sábado, 3 de julho de 2010

Que se passa com esta "Fábrica?"

Esta é uma das duas Refinarias de biodiesel construídas ao abrigo do "pretenso" desenvolvimento de Sines, mas que está parada e ao que parece nunca arrancou.
Está ali Instalada na Zona Insdustrial do outro lado da Repsol, não se vislumbrando qualquer actividade laboral.
Que se passa para não trabalhar?
Quem responde?

6 comentários:

Anónimo disse...

Esta fábrica foi construída considerando os incentivos do governo ao biodiesel, assim que mudaram as regras e parece que a Galp também entrou no mercado, deixou de ser rentável.

para produzir a gerar prejuízo, é melhor nem começar

Anónimo disse...

Quem sabe responder a algumas questões importantes:
Quem é o promotor?
Qual foi o montante do investimento?
Quantos postos de trabalho ia criar?
Quanto recebeu de fundos nacionais ou comunitários?

efernandes disse...

Pois! E entretanto aquela nmontagem não foi de borla e foi bem paga, suponho.
Boa gestão de recursos!
O "engracado" de tudo isto é que se insiste em pedir ou exigir sacrifícios.
Digam-nos para onde vamos, PORRA!

carlos andré disse...

"Sines receberá a maior refinaria de biodiesel portuguesa. As obras de construção daquela que será a maior refinaria de biodiesel de primeira geração deverão arrancar em Outubro próximo. A laboração iniciar-se-á no final de 2009, princípio de 2010. A capacidade de produção é de 250 mil toneladas/ano. O porto de Sines receberá as matérias-primas.
A GreenCyber propõe-se investir cerca de 100 milhões de euros na construção de uma refinaria de biodiesel de primeira geração em Sines. A unidade refinará óleos de oleaginosas como o girassol, a soja, a colza, a jatrofa e a palma, que serão maioritariamente (90%) importados do Brasil, Angola e Moçambique, onde serão também feitos investimentos de até 400 milhões de euros na produção.
O porto de Sines será uma peça fundamental em todo o projecto, na medida em que servirá para receber as importações de matérias-primas, e a partir dele poderá fazer-se a exportação do biodiesel, seja por via marítima, rodoviária ou ferroviária.
A proximidade da refinaria da Galp, que poderá ser uma cliente da GreenCyber, foi outro factor que pesou na escolha da localização. O terreno disponível permitirá até triplicar a capacidade de produção, o que os responsáveis da empresa esperam possa acontecer num horizonte de dez anos.
Actualmente existem em Portugal sete unidades de produção de biodiesel, com uma capacidade de produção instalada de 525 mil toneladas/ano. Mas atravessam sérias dificuldades, por força da subida dos preços das matérias-primas.
Entretanto, a Galp e a Petrobrás têm planos para produzir no Brasil 600 mil toneladas de óleos vegetais no Brasil, destinando-se metade a ser refinada em Portugal.
O Governo fixou para 2010 a meta de incorporação de 10% de biodiesel nos combustíveis, num total de cerca de 600 mil toneladas/ano. Actualmente, o nível de incorporação deve rondar os 5%."

JULHO DE 2008 EM "TRANSPORTES E NEGOCIOS"

Anónimo disse...

Essa fábrica só por milagre irá arrancar bem como o projecto da GreenCyber. Todos os projectos no sector do biodiesel que foram para a frente em Portugal estão a atravessar dificuldades. Foram criadas expectativas erradas, foi criado um enquadramento legal e um sistema de apoios que ao contrário do que podia parecer, foi mais prejudicial do que benefico.. Todo o negócio do biodiesel para ser viável tinha como base uma isenção de ISP. Essa mesma isenção só poderia ser concedida se houvesse uma de duas coisas: ou havia incorporação de matéria prima nacional (vulgo girassol porque as outras não têm qualquer expressão nacional)que depois de extractado seria incorporado em biodiesel ou havia extracção nacional de óleos em que depois esse mesmo óleo seria introduzido no biodiesel. Com uma destas condições seria concedida a isenção de ISP que permitiria um biodiesel a um custo mais interessante para as empresas que o produzissem. No entanto, a situação actual é completamente diferente. Produção nacional de matéria-prima é cara o que torna consequentemente o óleo caro e o biodiesel a ser produzido nada competitivo, e extracção nacional, só há uma. Portanto as empresas que existem em Portugal se querem isenção por esta via, incorrem naturalmente em custo elevados que sem margem para duvidas torna o biodiesel não competitivo. A agravar, temos que a isenção de ISP para as empresas produtoras de biodiesel, foi concedida para um período de 3 anos, e finda em Junho/Julho de 2011, ficando a partir dessa data um vazio legal no que toca a sistema de isenções.
Conclusão: as empresas nacionais produtoras de biodiesel (bem como muitas outras nacionais) criaram todo um modelo de negócio a contar com as ajudas do estado (isenção de ISP). Não foi criado um modelo competitivo e como é óbvio, agora sem as ajudas, dificilmente se irão aguentar. Acresce a isto outra coisa, o biodiesel que é produzido noutros países, chega a Portugal a um custo mais baixo do que produzido cá...
Cumprimentos,C.

Anónimo disse...

Em Espanha passa-se exactamente o mesmo.
Em Huelva tambem existe uma totalmente pronta e completamente parada, onde houve uma metalomecanica de Sines a trabalhar nela e onde foi proposto fazer a manutenção, para não se estragar, mas nunca mais disseram nada.