segunda-feira, 9 de agosto de 2010

MAIS DE UM MILHÃO E CEM MIL TRABALHADORES PRECÁRIOS EM PORTUGAL

Será caso para nos envergonharmos?
Segundo o comunicado de imprensa do Eurostat, o serviço oficial de estatística da União Europeia, nº 117/2010 de 4 de Agosto deste ano, a percentagem de assalariados com contratos a prazo em Portugal atingia 22% , quando a média na União Europeia era de 13,5%. Tendo em conta que a população empregada em Portugal no fim de 2009 era de 5.008,7 mil segundo o INE, uma taxa de 22% significa que 1.105.170 portugueses têm trabalho precário em Portugal já no fim de 2009. Como o INE divulgou que no fim de 2009 existiam no País 714,5 mil portugueses com contrato a prazo, isto significa que existiam mais 390,7 mil portugueses numa situação de emprego precário que não constavam das estatísticas oficiais de emprego em Portugal. O ministro da Economia confrontado com a gravidade desta situação respondeu, como tivesse feito uma grande descoberta, que isso resultava da utilização de metodologias diferentes, embora não tenha desmentido os dados do Eurostat.

Estes dados do Eusrostat sobre a dimensão da precariedade e da pobreza em Portugal mesmo entre a população empregada (tenha presente que o salário médio de um trabalhador com contrato a prazo corresponde, em média, entre 70% e 80% de um trabalhador com contrato permanente) são extremamente graves, pois estes trabalhadores são facilmente despedidos (mais de 40.000 por mês segundo o IEFP), e quando caiem no desemprego ou não têm direito ao subsidio do desemprego ou caiem na nova “trituradora” do subsidio do desemprego que, de acordo com as alterações à lei do subsidio do desemprego (Decreto-Lei 220/2006) aprovadas pelo governo no fim do 1º semestre de 2010 (Decreto-Lei 72/2010), são obrigados a aceitar um emprego, sob pena de perderem o subsidio que recebem, desde que o salário oferecido seja igual a 75% do salário liquido do emprego anterior.
Tendo em conta que o subsidio médio de desemprego naquela data era, em Junho de 2010, de 523,91€, e sabendo que até o subsidio de desemprego correspondia a 65% do salário ilíquido, isto dá um salário médio, sobre os quais os descontos para a Segurança Social foram feitos, de 806 euros. 75% de um salário liquido de 806 euros corresponde apenas 508 euros. E sobre este salário o trabalhador ainda terá de descontar para a Segurança Social e IRS ficando apenas com 442 euros líquidos. É também desta forma concreta, e com a ajuda do governo, que a taxa de exploração dos trabalhadores em Portugal é aumentada, e perpetuado o modelo de “desenvolvimento” baseado em baixos salários.
******************
Isto não é verdade para os "anónimos" do costume

18 comentários:

Anónimo disse...

Infelizmente isto é a realidade em Portugal. O número de população activa em Portugal também é muito baixo como se pode ver, isto para um estado social e com uma população de 10 milhões de habitantes.

Eu estou para ver quanto é que a balança irá inverter, isto é, quando é que a população activa aumenta, os salários aumentem ( verdadeiramente ) e quando é que a taxas fiscais descem ( IRS, IRC, IVA ).

Com a carga fiscal que temos actualmente em vigor, nem empresas nem trabalhadores, conseguem sobreviver e o que aparece por cá são sistemas de produção e de serviços onde se usa mão de obra de baixo nível.

Convém dizer que na minha área um engenheiro indiano ganha o mesmo que um português. O custo de vida na India é igual?

Ahh e um engenheiro no Brasil ganha mais que o Português e o custo de vida também é bastante diferente.

Eu só dei um exemplo dentro uma multinacional que opera em diferentes países e que os que mencionei são economias em crescimento e não fazem parte do lote de países ideais como o Canadá, EUA, Noruega ou Dinamarca. Onde os salários são em média 4x superiores.

Anónimo disse...

É um facto. E muitos deles estão nas autarquias. Por simpatia política e muitas vezes sem sequer terem capacidade para os lugares onde estão. Conheço alguns. Mas quando se é militante e se participa nas campanhas,tem de haver retorno...

Marius Herminius disse...

É verdade, sim.
Como se já bastassem os ordenados de miséria, Portugal está muito bem classificado também no que à precariedade laboral diz respeito.
Para quem não saiba, os contratos a prazo foram criados para situações pontuais, dada a sazonalidade de alguns trabalhos. Até aqui tudo bem.
O problema é que os nossos patrões – não confundir com empresários… - pegaram na excepção e fizeram dela regra e hoje temos muitos milhares de trabalhadores que estão com um pé dentro e com o outro pé fora do mercado de trabalho durante toda a sua vida laboral.
Há tempos alguém escreveu que é melhor isso do que nada e que os trabalhadores aceitariam até que lhes pagassem só metade do vencimento! Mas acontece que quem escreveu isso já foi bastonário da Ordem dos Advogados e é possuidor de fortuna. Ou seja, é caso para dizer que “com as calças do meu pai até eu sou homem” e decerto que os filhos dele não precisarão dessa “benesse” dos nossos (de)empregadores…
Quem tem trabalho precário é duplamente explorado porque ganha pouco e não tem liberdade para protestar porque corre o risco de não lhe renovarem o contrato.
Também podemos questionar que futuro terão esses trabalhadores, que não sabem se “amanhã” terão trabalho e aquilo que ganham é tão pouco não dá para amealhar.
Os bancos já só emprestam dinheiro a quem pertence aos quadros das empresas e mesmo assim…
Ainda assim – mesmo perante esta vergonha! – há quem queira liberalizar os despedimentos, ao permiti-los sem justa causa. Ou seja: O trabalhador ficaria completamente refém dos humores do patrão, como se tivéssemos regressado ao século XIX!
Mas, entretanto, em Portugal os despedimentos colectivos acontecem quase todos os dias…
Um outro “ramo” da precariedade diz respeito aos falsos Recibos Verdes, que é outra vergonha e que o próprio Estado legalizou recentemente, quando instituiu a “contrapartida” do pagamento de taxas para a Segurança Social aos (de)empregadores que mantenham essa situação ad eternum.
Caso não saibam, denominam-se de “falsos Recibos Verdes” quando “(…) o trabalhador obedece a uma hierarquia dentro da empresa, cumpre um horário de trabalho por esta estipulado, exerce actividade nas instalações da empresa e usa as ferramentas de trabalho fornecidas pela mesma (…)”.


Perante alguns comentários que já li por aqui, não me admiro nada que surjam os anónimos do costume a reclamar contra o facto de quem não trabalha receber algum subsídio, ainda que este seja de desemprego e que o actual desempregado - já que é deles que se trata - tenha contribuído com os seus descontos para ter direito a ele.
Esse subsídio mereceu a atenção do actual governo, que alterou as suas regras de forma vergonhosa no sentido de – é o que ressalta – pôr os “malandros dos desempregados” a trabalhar nem que seja por uma côdea de pão duro.
Mas se nem assim arranjam trabalho, dirão alguns!? Pois não. Mas, entretanto, o governo já poupou mais uns milhões de euros para enterrar num qualquer outro BPN que surja no horizonte…

Anónimo disse...

Concordo que esta é uma notícia escandalosamente vergonhosa. Isto só muda quando houver vontade política, mas parece-me que isso não vai acontecer daqui por tão cedo.
De qualquer das formas, nós em Sines até nem nos devíamos queixar muito.
Isto é um estrato de uma notícia publicada no sítio do Económico.

"...Faro, Porto Santo, Coimbra, Funchal, Aveiro e Sines completam a lista dos quinze concelhos de Portugal com maior poder de compra por concelho.
O indicador pretende caracterizar os municípios "sob o ponto de vista do poder de compra, numa acepção ampla, a partir de um conjunto de variáveis", esclareceu o INE à Lusa.
O vencimento salarial, contratos imobiliários e o número de automóveis são algumas das variáveis em questão
..."
Este é o link: http://economico.sapo.pt/noticias/regiao-de-lisboa-tem-seis-dos-quinze-concelhos-mais-ricos_96463.html

VALIA A PENA PENSAR NISTO...

Anónimo disse...

Estou nos anónimos mas o panorama descrito é preocupante e então que fazer?
Vamos diabolizar os empresários, em particular a banca, os políticos e continuamos na mesma durante as próximas décadas.
É redutor pegar em números, atirá-los para cima da mesa e constatar uma situação de vítimização passiva.
Sem mudar o tecido económico continuaremos com 500€ o que é pouco, continuaremos com precários o que pode ser pior mas continuaremos com desempregados o qur é péssimo.
Não há golpes de mágica e o saco do Estado que no fundo é o nosso saco tem fundo e já lá chegámos.

Marius Herminius disse...

O anónimo das 10:40 não deixa de ter razão, quando escreve não vamos a lado algum se o tecido económico não mudar.
Mas não são os políticos e os empresários - não confundir com patrões... - que têm os meios, políticos e económicos, para essa mudança? Ou terão que ser os trabalhadores a implementar políticas de desenvolvimento, a investir nas empresas ou até a alterar a metodologia de trabalho?
E a banca também não está isenta de culpas na actual situação. Basta reparar que, em plena crise, os seus lucros não cessam de aumentar.
Será por acaso que os bancos só investem em negócios que tem o Estado como garante do investimento? Ou seja, os bancos só metem o dinheiro porque sabem que o lucro está sempre garantido, nem que seja à custa do "saco do Estado que no fundo é nosso".
As Pequenas e Médias Empresas, que são quem mais postos de trabalho fomenta em Portugal, queixam-se da falta de crédito.
Pois é.

carlos andré disse...

Contratado a prazo num trabalho permanente e com um salário em que pagando a prestação da casa e as despesas mensais correntes,pouco sobra para a alimentação.

Contratado a prazo num trabalho permanente , qual a justificação?
Nem a ACT nem Ministério de trabalho tem resposta.

Trabalho há cerca de 10 anos neste local e por lá já passaram tres empresas.

Entretanto no final de Setembro termino mais um contrato.

O presente é cinzento e o futuro será bem negro.Não vejo políticos à altura para darem a volta a isto

Para não falar da mentalidade da maioria dos patrões que temos em Portugal.

Anónimo disse...

Atenção nunca esquecer que temos as reformas vitalicias para pagar quer diser que as tachas numca vão baixar reformas essas que vão ser pagas por quem trabalha mas esses srs ainda são colocados como acessores,administradores,presidentes, directores,etc, etc, com grandes ordenados e ainda a reforma ou as reformas não vejo e não oiço nenhuns politicos mentirosos a falar sobre o assunto mas quando se aprossima as eleiçoes é ver os Abutres dos politicos a mentir aos trabalhadores o maximo que podem.

efernandes disse...

Ao Anonimo das 10:40 PM, Agosto 09, 2010.
Quando não se tem uma mais valia como comentador, então...Mais valia....

Falamos de coisas sérias e não de formas de desconversar, seja pelo menos sério se sabe o que isso é!

Anónimo disse...

por outro lado temos a falta de brio do trabalhador médio português. Um único exemplo: existem empresas em Sines onde enquanto se foi contatrado trabalhava-se com afinco e vestindo a camisola, assim que efectivaram foi o contrário, chegar atrasado, fazer o menos possivel, fazer neg´cios paralelos... tudo à conta de que lhe pga um vencimento. Mas tambem ninguem fala porque as chefias fazem quase o mesmo... e depois vão à falência... mas aí é sempre culpa dos patrões...
Creio que existe falta de equilibrio e responsabilidade. Para ter é necessário 1ª ser.

P.S. Não sou patrão

Aprendiz disse...

Sim, não é mentira que muitos trabalhadores portugueses precisam de ser mais responsáveis e profissionais no exercício da sua profissão.

Em Sines basta ver o caso do sucateiro que pelos vistos subornou um trabalhador para fechar os olhos a um quanto material que saiu das instalações da empresa.

Isto também demonstra que o problema também é cultural, social e abrange todas as classes. Quer os patrões, quer os trabalhadores são corruptos.
Claro que para um chefe é mais fácil ter poder e acesso a ferramentas que permitem praticar tal crime com mais facilidade. Para o trabalhador é muito mais difícil. Contudo temos imensos casos onde basta ter a mínima oportunidade e o mais comum dos trabalhador também pratica tal acto sem qualquer pudor.

Todavia o uso de sistemas de recibos verdes, empresas de trabalho temporário, empresas de recursos humano só vai contribuir com o aumento do trabalho precário em Portugal.

Com o estado a apoiar este tipo de pseudo empresas a coisa só irá piorar. Fico bastante desiludido quando o empreendedorismo em Portugal consiste em criar empresas que não criam nenhuma riqueza e que apenas roubam uma percentagem do ordenado de quem trabalha.

Essas empresas contribuem verdadeiramente para o emprego em Portugal? Cria postos de trabalhos estáveis? E pior, muitas destas empresas nem prestam serviços para o mercado dos bens transaccionáveis, ou seja, nem para injectar dinheiro na nossa economia servem.

Por detrás de todas estas empresas ainda vem todas as negociatas e jogos sujos que sinceramente não contribuem de todo para a liberalização do mercado. Por esse método eles vão absorvendo e controlando a oferta de trabalho, porque ao fim ao cabo, são as empresas onde eles prestam serviço que verdadeiramente oferecem trabalho às pessoas.

Como o estado coopera com este tipo de actividade e mal fiscaliza este tipo de empresas, que em muitos os casos são pequenas ( <= 200 trabalhadores), só contribui para encher os bolsos daqueles que vivem exclusivamente do trabalho dos outros.

A economia precisa é de empresas em criem verdadeiramente produtos ou serviços que sejam competitivos e desejáveis por outras organizações. E isso não é com empresas que oferecem apenas "recursos humanos".

E só para verem como as coisas são. Muitas dessas empresas, foram criadas por ex-trabalhadores. Que agora "chulam" os futuros trabalhadores em Portugal. Daqui podem ver o canibalismo que se vive e que afinal de contas, a mentalidade de certos trabalhadores não é muito diferente dos chefes/patrões.

Aprendiz disse...

Sim, não é mentira que muitos trabalhadores portugueses precisam de ser mais responsáveis e profissionais no exercício da sua profissão.

Em Sines basta ver o caso do sucateiro que pelos vistos subornou um trabalhador para fechar os olhos a um quanto material que saiu das instalações da empresa.

Isto também demonstra que o problema também é cultural, social e abrange todas as classes. Quer os patrões, quer os trabalhadores são corruptos.
Claro que para um chefe é mais fácil ter poder e acesso a ferramentas que permitem praticar tal crime com mais facilidade. Para o trabalhador é muito mais difícil. Contudo temos imensos casos onde basta ter a mínima oportunidade e o mais comum dos trabalhador também pratica tal acto sem qualquer pudor.

Todavia o uso de sistemas de recibos verdes, empresas de trabalho temporário, empresas de recursos humano só vai contribuir com o aumento do trabalho precário em Portugal.

Com o estado a apoiar este tipo de pseudo empresas a coisa só irá piorar. Fico bastante desiludido quando o empreendedorismo em Portugal consiste em criar empresas que não criam nenhuma riqueza e que apenas roubam uma percentagem do ordenado de quem trabalha.

Essas empresas contribuem verdadeiramente para o emprego em Portugal? Cria postos de trabalhos estáveis? E pior, muitas destas empresas nem prestam serviços para o mercado dos bens transaccionáveis, ou seja, nem para injectar dinheiro na nossa economia servem.

Por detrás de todas estas empresas ainda vem todas as negociatas e jogos sujos que sinceramente não contribuem de todo para a liberalização do mercado. Por esse método eles vão absorvendo e controlando a oferta de trabalho, porque ao fim ao cabo, são as empresas onde eles prestam serviço que verdadeiramente oferecem trabalho às pessoas.

Como o estado coopera com este tipo de actividade e mal fiscaliza este tipo de empresas, que em muitos os casos são pequenas ( <= 200 trabalhadores), só contribui para encher os bolsos daqueles que vivem exclusivamente do trabalho dos outros.

A economia precisa é de empresas em criem verdadeiramente produtos ou serviços que sejam competitivos e desejáveis por outras organizações. E isso não é com empresas que oferecem apenas "recursos humanos".

E só para verem como as coisas são. Muitas dessas empresas, foram criadas por ex-trabalhadores. Que agora "chulam" os futuros trabalhadores em Portugal. Daqui podem ver o canibalismo que se vive e que afinal de contas, a mentalidade de certos trabalhadores não é muito diferente dos chefes/patrões.

Aprendiz disse...

Sim, não é mentira que muitos trabalhadores portugueses precisam de ser mais responsáveis e profissionais no exercício da sua profissão.

Em Sines basta ver o caso do sucateiro que pelos vistos subornou um trabalhador para fechar os olhos a um quanto material que saiu das instalações da empresa.

Isto também demonstra que o problema também é cultural, social e abrange todas as classes. Quer os patrões, quer os trabalhadores são corruptos.
Claro que para um chefe é mais fácil ter poder e acesso a ferramentas que permitem praticar tal crime com mais facilidade. Para o trabalhador é muito mais difícil. Contudo temos imensos casos onde basta ter a mínima oportunidade e o mais comum dos trabalhador também pratica tal acto sem qualquer pudor.

Todavia o uso de sistemas de recibos verdes, empresas de trabalho temporário, empresas de recursos humano só vai contribuir com o aumento do trabalho precário em Portugal.

Com o estado a apoiar este tipo de pseudo empresas a coisa só irá piorar. Fico bastante desiludido quando o empreendedorismo em Portugal consiste em criar empresas que não criam nenhuma riqueza e que apenas roubam uma percentagem do ordenado de quem trabalha.

Essas empresas contribuem verdadeiramente para o emprego em Portugal? Cria postos de trabalhos estáveis? E pior, muitas destas empresas nem prestam serviços para o mercado dos bens transaccionáveis, ou seja, nem para injectar dinheiro na nossa economia servem.

Por detrás de todas estas empresas ainda vem todas as negociatas e jogos sujos que sinceramente não contribuem de todo para a liberalização do mercado. Por esse método eles vão absorvendo e controlando a oferta de trabalho, porque ao fim ao cabo, são as empresas onde eles prestam serviço que verdadeiramente oferecem trabalho às pessoas.

Como o estado coopera com este tipo de actividade e mal fiscaliza este tipo de empresas, que em muitos os casos são pequenas ( <= 200 trabalhadores), só contribui para encher os bolsos daqueles que vivem exclusivamente do trabalho dos outros.

A economia precisa é de empresas em criem verdadeiramente produtos ou serviços que sejam competitivos e desejáveis por outras organizações. E isso não é com empresas que oferecem apenas "recursos humanos".

E só para verem como as coisas são. Muitas dessas empresas, foram criadas por ex-trabalhadores. Que agora "chulam" os futuros trabalhadores em Portugal. Daqui podem ver o canibalismo que se vive e que afinal de contas, a mentalidade de certos trabalhadores não é muito diferente dos chefes/patrões.

Anónimo disse...

O anónimo das 10 e 40 não desconversou nem insultou ninguém. Apenas teve uma visão mais abrangente do problema.
Já o efernandes insultou.
Braz este ainda é o teu blogue?

Marius Herminius disse...

Anónimo das 11:06

Claro que há trabalhadores assim, que não cumprem os seus deveres profissionais.
Mas decerto que concordará comigo quando escrevo que o "peso" dessa falta de profissionalismo é a que menos conta no nosso subdesenvolvimento.
Imagine que tem uma fábrica em que 80/90% dos seus trabalhadores são excelentes. Mas se essa fábrica for obsoleta e - por isso mesmo - aquilo que produz for caro e de má qualidade, acha que a culpa do fracasso é dos 20/10% de trabalhadores incumpridores?
Não me parece.

Estação de Sines disse...

O anónimo das 10 e 40 não desconversou nem insultou ninguém. Apenas teve uma visão mais abrangente do problema.
Já o efernandes insultou.
Braz este ainda é o teu blogue?
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A prova que é o meu blogue é que não me meto nos posts dos colaboradores.

efernandes disse...

Anónimo das 10:10 AM, Agosto 11, 2010...
Tão preocupado que você está com a educação deste ou daquele que merece o meu elogio (mesmo sincero)
Agora, essa sua preocupação, não lhe dá o direito com essa "rtetóirica" de "insultar" a Inteligência de quem lê os seus comentários, INCONSISTENTES e sem nexo real.
o País real não é assim meu caro.
Falar sério de coisas sérias é o mínimo que se pode exigir a qualquer cidadão sério. Será o seu caso?
Não me parece, mas essa é a minha opinião que, não lhe interessa nada!
Eu sei, e toda a gente sabe que para alguns, as vozes discordantes deveriam ser banidas-Já assim era noutra "era".
Neste espaço, em que como diz o Autor do mesmo, cada um responde pelos seus actos (não anónimos), a liberdade funciona até para os "anónimos", talvez não tão anónimos quanto isso! Vá dizendo "coisas" e já agora "clique" na publicidade porque dará uns dinheiritos...

Anónimo disse...

Até os trabalhadores com contrato sem termo e vencimento acima da média nacional podem ser precários... Neste caso numa precariedade de valores, ética e moral que infelizmente existe em empresas da mais pequena dimensão à maior. A precariedade existente em empresas em que administradores são autocráticos. Não lideram, mandam! Não motivam, obrigam. Não ouvem nem percebem, insultam e menosprezam. Admnistradores cuja unica visão que têm é de como usar e abusar das suas ligações politicas para usufruto próprio. Que desenham negócios baseados em subsidios sem qualquer tipo de sustentabilidade futura...Esta sim é uma precariedade! Que normalmente coexiste com a dos directores "YES MAN" cuja unica função não é gerir o que os administradores pensam, é simplesmente responder conforme aquilo que ele quer ouvir...PAssam por tudo e por todos para cairem nas boas graças do patrao para subirem mais rápido...Que importantes que são numa empresa!
E que dizer dos quadros intermédios que são criticos e não podem expressar a sua opiniao porque não os ouvem? Esses também estão numa situação precária...e que dizer de quem vive numa aparente paz podre de um contrato sem termo, que vê a sua empresa caminhar para o abismo, alerta tudo e todos e ninguem ouve? E sim, o que dizer de quem está na base hierarquica que ganha 500 euros e a quem é pedido/exigido tudo? Afinal o que se deve esperar de quem ganha 500 euros?
Enfim...