segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Água mole em pedra dura...

Talvez esteja tudo bem em Sines afinal. Talvez haja infraestruturas, locais de diversão, e saúde financeira no concelho. Talvez haja uma boa gestão dos fundos, talvez não sejamos governados por um cacique, nem mesmo por um caudilho de gente sem competências. Talvez o Sol gire afinal à volta da Terra, porque em Sines o povo falou e disse.
É claro que há suspeitas, testemunhas também as há ao que parece, mas neste País não se dá muita importância a votos receitados, de maneira que o o crime compensa sempre em Portugal.
Foi uma vitória esmagadora de um grupo de gente sem base eleitoral, contra partidos que raramente partem abaixo dos 30%. Mas a mim, ainda me custa pensar que na política vale fazer tudo, sem que haja penalizações. O SIM fez uma excelente campanha, com muitos meios, fundos e vontades legítimas ou não, que durante meses chegaram à população na forma de uma conversa, de uma promessa, que se espalhou por quase todos os sinienses e a que muitos terão cedido. Eu imagino que seja bem mais fácil fazer campanha quando se está na Autarquia, principalmente no caso de Sines, em que haverá por certo pessoas, várias pessoas, cuja função primordial que a entidade patronal lhes incumbe é a de serem responsáveis pela campanha. Imagino que seja mais difícil, bastante mais até, fazer campanha na oposição de uma Autarquia, em que os meios são inferiores, os fundos também e a disponibilidade será bem menor. Além de tudo isto, ao longo dos 4 anos acaba por acontecer uma proximidade do Presidente aos eleitores ao invés do que acontece com a oposição que muitas vezes, até mesmo por desmotivação se desmobiliza. Mas isso não justifica a falta de originalidade e de criatividade de uma campanha, isso não justifica escolhas separatistas em vez de se optar pelas agregadoras. Escrevi aqui, muito antes da campanha começar, que o PS deveria trazer obrigatoriamente todos as suas personalidades, todos os seus históricos para as listas, mesmo em lugares não elegíveis, escrevi-o na esperança de que concordassem comigo, mas tal não aconteceu. Responsabilidades apurar-se-ão, quer no caso do PS, quer no caso das suspeitas, mas a vida continua e agora, é certo, é hora de reflectir sobre as causas desta derrota, mas também é hora de planear o futuro e congregar vontades e interesses entre aqueles que não se revêm nesta gestão, sejam eles de que cor forem.
Escrevo pessoalmente e em testemunho sempre pessoal, poderei por isso estar errado afinal, mas eu sou teimoso e acho que será hora de lutar com as mesmas armas, em vez de dar constantemente a outra face, em vez de se ficar a assistir, como se isso fosse um mérito, participar e entrar no jogo, porque meus amigos, isto na política como já vimos, vale tudo.

6 comentários:

SINES disse...

“Para se ganhar eleições, tal como na viva, é preciso trabalhar todos os dias”.
Agora é fácil fazer previsões. Na verdade não previa uma votação tão maciça na prepotência e na asfixia democrática, nem tão pouco que a CDU afundasse como se viu. Agora em relação ao PS não me enganei muito, porque a minha previsão eleitoral era 2 SIM+2PS+2CDU+1BE.
Não podemos dizer que o PS perdeu as eleições, porque o mais correcto será dizer que a “elite” pensadora do PS deu a câmara de mão beijada.
Quando olhamos para as listas dos candidatos do PS ficamos com a ideia que o partido “voa baixinho”. Coloca independentes como cabeça de lista, não define regras e que vemos nós? O Salvador e outros Salvadores em lugares esquecidos, para darem lugares a mais independentes, a pessoas “estranhas” à família e que de politica sabem tanto como eu de “capar porcos”.
Este PS de Sines precisa de dirigentes que saibam ouvir e se façam ouvir, que façam uma equipa onde os novos, os velhos, os pescadores, doutores, engenheiros e outros mais, se “empenhem” na doutrina do partido, porque para INDEPENDENTES, já existem outros caminhos. Não se pode deixar que um “convidado” para a nossa casa, ponha e disponha a belo prazer da nossa mobília, das nossos haveres e que desfaça a casa que muito nos custou a erguer ou a preservar. Um partido não pode permitir que alguém estranho à família, ponha e disponha da sua maior riqueza, os seus militantes.
Mas a culpa não é dos independentes, nem tão pouco dos pára-quedistas, porque esses estão cá hoje, mas vão embora amanha. Quem tem culpas no cartório são os mentores do PS, aqueles que pensam que o Partido não funciona sem a sua luminosa orientação.
Com estas e com outras, O PS, pela fome do poder, está a perder o “norte” e o rumo que o caracterizava pelo pluralismo e a sua identidade.
Procura-se o lucro fácil, a vitória a qualquer custo, nem que seja com aquisições ou empréstimos ou préstimos temporários. Esta gestão política não constrói equipas, nem dá frutos, porque quem não aposta na “prata” da casa e utiliza jogadores por empréstimo, mais tarde ou mais cedo vai ficar com a equipa fragilizada, porque a qualquer momento, os emprestados dão à “sola” para outras paragens onde se ofereça mais.
Apostar na “formação” é sempre uma boa politica, é garantir uma equipa que pode até não ser muito boa, mas que está unida e dá tudo por amor à camisola.
Temos que arranjar uma equipa, um PS activo que diga NÃO ao SIM, nos próximos 4 anos, amealhar a confiança dos que nos ouvem e daqueles que não são ouvidos e que por isso nos vão dar o seu voto.

Anónimo disse...

Ao anónimo das 2:39 AM

Amigo naturalmente conheço-o muito bem sacalhar até bem demais, e faço minhas as suas sábias palavras, foi o que aconteceu no PS sem tirar nem por , uma virgula que seja.
Veremos se aprenderam alguma coisa, amigo se quer que lhe dê a minha opinião pessoal tudo vai continuar na mesma, nem com os erros conseguem aprender.
Ali não há garra ,são muito bonzinhos , assim nunca lá iremos para nosso desgosto.

Anónimo disse...

Mas o lider do PS Sines é independente?
O Idalino não é filiado no PS?
Caro amigo, está falar de hoje ou a pensar no amanhã?
Qual será o independente que tanto o amedronta para daqui a 4 anos?

Anónimo disse...

Engraçado ver aqui estes comentarios que pelo que parece é de gente do PS.
Durante a campanha a lista do PS era a melhor, com gente mais capaz, com vontade de trabalhar, em suma os melhores de Sines.
Entao agora depois da derrota já nao prestam??
Tem que ser coerentes, ou sao bons ou nao sao, e nao ter uma opiniao antes das eleiçoes e outra depois das eleiçoes.
Tal como já o afirmei o PS novamente nao foi longe porque os sinienses conhecem aquelas caras, aquela sede e fome de tacho, conhecem o Partido Socialista, as suas propostas que ficam sempre por as concretizar, a politica do engano, da arrogancia, do falo agora bem porque estou em campanha mas depois nem falo.
Posto isto tem muito que aguardar se algum dia querem chegar ao poder em Sines.

Anónimo disse...

UPS...
Li Bem...
DEIXAR O SEU COMENTÁRIO!!!

Anónimo disse...

Os destinos do mundo esse está nas nossas mãos, dizíamos!... Mas olharam-nos com cara de espanto, de “desagrado” e de seguida sorriram... Porque, no fundo, há coisas mirabolantes que fazem soltar um sorriso inexplicável, cujo verdadeiro sentimento não se decifra.

E a terra continua cinzenta e nós com cara de espanto, estupefactos, pensamentos de reprovação, saltitam-nos de mão em mão, olhar de reprovação... mas sabem. O sorriso cinzento tem algo de requintado... Afinal, cinzento não é preto... é dúbio.

Acendo um cigarro, lanço umas bolas de fumo para o tecto e dou um gole no café. Sabe a caramelo, é daquela qualidade com bom sabor bem tirado, não esta queimado. Deve ter tido sorte em ser o primeiro café a ser servido depois de lavado o manípulo da máquina.

Sinto saudades do tempo em que a água corria cristalina na ribeira da minha terra e de olhar o céu estrelado, no tempo em que o céu tinha mais estrelas.


Bebo o resto do café.

Sorrio, o mundo pode ser diferente



Importa agora manter a chama acesa, ou melhor dito impulsionar uma nova visão para uma vida mais plena e harmoniosa.

Importa que sejamos capazes de reviver as memoria mais profundas e nascer de novo, um ser outro que sabe escutar as palavras simples que só precisam de um receptor atento para o interpretar.

Nos percursos da vida, também precisamos, quantas vezes de outras forças, às vezes o vento que passa, a chuva que nos fustiga de mansinho, o calor do sol, ou um abraço amigo, quem sabe?