segunda-feira, 26 de abril de 2010

Contas da autarquia 2009

Tive hoje o primeiro contacto com o aterrador documento de contas de 2009 da autarquia de Sines, enquanto preparo o post, deixo-vos com a análise ao orçamento de 2009, que então publiquei neste espaço. Por vezes é tão aborrecido ter razão.

"À excepção do valor orçamentado de 49,2 milhões (maior de sempre), e dos projectos para o próximo ano, concurso e início da construção da Cidade Desportiva de Sines, novas escolas básicas e pré-escolas, conclusão da revisão do Plano Director Municipal (PDM), iniciativas de regeneração urbana no centro histórico ou o lançamento do Museu do Mar e dos Descobrimentos, nada mais conheço do referido orçamento. A previsibilidade de uma maioria que se eterniza, o repetido jogo político e a redução de um dos mais importantes instrumentos de gestão, o orçamento, a um mero acto administrativo e de cumprimento legal obrigatório, dispensam mais conhecimento que a experiência de anos anteriores.

Em 2009, estaremos na presença de duas forças que contribuirão em simultâneo para aumentar o défice autárquico. Por um lado, o ano eleitoral, - que no léxico político, conjuga-se com mais gastos-, por outro, temos uma crise financeira que encarece o preço do dinheiro (juros) e económica que encarece o preços dos bens e desvaloriza os activos, no casos os terrenos, fonte de receita significativa da autarquia.

Em ano de eleições empola-se, ainda mais, o orçamento Municipal, pois terão que caber lá todas as obras e promessas da futura (permanente) campanha, a seguir arranja-se receitas, porque desgraçadamente no orçamento o deve tem que ser igual ao haver.

É do mais elementar conhecimento que quando se gasta mais do que se recebe, gera-se défice e endividamento, ou aos prestadores de serviços/fornecedores ou à Banca, e o défice de hoje será pago pelos nossos impostos de amanhã.

Como sair deste labirinto? Contenção de custos, rigor na despesa, adiar investimentos não essenciais (cultura e lazer) manter os essenciais (manutenção de equipamentos, estradas, escolas, etc,), reforço da componente de apoio social.

Prescindir do acessório, para manter o essencial, será assim o ano de 2009, para a maior parte das famílias e empresas e assim deveria ser para a Autarquia de Sines."

2 comentários:

Anónimo disse...

Parece que as "contas de 2009" não foram aprovadas em Assembleia Municipal de ontem...
Alguem sabe dizer mais alguma coisa?

Anónimo disse...

O Lança disse que ia lá estar. Pede-se-lhe novas. Era sobre as contas que versava a sessão da AM?