sábado, 22 de maio de 2010

235 Milhões depois

235 milhões de euros, € 235.000.000, 47 milhões de contos é o dinheiro que Manuel Coelho dispôs desde que foi eleito, até ao final de 2009. Isto apesar dos constrangimentos legais, que em boa hora o Governo Central colocou ao endividamento das autarquias.

No no ano de 2009, em que governou sem "as grilhetas partidárias" endividou a autarquia à razão de quase € 20.000 dia.

Sines é hoje melhor do que há 12 anos? Tornou mais atractivo em relação aos outros Concelhos? Aumentou a qualidade de vida? Não, não e não. Pelo menos nunca considerando que teve 235 milhões de euros para fazê-lo.


Sines apenas conheceu dois presidentes eleitos democraticamente, o primeiro Francisco Pacheco,l será recordado pela luta que travou em Sines e o gigante industrial dirigido pelo GAS, Manuel Coelho, apesar de acreditar que sim, não será lembrado pelo CAS, pela Escola de Artes, nem pelo FMM, mas pelo estado comatoso a que levou a autarquia.

A falência da autarquia de Sines, uma das mais pequenas do país em população e dimensão territorial e com maior nível de receitas per capita, colar-se-á à memória da sua passagem pelo Governo local como uma sombra, para sempre.

Eis a verdadeira crise:

(em euros)
receitas 1998: 11.810.033
receitas 1999:   9.861.030
receitas 2000: ( valor estimado) 12.000.000
receitas 2001: 15.441.137
receitas 2002: 15.345.871
receitas 2003: 13.829.159
receitas 2004: 17.008.716
receitas 2005: 17.602.784
receitas 2006: 16.635.618
receitas 2007: 28.314.289
receitas 2008: 22.724.770
receitas 2009: 31.175.196

total receitas:  211.748.603

endividamento em 2009: 28.223.221
endividamento em 1998:   5.000.000
aumento da divida:          23.223.221

total disponibilidades: 234.971.824

11 comentários:

Anónimo disse...

Pois é, pois é......, e esta eh! e agora o que dizem disto? A culpa é do Chico Pacheco? e do PCP? accredito que seja em parte do PCP, que deixou estar o Coelho tanto tempo lá! Isso o Povo tem razão, mas tb votaram nê-le? não se podem queixar, o Homem sempre foi segundo consta chamado ao partido que o meteu lá para dar contas e lhe chamarem a atenção que ele não podia fazer o que estava a fazer com a câmara e ele descompunha a malta? segundo consta aproveitou o período que o chico esteve mais enrascado de saúde para gastar ainda mais, agora está aí, quando sentiu os calos bem apertadinhos no PCP, deu de froche, ano de 2009, não se esqueçam que já geriu a câmara como independentes......, só com 1 vereador da CDU e sem polouros que ele tirou-os todos, por isso aí está, cravadinho em dívidas até aos coses, mas não se rala nada, segundo consta os funcionários é que estão à rasca para o subsídio de férias, não há dinheiro vai tudo para MÚSICAS DO MUNDO, e os funcionários népia, está bonito tá, já há quem diga que fazem um acampamento na câmara se não houver dinheiro para os ordenados e subsídio. No tempo do chico dizem os trabalhadores antigos que ele dizia que os ordenados dos seus trabalhadores eram sagrados e que andava sempre a perguntar ao Sr. António Estolano (já falecido), que era o Chefe da secretaria se havia dinheiro,agora como vai ser? eu não acredito que o HOMEM vá chegar ao ponto de não ter dinheiro para os ordenados, isso é má lingua, é só para os funcionários estarem mais estabilizados, não acreditem nessas bocas que correm por aí....., digo eu que tenho um trabalho que é tb do estado mas ainda não está em crise.
Bom vamos esperar para ver.....

Anónimo disse...

Pois é, ou melhor devia ser, números são números.
Mas a realidade é que a "verdade" em Sines não é a dos números, é a da fantasia, da mentira, do aligeirar da culpa, atirando para cima de outros as responsabilidades.
Argumentar com a "crise, faz parte da "verdade" que "têm" de ser aceite. Mesmo sabendo, que a "crise" sendo verdadeira, representa uma ínfima parte do problema e que se tomadas as devidas precauções poderiam as suas consequências ter sido minoradas.
Argumentar que os dinheiros da CEE não vieram, daí não se fazer, é a "verdade" que "têm" de ser aceite.

Pensar ou apontar tudo aquilo que o Brás aponta no seu post é hoje em Sines contra-natura.
Questionar as opções politicas seguidas, elas sim a causa maior da realidade presente, é hoje em Sines, eticamente reprovavel.
Questionar onde está a responsabilidade de quem durante os últimos 12 anos, em exclusivo e de forma "absolutista", teve a responsabilidade de gerir a câmara, é hoje em Sines eticamente reprovável.
Por outro lado existe uma "cegueira" colectiva, que tolda a realidade. Uns "não a querem ver", outros "não a podem ver" e outros mesmo vendo baixaram os braços.
Pacheco Pereira, no seu artigo do Publico de sábado, fala que Portugal e os portugueses se encontram num estado de Acédia, Sines então deve ser o expoente máximo.

Anónimo disse...

O que será preciso para fazer cair a actual gestão camarária e ir a eleições com listas totalmente diferentes?
Alguem Sabe?

João C.

Anónimo disse...

O tamanho do aumento da dívida entre 1998 e 2009 mostra que Manuel Coelho e a sua equipa (que no essencial é a mesma em todo o período em causa) não sabem gerir uma autarquia, Ainda seria compreensível um certo aumento do défice (mas nunca aquele que se verificou!) se tivessem sido construído equipamentos necessários, como um espaço para feiras e exposições, umparque da cidade, estacionamentos subterrâneos ( e repare-se que neste caso poderia haver empresas privadas interessadas numa parceria, o que diminuiria os custos públicos), remodelação e manutenção de património municipal, arranjos urbanízticos, acessibilidades, se tivesse sido prestada atenção ao centro histórico, etc. Mas não: o dinheiro escoou-se por entre os dedos destinado a finaciar o FMM (se a média de prejuízo tiver sido de € 350.000,00/ano x 12 anos dá mais de € 4.000,00) a Escola de Artes, o CAS (com menos dinheiro construiu o município de Santiago uma biblioteca que o parece, com um auditório digno desse nome), a contratação de pessoal e de prestações de serviços a entidades externas.
Não se descortina uma ideia de governo da cidade e do município ( que não se reconduz a Sines, mas abrange metade da Sonega, o Porto Covo e as zonas rurais). A única ideia é gastar dinheiro com "bens imateriais" como se a cultura fosse o princípio e o fim de tudo. A cultura começa na casa de cada um, e as entidades públicas têm a obrigação de propiciar os meios para que a sociedade civil promova a cultura, mas não podem essas entidades esgotar a sua actividade e disponibilidades económicas com a cultura. Não é ela que fixará investimentos em Sines, não é ela que tratará riqueza, postos de trabalho e, só por si, qualidade de vida.
O desnorte dos autarcas que governam Sines só será sentido em toda a sua dimensão quando uma euipa responsável pegar nos cacos e disser à população que durante uns anos as receitas servirão essencialmente para pagar a dívida e pagar, em sistema de autofagia,os salários dos funcionários.
Aposto que esses não voltarão a ser eleitos.O povo gosta é de circo.

Anónimo disse...

Alguém está a ver, por exemplo, o festival Rock in Rio Lisboa dar prejuízo?? Não, pois não? a diferença é que aquela gente é profissional e trabalha para ganhar dinheiro.
Aqui, é como se o FMM e não só, não pudesse dar lucro e tivesse até de dar prejuízo só por ser organizado por uma câmara... como o dinheiro não é deles, impera a filosofia do "que se lixe, que nós recebemos o nosso, e qundo as coisas aquecerem já cá não estaremos".
Mas Sines e os sinienses estarão. Com as ruas com mais buracos, sem um parque da cidade, sem transportes públicos dignos desse nome, com um centro histórico degradado,com estacionamentos anárquicos, com o laxismos a imperar.
Obrigado a todos os que votaram CDU (Coelho) e SIM - fizeram obra! e asseada!
Tomás

Anónimo disse...

Números simplesmente brutais. Não tinha noção disto e realmente começo a achar que a CMS está numa situação bastante periclitante.

Anónimo disse...

São post deste quilate que fazem da estação de sines o melhor meio de informação - não comunicação - da região.

Pode o autor ser tendencioso - na opinião de alguns - mas este post é pura informação.

Uma lição a reter pela oposição. Como se transmite os factos à população, que como eu está longe de imaginar a dimensão brutal, que atingiu o problema financeiro da autarquia.

obrigado estação de sines.
Longa vida

Anónimo disse...

Calma!!!!!! Não façam enterros apressados...já sabemos que muitos querem é quanto pior melhor, mas não vão ter essa sorte. Os ressabiados do costume que aqui escrevem a maioria das vezes nem sabem do que estão a falar. Se é para dizer mal eles ai estão e pronto. Depois vem uns escrever que isto é informação, isto é mas é má lingua, esquecem as obras que foram feitas e onde esse dinheiro foi aplicado. Mas os ressabiados são mesmo assim...más linguas...

Anónimo disse...

mas quais obras????

o CASsete (tem pouca capacidade para ser cd)? as piscinas (qto gastam em gás?)? Nem souberam apetechar com equipamentos verdes e renovaveis?
mais o q? a escola da musica? foi dado.

quais obras?

e das poucas q fizeram, quanto receberam dos fundos comunitários?

com 235 milhões de euros este concelho deveria estar banhado a ouro e não faltava nada.

mal a mal, no tempo do chico sabia-se q era das cm's mais ricas do país.

agora temos 3 cocozadas enormes com muita culture e não temos $ para limpar o rabo.

coelhices

Anónimo disse...

"esquecem as obras que foram feitas e onde esse dinheiro foi aplicado"

Foi aplicado dinheiro no CAS, para gáudio e proveito de quem o concebeu e executou, para afagar o ego teimoso do dr. Coelho e para desgraça do centro histórico e dos cofres da autarquia. Quando o seu herói conseguir acabar de tirar a água do respectivo parque de estacionamento avise...Faremos uma festa com foguetes e tudo.

Anónimo disse...

Só existem 2 culpados da actual situação:

Coelho e comunistas

sejam eles na modalidade conjunta ou em separado