domingo, 14 de dezembro de 2008

A crise quando nasce não é para todos


Concordo no global com a estratégia do Governo para enfrentar a actual crise financeira e económica. Investimento público e liquidez no mercado, que permita manter algum dinamismo da economia.

O recurso à divida pública, que agora financia o investimento, terá que ser paga. Quando a crise passar espera-se que o sector privado tenha músculo suficiente para assegurar o crescimento da economia. Deste modo será a forma de como e quem financiar agora e de quem e como pagará depois que em muito se construirá a sociedade em que as próximas gerações viverão.

Uma das primeira medidas de combate à crise, através do aumento de liquidez na economia, foi o programa PME Investe. Os incentivos públicos, consistem na Bonificação de juros (diferencial entre a taxa de juro aplicável à operação e a taxa de juro suportada pela empresa) e pagamento integral da comissão de garantia mútua, deste modo reduz-se o risco da Banca e financia-se o seu funcionamento, através do pagamento de juros pelo estado. As empresas beneficiam da possibilidade de recurso ao crédito a juro bonificado (não suporta o spread bancário e ainda 0,5%, do juro). Igualmente tudo se resolveria, com um programa de incentivo à economia, através de um subsídio reembolsável, gerido pelo IAPMEI, com uma pequena diferença, a Banca não ganharia um tusto.

Se existe sector, que ao contrário do que se pensa que sairá reforçado da actual crise será a Banca. A redução de custos, o aumento de spreads, encargos e comissões sobre os clientes, a redução do risco, devido à maior selectividade da concessão de crédito, os apoios estatais, contribuirão para taxas de rentabilidade ( se não em termos nominais, mas em termos relativos) excepcionais. Veremos.

Sem comentários: