira

Bruno Leal disse...

Porque não gosto de ser acusado de não ter ideias, deixo apenas algumas questões, que se respondem a si próprias. Porque é que o Centro de Artes tem um café no último piso? Porque é que esse café nunca abriu? Não seria melhor passá-lo para o R/C ao nível da rua, com esplanada? O café do Museu do Castelo está também fechado, porquê? Na zona entre o Centro de Artes e os antigos correios circulam carros, porquê? Faz algum sentido que numa terra tão pequena como Sines as pessoas queiram levar o carro para dentro do café? A Universidade da 3ª idade funciona na Escola Secundária, porquê? Porque não levá-la para o centro, para um centro cultural por exemplo? Do centro de Artes até aos Correios deveria ser uma zona de cafés e esplanadas, sem trânsito. Depois há também as coisas que já foram feitas e que são irremediáveis, como por exemplo a permissão da deslocalização da zona comercial de sines para a António Aleixo, bem como a abertura de inúmeros cafés naquela zona, bem como outras coisas que igualmente são irremediáveis, fruto da falta de visão da gente que governa Sines. Mas ainda vamos a tempo de criar uma dinâmica forte em Sines, de reavivar o Centro histórico, de abrir Sines ao Mundo não só durante uma semana mas durante todo o ano, basta para isso tirar de lá os incompetentes que por lá andam há demasiado tempo.

Anónimo disse...

Este "Bruno" tem cá cada ideia!...Sim "sinhor"!
Grandes ideias fazem os grandes homens, parabéns rapaz, vais longe!

Anónimo disse...

Bruno, penso que concordas comigo que o comentário do Forasteiro está ao nível do que nos habituou. Vamos ao que interessa. Concordo contigo quando falas da cafetaria do CAS e junto à casa preta. Concordo em relação à universidade sénior. O problema é arranjar um espaço adequado. Os antigos correios têm área suficiente? Em relação à pedonalização já não tenho tanta certeza. Os comerciantes não querem seguramente. Eu tenho dúvidas porque na ausência de carros e com o comércio a fechar cedo temos problemas de insegurança. Por outro lado, a rua do cinema ter esplanadas acho óptimo. Mas como se faz? Temos um problema legal que é os proprietários ou arrendatários escolherem livremente o seu negócio. Nós não temos economia planificada como nos antigos países do leste. Isto mexe com a propriedade privada e os comerciantes teriam direito a indeminizações caso fossem obrigados a mudar de ramo forçosamente. Depois Sines é ventosa e a rua é norte sul, logo desabrigada.
Eu prefiro outro conceito para as ruas que é misturar tudo e o automóvel é que se adapta ao peão. Tudo é passeio e os carros só passam lá muito devagar. Um pouco como existe no pavimento no chão junto ao CAS e que passam carros. Continuemos a discutir.

Anónimo disse...

Apenas uma correcção...
A Universidade Sénior está localizada no Centro Cultural Emérico Nunes.
Relativamente à cafetaria do último piso do CAS, a mesma já esteve a funcionar mas atenta a "forte" adesão da população encerrou.
Obviamente que é de salutar uma discussão pública sobre a afectação e organização das diferentes zonas em Sines.
Contudo, não podemos negligenciar o que existe, as condições da sua existência e propor novas alterações.
A crítica perde todo o seu poder quando vem inquinada pela falta de conhecimento daquilo que se critica.
Sou o primeiro a criticar a falta de visão estratégica e de longo prazo, bem como o gritante e aberrante favorecimento de determinadas entidades por parte da CMS.
No entanto, também tenho o distanciamento e a razoabilidade para reconhecer algumas das boas políticas da CMS.
Efectivamente, só num espírito de partilha, diálogo e discussão poderemos, de facto, contribuir para o desenvolvimento e cescimento sustentado de Sines.

Anónimo disse...

Enfim...comentários de "lana caprina"
Essa "porra" interessa a quem?
Quem é que quer saber se o bar fica aqui ou ali ou se a rua é ventosa ou solarenga? Enfim...provincianismos atrozes!
Ah...e se n gostas dos meus comentários caro anónimo de 3º, não precisas ler, quem te obriga?

Anónimo disse...

Este forasteiro não tem ponto por onde se lhe pegue. Só sabe criticar e falar mal dos outros. Mas ideias...zero.

Anónimo disse...

Se a estupidez passasse pelas condutas da ETAR e transbordasse, certamente que em Sines, pelo tipo de comentários deste útimo anónimmo, tinhamos que andar de galochas!