quarta-feira, 23 de junho de 2010

Sines nas notícias

O duplo homicidio ocorrido na Barragem de Morgavel, enche as conversas de café e a imprensa, não deixando espaço para outro acontecimento que poderá ter consequências dantescas.

Ontem voltou a ocorrer outro acidente na Repsol, tendo-se sentido uma explosão na zona Este da cidade de Sines. Apesar da elevada concentração de industrias que manuseiam materiais perigosos o Complexo de Sines não tem um historial gravoso de acidentes. Ao contrário do que alguns afirmam não penso que se deva à sorte, pelo menos totalmente, mas à manutenção preventiva e correctiva dos equipamentos e aos mecanismos de segurança e detecção instalados. Mas por outro lado nos últimos tempo tem vindo a ocorrer um conjunto de incidentes, que se tentam desvalorizar, e que em minha opinião, também não se explicam somente pelo azar.

18 comentários:

Anónimo disse...

Um Acidente na repsol!! hummm gostava de saber que acidente foi??
Pelo que sei o que aconteceu foi uma decomposição num reactor que por consequência fez disparar um disco de ruptura, que provocou o barulho que pelos visto ouviram em SInes!! nada mais, isto é um Acidente???

Chico Pázudo disse...

Começo a temer por Sines e plos sineenses. Porquê? Porque esta maldita crise, pode levar a cortes em despesas importantes como segurança e manutenção. Já não seria a primeira nem será a última vez que acontecem desastres industriais, com origem neste tipo de gestão e decisões. Penso que o pessoal em Sines tem que estar atento, até porque a crise toca a todos e as empresas existem para dar lucro, fundamentalmente. Se baixarem a guarda, em termos de segurança e de manutenção, temos meio caminho andado não apenas para o aumento dos níveis de poluição como também para um grave acidente industrial de consequências muito nefastas. Temos que manter os olhos bem abertos, porque é a nossa saúde e das nossas familias que está em jogo.

Anónimo disse...

Ora aí está um tema decisivo para a Cidade de Sines, mais que o ambiente, a segurança da operação das unidades industriais. Cinco factos muito concretos concorrem para a crescente preocupação com a segurança:

1. Redução de pessoal no corpos de segurança das empresas.

2. Manutenção minimalista dos equipamento.

3. Envelhecimento das unidades industriais.

4. crescimento da Cidade em áreas onde deveria ser inapelavelmente proibída a construção.

5. Inoperacionalidade e falta de articulação entre os Bombeiros Voluntários e os corpos de segurança das empresas do Complexo Industrial.

Espero ter ajudado e contribuido para o debate que repito é urgente.

Cumprimentos

Nepumoceno Guedelhas

Anónimo disse...

"Ontem voltou a ocorrer outro acidente na Repsol, tendo-se sentido uma explosão na zona Este da cidade de Sines"
Acidente???
Tratou-se afinal de uma decomposição na L1 do PEBD, situação que acontece por vezes, nada mais do que o rebentamento de disco, sempre que há decomposição, e que funciona como medida de segurança, e é normal acontecer nessas situações.

Anónimo disse...

O que aconteceu na Repsol não foi nenhum acidente. Sim, de facto houve uma explosão que provavelmente muita gente ouviu. O Complexo Petroquimico é constituido por áreas fabris de diferentes processos (Steam Cracker, Central Eléctrica, Butadieno, Polietileno Baixa Densidade "PEBD" e Polietileno de Alta Densidade "PEAD"). O que aconteceu ontem foi uma decomposição no Reactor do PEBD. Isto acontece por vários motivos (por ex: instabilidade no processo). A explosão que ouviram foi proveniente dessa situação. O Reactor trabalha entre 1200 a 2000 bar de pressão e contem discos de ruptura que em pressões acima dos 2500 bar e a temperaturas elevadas (que provoca decomposição) rebentam, constituindo uma segurança para a própria fábrica, para o Complexo e para a área que os rodeiam. Não receiem nada porque não aconteceu acidente nenhum. É uma situação perfeitamente normal que acontece de vez em quando. Para ser mais simples, pensem numa panela de pressão. Tapem-lhe a válvula e vejam o que acontece - a panela rebenta. Os discos de ruptura rebentam e servem como despressurização rápida do equipamento. Calma, não fiquem nervosos, ainda bem que este Complexo tem excelentes dispositivos de segurança, a empresa é auditada frequentemente em relação à segurança!
Um abraço

Funcionário Repsol.

efernandes disse...

Naturalmente que a empresa não irá divulgar os pormenores do acidente. No entanto, devido ao estrondo que se ouviu por volta do meio dia e meio, Se houvesse uma explicação oficial, poderíamos ficar mais descansados! (ou não)

Anónimo disse...

Meu Deus, o que se lê por aqui!!!!! Não houve nenhum acidente, o estrondo que se ouviu foi derivado ao disparo dos discos de ruptura de um reactor, ou seja, significa que o sistema de segurança actuou. Mal estávamos se não se ouvisse o estrondo.

Estação de Sines disse...

Aqui fica o meu pedido de desculpas, pois hoje pode confirmar que não se tratou de nenhum acidente. Mas a questão fundamental mantêm-se:

é hoje a manutenção feita da mesma forma e cuidado que anteriormente;

o plano de investimento em equipamento em substituição, mantêm-se;

o pessoal afecto à segurança, mantêm-se-

Esta é que são as questões importantes, pois a BP, até à data do acidente também ironizava e ufanava em explicações técnicas.

efernandes disse...

Confirmando-se que afinal não foi acidente (ainda bem), são legítimas as preocupações aqui descritas por alguns, até porque os acidentes não são impossíveis e como foi dito, a BP também se escudava em desculpas. Não será o caso, este que se passou e está se passando como facto normal.
Pela minha parte o agradecimento pelo esclarecimento do funcionário da Repsol mesmo que anónimo, utiliza termos, que em princípio, estarão correctos e fiáveis.

Bruno Leal disse...

Bem, se não foi acidente espero que não se trate de uma rotina, agora semanal da Repsol, porque não acredito que isto aconteça quando as coisas funcionam bem, parece-me isso sim, que se chega a estas situações porque as coisas ultrapassam vários limites e barreiras anteriores de segurança. Mas tudo isto é conversa de um leigo, que apenas especula o que se passa lá dentro, no entanto, não é preciso ser um expert, para perceber que estes rebentamentos que têm vindo a acontecer cada vez com mais regularidade, não são nada agradáveis para quem cá vive.
Na minha opinião eles devem ser explicados à Autarquia e esta deverá transmitir essas explicações à População e a Repsol, deve fazer tudo o que estiver ao seu alcance para reduzir estas explosões assustadoras.

Alberto disse...

Não falta muito para termos de pedir desculpa aos funcionarios da Repsol e congeneres por nos assustarmos. Desculpem lá ó pessoal, mas a malta não percebe nada de discos que rebentam, só sabemos que os acidentes acontecem precisamente por falhas na segurança. Vocês estão em casa na boa, ouvem um estrondo e pensam: lá se foi um disco...tudo bem.
O cidadão comum pensa: lá vai esta m...pelos ares!

Anónimo disse...

Falta de comunicação pura e de respeito pela população, que se tivesse informação e expicações da empresa não especulava e muito menos se assustava. Estas não podem ser feitas assim, assustando as pessoas que já vivem com o coração nas mãos, sem um comunicado, sem uma explicação, para descansar as populações. Aos senhores administradores da REPSOL não lhes ficava nada mal terem outra atitude e mais respeito pela população de Sines.
Ficam por responder e por saber, as questões aqui levantadas sobre segurança e manutenção, e se podemos confiar no trabalho que está a ser feito nessas áreas.

Anónimo disse...

A questão da BP aqui levantada é muito pertinente, porque além do desastre ecológico que provoca e não sabe como lhe por termo, faz agora cinco anos de um acidente devastador numa refinaria sua onde morreram 15 pessoas. Seria também interessante passarem no sítio da autoridade americana (CSB) que investiga os acidentes industriais para verem o que lá é dito sobre a BP e sobre a operação em unidades industriais semelhantes às que temos aqui no nosso concelho.
Quanto aos funcionários diligentes resta-me agradecer a suas explicações que deveriam ter sido dadas pela Direcção da Repsol à Protecção Civil Municipal e depois informada a população em tempo útil. Por vezes a diligência rima com negligência e incompetência.

cumprimentos

Nepumoceno Guedelhas

Anónimo disse...

Parecem-me pertinentes as dúvidas das pessoas. Está em causa a sua segurança. O incidente ou lá o que foi é que também não me parece normal. Actuaram as seguranças últimas, o que significa que antes algo falhou. Não veio mal nenhum ao mundo, mas as observações sobre redução de custos de manutençaõ são pertinentes. Agora, meus amigos a actuação da Protecção Civil (sob a (i)responsabilidade do Presidente da Câmara)é que foi inedaquada. Deveria, como entidade que se pretende idónea e responsável, ter vindo a terreiro explicar o que se passou e sossegar-nos a todos. Mas não, enfiou a cabeça na areia e nada disse. Que confiança poderemos ter nós numa estrutura destas?
Passem bem.

Anónimo disse...

E JÁ AGORA PELOS VISTOS PARECE QUE NINGUEM DAQUI OUVIU OUTROS DOIS PETARDOS POR VOLTA DAS 5 DA MANHÃ DO DIA 17 DE JUNHO, PORTANTO NA SEMANA PASSADA. É BOM QUE O BOM POVO DE SINES ESTEJA MAIS ATENTO.

Anónimo disse...

Se a empresa não consegue dar satisfações ao meio onde está envolvida. Se a protecção civil nada faz, nem sequer um simples comunicado para sossegar e tranquilizar os cidadãos, com explicações técnicas,etc, significa que estamos mal servidos e não há o respeito que devia haver pelas nossas vidas. Se foi assim num caso destes, normal diz este funcionário da Repsol, o que faria se estivessemos perante uma catástrofe? Dá que pensar, ein!!!!

Anónimo disse...

Se há tantos anos que rebentam discos, (desde o tempo da Neste, Borealis, Repsol), e nunca ninguém deu explicações, porque haveriam de as dar agora?
Já foi aqui explicado que se trata de um facto normal quando há decomposição, e que ocorre à muitos anos, (talvez este com mais frequência), e só agora é que deram por isso?
Tanto alarido!!!!!

Bruno Leal disse...

Caro anónimo que acha que tudo isto é alarido, nós fazemos o alarido que quisermos, assim como as empresas o fazem, é a chamada igualdade de direitos...