quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Empresas mais que Municipais

O Sines Tecnopolo , associação privada sem fins Lucrativos, da qual a Câmara Municipal de Sines detêm mais de 90% do fundo associativo e o Presidente da autarquia é presidente do Conselho de Administração, apresenta em 2009 um resultado de exploração negativo de € 242.987 e resultado liquido negativo de € 314.505.

 A Pró-Artes de Sines, cuja principal promotora é a Câmara Municipal de Sines, entidade gestora da Escola de Artes das Sines, apresenta em 2009 um resultado operacional de € 39.561 e um resultado liquido negativo de € 43.125.

Trata-se na essência, mas não na forma, de autênticas empresas municipais, sem as obrigações legais destas. No caso do Sines Tecnopolo a autarquia detêm mais de 90% pelo que prevejo a  curto prazo a participação no necessário aumento de capital. O segundo caso, em que a direcção coincide quase integralmente, chegando a confundir-se com o executivo, a autarquia "alimenta" a máquina.

Em termos económicos ambas estão longe de serem casos de sucesso, nenhuma consegue gerar receitas para financiar as suas actividades, estando dependentes de receitas extraordinárias, normalmente subsídios vindos dos cofres da autarquia. Ou seja não só não são sustentáveis como parte substancial das suas receitas resultam de subsídios da autarquia 

Pode-se e deve-se discutir a obrigação da autarquia financiar actividades culturais, desportivas, de acção social, etc - aliás delegadas pelo poder central, das quais verbas-, mas sem que se perca de vista o rigor da gestão e da prioridade.

É importante perceber qual a sustentabilidade destas Instituições, a sua dependência da autarquia,  a  importância da actividade/existência de per si e comparativamente com as restantes instituições. 

Por fim do ponto de vista ético quem decide a atribuição das verbas não deve exercer simultaneamente cargos fundamentais nas Instituições beneficiárias.   

9 comentários:

Anónimo disse...

Porque será que onde esses Srs estão as coisas dão sempre prejuizo?
Expliquem-me por favor quero saber......

Anónimo disse...

Todos nos sabemos que as Empresas Municipais servem para os tachinhos para os amigos e quase todas dão saldo negativo mas o sr Francisco Pacheco sabe muito bem como funciona a situação porque na ultima sessão de Assenbleia Municipal foi preciso votar para um tachinho de um amigo e todos votaram com um sorriso de alegria menos o sr do Porto Covo.

Anónimo disse...

Não dão lucro mas dão tacho aos do custume.

Anónimo disse...

A proxima empresa "mais que municipal" poderá ser desportiva...vejam o que eles andam a fazer aos clubes... vejam qual o objectivo...pensem nisto...

Anónimo disse...

Tinhamos aqui muito pano!!!
Mais importante do que perceber que deu prejuízo é saber onde foi gasto o dinheiro que lhes foi entregue...

Anónimo disse...

És tramado brás... Na essencia o teu comentário está mais do que correcto. São empresas sob a alçada da Camara e com malta do SIM. Também é verdade que só deram prejuizo. Mas, também sabes que o Sines Tecnopolo só poderá dar alguma especie de lucro(?) ou no minimo ter um resultado operacional próximo de zero, quando e se tiverem lá instaladas mais empresas...Até lá é certinho que as contas negativas vão continuar a aparecer... Talvez se eles tivessem feito algum tipo de estudo credivel de inicio, este facto pudesse ser minimizado...

Anónimo disse...

E quando é que estes "gestores" são "premiados" pelos "bons" resultados destas "empresas"?...

Devem ter direito a prémios de gestão, tal como as GALP, as PT´s, as Águas de Portugal (com viaturas topo de gama), etc...etc...

Ou comem "todos" ou não há moralidade neste país...

Isto está a pedir outro 25 de ABRIL...só "nos" falta coragem, não é, companheiros?...

Anónimo disse...

Boa tarde,

depois temos tb as empresas intermunicipais,tipo REGI (não sei para que serve, pois parece que faz o trabalho que as cãmaras podem fazer e tem pessoas que o fazem)AMLA, entre outras, é só mesmo para amigos,

parabens blog

Anónimo disse...

"Por fim do ponto de vista ético quem decide a atribuição das verbas não deve exercer simultaneamente cargos fundamentais nas Instituições beneficiárias."
CONCORDO absolutamente com esta afirmação. Mais que falta de ética, é promíscuo e tendencioso.
E acho também IMPORTANTE que alguém pressione a Câmara para revelar publicamente, nos seus orgãos de informação, o dinheiro que EFECTIVAMENTE dá à Proartes/Escola de Artes. Porque, o que se divulga, NÃO É O QUE É.