terça-feira, 20 de outubro de 2009

Receitas das empresas de trabalho temporário deverão subir

Os trabalhadores temporários são o exponente máximo da exploração laboral no país em que a lei do trabalho não é aplicada. Fruto do encerramento de inúmeras empresas que usam este expediente, estima-se, segundo a APESPE (do nosso amigo Vitalino "PS-ETT" Canas), que o número de trabalhadores colocados em 2009 seja menor.
No entanto, as receitas vão subir este ano, apesar de ter menos explorados. A conclusão é clara. Quando existe maior mão-de-obra disponível, e menos oferta de emprego (agravada pelo sub-emprego e ausência de aplicação da lei), o valor do trabalho baixa, logo aumenta a rentabilidade para as empresas que exploram o trabalho mais barato.
O também presidente da Manpower, fecha com chave de ouro ao rejeitar associar o trabalho temporário à precariedade laboral, referindo que este tipo de vínculo tem claras vantagens, quer do lado das empresas, quer do lado dos trabalhadores, como a rapidez na colocação.

Que conclusão espetacular!

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4 comentários:

Anónimo disse...

São as consequências das politicas a que temos assistido nos últimos tempos. O patronato vai chegar à conclusão que o que pensavam ser a seu favor, na verdade não o é. Os trabalhadores precários aprendem o "ofício" e procuram quem lhes ofereça melhores condições. Um exemplo do que está a correr pessimamente, são as actividades extra-curriculares, onde os professores são explorados vergonhosamente. Passados pouco mais de um mês do início das aulas, nalgumas escolas do país, os alunos já conheceram 4 ou 5 professores diferentes para algumas das "áreas" isto porque foram colocados, ou conseguiram um emprego mais estável. O trabalho temporário não dá estabilidade a ninguém e os empresários vão entender isso. Espero eu!

Jorge Pereira disse...

Cada vez tenho mais nojo do país em que vivo. Tudo graças aos (des)governos que têm feito tudo para alimentar estes pseudo patrões das empresas de trabalho temporário, ou lá o que lhes queiram chamar. Conheço casos em que o número de entidades que estão entre quem paga o serviço e quem o forncece são 5, isto é, temos 4 mamões que sem fazer nada vão buscar a sua parte. Agora dizem que é a lei da oferta e da procura!!! Custa-me a crer que existam vantagens, para além das óbvias para quem mama, para quem sub-sub-sub contrata serviços... Isto só lá vai com um 25 de Abril a sério, mesmo a sério...

Anónimo disse...

Concordo com o anónimo das 12:01. Isto só lá vai com um novo 25 de Abril. Li algures, que os militares da GNR, estão a preparar uma revolução, isto porque, ficaram indignados quando leram as alterações ao seu estatuto. Eles deviam era unir-se aos outros militares e fazerem um novo 25 de Abril, este já deu o que tinha a dar. Onde já se viu, numa democracia, imporem coisas às pessoas sem serem negociadas com os mesmos? Este governo retira todos os direitos aos trabalhadores e depois de os ter tirado, vai "dar" umas migalhinhas do que lhes foi retirado, fazendo a sua habitual propaganda: diz-se socialista, e que é o único partido que defende os trabalhadores, e assim vai enganando, embora que só, os parolos que, ou não andam atentos, ou têm a memória curta, ou então são tão burros que não enxergam nada. A verdade, é que de socialista não tem nada.

carlos andré disse...

É admissível contratar trabalhadores temporários para a execução de empreitadas...

Inadmissível é para trabalho permanente serem contratados trabalhadores de empresas temporárias.