quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Traidores e traídos



Esta "guerra" e este ódio, entre CDU e Manuel Coelho, representa o que de pior a política tem. Nesta troca de acusações, ambos se auto-flagelam, ambos se fragilizam. Sempre que um dispara, atinge não só o outro, mas a si também, porque no passado foram coniventes nesses actos e, igualmente responsáveis por toda essa mistura de política com interesses nem sempre públicos, que infelizmente se banalizou aos olhos de muitos, tal a intrínseca relação inconsciente que fazemos relativamente a autarcas que se perpetuam no poder.
Acho que isto acontece em muitos outros concelhos e não só em Sines, mas tenho a certeza que acontece em função da monogamia política da autarquia, quanto mais anos com a mesma cor no poder, mais frequente o sucedido.
Tentou-se agora, neste governo, resolver mais este problema da nossa Democracia, apesar disso, muitos insinuaram que seria única e exclusivamente com o intuito de afastar Alberto João. Na minha opinião, a lei não é suficiente, julgo que seria necessário limitar mandatos não só à pessoa, mas também aos partidos.

7 comentários:

efernandes disse...

Bruno:
A ultima frase que escreveste:
"Na minha opinião, a lei não é suficiente, julgo que seria necessário limitar mandatos não só à pessoa, mas também aos partidos."
É certo que é a tua opinião mas se reflectires bem...
"mas também aos partidos." ???
Sabes o que pensei dependendo do tempo que queiras considerar?
Neste momento, ao nivel do País, só poderíamos ser governados pelo cds, BE, CDU, MPT, MRPP e outros porque PS e PSD não largam o poder há uns 30 anos mas, que eu saiba e sinta foi este mesmo povo que votou neles em eleições livres.
Mas isso fui eu que me pus aqui a pensar. Posso ter pensado mal.

Bruno Leal disse...

Como é óbvio, eu estava a referir-me a mandatos consecutivos. Isso é óbvio que poderá levar a que apenas 2 partidos fiquem no poder, alternando eternamente, mas mesmo assim será melhor do que a possibilidade de ficar um eternamente, ou mesmo apenas durante décadas.
Eu já tentei, não consegui, por isso se alguém me souber apontar uma desvantagem em relação ao que temos, agradeço. Sinceramente a única que vejo e que me parece muito pouco provável, será a possibilidade do mesmo partido ser melhor e mais benéfico em todas as fases, em todos os momentos, mas mesmo assim acho que o inverso é bastante mais frequente e que por isso compensará, além de que o sistema actual já provou viciar o sistema.

Bruno Leal disse...

Estava a considerar 3 mandatos, acho que era razoável.

Marius Herminius disse...

Permitam-me que deseje – primeiro que tudo - as melhoras ao Bruno Leal.
Aproveito também para sugerir que, à imagem de limitar os mandatos aos partidos, será que se podia também limitar os post ao Bruno Leal?
Já que se trata de dar machadadas na Democracia, mais ou menos uma não teria importância e esta última até traria, a todos nós, efeitos benéficos.
É que há coisas que só de as ler me põem – também! – doente.

Bruno Leal disse...

Para mim não se trata de uma machadada na Democracia, mas sim de um aperfeiçoamento da mesma. Se o marius acha que tudo está bem assim e que o povo por si só vai mudar tudo naturalmente, desejo-lhe também eu as melhoras, embora julgue que será em vão...
Já agora, será possível Braz, limitar os comentários do marius? É que há muitas formas de dizer que aquilo que eu proponho possa ser uma asfixia democrática, mas serão precisas tantas palavras de acusação a roçar o insulto? Já que sou acusado de ter ideias ditatoriais, deixo a questão ao administrador deste blog.
Marius, não fale em nome de todos, porque pelo menos por enquanto ainda são poucos os fanáticos que por aí andam.

Anónimo disse...

Subescrevo na integra o comentário do marius. Espero que o Braz não siga a indicação do bruno no seu comentario de resposta, que honra lhe seja feita, revela coerência em relação ao teor do post.

Marius Herminius disse...

Bruno Leal

Já devia saber que eu não receio as suas ameaças, até porque a aceitação, ou não, dos meus comentários não depende de si, felizmente. Mas também lhe digo que se fosse o Bruno Leal o dono/administrador, este blogue não teria a sucesso que na verdade tem e eu não lhe faria o favor – repito, o favor! – de comentar fosse o que fosse.
Quanto aos eventuais insultos, Bruno, se acompanhar os comentários na Comunicação Social decerto que concluirá que as minhas palavras poderão ser cruas, agrestes, mas não são insultuosas.
Ainda assim – e porque se queixa dos insultos - reveja algumas frases que me escreveu há uns tempos atrás e confirme que o Bruno não se coibiu de me “mimosear” com algumas palavras que até poderia considerar insultos, se tivesse sido outra pessoa a escrevê-las. Mas repito o que já lhe disse:
A mim não insulta quem quer, mas apenas quem pode.

Bruno, eu não falo em nome de ninguém excepto eu próprio e essa sua frase, a exemplo de muitas outras, vem completamente a despropósito.
…já agora, nunca ninguém lhe disse que é muito feio ser queixinhas?