quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Quem não pode arreia

Fátima Khan nem queria acreditar quando, na madrugada do último domingo, acordou com um telefonema a alertá-la para mais um assalto ao seu clube de vídeo, em Sines. É o terceiro assalto no espaço de um mês e meio. "Fomos alertados por um vizinho que se apercebeu do barulho mas não conseguimos apanhar ninguém. Vêm à procura de tabaco", explica a lojista.
Da primeira vez que a loja foi assaltada, o prejuízo rondou os dez mil euros, levando a antiga proprietária a abandonar o negócio. "Começámos a fechar mais cedo e alertámos a GNR, mas eles dizem que não podem fazer nada", afirmou ao CM, revoltada.

Correio da Manhã

Uma vez que a referida loja dista 500, 600 metros do quartel da GNR, não é perceptível o motivo porque "eles dizem que não podem fazer nada".

As entidades e instituições de Sines desenvolvem um trabalho meritório de integração das várias etnias, estão implementados mecanismos de detecção precoce e apoio a jovens problemáticos, os clubes e colectividades oferecem condições de prática desportiva e sócio-cultural, a rede escolar cobre e serve toda a população com zelo e dignidade, a sociedade siniense por natureza e tradição sabe acolher e integrar com facilidade os forasteiros. As desculpas sociais, tão caras a certo esquerdismo estão esgotadas, resta a acção policial e repressiva e sabe-se que quando tal não sucede, está aberto o caminho à sempre indesejável, justiça pelas próprias mãos.

5 comentários:

Anónimo disse...

Além de uma crise económica, temos também uma enorme crise de valores. Antigamente, as pessoas viviam na miséria, mas respeitavam o próximo.A culpa é destes governos, que preferem penalizar os polícias do que os ladrões e bandidos. A polícia é como os professores, assistem à decadência, mas não podem fazer nada, ou estão sujeitos a ter graves problemas nas suas vidas.

alberto disse...

Pois acredito que eles não possam fazer nada, porque quem poderia fazer, solta-os. Por vezes penso que arriscar a vida para depois o Sr. Dr. Juiz mandar para casa com apresentações periódicas na esquadra ( para se rirem dos guardas?)deve desmoralizar a GNR, que se vinga nas multas de estacionamento na altura do Natal, pois a malta recebeu subsidio. A policia tem falta de pessoal e de meios e a maltinha não está habituada a trabalhar. Quer algo, rouba e se estiver mal disposto, agride. A policia está no quartel...É o país que temos, uns roubam e agridem por uns miseros euros outros roubam milhões e andam na boa. É sempre a abrir.

Bruno Leal disse...

Este é um problema da sociedade Portuguesa, reflectido num extremo, que neste caso é Sines.
A integração social feita desta forma não funciona, não é digamos assim, compensatória relativamente ao que perdemos. Julgo que foi um erro do executivo passado, que é o de agora também e que é de difícil resolução.
Porém eu aposto, vamos continuar a assistir à inacção e ao agravamento do estado de coisas.
A autarquia devia pressionar, em todas as instâncias, o aumento do policiamento nocturno em Sines.
Estes casos começam a ser demasiado vulgares e isso é muito grave e muito preocupante.

Anónimo disse...

Estão portanto a insinuar que os roubos são oriundos de minorias étnicas. Racismo básico e declarado.
O problema da vossa "opinião" - questão muito diferente de uma análise da situação - é que 90% dos problemas relacionados com roubos e "mau comportamento" em Sines derivam de adolescentes oriundos da classe média que foram péssimamente mal educados. Sinais dos tempos e todos temos responsabilidades. Vir com a cassete das minorias étinicas para esta conversa é que é racismo declarado e primário, facto esse que deve ser veemente combatido pelos cidadãos sineenses. Além do mais demonstra um total desconhecimento da realidade social Sineense.

Anónimo disse...

O mal deste país é que os governantes querem obrigar os jovens a estudar, quando na verdade, uma grande maioria não quer saber da escola para nada. Só lá vão fazer porcaria. Na minha opinião, dar-se-iam todas as oportunidades a quem quer estudar e subir na vida, quem não quer tem de ir trabalhar. E nada de subsidios a jovens, que por falta de ocupação andam por aí a causar problemas. É verdade que há por aí muitos meninos riquinhos, organizados em gangues a fazer assaltos, mas também há muitos de minorias étnicas a fazer a mesma coisa. Dizer isto, não é racismo, mas sim estar atento ao que se passa.