Vários visitantes lançaram-me o "desafio" de apontar caminhos para solucionar o endividamento. Curioso que muitos consideram o endividamento excessivo como natural e uma questão menor.
Duas questões prévias:
a) antes de mais a melhor forma de "reduzir" o endividamento começa por não aumentá-lo.
b) é natural e não pernicioso que as autarquias tenham um determinado nível de endividamento. Este nível numa perspectiva académica tem várias respostas, baseadas na taxa de esforço de cada organização, empresa, ou agregado familiar, e são indissociáveis da capacidade de solver a divida.
Basicamente as autarquias (tal como as empresas e as famílias) deverão ter um nível de endividamento, cujos encargos com a divida (capital e juros) e a inflação de preços (via fornecedores, que reflectem no preço o prazo de pagamento) não comprometa o seu objecto social, ou seja que não ponham em causa o normalmente funcionamento autárquico, nem estrangulem a sua capacidade de execução, nomeadamente em áreas prioritárias como a saúde, a educação e a segurança.
Nas contas municipais de Sines existem boas e más noticias. As más referem-se à capacidade de realizar receitas que está muito optimizada. Paradoxalmente a boa é o elevado nível de custos que deixa uma margem elevada para a sua redução. O equilíbrio orçamental terá de passar pela contenção orçamental e não pelo aumento das receitas, pois a venda de património municipal e os impostos continuarão em baixo nos próximos tempos e subsídios da Petrogal não uma receita extraordinária e de difícil repetição.
O próximo executivo deverá adoptar medidas de contenção responsáveis, que permitam garantir o futuro (pois o endividamento não é infinitamente elástico) e preservar o bom nome da autarquia como agente económico (cumprindo prazos de pagamento razoáveis).
Tomo a liberdade de apontar alguns caminhos para reflexão e para que sejam acrescentados:
1. Ao contrário do que sucede, reduzir as assessoria a funções cujo quadro de pessoal não permita responder;
2. Reduzir o trabalho suplementar, a utilização de viaturas e as despesas de representação ao estritamente necessário;
3. Canalizar o investimento para as áreas de educação, saúde e apoio social, adiando nas restantes áreas de intervenção como por exemplo o novo complexo desportivo;
4. Eventos como o FMM, as despesas de funcionamento e os custos com a programação cultural do CAS devem ser auto-sustentáveis e baseadas no mecenato;
5. A autarquia deverá retomar o seu papel de loteador, captando as mais-valia que doutra forma ficam como os privados.
Duas questões prévias:
a) antes de mais a melhor forma de "reduzir" o endividamento começa por não aumentá-lo.
b) é natural e não pernicioso que as autarquias tenham um determinado nível de endividamento. Este nível numa perspectiva académica tem várias respostas, baseadas na taxa de esforço de cada organização, empresa, ou agregado familiar, e são indissociáveis da capacidade de solver a divida.
Basicamente as autarquias (tal como as empresas e as famílias) deverão ter um nível de endividamento, cujos encargos com a divida (capital e juros) e a inflação de preços (via fornecedores, que reflectem no preço o prazo de pagamento) não comprometa o seu objecto social, ou seja que não ponham em causa o normalmente funcionamento autárquico, nem estrangulem a sua capacidade de execução, nomeadamente em áreas prioritárias como a saúde, a educação e a segurança.
Nas contas municipais de Sines existem boas e más noticias. As más referem-se à capacidade de realizar receitas que está muito optimizada. Paradoxalmente a boa é o elevado nível de custos que deixa uma margem elevada para a sua redução. O equilíbrio orçamental terá de passar pela contenção orçamental e não pelo aumento das receitas, pois a venda de património municipal e os impostos continuarão em baixo nos próximos tempos e subsídios da Petrogal não uma receita extraordinária e de difícil repetição.
O próximo executivo deverá adoptar medidas de contenção responsáveis, que permitam garantir o futuro (pois o endividamento não é infinitamente elástico) e preservar o bom nome da autarquia como agente económico (cumprindo prazos de pagamento razoáveis).
Tomo a liberdade de apontar alguns caminhos para reflexão e para que sejam acrescentados:
1. Ao contrário do que sucede, reduzir as assessoria a funções cujo quadro de pessoal não permita responder;
2. Reduzir o trabalho suplementar, a utilização de viaturas e as despesas de representação ao estritamente necessário;
3. Canalizar o investimento para as áreas de educação, saúde e apoio social, adiando nas restantes áreas de intervenção como por exemplo o novo complexo desportivo;
4. Eventos como o FMM, as despesas de funcionamento e os custos com a programação cultural do CAS devem ser auto-sustentáveis e baseadas no mecenato;
5. A autarquia deverá retomar o seu papel de loteador, captando as mais-valia que doutra forma ficam como os privados.
7 comentários:
Afinal amigo Braz,o que estás a propor são básicamente o que o BE
disse na apresentação da candida-
tura.
Donde se deduz que estarei de acordo com o programa do BE, nesta matéria.
Claro que nesta altura do campeonato falar em redução de contratados é tabu mas os custos de pessoal permanente, contratado e assesores (tachos?) deve ser muito elevada.
Deixo apenas uma questão qual o ratio Habitante/Empregado da Cãmara de Sines e qual é a média em Portugal.
Um município onde a Câmara e a Mesericórdia são grandes empregadores normalmente são municípios pobres,subdesenvolvidos e mal geridos.
Como siniense, é com alguma tristeza que vejo o debate político que envolve as eleições autarquicas que se avizinham esgotar-se no tema do endividamento actual da CMS. Deviamos debater ideias para o futuro... deviamos debater temas que realmente nos preocupam e nos afectam o nosso dia a dia... deviamos contribuir positivamente para o debate político!
Este espaço pelo número de visitas que tem diariamente e pelo "burburinho" que muitas opiniões provocam na sociedade siniense devia promover o debate positivo da política autárquica siniense. Afinal o debate político não se esgota nos partidos políticos, nem nos candidatos independentes.
Fica o comentário.
Sem duvida que os custos com o pessoal da autarquia representa uma grande fatia do Orçamento.
Qual dos lideres das listas concorrentes vai por no seu programa eleitoral a redução de funcionarios da CMS ?
Anónimo das 3:42 PM, Agosto 14, 2009
Redução de pessoal na CMS porquê?
Quererá dizer que há pessoal a mais na CMS?
Ou quererá dizer que alguns funcionários que trabalham para os serviços geridos pelo município estão mal enquadrados?
Ou por outro lado haverá "precários" a mais devendo por isso ser enquadrados com pleno direito como funcionários efectivos se o seu trabalho for definitivamente efectivo?
Alguns pensão que a única maneira de não se ter prejuízo é despedir!
não meus amigos a maneira de rentabilizar uma empresa ou o que quer que seja não é despedir mas sim aumentar a receita, e é essa a dificuldade que os nossos "Gestores" de vacas gordas têm, pois não têm ideias para aumentar a receita, e por isso viram-se para os despedimentos.
Então comecemos por despedir alguns que apenas chefiam e não trabalham ai pouparíamos logo o ordenado de 3 trabalhadores que produzem riqueza, e que são os 1ºs a ser despedidos.
Depois saltamos para os gestores que gerem mal as pessoas (e gerir bem as pessoas não é andar de chicote nas mãos como se faz aqui).
Gerir bem é fazer com que as pessoas se reconheçam no trabalho que fazem e assim o façam melhor (e recompensa-las é claro).
Temos em Portugal a maior parte das empresas com o mesmo numero de chefes que apenas mandam para cada funcionário, e alguns trabalhadores as vezes têm mais do que um chefe, e como o outro não pode mandar mais do que eu, dá-se três ou quatro ordens diferentes e depois quem não presta é o trabalhador.
Pensem nisso façam para aumentar os lucros aumentando a receita e não despedindo pessoas.
Assim serão bons Gestores!
Enviar um comentário