Educação: Sócrates quer universalizar pré-escolar em "concertação" com câmaras e IPSS.
O primeiro-ministro, José Sócrates, frisou hoje que o objectivo de universalizar o ensino pré-escolar em Portugal será feito em "concertação estratégica" entre o Governo, as autarquias e as instituições privadas de solidariedade social (IPSS).
A politica do PSD, relativamente ao ensino pré-escolar, sempre passou pela promoção das instituições privadas de solidariedade social e Misericórdias, apoiadas pelas Segurança Social, o PS acrescenta a esta aposta as câmaras municipais, acreditando, até por uma questão ideológica, que o ensino deve ser "mais" público que privado, mas sempre sem descurar a importância das IPSS. O que se compreende e justifica pela experiência e capacidade de grande parte destas instituições. A rede de apoio social, criação e manutenção de postos de trabalhos e a proximidade destas instituições com a sociedade é um facto historicamente indesmentível.
Mas se quer o PSD como o PS, assim como a maioria das autarquias, assim pensa. Manuel Coelho e o seu executivo pensa de forma diferentes.
Factos:
A Cáritas Paroquial de Sines, IPSS, é a entidade gestora do Infantário Pintainho, há mais de 30 anos;
este infantário com as valências de creche e infantário, tem um total de utentes superior a 175 e conta com perto de 40 funcionários, efectivos;
No âmbito do seu objecto social e dada a procura de pais residentes na Freguesia do Porto Covo, disponibilizou para construir e gerir um infantário nesta localidade, cabendo à autarquia a cedência, em direito de superfície, de um terreno. INDEFERIDO, por supostamente existir uma associação local na disposição de prestar este serviço. Decorridos 3 anos, continuamos a ter inscrições e utentes oriundos de Porto Covo, por não existir este equipamento na localidade
Apesar de nunca esta instituição, apesar dos seus mais de 30 anos de existência, ter recebido um apoio financeiro da autarquia, solicitámos à semelhança de todas as instituições desportivas, culturais, sociais, etc, do Concelho de Sines, a inclusão da nossa instituição no Orçamento Municipal. INDEFERIDO, sem explicações.
À semelhança de muitas das instituições, clubes e colectividades de Sines, solicitámos um subsídio mensal, equivalente à média mensal do consumo de água. DEFERIDO informalmente. Passados 5 anos continuamos sem receber o referido subsídio, nem uma resposta formal.
À semelhança da maioria das outras entidades solicitámos um apoio financeiro para comparticipação de uma viatura comercial. INDEFERIDO em reunião de câmara (Manuel Coelho não votou, por se encontrar de férias), sem explicações.
Um pedido de comparticipação para a construção do novo equipamento social. INDEFERIDO, sem explicações.
Ter uma reunião a aguardar disponibilidade de agenda do Presidente da autarquia, desde há mais de três meses, diz muito do respeito que esta instituição merece por parte do Presidente da CMS.
O Governo Central decidiu apoiar financeiramente o alargamento da rede de pré-escolar, podendo as IPSS candidatar-se desde que em parceria com a Autarquia. Sabendo Manuel Coelho que a Cáritas iria iniciar a substituição das suas instalações por um novo equipamento, nem se dignou a informar, nem a convidar ou promover uma parceria com a Cáritas, impossibilitando a nossa candidatura. UM ACTO DE TRAIÇÃO INSTITUCIONAL.
Opinião:
Compreendo que questões de natureza ideológica, como o facto de a Cáritas ser uma instituição da Paróquia de Sines, ou o Presidente da Câmara Municipal de Sines ser defensor do ensino público, possam ter estado na origem destas decisões.
Contudo as suas decisões, se não esbarrassem numa instituição sólida nos princípios, rigorosa nas despesas, inovadora na visão, atingiriam o suposto objectivo: o aniquilamento desta como doutras Instituições que não sirvam os seus propósitos, ou as suas gentes
Não é demais relembrar que o serviço prestado, de elevados padrões pedagógicos, humanos e materiais, aos mais de 175 utentes e respectivas famílias, assim como os 40 postos de trabalho, não podem estar dependentes de opiniões ou vontades pessoais.
Acresce a tudo isto o facto de a Instituição ser receptora e distribuidora de alimentos, entregues pela Segurança Social e o Banco Alimentar, e roupas entregues por particulares, a mais de 200 famílias do Concelho de Sines. O crescente número de famílias carenciadas de pouco mais de 100 em meados de 2008, atingiu quase as 250 famílias na presente data.
Esta galopante carência social, tem exigido um esforço da instituição que tem complementado as crescentes necessidades das famílias carenciados, quer em número que em quantidade de alimentos, alocando recursos humanos, materiais e financeiros do Infantário.
Ou por desconhecimento ou por decisão, a nada disto a autarquia e os nossos políticos se mostram sensíveis. É triste e vil os rostos que o interesse politico pode assumir. Se a injustiça é abjecta, infligi-lá sobre quem mais precisa é repugnante.
É nos momentos mais difíceis da vida, seja das pessoas ou das instituições, que percebemos quem está connosco. É importante que as famílias dos 175 utentes, os 40 funcionários, as quase 250 famílias carenciadas, saibam distinguir quem está do seu lado, e reconhecer a injustiça.
Será que as grandes empresas, como a Petrogal e Repsol tem noção da injustiça que cometem, confiando na justiça do actual executivo, conheceram a forma como é distribuído o seu dinheiro, qual o critério que preside a essa distribuição?
Quanto a nós não baixaremos os braços, não sabemos fazê-lo, e garantidamente, saberemos passar a nossa mensagem com actos e palavras, de apoio, de ajuda, de esperança e de esclarecimento.
Este é o post mais triste que alguma vez escrevi.
19 comentários:
Da parte da Câmara Municipal, actualmente tudo que seja infraestruturas para as crianças, não têm qualquer importância (será que é por as crianças não votarem?). Em Sines não há um local com o mínimo de condições para as crianças brincarem, pois até o local mais utilizado (IOS) está com os seus equipamentos bastante degradados.
Como católico mas sobretudo como ser humano, respeito bastante o trabalho da Cáritas quer em Sines quer por todo o País. Como habitante de Porto Covo, fundador e dirigente de A Gralha, (Associação Para o Desenvolvimento de Porto Covo), tal como a Cáritas IPSS e parceira da Rede Social, que tem de momento com o apio da (SS)um Centro de Dia para apoio aos idosos na Freguesia, uma Lavandaria Soçial e que está em vias de começar a valência de apoio domiçiário (já aprovado pela SS), este post e com todo o respeito, mereçe da minha parte que normalmente não me meto nestas andanças um pequeno comentário. Foi a Gralha que fez para a Rede Social o dignóstico da Freguesia em termos de crianças com idade para Infantário, foi a Gralha a primeira IPSS que se dispôs, (desde que a CMS lhe cedesse o terreno) a fazer uma candidatura para o referido Infantário, não sabendo se a Associção que o Bráz se refere é a nossa, pareçe-me no entanto justo que, pelo trabalho de âmbito social já desenvolvido na Freguesia, fosse a Associação A Gralha, a escolhida para receber da Câmara o referido terreno, isto sem deixar de reconheçer o mérito da Caritas, quando da forma pelo Braz referida, tentou resolver este problema da Freguesia de Porto Covo.
Luis Gil
Amigo Gil,
A Cáritas de Sines, diagnosticou pelo nº de utente da freguesia de Porto Covo que frequentam o nosso infantário, e pelo nº de inscrições não satisfeitas, a necesidade evidente da existência de um infantário na freguesia de Poto Covo.
Perante esta situação reunimos com a SS no sentido de um protocolo de colaboração, o que acolheu uma excelente receptividade, até pela prévia existência de alvará, historial e protocolo de cooperação actual.
Nesta ocasião em que a rede social ainda estava em constituição, apresentámos a ideia à CMS, cabendo a esta "apenas" a cedência de um terreno em direito de superficie. A construção - mesmo sem existência de apoios comunitários ou outros -, funcionários e gestão seria , naturalmente da nossa responsabilidade.
Sempre fizemos questão de frisar que apenas estariamos disposto a avançar desde que não existisse nenhuma estrutura local disponível para suprir a car~encia existente.
Mais tarde a SS comunicou-nos que existia uma entidade em Porto Covo que iria fazer uma parceria (???) connosco para gerir um equipamento social. Nunca soube quem era a entidade, que parceria se tratava, nem da posição da CMS relativamente ao terreno, nem da rede social.
O importante é que decorridos 4,5 anos, o n.º de utentes e de inscrição não satisfeitas, mantevesse, tendo mesmo em alguns anos aumentado, pela inexistência de um equipamento em Porto Covo.
O que o post pretende transmitir é o tratamento que a CMS dispensa à Cáritas de Sines, em que a questão do infantário em Porto Covo, foi apenas mais um episódio, a que a CMS nos ofereceu o seu silêncio.
Quanto ao resto não temos pretensões de criar uma resposta social, desde que exista um entidade local, cuja "proximidade" lhe permite desenvolver um trabalho capaz.
Voto de bom trabalho, amigo Gil.
O humanismo de Manuel Coelho traduz-se nas centenas de milhares de euros para o FMM, desporto, assessorias, e colecttividade como artesanato, radiomodelismo, pião, berlinde, etc.
Quanto às necessidade sociais do nosso concelho, distribuiu um cartão de miséria, dá uma casas a alguns, faz uns almoços e jantares, festas e foguetes.
As associações a apoiarem, então e o seu protagonismo e os votos?
Não é estalimismo é ditadura personalizada
façamos contas 175 utentes X 2 pais = 350
250 familias X 4 pessoas = 1000
40 funcionários X 4 pessoas =160
1.510 prejudicados pela politica de Manuel Coelho e CDU, podem não ser todos de sines, mas também não considerei os avós.
Se a população tiver devido conhecimento disto, Manuel Coelho tá arrumado.
Força Micael.
Sempre que a CDU ( e aqui incluo o MC) são o mesmo, não controlam as associações ou estas não prestam vassalagem e vão ao beija mão, acontece isto.
As associações onde estes senhores se introduziram por intreposta pessoa ou directamente, deu sempre problemas, desde casos de policias a má gestão.
Mas isto vai acabar, e como disse o Manuel coelho, em outubro vão ver.
Como pai de uma criança do infantário, o maior prazer que teria era ver o novo infantário concluido e equipado, os carenciados a continuarem a recebr os seus alimentos, sem que a camara desse um tostão.
Mostrar a Sines, que é possível fazer o melhor equipamento que sines conheceu, sem ajudas da camara, nem das tretas de redes sociais e outras invenções, era a melhor lição. Quanto ao porto covo, cada um que se governe.
Pelo que entendo até os teus amigos, vereadores do PS, votaram contra a trista carrinha. Pois, eles tem prioridades com outras instituições.
Este é post mais triste que já li! Conheço e admiro o trabalho da instituição e sei do esforço financeiro que neste momento é aguentar todos os encargos financeiros. É realmente lamentável que quem pode ajudar não não se disponha, mas efectivamente será um grande orgulho para quem gosta daquela instituição ver que valeu apena o esforço e que as crianças desta cidade vão finalmente ter umas instalações dignas de todos nos orgulharmos. Parabéns continuem a fazer o vosso trabalho, pois há muito quem reconheça, apesar de não poder ajudar financeiramente a concretizar este e outros projectos.
Se o Manuel Coelho ganhao ou os sugacialistas, ainda vais escrever muitos mais tristes.
Acredita
Amigo Braz:
Li com toda a atenção este post, e de facto já nada me espanta nesta nossa terra. De facto a Câmara á muito que divorciou dos assuntos que verdadeiramente interessam aos sineenses, e não é só na area social como está a vista. Era bom que desses conhecimento deste post a população em comunicado talvez assim a mascara caisse mais depressa. Em proxima Ass Mun. esta assunto vai ser levantado se não for nenhum deputado a faze-lo.
No principio dsete blogge o Sr. Presidente até respondia, e agora tem alguma coisa a dizer? Diga, explique lá porque tratou da forma como aqui está exposto o trabalho grandioso das cáritas neste caso concreto da grande obra que está a vista de todos, a construção do infantário. Ainda não viu? Não reparou? Não lhe interessa?, talvez tudo.
Um abraço Braz.
Manuel Lança
Lamento que tenhas escrito este post. Retiro estas conclusões: Politicamente os miudos não interessam; A. Braz estás do lado errado...( quem não é a favor...); O Presidente da Câmara é não crente, logo não acredita nestes projectos católicos...menos ainda porque a ideia NÃO é dele; Quem se trama são sempre os mesmos,quem pouco tem; A obra social da câmara resume-se a um bairro ( guetho multiracial) o restante da obra é só a pensar em poucos (afortunados). O presidente da CMS está-se a borrifar se existe ou não um infantário em Porto Covo.
Na campanha do Manuel Coelho vai aparecer a promessa deste infantário.
Congratulo toda e qualquer iniciativa não camarária neste concelho, tanto da Cáritas, como da Gralha.
Bem hajam.
penso que a partir de Outubro terão outra esperança.
Abraxo ao Bráz e ao Gil.
Pedro Ventura
Como já alguém aqui disse, parece que até uma triste viatura comercial, os vereadores inclusivé os dos PS votaram contra, se a CDU, o MC e o PS votam contra o que mudará. Só se ganhar o BE ou o PSD. Não lhe parece Sr. Pedro Ventura.
O PS como oposição, não deveria ter alertado a população desta e doutras injustiças?
ou será que concordaram, com receio de uma obra, onde está um ex-PS?
E voce, no seu blog nunca mencionou, via com bons olhos o regresso do Braz e do Guinote?
Eu via com bons olhos o regresso dos dois à cena politica como independentes para se acabar de uma vez por todas com as duvidas, mas eles não são assim tão inocentes, eles sabem o que lhes esperava por isso é melhor é ficar na sombra e ir mandando uns pitafos de vez enquando.Também vos digo, é a minha opinião, preferia o A. Braz mil vezes ao Guinote.É que jogar pedra ao ar quando se tem telhados de vidro é uma chatice
Concordo em absoluto com o Observador.
Mas para quem como eu gosta de confirmar algumas das questões que são mencionadas no blog, tive curiosidade e fui às actas da Câmara e de facto verifiquei que o subsídio para apoio à aquisição de uma viatura em 2005 no valor de 4.000 euros, não foi aprovado, foi pena esperares até 2009 para publicares no teu blog?
Já sei! Estavas à espera que a Câmara aprovasse a escritura pública para cedência à caritas sem qualquer custo, do terreno onde se encontra o “pintainho”, o que aconteceu em 2006.
Deve valer para ai uns 500.000 euros, não?
Assinado
COBARDE (Anónimo)
Nunca gostei de meias questões. Afinal quanto vale o terreno?.Vale aquilo foi dito, foi livre de custas ou não?.
As acusações merecem alguma credibilidade, ou não?
Bráz, não os deixes bobear, afirma-te.
Para os menos informados e que só dizem mal, também informo que a CMS cedeu em direito de Superficie e a titulo gratuito um terreno para a Cerci, construir um lar residencial para apoio a quem dele necessitar, bem como apoia nalgumas vertentes o projecto, e o processo de concurso da empreitada. Mas efectivamente não vem para a Praça publica divulgar, nem fazer brilharete com este apoio social.
Informem-se melhor antes de falar mal e criticar.
Afinal quanto vale o terreno?.Vale aquilo foi dito, foi livre de custas ou não?.
As acusações merecem alguma credibilidade, ou não?
Bráz, não os deixes bobear, afirma-te.
O terreno nunca foi avaliado, foi cedido pelo GAS, que o expropriou a algum desgraçado, mas apesar de tudo e ao contrário de muitos outros este ainda foi colocado ao serviço da população.
Com a extinção do GAS os terrenos passaram para a posse das instituições, na Cáritas pelos visto ninguém reclamaou esse direito, ficando este para a CMS, que através de nossa solicitação o cedeu em direito de superficie, por 30 anos. Para o efeito reduziu as dimensões do terreno original e terá direito às benfeitorias, avaliadas em quase € 2.000.000, no final do contrato.
Já agora seria inédito a auatrquia, ceder terrenos e conceder subsidios a outras instituições e a nós vender-nos um terreno que estávamos a utilizar há mais de 30 anos.
Mas eu já começo a esperar por tudo.
E é algo demais ceder um terreno à Cerci ou outras instituições, não será uma das compet~encias das autarquias, daí receber dinhero do orça,ento de estado, para promover e assegurar o benm estar das populaç~ioes e a protecção social. Atão o dinheu«iro dos nosso impostos era só para festas e mordomias. Há pessoas que parecem, não são mesmo, parvas.
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