quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Boas novas, não excelentes novas

De acordo com imprensa de hoje, e segundo Pedro Pereira, porta-voz da Galp Energia, a conversão da refinaria de Sines, que se prevê que esteja concluída em 2011, vai criar cerca de sete mil postos de trabalho “altamente qualificados”, a conversão da refinaria implica “o maior orçamento industrial feito em Portugal na última década”, na ordem dos mil milhões de euros, que prevê a concretização de projectos “nas áreas da eficiência energética, da fiabilidade e do ambiente”, com o arranque operacional previsto para o terceiro trimestre de 2011. O porta-voz da Galp realça os “efeitos” da conversão da refinaria a nível local e nacional, “
Por seu lado Manuel Coelho, presidente da Câmara Municipal de Sines, afirma “defender” a nova obra e fazer votos para que “se faça a expansão da Repsol e se iniciem as obras da Artenius Sines”. “O concelho é um pólo de excelência nacional”, refere, salientando as potencialidades enquanto “maior centro energético do país na recepção de produtos geradores de energia”, como o petróleo, o gás e a petroquímica. Ainda assim, o edil sublinha a “necessidade” de se desenvolverem as áreas da indústria avançada e das energias renováveis, “que serão potenciadas pelas novas acessibilidades”, de que é exemplo a “via longitudinal turística entre Alcácer do Sal e Lagos”.
Boas notícias para Sines. Seriam excelentes se:

Pedro Pereira, acrescentasse que a maioria do investimento de 1.000 milhões referia-se a equipamentos fabricados em Portugal, assim como os 7.000 postos de trabalho "altamente qualificados" eram maioritariamente Portugueses e prioritariamente regionais.

Manuel Coelho, para além de reclamar - e muito bem - as obras do Governo, fizesse lobbying pelas empresas locais, e estou inteiramente de acordo com a sua visão de desenvolvimento industrial baseado num cluster de energia não fóssil, mas ficaria mais feliz se a autarquia estivesse a planear um road show que atraísse esses investimentos, baixasse impostos e os preços dos terrenos, melhorasse as estradas e sinalização, pois as empresas não decidem a localização dos seus investimentos, com base na oferta cultural, desportiva ou escolar.

3 comentários:

efernandes disse...

7 mil novos postos de trabalho numa só empresa?
Este número não estará SUPER inflaccionado? Não serão setecentos (o que já não seria mau)?
Pode ser mas...Atendendo a que nas grandes empresas existentes não existe esse número de empregados.
Se for assim, que seja...

Anónimo disse...

Provavelmente serão 7000 ao longo da construção, com directos e indirectos...

Sendo 7000, qualificados e com "carácter regional", então o nível de desemprego dos licenciados no concelho passará a rondar os 0%....ou não?

Não, pois os conhecidos dos barões, que são de fora, também são de fora.

Anónimo disse...

Tanta fartura....
Mais uma SUPER promessa...