domingo, 8 de fevereiro de 2009

Febre de Sábado à Noite


Sines, 7 de Fevereiro, Sábado à noite. Dois ou três bares abertos e outros tantos Cafés abertos, mais algumas casas de alterne, zona histórica deserta, restaurante com ocupação abaixo de um terço da sua capacidade.

É o frio, a crise, a altura do ano, o conforto que os lares proporcionam hoje em dia, a sociabilização in loco, substituída pela Internet, sim, é tudo verdade. Mas é mais verdade numas localidades do que noutras.
A noite de Sines foi durante largos anos ponto de encontro e de partida para outros locais, com a vida nocturna a superar o que a sua diminuta população faria prever. Coisas que a aritmética não explica.

É certo que os tempos são outros, mas a degradação do centro histórico, a gestão urbanística que promoveu o êxodo dos novos habitantes para os anéis exteriores da cidade, a tardia intervenção da autarquia para travar a especulação imobiliária e evitar a sangria da partida dos mais jovens para Santiago e Santo André, a inexistência de um pólo universitário, a pouca atractividade da Região para fixar os jovens que se foram licenciar, entre outros factores, ajudam a explicar o deserto que Sines se tornou.

Sábado à noite triste, deprimente, desolador.

15 comentários:

Anónimo disse...

Noites tristes e pouco seguras.

Anónimo disse...

Sines está a remar contra a maré.
Nascida numa zona estratégica para a sobrevivência do Homem, apostou numa indústria suja – apanágio de uma sociedade industrial mundialmente enferma.
Essa indústria tem um icon: o stack, a chaminé.
Com um mar esplêndido onde a pesca artesanal deveria ter dado lugar a uma exploração racional dos recursos marítimos, às portas de vasto território arável que em tempos foi celeiro da Nação, dona de um know-how de elevadíssimo gabarito, Sines é uma ponte de madeira corroída pelo caruncho que liga duas pantanosas margens: - Marcelo Caetano e José Sócrates.
Nessas ruas jazem a almas dos nossos antepassados a quem devemos a sobrevivência quando a fonte de alimentação residia em dois palmos de rede tecida à mão.
E quando se perde o respeito aos ancestrais o céu dos grupos humanos começa a ficar coalhado de abutres e outros necrófagos.

Anónimo disse...

Shines e não Sines. Shines pq foi invadido pelo povo dos olhinhos em bico. Como se isso fosse o nosso mal... à noite os bandidinhos e os ciganos afogentam os sineenses, os verdadeiros, os da terra e impedem-os de desfrutar passificamente das noites ainda mais frias dos nossos fins-de-semana

Anónimo disse...

Este anonimo vive no tempo do Estaline digo isto sem qualquer ligação politica que ele possa ter ao politico mais cruel vil e asssasino da história. Vive portanto atrasado no tempo.
É daqueles que ainda ve a praia como nas fotos com um inverno de fome, sim será que ele não sabe que em Sines muitos dos que se passeiam de mercedes agora os seus avós e pais pediam nos montes algo para matar a fome á familia?
Eu seido que estou a falar conheco muitos e não desejo ao anonimo nada de parecido par ele e para os seus. Sines vive hoje de facto momentos de grandes decisões nas empresas que podem trazer graves problemas a muita gente e anivel da autarquia tambem se adivinham mudanças estas bem vindas justamente para ver se saimos desta beco em que esta governação Chico/Coelho nos enterrou porque não tenhamos duvidas são farinha do mesmo saco epenas com uma diferençao um diz-se enganado o outro faz peito quer ir á luta mas vai mal acompanhado e vai perder. Uma coisa e certa Sines é qu não pode perder.
Até logo.

Anónimo disse...

Impressiona-me muito o estado do centro histórico (pela negativa). E então à noite, perdoem-me a franqueza mas é cada vez mais deprimente. Mal frequentado, inseguro, e cada vez menos recomendável. Seja qual for o próximo executivo, tem que se fazer qualquer coisa rápidamente porque no meu entender, bateu completamente no fundo.

Anónimo disse...

A noite em Sines há quinze anos era soberba, podiamos passear pelas ruas sem medo-podiamos sentar-nos (principalmente nas épocas mais amenas) nas diversas esplandas espalhadas pela cidade,falar-mos uns com os outros, agora o que temos? Noites tristes, sem segurança alguma,não se vê nenhum policiamento que dê alguma segurança,eles só passam nos gipes da G.N:R em sítios em que não são necessários,eles também têem medo do que se passa nas nossas ruas e avenidas!Sines podia ser uma cidade segura, bonita, limpa-um sítio em que nos sentissemos bem- no entanto tornaram-na nisto que se vê-uma cidade suja-velha -onde não nos sentimos nada bem.

Anónimo disse...

Uma parte da culpa de Sines estar como está pode-se agradecer aos nossos políticos que nada fazem para mudar este estado de coisas.Para eles pouco importa se há ou não segurança em Sines,aos fins de semana rumam a outras paragens,divertem-se noutros lados,não se importam nem um pouco com a degradação a que a nossa terra chegou.De Xicos a Coelhos passando pelos Albinos a política é a mesma,o pessoal que não se iluda--o jogo deles é outro,não passa pelo bem dos Sinienses,passa antes de mais pelo seu bem estar e de suas famílias,querem lá saber como é que nós nos sentimos no meio de tanta bandalheira.Realmente eles são mesmo farinha do mesmo saco-aprenderam o terço na mesma igreja.

Anónimo disse...

Tristeza consubstanciada num saudosismo de 18 anos vividos em sines interrompidos pela vinda para Lisboa...
Uma das muitas histórias que confirma a falta de poder de atracção que Sines tem para aqueles que terminam os seus estudos em Lisboa e por cá iniciam a sua carreira.
Contudo, terminada a licenciatura em Direito, nos meus 24 anos trago comigo a vontade de crescer, aprender e no futuro trabalhar para devolver a dignidade e a bela imagem de sines que pude conhecer.
Na verdade, hoje olho para Sines e mais não vejo do que o transfigurar de uma realidade que foi tão minha e tão agradavelmente vivida.
Por vezes apetece, mesmo, voltar atrás, reviver aquelas noites marcadas pelo bulício, preenchidas, não raras vezes, por inúmeras pessoas que se deslocavam propositadamente a sines.
Hoje, resta o silêncio, o vazio e uma nuvem de mau ambiente claramente dissuasora para uma saída.
Contudo, essa mesma noite é o reflexo de uma cidade adormecida, sem planeamento e com um potencial altamente subaproveitado.
Penso que está na altura de deixar esta política festivaleira e marcada por isoladas euforias culturais, que nada de novo acrescentam na vida das pessoas que vivem em sines.
Urge criar uma política de continuidade, abrir a cidade à população, dotar sines de um dinamismo e de um debate cívico como nunca, até hoje, existiu.
Tornar Sines isso mesmo... uma cidade boa para viver, dotada de poder de atracção para todos aqueles que anseiam viver numa cidade plena de qualidade de vida.

Anónimo disse...

Lendo estes comentários atrás, e recordando-me de uns ditos que estarão registados algures aí pela Estação,mas ainda um pouquito magoado com os mesmos ditos pelo bairrismo saloio e exacerbado que continham,apetece-me perguntar onde andam esses SINEENSES de gema como na altura se falava?
Onde anda o´"ódio" aos "forasteiros" que aqui foi difundido com alguma cumplicidade da edição do blog?
Também eu, que não sendo natural de Sines e, a naturalidade entendo-a apenas como o sítio onde fomos paridos, me sinto triste pelo que vai acontecendo por estas bandas. Não sou dos que "embandeiro em arco" por ver os meus vizinhos em baixo de forma como na altura alguns se referiam a Santiago do Cacém com frases menos próprias de quem está condenado a viver e a conviver neste alentejo litoral.
Não metam a política nisso porque não vale a pena, disse!

Anónimo disse...

De noite nem se pode dar uma voltita ao pé do castelo que é ver drogados à procura de local para dar na veia, entre carros de alta cilindrada. A parte histórica de Sines está miserável e é mesmo de fugir.

Anónimo disse...

É sem dúvida muito triste e grave quando qualquer jovem de fora tem medo de vir para Sines e os da terra ou ficam em casa ou vão para outras paragens....É uma vergonha ...de quem é a culpa ...fora com chicos e coelhos a Marisa Santos é jovem e actualmente é a unica pessoa com capacidade para não deixar sines apodrecer como já para lá caminha...

Anónimo disse...

Febre de sábado à noite-
Está meio mundo embevecido com a Marisa, e até compreendo. Eu também acho que é intelegente,muito,e é natural de Sines, mas solidária não é nada, quando vê alguém que a ajudou, e que necessita de uma palavra amiga, prefere olhar para o lado,não vá alguém ficar ofendido...o MC por exemplo! Por isso não me parece que se possa confiar muito em quem prefere desviar o olhar, para não ver o que é evidente, e que ser solidária, no mínimo, não faz mal a ninguém, nem significa tomar partido de a ou b.Por isso a quem lê o blog é mellhor não ter muitas ilusões,com quem acima de tudo quer assegurar o seu lugar... a desterrada

Anónimo disse...

Marisa... É jovem, é de sines, licenciada em Direito...
Aparentemente boas características para vingar politicamente em sines.
Contudo, muitos se esquecem que faz parte de uma daquelas famílias que têm beneficiado da herditariedade dos cargos há muito instituída na CMS.
As pessoas valem pela verticalidade, pela formação e pela impermiabilidade face à constante demanda de favores.
Questiono-me... Será a vereadora Marisa dotada de tão dignas características?...
Obviamente nunca exigindo a beatificação de uma humilde cidadã...

Anónimo disse...

Diz o último anónimo:

"(...)Contudo, muitos se esquecem que faz parte de uma daquelas famílias que têm beneficiado da hereditariedade dos cargos há muito instituída na CMS".

Ora, de uma forma genérica, a hereditariedade define um conjunto de características que passam de pais para filhos e, que eu saiba, nem o pai, nem a mãe da Marisa exerceram quaisquer funções, muito menos cargos de relevo, na CMS.

É preciso ter cuidado com o que se diz e com o que se afirma.

Anónimo disse...

"(...)Contudo, muitos se esquecem que faz parte de uma daquelas famílias que têm beneficiado da hereditariedade dos cargos há muito instituída na CMS".
Se bem vejo apenas tem 2 familiares na camara, sendo apenas 1 com mais antiguidade que a mesma e cuja função é de pouco relevante.