quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Greve em Sines

Os funcionários públicos de Sines não foram trabalhar hoje, mas também não aderiram à greve geral, uma vez que gozam o feriado municipal no concelho, onde o protesto se sente noutros setores e levou ao encerramento dos quatro terminais portuários.


No concelho, onde se celebra hoje os 648 anos da elevação de Sines a vila, as portas da Câmara Municipal chegaram a abrir durante a manhã, mas para uma sessão solene da Assembleia Municipal, que assinalou a data com intervenções das várias forças partidárias, que, à exceção dos eleitos socialistas, evocaram a greve geral.

Além do presidente da Câmara Municipal, Manuel Coelho (Movimento Independente SIM), também o vereador da CDU Francisco Pacheco e os eleitos na Assembleia pelo PSD e pelo Bloco de Esquerda discursaram na cerimónia expressando “solidariedade para com os trabalhadores em greve”.

Embora os serviços autárquicos, de finanças e de segurança social do concelho estivessem encerrados devido ao Feriado Municipal, a greve geral está a provocar perturbações noutros setores.

É o caso do Porto de Sines, onde, segundo disse à Agência Lusa o coordenador da União de Sindicatos local, Egídio Fernandes (nr: sim é o "nosso" Egídio) , afecta à CGTP, há “há paralisação completa”, com os “quatro terminais encerrados, na prática”, apesar de “nem todos os trabalhadores estarem em greve”.



Sem adiantar dados concretos relativamente ao número de trabalhadores que aderiam ao protesto, o sindicalista explicou que não estão ao serviço “os funcionários necessários ao funcionamento em segurança do Porto de Sines”.



A situação já levou, inclusivamente, à “retirada de dois navios de combustíveis líquidos perigosos para o largo, de forma a garantir a segurança”.



No concelho do litoral alentejano, segundo a mesma fonte, houve ainda perturbações no funcionamento de algumas empresas, como na central termoelétrica da EDP, onde a greve “inviabilizou o arranque de uma máquina, que representa um quarto da produção de energia da unidade”.



Nas instalações da Galp Energia, onde laboram geralmente 3557 trabalhadores, entre funcionários da Petrogal, de prestadoras de serviços e de outras empresas envolvidas nas obras de expansão, 1414 não estão hoje em serviço, segundo o dirigente sindical Hélder Guerreiro, que calcula uma adesão de “60 por cento”.

A mesma fonte, que não tinha ainda dados de adesão de outras unidades industriais da região, avançou que, noutra empresa instalada no complexo industrial, a Recipneus, todos os trabalhadores aderiram ao protesto.


ionline

2 comentários:

Bruno Leal disse...

Como é que vocês distinguem, quem decidiu gozar o feriado de quem aderiu ao protesto? Eu por exemplo, gozei o feriado ou aderi ao protesto?

Anónimo disse...

Cá para mim aderis-te ao protesto pois já deves pretencer á classe trabalhadora mas não em Sines onde foi ferido.