domingo, 5 de dezembro de 2010
Chiuuuu....
A ausência de imprensa local independente, informada e informativa que efectue trabalho de investigação, explica muito do silêncio sobre questões polémicas, mas fundamentais sobre Sines, mas não justifica tudo.
O Sines Tecnopolo, apresentado como um caso de sucesso do "regime" Manuel Coelho, é apenas o mais recente exemplo do ensurdecedor silêncio que grassa em Sines.
Revelou-se desde cedo uma boa ideia, num mau local. A sua missão estava inquinada desde o inicio, e acreditar que vingaria em Sines só é compreensível se, por bondade, aceitarmos que quem decidiu não tem conhecimento da realidade económica e do tecido industrial e empresarial da Região.
Rapidamente se revelou um verdadeiro flop, sustentado pelos cofres da autarquia - principal accionista - e pela formação profissional, que deverá ser uma das vertentes e não a vertente principal e quase única do seu funcionamento.
Ficámos pois com um bom equipamento físico, recuperou-se uma área degradada e à custa do orçamento municipal faz-se concorrência no mercado de formação profissional. Ou seja uma pseudo-empresa municipal deficitária, com nomeações politicas.
Mas como nas histórias tristes o pior estava reservado para o fim, e sobre o despedimento/demissão do seu responsável máximo caiu um manto de silêncio em cujas extremidades seguram o poder executivo e a oposição.
Mas este é apenas um exemplo, facilmente e de memória recordo a queixa dos serviços sociais da autarquia sobre verbas retidas indevidamente, a repetição dos problemas do famigerado art.º 47 de Porto Covo, a polémica do pedido de gravação das palavras proferidas pelo Presidente da Assembleia Municipal de Sines, a redução da comparticipação dos custos de transportes aos clubes que alguns tentam agora negociar em particular, a rotunda da Costa do Norte e o Pavilhão desportivo de Porto Covo, o endividamento municipal, etc, etc, etc
De todos estes assuntos se fala em surdina, com as mais sórdidas e rocambolescas afirmações, sem provas, sem direito de defesa, sem esclarecimentos, sem direito de resposta, desconfia-se de tudo e de todos, como se ninguém seja sério, honensto ou bem-intencionado.
Foi este estado de coisas que este blog também pretendeu combater, permitindo que quem acusasse ou suspeitasse o dissesse aqui, para quem de direito explicar e/ou defender-se.
Mas não, a falta de transparência parece que aproveita a alguns que preferem pensar que são incólumes à critica popular, e acreditam que deles nada se suspeita, tantas vezes despropositada e infundada.
Hoje limito-me a ver avolumar as suspeitas de corrupção e achincalamento na praça pública de tantos dirigentes políticos e não só, sem que exista um espaço que polemize as questões, contribuindo para o seu esclarecimento. Para mim chega, de todos os documentos que possuo sobre os diversos temas referidos, nem um minuto perdi a analisá-los, bastaram segundos para apagá-los, aquilo que ouço ou me contam respondo com um sorriso de indiferença.
Tudo isto percebi no primeiro dia que entrei em Tribunal e confirmei com o continuado silêncio dos lesados das medidas politicas, sejam as empresas prejudicadas, os desempregados preteridos, as colectividades ignoradas, a oposição esquecida, todos, mas todos preferem o conforto cobarde do silêncio, à inquietação corajosa.
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14 comentários:
A vivência é igual mas o meu espírito entra em sentido oposto.
Acrescentaria a vergonha que se passa em relação às benesses que uma certa ( pequena) comunidade Siniense têm usufruído, ele é sítios para festas sem pagar, ele não pagamento de rendas, ele é talhões no cemitério em exclusivo, ele é o não cumprimento das regras em locais que usufruem e que a CMS é proprietária e gestora, ele é o crescimento dessa comunidade vindo familiares e amigos para a zona, ele é quebra de leis municipais de venda, ele é... medo de 30.
creio que me vou juntar a uns amigos descontentes ( uns 1500)e fazer politica de "choque", sim porque as ameaças dão resultado, as palavras não... vejam se depois de várias ameaças por parte dessa comunidade existiram processos em tribunal... são pobres há que perdoar.
Mas é melhor não dizer nada da gestão imaculada.
recorres-te?
Aprende a nadar companheiro, Que a maré se vai levantar!
Aprende a nadar companheiro, Aprende a nadar companheiro,que a maré se vai levantar, que a maré se vai levantar... que a liberdade não está a passar por aqui...lá lá lá lá!
Quando as pessoas deixarem de ser invejosas e cinicas umas para as outras e passarem a analizar caso a caso, e tentar com isso perceber porque é que fulno ou beltrano se encontra em situação menos legal, ou por outro lado tentar ajudar nos locais destinados para esse efeito a resolver esses problemas das pessoas, em vez de as tentarem enterrar ainda mais, aí sim podem-se considerar pessoas normais, e ainda contribuem para que possa-mos viver com mais seriedade e a sermos mais humanos.
Queria só dizer que o meu comentário 5:18 PM,Dezembro 06,2010, se dirige apenas ao srº anónimo 10:19 PM,Dezembro 05,2010
O Anónimo das 5:18 não deve estar a ver bem o que diz, ou escreve..."Quando as pessoas deixarem de ser invejosas e cinicas umas para as outras e passarem a analizar caso a caso," não sou invejoso, trabalho. Analisemos caso a caso: começamos por aqueles que ganham do RMG ou RSI, nada fazem para sair dele, não trabalham, não fazem nenhum negócio claro mas têm filhos... esses sim uma mais valia. Vivendo do RMG/RSI vivem bem, trocam de carro, compram motas e moto4 de brincar a gasolina para os filhos menores, não pagam renda mas têm armas de caça em casa (mantêm os cães na rua ou nos baldios próximos). Outro caso: casa em Sines e em Stº André (tudo às custas dos outros) carros bons ... e não paga renda. Outro ainda que vive em barraca no Sul (Lagos salvo erro), têm umas belas carrinhas de transporte de mercadorias (30.000 cada??!!!) mas não paga renda em Sines. Sim tambem existe quem não tenha qualidade de vida e precise de ajuda ( são os se esforçam para pagar a renda ou por comida no prato.)
"e tentar com isso perceber porque é que fulno ou beltrano se encontra em situação menos legal"... MENOS LEGAL??? Se eu estiver menos legal, ninguém me ajuda... porque trabalho.
Devemos ajudar quem quer ser ser ajudado não quem vive como parasitas da sociedade e se aproveita daquilo que os outros contribuem, sim porque uma coisa é viver como se quer sem importonar ou usar os outros e outra totalmente diferente é ter o melhor dos dois mundos e usar ( e abusar) da caridade dos outros ou do estado social.
devemos TODOS contribuir sem excepção. Mas uns viverem à conta daquilo que eu e muitos outros ganham e em nada evoluírem ou contribuírem ( alguns pelo contrário).
Olhe bem para a igualdade.
Quando um anonimo fala só 10 por cento duma certa situação vem logo as pessoas com as palas nos olhos defender a comunidade com unhas e dentes como se a comunidade fosse os benfeitores de Sines.
Esteve em Sines o sr Francisco Lopes srá que o Estação de Sines está proibido de falar sobre o homem ó tambem tem medo de falar do PCP.
Quem é o Francisco Lopes?
anónimo 5:18 PM,6 DEZEMBRO,2010
Ainda ao anónimo 10:19 PM, DEZEMBRO 05,2010
De facto por lapso meu na interpretação do referido comentário, devido talvez a algum cansaço ontem da minha parte e também provavelmente da forma muito rápida em que o li, isso fez-me ficar com um entendimento completamente diferente do seu conteudo, como tal e uma vez que a minha própria postura não aceita esse meu erro, depois de eu próprio o ter detectado, retiro por compeleto o que disse, e acrescento que estou realmente a 200% de acordo com o que foi dito no seu comentário. Para mim o mais importante será sempre o reconhecimento.
Uma pena, Sines não é solidário para os próprios filhos, Sines é nada mais nada menos do que um bairro social de stº André e Santiago. Esta politica social da tanga está a acabar com os verdadeiros Sineenses e a fortalecer as comunidades indesejadas nos concelhos vizinhos.
Sejam solidários para quem trabalha, dar abrigo a quem contribui, eles votam é certo mas espalham o medo na vida nocturna da nossa cidade.
Tenho inveja das outras cidades vizinhas em que a segurança da população está em primeiro lugar.
Passem bem
A gravidade de algumas situações que se passam em Sines mereciam certamente uma discução no sitio próprio que é a Ass. Municipal. Naturalmente é neste quadro que essas "vergonhas" que a serem provadas, poderiam ter a adequada resposta da Câmara. Nunca foi tão apropriado dizer-se "É PRECISO FALAR VERDADE", é fundamental urgente e necessário faze-lo sem medos.
Se assim não for algo de mau pode acontecer, as pessoas estão atentas e cada vez tem menos paciênçia para aturar mentirosos.
A minha duvida e tenho muitas, é se essa discução alguma vez possa ser feita no quadro politico actual de Sines, em que a maioria da Câmara se confunde com a maioria da Ass. Municipal, numa sintonia verdadeiramente desmobilizadora para quem assite as Ass. Municipais.
Esperemos então os proximos capitulos.
Sines merece mais, merece que se fale com VERDADE.
TENHODITO
Caro Bras, post pertinente, quanto a mim só peca num ponto: apontar a oposição como um todo, quando efectivamente ela não o é. Efectivamente todos os temas focados no post foram matérias que, com mais ou menos enfase, foram abordadas nas ultimas AM. Umas por fazerem parte da ordem de trabalhos, outras colocadas pela unica oposição existente. E por muito que custe a alguns admitir, não sei se será o caso, ela é a CDU. Quanto a mim, para além deste ponto, falta no teu post abordares a questão das obras no Estádio Municipal, assunto também discutido no decurso das ultimas AM e cujos contornos são no minimo "confusos". Sem ele o teu post fica incompleto, na minha opinião.
"...ele é o crescimento dessa comunidade vindo familiares e amigos para a zona..."
Pura verdade. Mesmo que sejam pessoas com um desempenho medíocre. E depois, filhos da terra, DEVIDAMENTE QUALIFICADOS e muitos com provas dadas não têm direito a nada. Quem é que tem a coragem de acabar com isto?
"...ele é não pagamento de rendas..."
Outra verdade. As associações têm que pagar as rendas das suas sedes e espaços de trabalho, os funcionários pagam as casas onde vivem e há gente ligada a uma única associação que tem estas benesses. Quem acaba com isto?
Então e os valores distribuídos pela CMS vindos das empresas locais? Bastou surgir uma certa e nova associação para que toda a gente tivesse muitíssimo menos. Mas há alguém com poder para instituir a igualdade de direitos?
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