terça-feira, 19 de agosto de 2008

Da Série: "Recordar é Viver"



Antes

"Não espero ter problemas e o meu objectivo é sem dúvida alcançar a final. os 5.000 m são mais complicados devido às africanas, mas posso lutar por ser a melhor atleta europeia"
Jéssica Augusto

"Acredito e espero que o grande lançamento está guardado para Pequim, o que seria espectacular e um prémio para o meu treinador"
Marco Fortes

Quero desfrutar dos Jogos com alegria
Arnaldo Abrantes

"Estou mais confiante e acredito que é possível fazer uma marca superior do que em 2004 e ficar entre as primeiras 16 lançadoras”
Vânia Silva

"Quero passar aos 25 melhores da segunda fase e depois tentar ir à final Freestyle»
Miguel Ralão Duarte

A judoca portuguesa Telma Monteiro assumiu hoje como objectivo chegar às medalhas nos Jogos Olímpicos de Pequim, prometendo "fazer tudo para merecer ganhar a final olímpica", assegurando "lidar bem com as críticas e insucessos".
Telma Monteiro

"Asseguro que vou aos Jogos fazer o meu melhor"
João Costa

"O presidente do Comité Olímpico de Portugal, Vicente Moura, reiterou hoje que a delegação portuguesa, que participa nos Jogos Olímpicos Pequim 2008 é composta por um grupo atletas de "craveira", com a melhor preparação de sempre."
Vicente Moura


Depois
"De manhã, só é bom é na caminha, pelo menos comigo"
Marco Fortes, lançador do peso, 11.º ano

"Agora vou de féria. treinei para os 3.000 m obstáculos. Não vou aos 5.000 metros. As africanas são fortes. Não vale a pena"
Jéssica Augusto, eliminada dos 3.000 m obstáculos, 12.º ano

"Entrar neste estádio cheio bloqueou-me. Acabaei a prova fresco, o que é estranho. As pernas não responderam ao tiro de partida. Foi bom ter apanhado aqui este banhozinho, esta tareiazinha, e agora ir para casa descansar"
Arnaldo Abrantes, afastado da final dos 200 m em atletismo, 3.º ano do curso de medicina

"Não sou muito dada a este tipo de competições"
Vânia Silva, lançadora do martelo, licenciada em Ciências do desporto e em Educação Física

" A égua entrou em histeria com medo do ecrã. Já tive experiências muito desagradáveis e sei o que pode levar com tensão"
Miguel Ralão Duarte, cavaleiro, 12.º ano

"Lutei contra os árbitros. Pensei que estava a lutar contra duas pessoas"
Telma Monteiro, judoca, 1.º ano da faculdade de Motricidade Humana

"É assim o tiro. Por um ponto se ganha, por um ponto se perde. Não foi por um, foi por dois"
João Costa, atirador, militar

"Preparámos os atletas desportivamente, não culturalmente. A educação não é connosco"
Vicente Moura, presidente do COP, a propósito das desculpas dos atletas

fontes: Público, Expresso, Sport Life, Site Oficial da Missão de Portugalaos Jogos da XXIX Olimpíada, site Oderbie.com

Nota: o estatuto de atleta de alta competição, confere privilégios no acesso, provas e frequência de aulas aos atletas, portanto também os preparamos culturalmente. Facultamo-lhes formação, o que não podemos é dar educação, isso é outra coisa.

5 comentários:

Anónimo disse...

Meus belos 15 milhões de euros que eram mais bem aplicados em projectos de combate à pobreza, hospitais, centros de saúde, escolas, etc. Mas como temos a mania das grandezas, toca de ir aos jogos olimpicos com a maior representação de sempre (proporcional em nabos e atletas mal formados) que em 4 anos foram tendo a sua bolsa para depois darem esta triste figura e imagem do país. Que devolvam todo o dinheiro que receberam é o minimo que se pode exigir. Uma coisa é perder em competição, outra é não se estar preparado para competir. Ora se receberam bolsas para se pepararem para competir e não o fizeram, agora só lhes resta devolver o dinheiro e alguns recebiam mais de mil euros por mês, livres de impostos (outra benesse que mais ninguém tem em Portugal).

Anónimo disse...

BEM PODES DIZE-LO QUE BOM QUE ERA TEREM GASTO ESSE DINHEIRO EM BENEFICIOS SOCIAIS QUE TANTA FALTA FAZEM NESTE PAIS CADA VEZ MAIS TERCEIRO MUNDISTA MAS COM ARES DE GENTE QUE SE ACHA IMPORTANTE

Anónimo disse...

Não percebo porque raio estão as habilitações literárias referenciadas. Será para dizer que os doutores são mais educados e mais cultos, ou pelo contrário pretende-se afirmar que temos doutores pouco cultos. Cá por mim embarco na segunda.
O rotundo falhanço dos portugueses nos Jogos olímpicos, não se deve no essencial á falta de cultura ou cabeça dos atletas,. Penso antes que a principal causa prende-se com a inépsia da política desportiva seguida pelos Governos. falar em 15 milhões é fácil, o difícil é falar em n*15 M€ que custou o estádio do Algarve para realizar dois ou três jogos por época, o mesmo para o estádio de Aveiro ou do Boavista. Posto isto penso que de facto não é falta de cultura ou habiltações.

Estação de Sines disse...

As habilitações, são somente para contrapôr a mensagem de Vicente Moura, quando diz que "Preparámos os atletas desportivamente, não culturalmente. A educação não é connosco". O estado forma culturalmente os atletas, promovendo a sua formação académica, agora o que não
lhe dá é educação. era este o intuito de evidenciar as habilitações, que vai de encontro à sua ideia: habilitações não é sinónimo de educação.

Anónimo disse...

Bom...o comentário era mais ou menos isto:
Os atletas que foram aos JO foram porque cumpriram os mínimos,estão entre os 20 melhores do mundo.
Se cumpriram o que o COI estabelece então será muito dificil dizer-lhes: não vais porque não sabes falar, vestes mal ou es mal educado.
O problema reside em que ou se modificam os critérios ou então as Federações e o COP tem de complementar a formação dos atletas.
Ou seja se eles não cumprem psicológicamente então tem de se tratar dessa parte...tem de se preparar um atleta não só para a parte fisica mas para a parte psicológica: estádios cheios, pressão, contacto com jornalistas, saber perder.
Acho que a questão passa sempre pelo eterno problema: os dirigentes dos clubes, das federações, o Estado, as estruturas organizativas e as suas responsabilidades.
Basta ver o que se passou...a culpa é dos altletas, nunca dos dirigentes e mesmo assim estes quando assumem (Vicente Moura)éno pior momento!
Ou seja uma reflexão sobre o estado do Desporto, a inexistencia do Desporto Escolar, a falta de responsabilização e de seriedade geral.
Uma ultima nota sobre a égua: o hipismo é talvez o desporto onde se depende de um animal e se este lhe dá uma "coisa" pouco resta ao cavaleiro se não reparar os danos.
Basta ver o que aconteceu na disciplina de saltos em que o campeão do mundo caiu!
Acho que não se pode por o cavaleiro no mesmo saco de alguém que diz não estar "talhada para isto".