terça-feira, 28 de setembro de 2010

Na minha própria opinião pessoal

"..a câmara vai continuar a garantir apoio às colectividades e instituições de Sines, num quadro de parcerias em que sejam tidas em conta:

1 - A importância para o município e para a sociedade siniense das actividades e acções a desenvolver por cada entidade parceira (do desporto, cultura e acção social);

2 - o grau de desempenho de cada colectividade na boa gestão dos recursos e o seu empenhamento em procurar outros meios e apoios"

São palavras de Manuel Coelho, presidente da Câmara Municipal de Sines, no editorial dum jornal editado pela autarquia, do qual Manuel Coelho é director e escriba. Ou seja é o Presidente a escrever sobre si e a sua gestão num jornal que dirige. Trata-se pois de um exercício de pura propaganda politica e dar lustro ao ego.

Quanto às suas palavras é a eterna crença que uma mentira de tanto repetida se torne verdade.
A importância das actividades e acções desenvolvidas pelas entidades parceiras - conceito vago, em que é aceite quem Manuel Coelho decide - é um critério subjectivo decidido por - Manuel Coelho o Presidente e director do jornal.

"O grau de desempenho de cada colectividade na boa gestão dos recursos", é mais uma análise subjectiva decidida por quem já sabemos, quanto ao "empenhamento em procurar outros meios e apoios", traduz-se em minha opinião em "castigar" quem não quis ajudar à festa nas Tasquinhas, pagando agora essa afronta. Até porque outros meios e apoios, como por exemplo da Petrogal, são canalizados, geridos e distribuídos por... adivinharam.

Uma IPSS como a Cáritas, com 40 postos de trabalho, gestora de um infantário com quase 200 crianças entre os 6 meses e 6 anos, que gera resultados económicos positivos à quase uma década, distribui roupa e alimentos a mais de uma centena de famílias do Concelho e realiza um investimento de quase dois milhões de euros num equipamento social de excelência, não cabe nos subjectivos critérios de quadros de parcerias,  importância para o município e para a sociedade siniense das actividades e acções desenvolvidas, nem satisfaz o grau de  desempenho na boa gestão dos recursos.

É lastimável, no minímo.

9 comentários:

Anónimo disse...

Sr MEDINA CARREIRA disse na tv
vivemos num lamaçal politico comandados por uns bandalhos numa ditadura democrática

Anónimo disse...

O "Sineense" serve para o Sr. Presidente propagandear o que faz e o que não faz...

Exemplo do que faz: dar "subsidios" a quem é "alinhado"...

Exemplo do que não faz: não dar "subsídios" a quem não é "alinhado"...

Alberto disse...

Pois é António, mas assim estás mais á vontade para criticar. Se recebesses apoio da Câmara teria de ser diferente. É melhor assim.

Anónimo disse...

Braz quando deixares o pintainho e a Cáritas, Manuel Coelho vai aproximar-se por duas razões simples:

primeiro porque não estás lá e significas uma ameaça real para a situação actual do regabofe da autarquia

segundo, porque terás a preocupação de mostrar que mesmo sem ti, a instituição é a melhor de sines, em vários aspectos. mas aqui falhará, porque não é só o dinheiro e o apoio da autarquia que fazem uma instituição sem grande, como nos fizeram crer em Sines, desde o 25 de Abril.

Se existe algo porque serás justamente recordado foi por mostrar à sociedade de Sines, e não só, que é possível gerir e ter sucesso nestas instituições. agora vamos à santa casa, como funcionário já percebi que se te deixarem isto vai lá.

um abraço

Paulo disse...

Se gera resultados económicos positivos há quase uma década para que querem subsídios?
Deixem os subsídios para as colectividades que necessitem deles.

Estação de Sines disse...

Se gera resultados económicos positivos há quase uma década para que querem subsídios?
Deixem os subsídios para as colectividades que necessitem deles.
______________

Quremos os subsídios porque temos direito a eles na medida em que já demonstrámos que sabemos aplicar e gerir melhor do que os outros. O que não inclui instituições ou actividade que são necessariamente deficitárias e que somente vivem de subsidios.

Ou premiamos quem gere e aplica bem os fundos disponíveis ou apoiamos aqueles que tem eternamente prejuízo porque sabem que alguém irá subsidiá-los. É só escolher, olhando à sua volta.

Paulo disse...

Não haverá para aí uma confusão entre subsidiar e premiar?
É que, estatutos à parte, o infantário gera receitas provenientes de mensalidades, pagas pelos seus utentes e que até não são tão "sociais" quanto isso.
Por outro lado algumas das colectividades funcionam literalmente em contra ciclo com a lógica do proveito/custo não por inépcia mas por uma lógica social.
Agora concordo que existem, na lista de atribuições dos subsídios, casos imorais. embora "per si" isso não justifique a inclusão de outro caso.

Estação de Sines disse...

Caro Paulo,

Concordo consigo. Apenas pretendo sublinhar que o factor mérito não é considerado na atribuição de subsídios camarário.

tenho uma leitura semelhante à sua. De facto existem actividade que nunca serão auto-suficientes e nem por isso as autarquias devem deixar de apoiá-las.

A questão de fundo é que tudo isto não é transparente por cá.

Independentemente disto parece-me no mínimo estranho que se faça um equipamento desta natureza sem qq apoio local, até porque como deve imaginar não é com o lucro de 10 anos que se constrói um edificio daquelas natureza.

Quanto às mensalidade estas decorrem do cálculo da aplicação da portaria em vigor. Existem contudo utentes que pagam menos que o estipulado por a sua situação financeira ou familiar se alterou relativamente ao ano anterior (divórcio, desemprego, etc). Nunca o contrário, ou seja o cálculo é feito de acordo com o IRS do ano imediatamente anterior, e infelizmente muito excepcionalmente algum pai nos informa que actualmente melhorou a sua situação e se disponibiliza a pagar o que é justo à luz da actualidade. É o país de temos e aquilo que somos.

Anónimo disse...

Todos os ditadores tiveram sempre um jornal e falavam sempre bem deles