A população de Sines continua a ser abastecida, «em quantidade e qualidade», pela Águas de Santo André (AdSA), na sequência da contaminação por hidrocarbonetos dos solos onde estão situados os furos municipais, garantiu hoje o presidente do município.
A empresa do grupo Águas de Portugal abastece a cidade desde segunda-feira, data em que o município e a delegada de Saúde suspenderam as captações de água nos furos geridos pela autarquia devido à contaminação de solos por hidrocarbonetos, na Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS), próximo de aquíferos usados para abastecimento público.
A medida, tomada «preventivamente», deverá manter-se nos próximos dias, até que a situação «seja verificada e os autores responsabilizados», asseverou hoje à agência Lusa o presidente do município, Manuel Coelho.
«Assim que soubermos isto, vamos exigir aos responsáveis o pagamento dos encargos da contratação da AdSA, porque alguém tem de ser responsabilizado», vincou.
Os terrenos junto ao complexo da Repsol, numa área gerida pela Aicep Global Parques, foram objecto de uma «deposição clandestina», da qual já foram movimentadas «50 mil toneladas de terras com hidrocarbonetos», apontou esta semana o autarca à Lusa.
A medida, tomada «preventivamente», deverá manter-se nos próximos dias, até que a situação «seja verificada e os autores responsabilizados», asseverou hoje à agência Lusa o presidente do município, Manuel Coelho.
«Assim que soubermos isto, vamos exigir aos responsáveis o pagamento dos encargos da contratação da AdSA, porque alguém tem de ser responsabilizado», vincou.
Os terrenos junto ao complexo da Repsol, numa área gerida pela Aicep Global Parques, foram objecto de uma «deposição clandestina», da qual já foram movimentadas «50 mil toneladas de terras com hidrocarbonetos», apontou esta semana o autarca à Lusa.
A situação foi detectada durante os trabalhos de terraplanagem para início da construção da fábrica da Artenius, ainda em Novembro, altura em que foram oficiadas as entidades competentes.
Ministério do Ambiente, Inspecção-Geral do Ambiente e do Ordenamento do Território e Agência Portuguesa do Ambiente, entre outras entidades, foram já informadas pela segunda vez, aguardando agora a autarquia que «sejam tomadas medidas em relação ao destino a dar às terras contaminadas».
«Exigimos ainda que as empresas situadas na zona sejam proibidas de fazer furos nas suas áreas de fábrica, hipotéticos pontos de contaminação, e a remoção das centenas de toneladas de lamas oleosas depositadas no aterro da Maria da Moita», deu conta o autarca.
Ministério do Ambiente, Inspecção-Geral do Ambiente e do Ordenamento do Território e Agência Portuguesa do Ambiente, entre outras entidades, foram já informadas pela segunda vez, aguardando agora a autarquia que «sejam tomadas medidas em relação ao destino a dar às terras contaminadas».
«Exigimos ainda que as empresas situadas na zona sejam proibidas de fazer furos nas suas áreas de fábrica, hipotéticos pontos de contaminação, e a remoção das centenas de toneladas de lamas oleosas depositadas no aterro da Maria da Moita», deu conta o autarca.
Noticia completa em Diário Digital
Sem prejuízo da demorada e acertada decisão da autarquia de salvaguarda da saúde pública, esta notícia levanta algumas questões.
1. Dizer que a medida é «preventivamente», e deverá manter-se nos próximos dias, até que a situação "seja verificada e os autores responsabilizados", é o mesmo que dizer que doravante seremos abastecidos pela empresa Águas de Santo André, pois neste país não é hábito descobrir e menos julgar culpados de crimes ecológicos. Com sorte algum empreiteiro ou sub-sub-sub-empreiteiro será multado e o "produtor" das toneladas de terra com hidrocarbonetos, do alto da sua "responsabilidade social", desresponsabilizado, por desconhecimento.
2. Também não concordo com o termo de «deposição clandestina», que pressupõe fazer algo, pela calada, em surdina, e não se movimentam pelo menos "50 mil toneladas" sem ninguém dar por tal. Existem culpados por inacção, e não serão poucos.
3. Quanto a proibir as empresas situadas na zona de fazer furos nas suas áreas de fábrica, espanta é que ainda seja permitido.
4. Por fim em relação ao depósito das lamas oleosas, a Maria da Moita ainda há-de ser lembrada por muito anos, e pelas piores razões.
2. Também não concordo com o termo de «deposição clandestina», que pressupõe fazer algo, pela calada, em surdina, e não se movimentam pelo menos "50 mil toneladas" sem ninguém dar por tal. Existem culpados por inacção, e não serão poucos.
3. Quanto a proibir as empresas situadas na zona de fazer furos nas suas áreas de fábrica, espanta é que ainda seja permitido.
4. Por fim em relação ao depósito das lamas oleosas, a Maria da Moita ainda há-de ser lembrada por muito anos, e pelas piores razões.
10 comentários:
Isto é o resultado da manifestação dos carpinteiros, não queriam a inceneradora ai tem o resultado
Estas coisas têm que começar a ser levadas a sério. É que parece-me que andam todos a brincar com a nossa saúde, e sobretudo não vejo ninguém assumir responsabilidades e ser responsabilizado. Acho que enquanto habitantes mereciamos um pouco mais de respeito e consideração da parte de certas entidades daqui.
Não há palavras para a incompetençia da nossa câmara e especialmente do seu presidente Manuel Coelho. Eu sei que umas quantas festas com discursos mais ou menos inflamados almoços e lanches atirando as culpas para os outros com uns foguetes á mistura fazem esquecer tudo, todos sabemos que assim é. Mas será que as pessoas ainda não acordaram para a desastre que é a gestão do nosso municipio? Aguas contaminadas a culpa é dos outros ainda por cima afirmando que haviam ali 50 mil toneladas de terras contaminadas(?). De onde veem 50 mil Ton, de uma acentada?Que fez a fiscalização da câmara e o seu presidente? NADA. Mas que terras eram estas? Não teremos perante mais um delirio do Sr. Presidente? De tão delirante que é ainda não deu conta das suas responssabilidades por isso vai ter que explicar-se á população de Sines pedir-lhe desculpa mais uma vez pelo menos por deixar passar tanto tempo entre saber do facto e tomar tardiamente as medidas. Já reparou que está a mais? DEMITE-SE.
Não faze-lo é culpa sua, como culpa sua é tudo o que de mau tem acontecido a esta terra durante o seu consulado.
Volto Já.
Lembram-se da crise da ETAR de Sines e da Luta dos trabalhadores da Sisáqua por melhores salários, por melhores condições de Segurança Higiene e saúde no trabalho, mas também pelo respeito do ambiente?
Na altura lembro-me de se ter falado na porcaria que algumas empresas atiravam para lá e que por falta de capacidade técnica da empresa adjudicatária da ETAR, não eram tratados alguns efluentes perigosos.
Para muita gente isto passou-lhe ao lado e só olharam de relance quando as televisões falaram por causa da carga policial da GNR.
Muita mais merda haverá por aí e que seria importante serem verificadas por entidades supostamente INDEPENDENTES!
Mas quando o poder económico se sobrepõe ao poder político democraticamente eleito, está tudo dito.
Estamos a pagar localmente toda esta porcaria, enquanto outros na alcatifa dos seus aposentos na capital encheram o papo. Enfim...que mais dizer?
NADA DISTO É ESTRANHO OU SURPREENDENTE, BASTA ESTAR UM POUCO ATENTO A TUDO ISTO, VAMOS VER SE NO ANO QUE VEM ESTA PORCARIA MUDA PARA MELHOR.
O litoral alentejano cada vez parece mais o Burkina Faso, e Sines tem dado o seu devido contributo.
Gostei de "ouvir" o Forasteiro e também o Farto de Sines, por uma razão simples, tudo isto são notícias novas de assuntos velhos.
Peguem fisicamente ou pela Internet (site da CMS) no Sinieense Nº 57 Fev/Mar 2008, páginas 8 e 9 e vejam lá se tudo isto não tem barbas até ao cu, ainda por cima dito pelo pessoal da Universidade de Évora que o Coelho tanto gosta, e a avaliar pelo que foi dito, sabem da poda.
Nas mesmas páginas do mesmo jornal, também faz referência aos já nacionalmente célebres esgotos das Amarelas, leiam com olhos de ler, prova inequívoca de que o Coelho mente com todos os dentes que tem na boca(uma vez que continuam a correr até hoje), coisa que para mim não me espanta, porque nos coelhos os dentes crescem durante toda a vida, portanto hajam mentiras que dentes não faltam.
Bem, agora está na altura de lhes contar outra história.
As duas empresas cá do burgo que processam hidrocarbonetos, arrancaram há trinta e um anos, e desde essa data que têm os drenos (esgotos processuais) enterrados desde aí sem qualquer manutenção e uma vez que são feitos de tubos de ferro (aço carbono) revestido com uma simples fita de plástico exteriormente, apodreceram interiormente por acção dos ácidos contidos nos hidrocarbonetos, e despejaram ao longo destes anos milhares de toneladas dos mesmos para o subsolo.
Para comprovar o que digo, basta assistir á abertura de uma vala com um metro e meio de fundo nessas empresas e ver a mixórdia que lá se encontra.
Como isso não bastava, as ditas empresas abriram uma série de furos para abastecimento de água potável dizem eles, porque afinal bebem engarrafada vá-se lá saber porquê e fizeram com que todos esses esses hidrocarbonetos (superficiais digo eu) mergulhassem até aos setenta metros e mais, altura dos lençóis de água que a CMS explora e nos dá a beber.
Ainda conheço mais um monte de "coisas" sobre tudo isto, mas vou contá-las devagar, porque quando a escrita é longa, o leitor adormece.
continuo a aguardar pelo seu contacto.
Para variar a culpa irá morrer solteira.
Forasteiro , o unico senão dessa luta na ETAR foi a presença de alguns cromos , que só aparecem quando mete TV
Onde anda a população de Sines ?
Que cromos?
O problema é que os cromos não apareceram, senão o problema deixaria de o ser!
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