sexta-feira, 9 de julho de 2010

Corte-se as estradas!




A Artenius-Sines está prestes a receber o "coração" da fábrica, um reactor de oxidação com cerca de 289 toneladas que vai demorar dois dias a percorrer dez quilómetros entre o porto de Sines e a unidade fabril. 

Com um volume de 540 metros cúbicos, as dimensões do reactor obrigam a um transporte especial - uma plataforma comandada à distância - e também à remoção de uma ponte férrea inactiva, à elevação de cabos eléctricos e ao condicionamento do trânsito em algumas estradas.


Por isso, hoje que se deslocava no sentido Sines-Santiago, junto à rotunda da Barbuda, era obrigado a efectuar o desvio para Santo-André, depois virar para a Repsol, seguir em frente passando pela Carbogal, passar a nova rotunda e finalmente no cruzamento seguinte virar para a Metalsines, seguindo em frente por um pequeno troço de terra batida e depois finalmente entrar na via-rápida. Tudo isto sinalizado por faixas vermelha e branca, pouco policiamento e muita confusão, especialmente de quem não conhece estes caminhos alternativos. 


A direcção oposta era apesar de tudo um poco melhor. Sensivelmente perto da Metalsines, um individuo de colecte reflector, capacete e rádio na mão, desviava o trânsito para a antiga estrada de Santiago-Sines, até darmos com a nova rotunda que liga a Petrogal a Sines, onde aparecia finalmente um agente da autoridade. Aqui a confusão originada por quem se dirige no fim-de-semana a caminho do Sul, sem imaginar sequer que existem tais atalhos, era enorme.


Para já o novo reactor custou uns largos minutos de confusão no trânsito a largas centenas de automobilistas, veremos quanto custará no futuro ao bolso dos contribuintes e à saúde dos sinienses.



Nota: entretanto a avenida da praia encerrou ao trânsito. Quem trabalha e faz desta uma via privilegiada, pode sempre utilizar a antiga via-rápida da Costa do Norte, e divirtir-se com os trabalho em curso, para realização de uma estranha rotunda.


8 comentários:

Anónimo disse...

Boa observação.
Últimamente pelo País encontramos situações semelhantes.
Temos mais uma aqui bem perto: Andam a repavimentar um troço da A2 sentido Grandola- Alcacer durante a noite. Já passei por lá 2 vezes a a segurança é horrível, tudo mal sinalizado . Só damos conta dos trabalhos em cima.Os próprios separadores não se veêm.
Isto agora com a moda dos custos baixos das obras, a segurança passa a ser de 2ª.. Só vimos segurança nas obras quando as visitas VIP's aparecem.
Nas obras a segurança são os "empatas".

Anónimo disse...

"Hoje foi desmantelada toda a estrutura da fábrica ainda em construção da Artenius. Acaba assim um ciclo de indefinição no que toca à viabilidade desta fábrica. EDP, Repsol e Galp também irão abandonar a cidade de Sines. O concelho espera assim, um enorme agravamento da taxa de desemprego"
Será que isto é que não era uma verdadeira má noticia? O reactor da Artenius chegou a Sines e vai causar(causou) complicações...e daí? São dois dias...não são dois anos! Quando essa fábrica estiver a funcionar, serão mais umas quantas pessoas de Sines que directa ou indirectamente estarão a trabalhar para ela... Não vale a pena condenar a vinda de mais industrias... Foi este o caminho que esta terra escolheu à muito tempo e agora é bom que seja cada vez mais industrializada... Preparem-se as pessoas do concelho para isso, dê-se formação, crie-se condições para que as qualificações das pessoas estejam cada vez mais adaptadas às necessidades destas empresas...

Anónimo disse...

o problema não é o reactor. mas a falta de segurança, os incómodos - porque não fazem a deslocação durante a noite - a CGD - ou seja todos nós - que iremos pagar os custos de uma fábrica condenada à nascença e a falta de inteligência do anónimo que não entendeu o post.

Anónimo disse...

Eu também fui um daqueles desviado pele percurso descrito pelo Braz apenas com uma correcção, em vez de virar à esquerda em direcção à Metalsines virei á direita no mesmo cruzamento e evitei a terra batida. Aqui a terra batida aparece apenas para adensar o drama que afinal está longe de o ser, não são dois dias de trânsito condicionado que trarão mal ao mundo. Por outro lado o encerramento da Avenida Vasco da Gama vai mais uma vez celebrar a teimosia do presidente da Câmara tal qual a rotunda que será imprescindível para ligar nenhures a lado nenhum. Ao invés deveria fazer a rotunda mais à frente com uma variante até à ZIL II e evitaria a passagem de camiões pesados e carregados de substâncias perigosas por dentro da cidade, isso sim, seria uma obra muito importante.

cumprimentos

Nepumoceno Guedelhas

Anónimo disse...

Então não foi o Braz que anunciou a sua saída de Sines a bem do futuro e saúde do seu filho... . Pelos vistos não, foi só uma ameaça. Por outro lado, acho curiosa a constante perseguição ao projecto da Artenius neste blogue que, a bem dos direitos e liberdades de todos nós, é de salutar, uma vez que é um espaço onde as posições de cada um têm sido livremente expressas. Só questiono estas posições face às manifestadas em relação a outras empresas da região. Será porque os interesses pessoais e profissionais condicionam as opiniões? Quanto ao planeamento das viagens dos equipamentos da Artenius e constrangimentos daí decorrentes, salta aos olhos alguma falta de organização característica do nosso povo.

Concluo com o desejo de mais alguns contratempos no pacato trânsito da região, sejam eles provocados pela Artenius, Repsol, Galp ou outros investimentos que promovam o crescimento sustentado da nossa terra e daqueles que nela acreditam!

Cumprimentos

Anónimo disse...

Tudo isto que foi relatado é o designado "progresso", que a "seita" do M.C. tanto apregoa.
Sim "seita", que é o que eles são!
A designada rotunda de plástico é uma verdadeira obra de arte (de artista). O fecho da avenida outra obra de artista(s). No meio de tudo isto estão (estamos)todos os que se incomodam e não regurgitam blasfémias em defesa do progresso anunciado. Mas que fazer, temos que aturar tudo isto porque infelizmente não há meio de alguém trazer um pouco de juízo a esta terra e encaminhá-la na senda do progresso. É o destino!

Estação de Sines disse...

anónimo das 11,34.

A minha saída de Sines, trata-se de um desejo meu, que tem mais condicionantes que apenas a minha vontade, como facilmente depreenderá.

Segundo não tenho nada, em particular, contra o Projecto da Artenius, apenas tenho acompanhado os avanços e recuos, e como a qualquer outro cidadão reconheço o direito de opiniar sobre o assunto. Este projecto para além dos já patéticos anúncios de inicio, reinicio, novo arranque, etc, trata-se de um projecto PIN e tem capitais portugueses envolvidos, ou seja não é somente um mero projecto de um particular.

Quanto às minhas opiniões posso tranquilizá-lo - basta retroceder no blogue - que sempre disse aquilo que pensava independentemente de existirem reais ou potenciais interesses directs, indirectos ou cruzados entre a minha actividade profissional e as empresas do Complexo Industrial de Sines. Recordo-lhe que fui Director Adminidstrativo-Financeiro durante 10 anos de uma grande empresa, da qual todas as empresas do Complexo Industrial de Sines são clientes e poderá constatar que já aqui falei da EDP, Petrogal, Repsol, Euroresinas, Carbogal, etc.
Mas ainda poderiamos ir mais longe e questionar: não necessitaremos nós cidadãos da autarquia em diversas ocasiões da nossa vida? E nem por isso vez alguma deixei de manifestar a minha opinião acerca da sua actividade e do seu Presidente.
Portanto aqui, tiro na àgua, caro anónimo.

Por fim, o que falo neste post é na completa desarticulação existente entre a actividade industrial e a Cidade. O Complexo Industrial de Sines de uma forma geral, não reconhece a cidade de Sines como o seu polo central. Durante anos Sines era quase um acidente geográfico, para o GAS e restantes grandes empresas. Os tempos mudaram, reconheço o tempo de luta travado por Francisco Pacheco e o tempo diplomático desenvolvido por Manuel Coelho que tem "forçado" um certo reconhecimento à cidade de Sines por parte das grandes empresas. Mas estamos longe muito longe do minimo desejável.

Veja outros polos industriais - como Barcelona e Amesterdão - em que existe um compromisso sério entre a indústria e a cidade.

Não concordo que as grandes empresas pensem que funcionam como organismo autónomos, indeferentes aos meio que as rodeia.

Anónimo disse...

A Artenius é um roubo feito a todo este país. Pseudo-espanhola, vai ser paga pela CGD e não vai servir para nada. Nós portugueses fomos roubados em 900 mil milhões de euros por um grupo encimado por um tal Rafael Espanhol que juntamente com Socrates andou por aí de pá na mão a lançar a primeira pedra. A essa montoreira chamaram eles um PIN.

Esse senhor Rui Toscano é um impostor aí colocado pelo grupo Matosgil que entretanto se retirou do negócio de produção de PET. A Artenius é um barco à deriva que não vai dar emprego a ninguém.

A. Ventura