segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Inquérito às Condições de Vida e Rendimento

Quase 20% das famílias portuguesas continuam em risco de pobreza (habitantes que recebem menos de 379 por mês), segundo o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento realizado em 2007, pelo INE.

De acordo com o mesmo inquérito, «o rendimento dos 20% da população com maior rendimento era 6,5 vezes o rendimento dos 20% da população com menor rendimento, a maior assimetria sócio-económica da União Europeia e uma das características da sociedade do terceiro mundo.

Tal como nos anos anteriores, conclui-se que o risco de pobreza afecta sobretudo os idosos, com uma taxa de risco de 26%. Destes, verificava-se uma maior preponderância para as mulheres (27% face a 24% de homens idosos). Também os menores registavam uma taxa de pobreza superior à média nacional, estimando-se que 21% das pessoas com idade inferior a 18 anos se encontravam em risco. Já o risco de pobreza para a população em situação de desemprego era de 32%. Por outro lado, a população empregada (seja por conta de outrem, seja por conta própria) registava uma taxa de risco de pobreza de 10%.

De que modo se explica aos 20% da população que ganha menos de € 379 por mês, e aos 20% mais pobres que ganham menos 6,5 vezes menos que os 20% mais ricos que Portugal está no caminho certo, que a redução do défice permitirá suster a crise mundial, que somos um país exportador de tecnologia, que inventámos (???) o Magalhães, que é necessário injectar liquidez no sistema financeiro, que devemos impulsionar a economia através de obras públicas, e tudo o mais?

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