sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Precariedade mata na Petrogal em Sines

Comunicação
Trabalhador em situação precária morre a trabalhar na Petrogal em Sines

Um trabalhador com cerca de 50 anos de idade morreu, vítima de acidente de trabalho, às 00.30 horas do dia 5 de Outubro, quando trabalhava na reparação de uma instalação da Petrogal em Sines. É mais uma vítima da precariedade contratual, do trabalho à hora onde tudo se exige, pouco se paga, os trabalhadores não têm direitos e raramente constam das estatísticas, são carne para canhão - como eles costumam dizer.
O trabalho que estava a desempenhar, com outros trabalhadores, era de carácter urgente, considerado de curta duração e, por isso, obrigava a várias horas de trabalho quase seguidas e com pouco descanso, mas ainda não existem dados que confirmem que tenha sido essa a razão principal do acidente.
O trabalhador desempenhava, naquela obra, funções por conta de uma empresa mas, ao que consta, estava a recibo verde, o que significa que quanto mais horas fizesse mais ganhava e menos a empresa descontava para a Segurança Social. 
A vida dos trabalhadores precários é dura, estão sujeitos a todas as arbitrariedades patronais e das próprias chefias. Um trabalhador, pelo facto de ser precário, tem muitas vezes receio de reclamar melhores condições de trabalho, mais segurança e, inclusive, de recusar fazer determinados trabalhos sem condições - o que não aconteceria se tivesse segurança no emprego.
Na Petrogal neste momento existem alguns milhares de precários, portugueses e estrangeiros.
Têm normalmente contrato a termo, mas recebem à hora, não gozam férias, não recebem subsídio de férias nem de Natal, não recebem horas suplementares, o salário é o mais baixo possível, para que o patronato pague o mínimo possível para a Segurança Social, e o restante vem no recibo como ajuda de custo, quando afinal não existe deslocação. Outros estão a recibo verde, como parece que seria o caso do trabalhador falecido. Chamam-lhes trabalhadores por conta própria, mas não têm qualquer autonomia,cumprem um horário de trabalho, as ferramentas utilizadas são da empresa e, no local de trabalho, estão sob ordens, direcção e autoridade de um responsável da empresa que ganhou o trabalho e na Petrogal está também sempre presente um quadro desta.
O sindicato tem reclamado por variadíssimas vezes a intervenção da ACT nestas grandes empresas, por causa dos direitos e da fuga das contribuições para a Segurança Social, mas os resultados têm sido quase nulos, por isso vamos voltar a reclamar a intervenção. A precariedade é dura, desumana, injusta e ilegal.
Os serviços da ACT têm que ter uma melhor e mais eficiente intervenção.
A luta em defesa dos direitos vai continuar e vai estar presente na greve geral de 24 de Novembro!

Setúbal, 7 de Outubro de 2010
A Direcção do SITE SUL

18 comentários:

Farto do aturar disse...

Não foi a precaridade que matou, embora ela exista na Galp como nas outras empresas do complexo de Sines,
ás paletes, ás carradas, á patada ou como o senhor quiser e diz muito bem.
Mas o senhor tem a cassete metida e as palas nos olhos e só vê em frente sem ouvir mais nada, a cassete toca mais alto.
O que matou desta vez foi o desleixo de trabalhar sobre um gradil (piso) solto e ao lado estava muita gente incluindo pessoal da Galp que não tem nada de precário,mas que podia estar em cima daquele gradil, porque não, mas quem tinha os dias contados foi aquele infeliz.
Lamento bastante que venha para aqui chorar o facto da ACT não lhe ligar pêva, parece mentira um sindicalista do seu calibre não se consegue fazer ouvir para além deste blogue, afinal é só mais um para gozar as quotas dos sindicalizados.

efernandes disse...

Farto do Aturar...
Se você fosse para "o raio que o parta" com a Porcaria de comentários nojentos e ressabiados que fez?
Mais...Palas nos olhos tem você seu ASNO!
É dos que Ladra contra tudo e contra todos, mas com certeza é dos primeiros a lamber as botas a quem o chula.
Se não me quer aturar porque insiste seu estúpido?
Se não sabe o que diz, cale-se seu burróide! dasss
******
PS: Que me desculpem os demais leitores pelo comentário mas tipos destes não merecem a água que bebem...

Anónimo disse...

Sr. efernandes, não vale apena irritar-se com gentalha desta.Vão estar sempre do lado dos poderosos. É gente que não merece o ar que respira porque é indiferente às injustiças. Pra esta gente a escravidão continuava. O seu lema é: Sempre houve ricos e pobres, para quê tentar mudar o mundo?
O senhor que faleceu era de Murtosa, estava em Sines a fazer uma paragem e creio que estava a recibos verdes.

efernandes disse...

Amigo, eu não estava nem estou irritado. O Autor das "atoardas", tinha esse objectivo. Só que não estando de acordo com os métodos, ás vezes para algumas "bestas" é preciso "arreguilar-lhes" os olhos como fazia aquele professor de óculos na ponta do nariz nos nossos tempos de "escola primária".
Do resto, vozes de burro não chegam ao céu.
O Tal general Romano há cerca de 200 anos tinha alguma razão quando escrevia para Rora dizendo que, do lado ocidental da Ibéria há um povo que nem se governa nem se deixa governar.
Este tipo é descendente desse povo - Um triste.
"Portuguesmente" falando, há outra frase mais moderna que me escuso de a transcrever.

Farto do aturar disse...

Ora deixe-me ver, Sr. Fernandes.
Raio que o parta
Comentários nojentos e ressabiados
ASNO
É dos que Ladra
Lamber as botas a quem o chula
Estúpido
Burróide
Dasss…
Bestas
Um triste
Sim senhor, está com uma qualidade invejável nas apreciações que faz a quem o comenta, desde que não comente o que o senhor gosta de ouvir, típico de um bom sindicalista, embora o não seja ainda, mas se continuar assim quando fôr grande vai conseguir certamente ser dos melhores sindicalistas da nossa praça, não desista senhor Fernandes.
Mas só lhe escrevi para lhe reafirmar que o senhor é um mentiroso, porque mente ao afirmar que a precaridade matou na Petrogal e já lhe expliquei porque é que não foi assim.
E já agora exijo-lhe mais respeito, porque eu sou um dos seus muitos patrões, daqueles que manda todos os meses para a FEQUIMETAL 20.31 € há trinta e três anos, se continuar assim não o despeço, deixo de lhe pagar.
Quanto ás minhas origens sou de facto um LUSITANO, quanto ás suas desconheço, mas se me fôr permitido palpitar, aposto em bolchevique.

Anónimo disse...

A precariedade no trabalho, os falsos recibos verdes e tudo o tipo de esquemas. Está a a dar cabo o do povo trabalhador Português.

O aumento dos impostos e e falta da fiscalização por parte do estado estão a agravar cada vez mais este tipo de situações.

E o nível de vida dos portugueses nunca irá realmente mudar se este tipo de situações não for extinta.

Que existem ricos e pobres toda gente sabe que vai continuar a existir, mas os pobres tem direito a trabalhar e sobreviver com segurança e dignidade.

efernandes disse...

Para(um anónimo que pretende ser meu Patrão).
Pouco mais tenho que comentar, algo que não tem ponta por onde se lhe pegue.
De facto, não estou à procura de emprego e creio que com essa postura, se você fosse patrão de alguém...Desgraçado desse alguém.
Há Empresários até em Portugal que não escreveriam o que você fez porque teríam vergonha. Outros, os tais patrões não duvido.
Quando "exige " respeito, tem que antes fazer uma coisa, respeitar os outros e respeitar-se a si próprio que é coisa que não me parece saber fazer.
Quando diz que paga 20,31€ para a Fiequimetal, nem eu nem ninguém da Fiequimetal acredita, até porque não é a Fiequimetal que recebe a sua cota Sindical mas, se lhe fosse explicar isso, você também não entenderia.
Por fim, já que estamos numa onda de insultos e de exigências de respeitos, você comete o erro mais estúpido mas "kiçá" orientado para disfarçar as fragilidades do seu discurso:
Não é você, com os vinte e tal euros que paga para o Sindicato, (um salário razoável)e paga porque tem interesse na manutenção da estrutura Sindical que o representa e faz muito bem, que paga o meu salário. Quando diz que paga o meu salário, isso sim é um insulto porque, felizmente, não dependo de tipos como você nem de qualquer estrutura a não ser do meu trabalho!
Só mais uma coisinha: O Comunicado que aparece no Blog, é da Estrutura Sindical. Se tem algo a reclamar, está no seu direito. Como vê, as tais Palas, assentam-lhe bem!

Anónimo disse...

trabalho precário? na galp? não é possivel...

ACT's ? para que servem? já os vi mas sempre na zona administrativa...

A grande maioria dos trabalhadores aqui na nossa terra trabalha para prestadores de serviços. Muitas vezes teem um trabalho fixo durante anos e até mudam de empresa ficando a desempenhar as mesmas tarefas e no mesmo local de trabalho. Nos contratos de trabalho estão declarados sempre valores o mais baixo possível( na grande maioria dos casos pouco acima do salário mínimo), sendo o restante compensado com ajudas de deslocação. Quem perde? será difícil

Das pessoas da minha geração que se formaram, poucas ficaram por cá... porque será? e os que por ai ficaram foi porque tinham cunha (serão hoje dos quadros "altamente" qualificados dessas empresas).

O que se passa ai é uma hipocrisia tremenda... todos sabem o que se passa mas ninguém quer saber...

Esse "Farto do aturar" deve ser mais um técnico "altamente" qualificado (tradição de família). Se não ele talvez um antepassado seu chegou um dia a esta terra sem nada... se tivessem que trabalhar para comer, essa corja certamente morreria de fome...

PS: precisamos urgentemente de uma nova revolução (mas desta vez com muita pólvora)...

Anónimo disse...

Agora é que temos a "burra nas couves". O Sr. Farto do aturar critica um sindicalista filiado do PCP (eu também já não posso com eles, além de aturar um aqui onde trabalho que anda de carro do sindicato à custa das quotas dos sindicalizados). Mas à boa maneira CGTP, o sr sindicalista efernandes responde à critica apenas com insultos (é o que sabem fazer quando não têm poder de argumentação) acusando até o outro sr. de lamber as botas a quem o chula, chamando-o asno. Vocês é que são os homens da razão. Só aceitam quem vos apoia. O resto é tudo sem interesse. Cambada de cassetes!!

Pedro M.C.

efernandes disse...

Olhe que não meu caro Pedro M.C., Olhe que não!
Olhe que se calhar, por falar em CAMBADA, os insultos até são meigos e até lhe servirão a si!
Para além disse, se retirar as tais palas, talvez consiga ver quem insultou quem...
Uma coisa, Vossas excelências já conseguiram pois esse era o objectivo:
Fazer esquecer que um trabalhador morreu a trabalhar e que as condições de segurança...
FALHARAM.
Eu milito num Sindicato da CGTP-a Maior organização social de Portugal. Você possivelmente milita no clube da má língua, digo eu... Não diga asneiras...

Anónimo disse...

Mau mau amigo efernandes, então em que é que ficamos, foi a precaridade ou as condições de segurança que mataram na Petrogal, ou ainda a falta do pessoal aderir á greve geral que lhe é tão cara, que mataram aquele infeliz trabalhador, defina-se homem.
Ao contrário do que aqui já foi dito acho que se o amigo continuar a receber assim os seus clientes neste blogue, o Carvalho da Silva não o vai querer nem para lhe despejar o cinzeiro.
Acho que na sua próxima encarnação o amigo devia optar por ser domador de bestas, ficava-lhe a matar.

efernandes disse...

Ao Anónimo 8:53 PM, Outubro 11, 2010...
Gostei dessa:
Domador de Bestas!

Estou a tentar...Uma de cada vez!

Anónimo disse...

Uma grande tristeza o que aconteceu. Como é possível numa empresa como a Galp (que se auto-intitulam de gurus da segurança) acontecer uma desgraça destas? Sim, é trabalho precário, são más condições de trabalho, são maus salários, são as grandes empresas de grandes capitais que vivem à grande com grandes lucros, com administradores milionários, accionistas de bolso cheio, empresas empreiteiras que tentam sobreviver baixando valores contratuais para se manterem na Galp. Quando é que esta merda acaba neste país? A ACT não liga pêva a ninguém. SOU PELAS CONDIÇÕES DE TRABALHO E SALÁRIOS JUSTOS!
Que o senhor descanse em paz e os meus profundos sentimentos à familia.
Abraço ao sr. efernandes

Sindicalizado - SINDEQ

Quimíco disse...

Bem, parece-me que algumas pessoas não entendem quer o problema da precariedade, quer o problema dos baixos salários e da falta de condições de trabalho dos trabalhadores permanentes das empresas a prestar trabalho precário através de falso trabalho temporário.
Uma situação destas acontece porque o precário que trabalhava a recibo verde, não podia como os trabalhadores efectivos dizer eu não tenho condições não faço, pois se o fize-se seria então pode ficar em casa (infelizmente nem para casa foi), mas é este o problema da precariedade nas empresas.
Já agora algumas considerações
Alguém anda distraído, pois diz que paga á fequimetal, informo que a fequimetal á muito que foi extinta, e nunca se pagou cotas a fequimetal pois paga é ao sindicato, e a fequimetal não é um sindicato, depois se paga 20,31€, é porque tem um salário de 2031,00€ isto de salário base fora os prémios, então preserve-o, certamente o seu filho tem um salário de 500,00€ ou a volta disso, saia á rua e ajude o seu filho a alcança-lo pois só assim se desenvolve um país.
Em relação a outros com um discurso apelativo, se pensão conforme escrevem devem estar do outro lado da barricada, pois nunca os vi cá deste lado, pelo contrário.

Farto do aturar disse...

efernandes disse...
Ao Anónimo 8:53 PM, Outubro 11, 2010...
Gostei dessa:
Domador de Bestas!

Estou a tentar...Uma de cada vez!

Olá senhor efernandes, sou forçado a pedir-lhe desculpas por todas as considerações que fiz a seu respeito, porque reconheço agora que errei.
Mas desta vez não volto a errar, porque quero afirmar aqui solenemente que o senhor é uma besta quadrada, ferrada das quatro patas e ponto final parágrafo.
O anónimo das 8:53 PM, Outubro 11, 2010... sou eu, o próprio Farto do aturar, coisa que pode verificar pelo meu IP, que o senhor tanto se vangloria de saber o de toda a gente, mas que eu estou a borrifar-me para isso.
Chamei-lhe amigo no princípio e no fim do meu comentário e disse-lhe que se deveria tornar um domador de bestas e isso encheu-lhe o super ego de tal maneira que nem quis saber de mais nada e abraçou-se a mim de tal forma que ainda tenho o ombro cheio de baba....de camelo.
Nem prestou atenção ao facto de eu ter afirmado que a sindicalistas como você o Carvalho da Silva não os quer nem para lhe despejar o cinzeiro, você como sindicalista não passa de um mau aprendiz de feiticeiro, mas arrogante e mal educado ao ponto de correr com muitos dos sindicalizados históricos como eu, porque muito provávelmente tenho mais anos de sindicato que o senhor tem deste mundo e fui criado com outros sindicalistas, daqueles antigos.
Mas volto a repetir-lhe senhor efernandes não desista, tente aprender com pessoas como o senhor Químico, esse sim um verdadeiro sindicalista, a quem aproveito para cumprimentar e dizer-lhe que errei quando referi a Fequimetal quando deveria ter dito SINQUIFA, mas que ao fim e ao cabo pertencem á mesma central, mas de uma coisa nunca me esqueci, foi de pagar atempadamente as minhas quotas ao longo de quase uma vida.
Ao resto do seu comentário teria muito a acrescentar e até estou de acordo em parte com o que o senhor afirmou, embora as relações com o pessoal temporário na Galp não sejam tão azedas como o seu comentário deixa entender, antes pelo contrário.
O resto foi fácil, 1% do salário base é só fazer as contas.

efernandes disse...

Recados:
Anónimo das: 6:43 AM, Outubro 12, 2010,
Com os Sentimentos que traduz no seu comentário, e estando sindicalizado no sindeq, espero vê-lo um dia num dos Sindicatos da CGTP. Sentir-se-á melhor, tenho a certeza mas a opção é sua, como é óbvio...
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Para o outro, o que se há-se fazer a essa "prenda", de carácter tão atróz que não percebeu ainda quem seria uma das bestas a domar?
Creio mesmo que, Nada porque não tem cura!
Pela idade que tem, cristalizou os miolos, azedou e só tenho que ter pena dele, paciência. Cada um é como é.
Como diz o "Brasuca"...Fim de papo!

efernandes disse...

O Post tinha um objectivo Claro expresso no comunicado do SITE-SUL.

Como em tudo na vida há sempre alguém que tem "orgasmos" com o trabalho de outros, não respeitando sentimentos e direitos universais consignados.

Não pactuo com ódios entre trabalhadores e nem sequer preciso de me justificar quanto a isso.

A liberdade que este espaço(Estação) têm e dá a todos, permite que por vezes alguns comentários rocem o indesejável. Não Digo indesejável por não estarem de acordo comigo ou com qualquer outro autor dos "posts" editados.

Indesejáveis porque muitas vezes, desvirtuam o que os autores pretendem que se comente com ataques pessoais ou resrvas mentais.

Mas a vida também é feita disto mesmo. Afinal, ninguém me obrigou ou limitou a escrever o que penso. Alguns gostariam, eu sei!

Anónimo disse...

Tanta discusão para não servir para nada! Pois nada poderá trazer este grande homem á vida de novo, perdeu-se um pai um avô e um grande homem.............