domingo, 27 de dezembro de 2009

Orçamento Municipal 2010

Dia 21 deste mês a Câmara Municipal de Sines, aprovou, por maioria, as Grandes Opções do Plano (GOP) 2010-2013 e o Orçamento Municipal 2010. O PS votou favoravelmente as GOP absteve-se na votação do Orçamento, já a CDU votou contra ambos os documentos.

Hoje as GOP 2010-2013 e o Orçamento Municipal 2010 serão sujeitos a aprovação da Assembleia Municipal. Trata-se de um dos momento mais importantes da politica local pós-eleições, que definirá muito mais do que a gestão autárquica do próximo ano ao lançar luz sobre a relação poder-oposição e executivo-assembleia municipal durante o actual mandado do governo local.

O primeiro orçamento do executivo eleito pelo Movimento SIM não é pródigo em inovação ou originalidade, mantêm-se à semelhança de anos anteriores falsamente ambicioso nos investimentos porque dependentes da realização de receitas inalcancáveis.

Em abono da verdade registe-se a intenção plasmada no orçamento de reduzir as despesas correntes em cerca de 1,4 milhões de euros relativamente a 2009 e a intenção de realizar um conjunto de investimentos considerados prioritários.

Aquando da análise do orçamento municipal para 2009, dizia aqui na Estação que o caminho a seguir passava por "...contenção de custos, rigor na despesa, adiar investimentos não essenciais (cultura e lazer) manter os essenciais (manutenção de equipamentos, estradas, escolas, etc, preferencialmente feitos por empresas da região), reforço da componente de apoio social.
Prescindir do acessório, para manter o essencial, será assim o ano de 2009, para a maior parte das famílias e empresas e assim deveria ser para a Autarquia de Sines."
Nada de extraordinário, apenas o óbvio, também na gestão o caminho correto é tantas vezes o mais óbvio.

Em suma confirma-se que o problema dos executivos de Manuel Coelho não está nos orçamentos mas na Prestação de Contas, ou seja não está no que promete mas no que concretiza.


Nota: acerca do orçamento o site da autarquia refere "- Arranque da Cidade Desportiva (construção faseada de acordo com a disponibilização de meios financeiros);". Recorde-se a polémica em torno da verba atribuída pela Petrogal de utilização obrigatória no referido investimento, de acordo com o presidente da autarquia. Irá a Petrogal disponibilizar as verbas faseadamente? Entretanto Sines continuará com apenas um relvado durante mais 3/4 anos?

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