terça-feira, 15 de junho de 2010

A não perder de vista

Quase que esquecia de informar os visitantes deste espaço que por estes dias no Tribunal de Santiago do Cacém estão a ser ouvidas, pelo Ministério Público, as testemunhas referentes à participação dos vários partidos candidatos às últimas eleições autárquicas, que foram devidamente divulgadas neste espaço em altura própria.



post: Tudo isto é triste
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) recebeu hoje reclamações sobre propaganda política ilegal que não ocorriam no país há mais de 10 anos, incluindo a de um autarca instalado à porta das urnas a pedir para ser reeleito.
"Esta manhã denunciaram-nos que um presidente de Câmara do distrito de Setúbal foi para o pátio de uma escola, onde os eleitores iam votar, a pedir para votarem nele e a distribuir cópias do boletim de voto já com a cruz no local onde deviam votar", afirmou à Lusa Nuno Godinho de Matos, porta-voz da CNE.
Este responsável escusou-se a identificar o presidente de Câmara: "A situação é tão grave que posso apenas dizer que é do distrito de Setúbal", afirmou, adiantando desconhecer se a GNR foi chamada ao local ou se foi entregue queixa ao Ministério Público.


Sapo Notícias



post: Um dia na escola primária

A CDU acusou hoje o Movimento SIM, liderado pelo actual presidente da autarquia, Manuel Coelho, de distribuir cópias dos boletins de voto com a cruz na sua candidatura, na escola, junto às assembleias de votação.
A candidatura comunista, encabeçada por Francisco do Ó Pacheco, garante ter presenciado a distribuição de cópias dos boletins de voto por elementos do Movimento Sines Interessa Mais (SIM) no recinto da Escola Primária nº 1 de Sines, único local de voto na freguesia.
"Estamos a falar dum comportamento que hoje foi tido aqui durante todo o dia que consideramos perfeitamente lesivo", apontou à Lusa Francisco Pacheco.
"Dentro da assembleia de voto, no espaço da escola, onde as pessoas vão exercer o seu direito de voto, houve a entrega de fac-similes dos boletins de voto, com a indicação do voto no Movimento SIM", acusou, mostrando um dos referidos documentos.
A CDU tenciona assim apresentar queixa à Comissão Nacional de Eleições (CNE), segunda-feira, bem como à Ordem dos Médicos.
"Para agravar a situação, um desses documentos, que temos em nossa posse, tem no seu verso uma receita médica assinada pelo candidato do SIM enquanto médico para a pessoa ir levantar um medicamento à farmácia", acrescentou.
Respondendo às acusações dos comunistas, Manuel Coelho afiançou tratar-se de "uma falsidade grosseira".
O candidato considerou tais acusações "graves" e pediu a "prova" de tal atitude. "Se alguém disser isso, eu faço queixa-crime, tem de provar o que diz", vincou.
Para Manuel Coelho, tal acusação deriva do facto de "ter aparecido alguém dos eleitores com um desses fac-similes dos boletins de voto. Nesse momento, alguém da minha candidatura mandou logo recolher isso", justificou.
Francisco Pacheco lidera a candidatura da CDU, tendo presidido à Câmara Municipal de Sines durante 21 anos, até 1997, altura em que Manuel Coelho foi eleito. Depois de doze anos na autarquia, Manuel Coelho desvinculou-se do PCP no início deste ano, apresentando-se agora como candidato independente.

Diário de Notícias

5 comentários:

Anónimo disse...

Ainda dura! Espero que na altura dos meus netos votarem a coisa já esteja resolvida.

Anónimo disse...

pois é amigo coelho, toca a todos, uns por inacção outros por acção.

pelo que vejo o Ministério público aceitou a queixa de publicações num blogue e ainda tem dúvidas sobre as queixas do dia das eleições.

isto vai acabar mal, pelo menos da multa ninguém livra o cidadão coelho e o SIM.

Anónimo disse...

Não acredito.
Isto vai acabar em "nada".
Não vai aparecer ninguém a dizer "eu vi" ou "eu recebi um papel de fulano".
Se alguém tivesse coragem para o fazer talvez o tribunal condenasse alguém, mas não acredito que haja coragem para isso.

Anónimo disse...

O almirante um dia disse: Calma que o povo é sereno!

Anónimo disse...

Eu se tivesse visto, não tinha problemas em dizer. Felizmente eu e a minha família não estamos ao alcance dos tentáculos do poder camarário.

O problema é que eu não vi tal situação quando fui votar.