quarta-feira, 4 de março de 2009

Lucros da Galp devem ter subido 143%

O lucro líquido da Galp Energia deve ter subido 143% para 102 milhões de euros no último trimestre de 2008, de acordo com a média de nove analistas.
Os peritos apontam na origem desta evolução a melhoria das margens de refinação graças ao efeito de ‘time-lag' e o contributo dos activos adquiridos à ENI.
"O efeito ‘time-lag' foi positivo no trimestre em 105 milhões de euros, com o número anual acumulado a situar-se nos 78 milhões de euros, contra 67,4 milhões em 2007", disse o analista Carlos Jesus numa nota de 'research', citada pela Reuters.
O ‘time-lag' refere-se ao período de cerca de 15 dias que a petrolífera tem para actualizar os preços dos combustíveis que vende, depois de comprar o petróleo no mercado intermacional.
Os analistas da Bernstein Research notam, por seu turno, que "a Galp concluiu a aquisição dos activos da ENI no início de Outubro, o que irá dinamizar as receitas da divisão de Marketing (Refinação & Marketing)".
Para a totalidade do ano de 2008, os peritos esperam que a petrolífera apresente um aumento do lucro de 6,5% para 445,2 milhões de euros. Quanto ao EBITDA, os especialistas apontam para um crescimento de 5,9% para uma média de 943,6 milhões de euros.
A Galp mostra as suas contas hoje, após o fecho do mercado.

(Resultados oficiais das contas da Galp, após o fecho do mercado)

Os lucros da Galp Energia aumentaram 14,2% para 478 milhões de euros, em 2008, um valor que superou as previsões dos analistas. A melhoria dos resultados da petrolífera portuguesa foi possível devido ao desempenho do negócio de refinação e distribuição. Os analistas consultados pela Reuters previam que a Galp apresentasse um resultado líquido de 445,2 milhões de euros.
As vendas e prestação de serviços cresceram 20,1% para 15,086 mil milhões de euros. O EBITDA, ou “cash flow” operacional, a custo de substituição ajustado (que exclui efeito stock e eventos não recorrentes) aumentou 9,4% para 975 milhões de euros. Os resultados operacionais "replacement cost" ajustados aumentaram 11,8% para 693 milhões de euros.
A Galp refere que “o aumento do resultado replacement cost ajustado do segmento de negócio Refinação & Distribuição, permitiu compensar a diminuição dos resultados do segmento de negócio de Gas & Power”.
Os custos operacionais dos doze meses de 2008 foram de 14,698 mil milhões de euros, mais 28,7% do que no período homólogo de 2007. A rubrica que aumentou mais foi o custo das mercadorias vendidas, em consequência do aumento do preço do crude e de outras matérias- primas. Utilizando o método de replacement cost, o custo das mercadorias vendidas foi de 13.209 milhões de euros, um aumento de 22% face ao período homólogo, que reflectiu o aumento do preço do petróleo e dos produtos petrolíferos nos mercados internacionais. Os resultados financeiros da Galp foram negativos em 61 milhões de euros, no ano passado, o que representa um agravamento de 18 milhões relativamente ao período homólogo.
A petrolífera explica a deterioração dos resultados financeiros com “o agravamento da taxa de juro da dívida, que passou de 4,63% em 2007 para 5,10% em 2008, e com o aumento da divida média de 836 milhões para 1.134 milhões de euros”. No ano passado, a Galp investiu 1.560 milhões de euros, mais 1.094 milhões do que em 2007. Na actividade de Refinação & Distribuição foram investidos 1.245 milhões de euros, mais 1.076 milhões do que no período homólogo e cerca de 80% do investimento total do ano. “O investimento neste segmento de negócio foi destinado maioritariamente à aquisição do negócio Ibérico de distribuição de produtos petrolíferos da Agip e da ExxonMobil, num montante de 752 milhões”, explica a Galp.
No segmento de exploração e produção, o investimento foi de 196 milhões de euros e no de Gás & Power totalizou 116 milhões de euros.

(5 de Março de 2009)

Galp multada em 75 mil euros

A Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) condenou esta quinta-feira a Galp uma coima de 75 mil euros por não ter informado o mercado sobre as negociações com a Petróleos de Venezuela para a celebração de um memorando de entendimento.
Em causa estão as negociações, pelo menos desde 11 de Setembro de 2007, entre a Galp e a Petróleos de Venezuela, tendo em vista a celebração de um memorando de entendimento.
A Galp requereu a impugnação judicial do processo, acrescentou a CMVM.

3 comentários:

Anónimo disse...

ai que bom,devia ter subido mais ainda,só assim vou casar,fico muito feliz.Sei que ele estava a espera para me pedir em casamento!

Anónimo disse...

tb estou de acordo, devia ter sido mais o lucro, pelo menos assim os empregos dos trabalhadores não estão em perigo.

Bruno Leal disse...

Que comentários tristes os que me antecederam... A ignorância devia dar direito a despedimento.