terça-feira, 11 de agosto de 2009

Endividamento, palavra proibida

O grande problema de Sines, que poderá comprometer o normal funcionamento da actividade autárquica, não faz parte do léxico eleitoral e chama-se endividamento. Num valor de € 25.000.000, no final de 2008 deverá rondar os € 30.000.000.

Quando assumiu o poder Manuel Coelho, herdou uma dívida de 5 milhões de euros, que quintuplicou em 11 anos e sextuplicará em doze. Dito de outro modo, em termos médios, acrescentou mais de € 2.000.000 em cada ano de mandato. Impressionante, principalmente se tivermos em conta as restrições ao endividamento bancário imposto pelo Governo Central.

Considerando o festim que representam os anos eleitorais, a expectável politica de contenção pós-eleitoral do governo central, a dificuldade de venda de património municipal, a redução na arrecadação de imposto, devido à crise instalada e os custos de funcionamento das grandes "obras", como o CAS, Escola de Artes, Piscinas Municipais, etc, a asfixiante situação financeira da autarquia irá agudizar-se nos próximos tempos.

A vida adivinha-se muito difícil para o próximo executivo, mas para por agora é gastar como se não houvesse amanhã.

9 comentários:

Anónimo disse...

Boa observação…. estes valores lançados, a ser verdade, ainda vai dar uma novela……ainda há poucos dias vi no telejornal da TVI, que em Portugal existem cerca de 55 autarquias, que ultrapassaram os limites do endividamento estipulados pela lei.
Bem agora basta esperar até que as coimas comecem a chegar….e com esses avultados valores que a autarquia de Sines tem de endividamento, e com o que o Manel ainda quer fazer na sua «quinta»(pensa ele), ai minha mãe….

Agora nesta altura de eleições, era um bom tema, para um debate entre os candidatos.

FORÇA BE

Luis Maldonado disse...

no final de 2008 deverá rondar os € 30.000.000?

Anónimo disse...

Quem vier atrás, que feche a porta

Anónimo disse...

Concordo com o post no âmbito geral, mas discordo com a menção dos custos de funcionamento do CAS (excepção do consumo de energia)pois em recursos humanos resume-se a cerca de uma duzia de pessoas (incluindo Poc´s) para fazer funcionar uma biblioteca,um arquivo geral,um auditório, e uma galeria de exposições, das 10 ás 20 horas, todos os dias, não invejo quem lá trabalha, pois como sabemos os vencimentos não são nada por aí além.

Anónimo disse...

30.000.000€!
Deve ser uns trocados. Qualquer prémio do Euromilhões serviria para liquidar a dívida .
Todos pensam logo: Nâo é dele (Presidente). Se fosse dele não gastava tanto.
Alguém dizia outro dia que não gostava de exercer uma actividade politica era desgastante e por dinheiro nenhum ia para lá.
Deve dar um gozo assinar uma ordem para pagar determinados valores e isso tem que ter um custo: endividar a casa .

Anónimo disse...

Pena que o endividamento tenha servido apenas para construir um CAS que passa o dia vazio, em vez de reestruturar o antigo cinema (tinha sido mais barato e não precisava de me deslocar a Setubal e Lx Pra ver um filme), para construir um novo centro de saude ou algo que na minha opinião contribuisse para o bem-estar de toda a população e não apenas de alguns. Desta maneira e perante os valores apresentados, é minha opinião que com menos do que foi gasto, se tinha feito o povo feliz.

MANUEL MARTINS disse...

Só por lapso é que se pode escrever que o endividamento não faz parte do léxico eleitoral. Então o autor deste post não esteve presente no lançamento da candidatura do BE? Não ouviu falar de endividamento, da sua expressão exacta e das suas consequências nefastas? Há pelo menos uma candidatura que relaciona endividamento com desenvolvimento ou não é verdade? Recomenda-se a leitura do que foi escrito, no blogue da candidatura do BE, no dia 20 de Julho sobre este tema. Sobre esta questão o que é correcto é dizer que há uns que não dizem nada e outros que colocam as questões de forma clara. O endividamento faz parte do léxico eleitoral em Sines e isso deve-se quer se queira quer não à candidatura do BE, ou não será assim senhor Braz?

Estação de Sines disse...

Caro Manuel Martins,
tem razão, mas como sabe uma andorinha não faz a primavera. De facto, não só li como estive presente na apresentação dos candidatos do BE.
Não foi só em relação ao endividamento mas também em realação à questão da poluição que o Guinote apresentou ideias pioneira, de forma frontal e arrojada.
Infelizmente temo que os principais candidatos à itóri não o façam.
Este espaço pretende não só comentar a realidade, como interferir nesta.
Basta que apenas um agente politico, leia o post e procure apontar soluções para o endividamento, e este post já valeu a pena.

MNUEL MARTINS disse...

Mas quais são os principais candidatos à vitória? São aqueles que investem em grandes outdoors e nãoparesentam uma única proposta que se diga, benza-te Deus? Ou são aqueles que aprsentam propostas sensatas e exequíveis? Os votos dos cidadãos não têm dono. São os cidadãos que decidem quem vence em Outubro, ou não será assim? Aliás, de todos os candidatos que se apresentaram às eleições uais são os mais conhecidos dapopulação de Sines? E quais são aqueles em que os cidadãos mais confiam? Não serão esses os maiores candidatos à vitória?