Se pretendemos entender a relatividade do tempo, dizia alguém ironicamente, devemos pedir a quem está do lado de dentro e do lado de fora da casa de banho, que meça o mesmo tempo.
0,3% de crescimento trimestral é o suficiente para um país sair da crise, mas o mesmo valor em sentido contrário não seria suficiente para os governantes assumirem que o país estava a entrar em crise.
De que serve um País estar a sair de uma crise económico-financeira quando apresenta uma taxa crescente de desemprego. O crescimento económico associado ao crescimento da taxa de desemprego apenas trará mais do que temos de sobra: desigualdade social.
Uma última nota, preocupante a forma com o nosso PM se satisfaz como os milhares de postos de trabalho criados artificialmente, nomeadamente em estágios profissionais, mairitariamente um placebo, cuja cura assenta num tecido empresarial forte, nomeadamente de PME's e não de viver da mão estendida ao estado.
Associar os desempregados efectivos aos estágios profissionais, POC's e formação profissional, dar-nos-ia a real dimensão do desemprego em Portugal e ver que já hipotecámos a famosa tanga.
4 comentários:
O Alentejo é a região portuguesa com a taxa de desemprego mais elevada (11,3%).
Não querendo ser pessimista , penso que os numeros desta crise ainda vão piorar(espero e desejo que esteja enganado). Em Setembro veremos
O PS sempre teve o hábito de disfarçar os números do desemprego com formações da treta. Criam cursosecos para manter as pessoas ocupadas por períodos muito curtos e vão substituíndo as pessoas para dar a entender que há poucos desempregados. Gastam milhares de euros e as pessoas nunca aprendem uma profissão a sério. Não entendo muito destas jogadas, mas não seria melhor a criação de cursos a sério para formar por exemplo canalizadores, mecânicos, electricistas... é que assim desperdiçam-se milhões e não temos gente competente para trabalhar. Em Sines se necessitarmos de alguém para arranjar máquinas, televisores, computadores, ferros de engomar... não existem técnicos com formação adequada. Tem-se gerido muito mal os milhões que entram todos os dias da CE.
Concordo com o anónimo da 1,20. Há malta a viver só dessas formações pagas. Quem dá, recebe bastante e quem lá vai, recebe algum. E aquilo serve para alguma coisa? Nada. O Sócrates manipula os dados como bem entende. Enquanto os bancos não derem crédito com boas condições, é mau sinal para a economia. Claro que não me refiro a créditos pessoais...
Enquanto houver desigualdades enormes entre classes sociais, ninguém está interessado em ser técnico.
Querem ser todos engenheiros e doutores.
Portanto, profissões mencionadas no post anterior, assim como outras mais especificas, só terão tendência para serem mais raras.
E já se vai vendo em muitas áreas especificas em que tem que chamar um especialista do estrangeiro todo xpto, certificado para vir reparar um equipamento industrial ou de comunicações.
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