segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Orçamento Municipal 2009


No momento em que escrevo estará a ser apresentado a votação na Assembleia municipal de Sines o Orçamento Municipal para 2009 e as Grandes Opções de Plano 2009/2012, já aprovadas por maioria pelo executivo camarário.

À excepção do valor orçamentado de 49,2 milhões (maior de sempre), e dos projectos para o próximo ano, concurso e início da construção da Cidade Desportiva de Sines, novas escolas básicas e pré-escolas, conclusão da revisão do Plano Director Municipal (PDM), iniciativas de regeneração urbana no centro histórico ou o lançamento do Museu do Mar e dos Descobrimentos, nada mais conheço do referido orçamento. A previsibilidade de uma maioria que se eterniza, o repetido jogo político e a redução de um dos mais importantes instrumentos de gestão, o orçamento, a um mero acto administrativo e de cumprimento legal obrigatório, dispensam mais conhecimento que a experiência de anos anteriores.

Em 2009, estaremos na presença de duas forças que contribuirão em simultâneo para aumentar o défice autárquico. Por um lado, ano eleitoral, no léxico politico, conjuga-se com mais gastos, por outro, temos uma crise financeira que encarece o preço do dinheiro (juros) e económica que encarece o preços dos bens e desvaloriza os activos, os terrenos, fonte de receita significativa da autarquia.

Em ano de eleições empola-se, ainda mais, o orçamento Municipal, pois terão que caber lá todas as obras e promessas da futura (permanente) campanha, a seguir arranja-se receitas, porque desgraçadamente no orçamento o deve tem que ser igual ao haver.

É do mais elementar conhecimento que quando se gasta mais do que se recebe, gera-se défice e endividamento, ou aos prestadores de serviços/fornecedores ou à Banca, e o défice de hoje será pago pelos nossos impostos de amanhã.

Como sair deste labirinto? Contenção de custos, rigor na despesa, adiar investimentos não essenciais (cultura e lazer) manter os essenciais (manutenção de equipamentos, estradas, escolas, etc, preferencialmente feitos por empresas da região), reforço da componente de apoio social.

Prescindir do acessório, para manter o essencial, será assim o ano de 2009, para a maior parte das famílias e empresas e assim deveria ser para a Autarquia de Sines.

3 comentários:

Anónimo disse...

Acho muito estranho que ninguém diga nada sobre o Oçamento da CMS, o responsável do blogue dá a sua dica, e ninguém tem opinião, ou será que estão todos tão ocupados com as prendas de Natal que nem reparam nas prendas que lhes oferecem no ano de 2009... por exemplo, é tão estranho que nada digam sobre o problema da àgua- não é nada de novo,mas finalmente alguem assume que a àgua de Sines é imprópria para consumo! Há muito que o sei mas não me cabe a mim defender a saúde pública,nem sequer sou médica!, dei alguns conselhos aos amigos, atenção não façam sopa com àgua da torneira! Agora não se pode esconder mais, não posso assacar culpas, mas culpado também é quem sabe, supõe, ou acredita, e cala. Porque parece que o importante é manter a boa imagem , mesmo que não corresponda à verdade. E o Orçamento deve ser outra, já viram nas entrelinhas, de certeza que o objectivo são as eleições,é o normal, é o que todos fazem, mas se lá estivessem outros, seria muito diferente? Talvez só mudassem as pessoas, a politica logo se via se mudava, diz-me a experiência que o pior conselheiro é "o poder", modifica as pessoas, faz com que se esqueçam dos seus principios, daquilo em que acreditavam e até dos partidos que suportaram a sua eleição! Tudo isto se vê, sempre com um único objectivo "CONTINUAR NO PODER E PASSÁ-LO, TIPO SUCESSÂO PARA ALGÚÉM DA FAMíLIA"( de preferência bem próximo, para continuar a exercer o poder,mesmo indirectamente! A desterrada

Anónimo disse...

Então e as análises que a CMS edita, tudo bom, tudo, puro, o presidente e outros responsáveis branquearam esta situação e por uma questão politica o sr. Coelho teimou sempre em não comprar àgua às àguas de Santo André.
E agora? quem são os responsáveis? Ninguém tem coragem de colocar uma acção criminal contra esta gente?
Tudo na cadeia, era o que mereciam, isto é um caso de polícia e de hospital, quantas doenças originaram, quantos mataram? nunca saberemos.

Anónimo disse...

Vejo aqui várias coisas que saltitam de orçamento em orçamento, de ano para ano, de mandato para mandato, que só as vendo feitas é que acredito.