terça-feira, 15 de julho de 2008

"Pequeno" derrame de crude no terminal petroleiro



Sines: "Pequeno" derrame de crude no terminal petroleiro, maior parte já removida

Perto de dois mil litros de crude estão a ser removidos no porto de Sines, na sequência de um "pequeno" derrame ocorrido segunda-feira no terminal de granéis líquidos.
"Cerca das 11:00 de segunda-feira, no posto 2 do Terminal de Granéis Líquidos do Porto de Sines, aquando da preparação para uma operação de descarga, ocorreu um pequeno derrame de crude junto ao citado posto que se estima em dois mil litros", indicou a Administração do Porto de Sines (APS).
A maior parte do crude derramado já foi recolhida, no decorrer das operações de recuperação de produto.
Fora da área do terminal petroleiro, foram ainda detectadas durante a última noite "pequenas manchas do produto", que começaram a ser recolhidas pelas mesmas embarcações e cujos trabalhos ainda decorrem.
"As operações só terminarão quando tudo tiver sido recuperado, tarefa que tem sido dificultada pelo nevoeiro", explicou a administração do Porto.
A administração portuária iniciou, entretanto, um processo de averiguações para apurar as causas do derrame.
O incidente já motivou o levantamento de um "auto de poluição" por parte da Capitania do Porto de Sines.
Vários barcos de pesca costeiros foram afectados pelo derrame e alguns proprietários "tencionam dar participação" do caso, segundo fonte da associação de armadores.
"Já tivemos um associado da pesca artesanal a queixar-se de que o casco do barco ficou com crude agarrado e temos eco de várias embarcações que ficaram danificadas pelo mesmo motivo", informou Filipa Faria, secretária-geral da Associação de Armadores local.
Filipa Faria mostrou-se "preocupada" com os efeitos do derrame, alegando que "é sempre nefasto para o meio ambiente e para a pesca".
Confrontada com a situação, a APS já garantiu que aceitará as reclamações apresentadas, ressarcindo os armadores em que se comprove terem sido lesados pela passagem das suas embarcações por cima do crude derramado.

Lusa

8 comentários:

Anónimo disse...

Só espero que não arrebente com o bom peixe de sines, porque estes gajos dão trabalho a muita gente mas aos poucos vão dando cabo das nossas belezas e recursos naturais.

Anónimo disse...

Se formos ao site dele nem uma nota a este respeito. Fazem tudo pela calada e se não fossem os pescadores procuravam abafar o caso.

Anónimo disse...

É uma vergonha, e passam sempre impunes sem serem responsabilizados. Se for um pequeno pescador que ande a apanhar umas conquilhas cai-lhe tudo em cima e é multas, ficam com as artes, etc. Aos grandes não acontece nada.

Anónimo disse...

Na segunda à noite vi uma entrevista na RTP Memória, sobre os 20 anos do derrame do Marão, nos estúdios da RTP, com a Dra. Lídia, e o Dr. Coelho, presidente da APS e CMS, respectivamente. Era ouvi-la, qual picareta falante, cheia de arrogância e prosápia, que em Sines não havia derrames, e se houvesse, tinham tudo controlado. Não percebi se era em directo, mas se era e sabia do que tinha acontecido, mentiu, então RUUUUA.

Anónimo disse...

Esse crude vinha para ser descarregado na refinaria?
Porque não se fecha a refinaria, afinal não é esta empresa a principal fonte de poluição do país?
Não se fabricam ali as gasolinas, gasóleos, gases e outra quantidade de solventes e combustíveis altamente poluentes?
Sem a produção destes componentes as gentes de sines, tão guardiãs da sua beleza paisagistica, iriam andar de burro. Os escrementos de burro são óptimos para a agricultura..

Anónimo disse...

pelos vistos este último opinion maker cá do sitio está-se nas tintas para as belezas paisagisticas da terra, desde que não ande de burro! O resto que se lixe! É a vida...

Anónimo disse...

Parece mentira como é que ainda há sinienses que não se ralam nada com estes problemas ambientais.

Anónimo disse...

A novidade é que ao que parece o derrame teve origem na estrutura do porto de Sines e não a partir de um navio. Pelo menos é a notícia que está a ser difundida com base numa informação oficial. Ora isso leva-nos para outra questão, que é saber se a manutenção destas estruturas é ou não feita com a periodicidade exigida, se tudo é feito em termos de prevenção, ou se estas empresas, por critérios economicistas, descuram a segurança das estruturas e estão-se nas tintas para os turistas de Sines que ainda assim têm algum peso na economia local já para não de nós, sinienses, que detestamos ver a nossa terra na comunicação social por assuntos desta natureza. E já agora, serão apuradas responsabilidades e responsáveis ou a culpa vai morrer solteira como é habitual neste país à beira mar plantado ?