quinta-feira, 22 de julho de 2010

Lá vem betão

Tal como a Bimby, os terrenos do parque de campismo de Sines, servem quase para tudo, mas parecem demasiado caros.

Primeiro terá havido uma tentativa de urbanização, ideia da qual ninguém me demove, depois o parque de campismo passaria para um particular  e seria construído junto da Ribeira dos Moinhos, o actual parque de campismo seria transformado num parque da cidade, a última versão pretende requalificá-lo de modo "a abrir um capitulo novo no campismo da cidade" com a criação de um espaço com módulos, tendas e bungalows que atraia o turismo de qualidade, segundo o presidente da autarquia. Sempre em grande, nada é pensado com peso de medida, passamos de um parque de campismo inqualificável para um parque de campismo de direccionado para um turismo de qualidade. Existe mercado para esse turismo?

Terá havido muito de promessas, mais de politicas e menos intenções. Ao certo perdeu o parque que como praticamente todos os equipamentos em Sines não sofreu obras de manutenção até à degradação actual, perderam os potenciais campistas, perdeu o turismo, perderam os comerciantes e por fim perdemos todos nós. Existirá alguém que tenha avaliado qual o impacto económico do encerramento este ano e da degradação e encerramento parcial em anos anteriores. estarão os comerciantes devidamente representados pela sua associação nesta questão? onde mora a oposição?

Se o parque não reúne condições para estar aberto, será que fica momentaneamente licenciada somente para os espectadores do FMM ? estamos perante uma excepção, tratar-se-á dum mundo à parte, dum desígnio municipal, que se sobrepõe à lei e à ordem, uma espécie de transe em que Sines se esgota no FMM?

A CM de Sines justifica o encerramento do único parque de campismo da cidade com a necessidade de concessionar aquele espaço, e se não houver interessados ficamos sem parque?

História que vai longa e cabeluda e acabará invariavelmente em betão.

6 comentários:

Anónimo disse...

Mais betão???
Não, não façam isso! Não podemos hipotecar o pouco de verde e da natureza que temos em favor de mais betão.

Anónimo disse...

Há poucos anos passavam pelo Parque de Campismo,28.000 turistas,que deixavam em Sines centenas de milhares de euros,agora zero.
É o combate á crise eféctuado pela
C.M.S.

Anónimo disse...

Braz, acho que utilizar a lista de mails que me parecem ser do miguel (o mail dele não consta) sem o consentimento dos mesmos é grave....devias repensar essa forma de fazer essas petições...à custa dos outros

Anónimo disse...

Sobre este assunto, estive a ouvir a comunicação do dr. MC informando a população acerca de mais uma medida milagrosa que vai resolver um problema que se arrasta.
Então é assim:
- o parque não abre este ano, senão para aquele pessoal que vem nos furgões e têm sempre um cão (FMM)
- para o ano vai abrir (??) com qualidade, para funcionar todo o ano como uma unidade hoteleira com equipamentos novos (bugalows, tendas, etc).
- para completar o milagre esta medida não tem custos para a autarquia, mas sim receitas uma vez que vai ser concessionado por concurso.
-ISTO TAMBÉM EU QUERIA-

Então vamos ver:
- onde arranjar um promotor disposto a gastar uns milhões em equipamentos e infraestruturas e ainda disposto a pagar direito de superfície por um prazo estipulado no concurso.(e quando terminar?)
- o concurso ainda vai ser elaborado mas sem projectos, sem concorrentes, e com nada, já dá a certeza que para o ano vai abrir.
- a CMS já tem larga experiência em concursos (cafetaria do C. Artes, bar da piscina, etc) que estão abertos há anos, mas este é dos bons!!!
- o que fez a CMS para atrair o tal turismo de qualidade, pois não temos vida nocturna, não temos centro histórico, não temos monumentos. Vão ficar fechados no parque? ou fazem como os filhos da terra vão ao porto covo no fim de semana?

Eu penso que vão levar anos nisto e depois da vedação cair e talvez um incêndio lá vem um construtor "benemérito" salvar aquele local degradado.
Fico a aguardar

Anónimo disse...

Bungalows????
Mas alguém faz campismo em bungalows? e módulos? de quê? da Lego? ou de CONSTRUÇÕES?
Seremos todos parvos, senhor presidente? (pedi a pergunta emprestada ao Miguel Sousa Tavares).Será que não há confusão entre turismo de qualidade e turismo que deixa muito dinheiro? e será que quem tem muito dinheiro vai para parques de campismo (mesmo com bungalows) e que quem vai para parques de campismo são por esse simples facto turistas sem qualidade?
Gostava que esclarecessem.
A não ser que estejam a pensar em bungalows como há nos resorts da África do Sul- mas então deixem de ser hipócritas e não falem em parque de campismo! E quem tem muito dinheiro escolherá ir para um bungalow em Sines (aspirando ar de origem e qualidade demarcadas -registe-se já a sigla AOQD) ou na Africa do Sul, ou na Tunísia?
Na minha infância o parque estava sempre cheio os três meses de Verão e os seus ocupantes animavam restaurantes como o Búzio e cafés como a Habimar. E os turistas do parque de campismo(entre outros) enchiam a feira de Agosto. Sabemos o que é hoje a feira de Agosto (uma versão alargada dos mercados de quinta-feira e sábado, mas com carrinhos de choque), e o parque.Quanto ao Búzio e à Habimar, RIP. RIP também para o restaurante da Malhada, aquele que dava para a Rua 25 de Abril.

Embora não seja chauvinista, começo a pensar que cada terra deveria ter como presidente alguém que dela seja natural, de forma a que tenha respeito pelas tradições e memória. E ainda assim não é garantido...
MPDAguiar

Anónimo disse...

"Embora não seja chauvinista, começo a pensar que cada terra deveria ter como presidente alguém que dela seja natural, de forma a que tenha respeito pelas tradições e memória. E ainda assim não é garantido..."

Sublinho!! Mas, infelizmente, não temos ainda alternativa política credível que possa, efectivamente, provocar uma mudança.