segunda-feira, 12 de abril de 2010

No país das maravilhas

Imaginemos uma autarquia que não investe em equipamentos desportivos há mais de 20 anos. Como forma de obviar a esta desgraçada política, estabelece protocolos para utilização dos pavilhões desportivos das escolas do Concelho, mediante o pagamento de determinada verba. Ardilosamente a autarquia transforma, as consequências de uma politica esbanjadora, que não lhe permite renovar os equipamento existentes, numa suposta política de sinergias. A malta come e não refila.

Agora, viajemos no tempo, até ao momento em que o senhorio agastado com a falta de pagamento do inquilino, põe chaves à porta e aqui só entra quem paga. Agora a malta refila, mas não come.

Pensemos então, o que aconteceria se a mesma autarquia, num acto de auto-reconhecimento da sua incapacidade de realizar obra, delegasse esta responsabilidade em terceiros, desde estradas, a pavilhões, a campos de futebol, etc, em troca de património municipal, de obra, hipotecando a sua própria autoridade e capacidade de decidir o futuro e utilização. A malta não refila, nem come porque ainda não percebeu.

Chegados aqui, já se foram os anéis, os dedos, e transforma-se esta autarquia num case study, que será utilizado para ilustrar nos bancos das universidades como exemplo da falência de uma autarquia. Aqui a malta ri, ri de tristeza e vergonha, mas ontem já era tarde.

3 comentários:

Anónimo disse...

Não vale a pena caro Bras. ELES NÃO QUEREM PRECEBER! ELES NÃO QUEREM ENTENDER! ELES...DEMITIRAM-SE DE SER ELES.

Anónimo disse...

A ainda você diz que é contra a Cidade Desportiva?

Resolvia quase todos os problemas.

Anónimo disse...

"autarquia, num acto de auto-reconhecimento da sua incapacidade de realizar obra, delegasse esta responsabilidade em terceiros, desde estradas, a pavilhões, a campos de futebol, etc,..."

A parques de campismo...
Isto se o direito de superfície não se destinar ao seu fim natural, que é o de edificação.Há uns valentes anos houve mobilização geral porque a CMS quis vender o espaço fronteiro ao parque das merendas para alguns construtores aí fazerem pela vida. A CMS, que até já tinha arrancado os pinheiros lá plantados há décadas, recuou, e plantou uns pinheiros pífios, dos quais os que sobreviveram não sabem se desistem ou insistem.
Agora, que está em causa o parque de campismo, os sineenses acobardam-se e ninguém fala no assunto. Sabem o que eu acho? O MC é um hipnotizador.
Lá diz o povo, com papas e bolos...