1,2,3...Partida

A partir de hoje o “Circo desce à Cidade”, aquilo que vimos e assistimos em termos de campanha autárquica foi apenas o aquecimento, ontem após o final das eleições legislativas, soou o apito para o início da partida.

João Custódio e o PSD, vão trilhando o seu caminho, tentando segurar o seu eleitorado. Será fortemente penalizado pela renhida batalha a três que captará todos os votos que não sejam dos irredutíveis sociais-democratas, principalmente quando ganha força a certeza que dificilmente poderá ser eleito vereador. Curiosamente os eleitores PSD esquecem a Assembleia Municipal e a força politica que esta ganhará num cenário de executivo minoritário.

BE o resultado nas legislativas e o seu candidato fazem prever a eleição de um vereador. José Carlos Guinote confirma-se como o candidato melhor preparado, é o técnico que qualquer presidente gostaria de ter como assessor, mas igualmente o presidente que nenhum assessor desejaria. É inequívoca a sua utilidade à autarquia e durante 4 anos teremos oposição, no verdadeiro sentido da palavra, no executivo camarário com a sua eleição como vereador.

A campanha intimista em que a CDU apostou vai dando os seus frutos e continuará em crescendo até ao dia das eleições. Depois de um arranque algo pálido a candidatura vai ganhando corpo e saiu muito reforçada com a ligação afectiva e emocional dos seus militantes e simpatizantes com a campanha para as legislativas. O tempo joga a seu favor. Francisco do Ó continua a pagar ter permitido que a erva daninha crescesse no seu quintal sem a extirpar atempadamente.

O PS, quase um vencedor antecipado, cometeu todos os erros de quem ganha antes de tempo. O reforço da candidatura da CDU joga a seu favor e poderá provar que a estratégia de apostar na divisão do tradicional eleitorado da CDU foi acertada, sem cometer erros e apostando no erro do adversário, não sendo a melhor táctica também permite ganhar eleições.

Durante algum tempo não percebi o que hoje é uma certeza, o SIM não ganhará as eleições. Apesar da exuberância de uma campanha nunca anteriormente vista, "Roma não paga a traidores". Sendo a terra de Vasco da Gama, uma terra de gentes de esquerda, nunca lhe perdoarão o afastamento do partido a quem tudo deve politicamente, nem esquecerão as suas atitudes elitistas e o virar de costas a Sines e às suas tradições. Está fora da corrida, e Manuel Coelho sabe disso, não o diz, mas as suas atitudes desesperadas denunciam-no.

E é assim que entramos na recta final destas autárquicas, onde se nada de muito extraordinário suceder a esmagadora maioria dos eleitores que irão votar tem decidido o seu sentido de voto. Os debates e a campanha, que hoje inicia oficialmente, apenas reforçarão a convicção dos eleitores.