Lucro da EDP sobe 20%

Analistas tinham antecipado um lucro de 1.076 milhões de euros, pelo que o crescimento acabou por ser melhor do que previsto. A ajudar o lucro esteve um ganho de capital de 482 milhões, relativo sobretudo ao efeito de diluição da posição da EDP na EDP Renováveis (no valor de 405 milhões de euros). Nesses 482 milhões de euros estão ainda contabilizados os 49 milhões do ganho na venda das posições detidas na Turbogás e Portugen, o ganho de 17 milhões de euros obtido na venda 1,5% do capital da REN e o ganho de 4,8 milhões de euros resultante da alienação de posição na Edinfor.
O resultado líquido ajustado de itens não recorrentes após impostos (ganhos de capital, custos relacionados com Enersul e perdas por imparidade) subiu 7% para 925 milhões de euros, o valor mais elevado de sempre da história da empresa. O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) melhorou 20%, para 3,1 mil milhões de euros, a beneficiar do segmento das eólicas (224 milhões de euros), da distribuição (314 milhões de euros) e da "solidez" de resultados no negócio de produção e comercialização na Península Ibérica, refere a EDP. As vendas de electricidade subiram 25%.
Os custos operacionais recuaram 9,5%, num período em que o número de trabalhadores baixou 852, para pouco mais de 12.200 pessoas. A dívida líquida aumentou 10%, para 13,9 mil milhões de euros, reflexo do aumento de desvios e défices tarifários (mais 1,2 mil milhões), o investimento operacional em expansão e o pagamento de 759 milhões de euros pela extensão de domínio hídrico.
As acções da EDP encerram hoje a cair 3,57% nos 2,35 euros, na Euronext Lisboa.