sábado, 16 de outubro de 2010

Fui



O mais importante acontecimento económico dos tempos recentes para a nossa região passou quase despercebida pela imprensa e pelo conhecimento dos Sinieneses.

Actualmente a economia local atravessa um bom momento, com um poder de compra globalmente elevado que quase torna Sines imune à crise. Os trabalhos na petrogal arrastaram uma pequena multidão para Sines que entre alimentação e arrendamento de imóveis - ilegais na esmagadora maioria - permite rendimentos anuais muito interessantes para uma parte significativa da população.

Contudo como em todos os investimentos industriais também este tem um pico de necessidade de mão-de-obra no inicio e a partir sensivelmente dos 2/3 da construção vai diminuindo abruptamente. No final restam instalações industriais com pouca necessidade de pessoal para assegurar o funcionamento e manutenção.

Sines perdeu recentemente a possibilidade de no final do investimento da refinaria da Galp, arrancar um novo e importante investimento. Tratava-se da instalação de uma fábrica que produziria polisilício - a matéria-prima destinada a fabricar painéis solares, num investimento de cerca de 440 milhões de euros, estimando-se que criasse 480 postos de trabalho directos e 1000 indirectos.

Ao que se sabe não faltou interesse, nem a necessária diplomacia económica, apenas e só faltou financiamento para o projecto, incluindo da própria CGD. Tanto mais estranho que de acordo com os especialista do processo industrial em causa referem que se trata de um investimento com um retorno bastante interessante ao contrário de outras trabalhadas em que o banco do Estado se tem envolvido.

Entretanto arrancará no Egipto, com parte de capitais chineses, o investimento na área das energias renováveis, com um impacto ambiental reduzido e gerador de postos de trabalhos, que o capital financeiro negou para Sines.

E dos responsáveis políticos locais e regionais, tivemos o habitual e coerente silêncio ou desconhecimento. Parece mais importante discutir elevadores panorâmicos e escolas de música.

É a politica local reduzida à sua dimensão.

2 comentários:

Anónimo disse...

De facto, é sempre mais agradável florir uma lixeira que deixá-la a céu aberto...

efernandes disse...

Então a Central Eléctrica de Ciclo Combinado, constrói-se ou não?
Deve haver falta de "gás"...