A Galp assinou a 18 de Dezembro de 2009 um contrato com a empresa espanhola Tecnicas Reunidas para o projecto de conversão da refinaria de Sines. O contrato tem um valor de €1080 milhões e dará origem à subcontratação de diversas empresas para os trabalhos a desenvolver.
Como é óbvio, a Tecnicas Reunidas deve ter sido a empresa que melhores condições ofereceu à Galp para executar a obra. Tudo bem? Não necessariamente, porque o Estado português detém uma golden share na Galp e porque do investimento total, 200 milhões são fundos públicos. Por isso, devia ser obrigatório que um projecto deste tipo desse uma oportunidade às empresas portuguesas. Não é, contudo, o que acontece. A Tecnicas Reunidas decide em Madrid as empresas a subcontratar. Como especialista nesta área, a Tecnicas Reunidas conhece a maior parte dos grandes fornecedores internacionais e os espanhóis - mas desconhece quem são as empresas portuguesas potenciais fornecedoras, que perdem a oportunidade de crescer e ganhar competências, num projecto em que um quinto é financiado com dinheiro dos contribuintes nacionais.
É isto que a Galp não percebe - mas que o Estado lhe devia fazer perceber."
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