FUTURO INCERTO DA FABRICA ARTENIUS (SINES)
Numa reunião realizada ontem, com a Direcção da Artenius Sines (Grupo La Seda Barcelona), no sentido de nos inteirarmos da situação em que está o projecto, apercebemo-nos que o futuro desta unidade fabril poderá estar mesmo em risco por falta de financiamento.
Recorde-se que em Março do ano passado foi o lançamento da 1ª pedra deste projecto, que pelo facto de ser um projecto novo (feito de raiz), evoluiria no sentido de criar sinergias com outras empresas da região, possibilitando a dinamização do Porto de Sines, arrastando também novas fábricas, dinamizando a economia da região, e sobretudo criando 350 postos de trabalho entre directos e indirectos - foi considerado um PIN.
Estivemos presentes no lançamento da 1ª pedra e congratulamo-nos com o facto de ser um projecto novo que iria criar empregos, mas também alertamos na altura que os postos de trabalho a preencher deveriam ser preenchidos por trabalhadores da região, ou que cá quisessem estabelecer residência bem como deveriam ser salvaguardados os direitos contratuais e de cidadania.
Contudo, um ano e meio depois, está este projecto já atrasado em cerca de um ano, e a correr o risco de vir a ser mais uma pedra no sapato dos contribuintes portugueses, pelo facto de um dos principais investidores que é a (CGD), não estar a desbloquear o financiamento necessário para o seu desenvolvimento.
Foi-nos transmitido pela administração da Artenius em Sines que tudo estão a fazer para arranjar uma solução para o problema, mas que agora o que lhes falta é apenas o desbloqueio do financiamento por parte da Caixa Geral de Depósitos, que poderá vir a acontecer (ou não) se conseguir arranjar financiadores para este projecto.
Sendo a CGD uma instituição do Estado Português, não é entendível, que a não acontecer o financiamento, se deixe morrer um projecto que o próprio Governo considera PIN, deixando goradas irremediavelmente as expectativas de algumas centenas de trabalhadores mas também algumas dezenas de pequenas e médias empresas.
Este “pára, arranca” e indecisão governamental é prejudicial sem dúvida nenhuma para toda a economia regional, pela asfixia que acontece já de algumas empresas que investiram no seu desenvolvimento baseados neste e noutros PIN’s.
Perante estas indecisões, se o projecto “morrer” estarão já avaliados os seus custos? E quem pagará as contas?
O que acontecerá aos trabalhadores (precários), que estão suspensos na construção deste projecto?
Haverá certamente responsáveis.
Sines, 20 de Agosto de 2009
A Direcção
Recorde-se que em Março do ano passado foi o lançamento da 1ª pedra deste projecto, que pelo facto de ser um projecto novo (feito de raiz), evoluiria no sentido de criar sinergias com outras empresas da região, possibilitando a dinamização do Porto de Sines, arrastando também novas fábricas, dinamizando a economia da região, e sobretudo criando 350 postos de trabalho entre directos e indirectos - foi considerado um PIN.
Estivemos presentes no lançamento da 1ª pedra e congratulamo-nos com o facto de ser um projecto novo que iria criar empregos, mas também alertamos na altura que os postos de trabalho a preencher deveriam ser preenchidos por trabalhadores da região, ou que cá quisessem estabelecer residência bem como deveriam ser salvaguardados os direitos contratuais e de cidadania.
Contudo, um ano e meio depois, está este projecto já atrasado em cerca de um ano, e a correr o risco de vir a ser mais uma pedra no sapato dos contribuintes portugueses, pelo facto de um dos principais investidores que é a (CGD), não estar a desbloquear o financiamento necessário para o seu desenvolvimento.
Foi-nos transmitido pela administração da Artenius em Sines que tudo estão a fazer para arranjar uma solução para o problema, mas que agora o que lhes falta é apenas o desbloqueio do financiamento por parte da Caixa Geral de Depósitos, que poderá vir a acontecer (ou não) se conseguir arranjar financiadores para este projecto.
Sendo a CGD uma instituição do Estado Português, não é entendível, que a não acontecer o financiamento, se deixe morrer um projecto que o próprio Governo considera PIN, deixando goradas irremediavelmente as expectativas de algumas centenas de trabalhadores mas também algumas dezenas de pequenas e médias empresas.
Este “pára, arranca” e indecisão governamental é prejudicial sem dúvida nenhuma para toda a economia regional, pela asfixia que acontece já de algumas empresas que investiram no seu desenvolvimento baseados neste e noutros PIN’s.
Perante estas indecisões, se o projecto “morrer” estarão já avaliados os seus custos? E quem pagará as contas?
O que acontecerá aos trabalhadores (precários), que estão suspensos na construção deste projecto?
Haverá certamente responsáveis.
Sines, 20 de Agosto de 2009
A Direcção
6 comentários:
Alguém anda a tentar brincar comigo! Estiveram com a Direcção da Artenius? Com a administração? Ou simplesmente estiveram com un funcionário da nossa CGD?
Senhor Fernandes: a Artenius Sines não tem qualquer viabilidade económica e é um infeliz icon da incompetência que se instalou neste país. O actual governo deve ter recebido de Bruxelas indicação para parar com esse aborto que custa 400 milhões de Euros e que pretensamente daria emprego a 150 trabalhadores.
Conforme já foi afirmado neste blog o governo foi enganado pelos xicos espertos que quiseram trazer para Sines esse mamarracho que mais nenhum país europeu quis. A La Seda já fechou as fábricas de Inglaterra, Turquia, Itália e Grécia. Vai fechar, se ninguém comprar, as fábricas de Portalegre. Muito provavelmente os trabalhadores daquela cidade alentejana serão transferidos para Sines vindo engrossar o numro dos que já vieram à frente.
Pelos vistos o senhor «administrador» da Artenius enganou os empreiteiros quando à dois meses atrás garantia que em meados de Julho o problema ficaria resolvido. Alguém até lhe chamou bruxo. Não se lembra Senhoe Fernandes?
Felismente Bruxelas deve ter posto travão a toda esta pantomina. Senão lá estávamos nós a pagar mais 5 centimos na gasolina, mais 3 na electricidade, mais meio euro no tabaco para que o governo «esquecesse» os graves erros cometidos pelos gestores da CGD.
Como um anónimo aqui escreveu a tempos: pobre povo que teima em morrer à fome.
Desligar o problema da Artenius Sines da situação que se vive em La Seda é um golpe de mágica que não ajuda a entender coisa nenhuma.
Accionistas minoritários de La Seda apresentaram queixa na Fiscalia, apoiados no relatório da Deloite.
O erro de base do governo foi escolher um parceiro como La Seda, que na altura "comprava" tudo. Depois a Dona Branca acabou e aí começou o fim e hoje La Seda "vende" tudo.
Eu não vejo a CGD como dona de uma unidade de PTA á custa do nosso dinheiro mas eventualmente estou enganado.
Certamente não será a CGD, a dona da fábrica de PTA, como também não deveria ter sido a Caixa Geral de Depósitos a ser a financiadora do BPN.
Sabem quanto vai custar aos bolsos dos contribuintes a paragem desse projecto nesta fase?
Eu também não, mas de certo que se terá que fazer o que o anónimo das 9:21 AM, Agosto 21, 2009 disse aumentar em alguns bens essenciais, para pagar a divida.
Ao que parece a CGD, apenas procura financiadores para o projecto e é essa a fase em que está o processo, garantias essas ninguém tem, mas por vezes é melhor investir e ver o dinheiro de volta, do que enterra-lo sem retorno como é o que está aqui a ser proposto nas opiniões.
Em relação a Artenius Portalegre (antiga selenis) o antigo proprietário Imatosgil, accionista da La Seda, está interessado em comprar de novo as instalações, pelo que não se prevê que o futuro seja o encerramento daquela unidade, mas do futuro ninguém sabe, nem os fazedores de opinião que vemos para ai a mandar bitaites nas TV’s e Jornais, em que muitos confiam e ninguém os critica.
Passem bem
Daniel Silvério
Não estou a perceber Sr. Daniel. Afinal a Arténius Sines é pertença da La Seda ou da CGD? Tanto quanto os jornais me informaram a nossa Caixa está à espera que o grupo catalão se reorganize e renegocie a divida com os bancos para poder decidir se avança ou não com o dinheiro que falta para acabar o projecto. Se o projecto está parado o único RESPONSÁVEL é a La Seda. Ou não? Deste modo não vejo como é que os bens essenciais em Portugal devam subir por efeito da paragem. Cheira-me que estamos na presença de mais um bitaite – da sua lavra, aqui não há dúvidas.
Obrigado quanto ao esclarecimento da situação em Portalegre mas, como deve também ter lido nos nossos pasquins, a compra por Imatosgil está dependente das condições de oferta da La Seda e – para complicar ainda mais – a administração daquele grupo catalão diz que Imatosgil tem por lá um «bico» de mais de 20 milhões de euros que não quer pagar «às boas». Espero que os trabalhadores daquela cidade alentejana estejam preparados psicologicamente para o pior – longe vá o mau agouro. Mas a verdade é que de boas intenções está o inferno cheio.
Para responder a sua pergunta neste momento e se não for feito o projecto o prejuízo é da Caixa Geral de Depósitos, ou seja é um pouquinho de cada um de nós Portugueses.
Também como todos nós tenho sempre algumas duvidas, mas principalmente, a quando dos anúncios de projectos megalómanos, e ainda por cima considerados de PIN, mas dado o facto que quer o nosso governo, quer a comunidade Europeia estará a financiar parte destes projectos, acho de bom grado não deixar morre-lo como tem sido feito com tudo o que o nosso governo se tem metido.
E já agora se é assim um projecto tão mau porque é aprovado e muito aflorado pelos nossos governantes?
Apenas para enganar os Portugueses?
E também não percebo os seus comentários que são sempre do contra ou seja se estivéssemos contra era porque estávamos contra, se tentamos de alguma forma garantir que sejam criados postos de trabalho, é porque somos incoerentes e irresponsáveis.
Ora tenha santa paciência e defina-se.
Nunca me ouvi-o dizer que não quero a criação de postos de trabalho e o desenvolvimento da Região, e quando falo região não restrinjo a Sines, até porque não moro ai mas trabalho ai pertinho, mas falo em toda a região Litoral Alentejana, e também em todo o país, mas com certeza que tem de ser um desenvolvimento sustentado, baseando a sua força de trabalho em trabalho com direitos, trabalho digno, e essencialmente que não prejudique ninguém.
O nosso país tem de ser auto-suficiente naquilo que os portugueses precisam, e que conseguir exportar o excedente, só assim poderemos ir para a frente, e criar condições para que tenhamos todos mais e melhores condições.
Mas isto é muito complicado para algumas cabeças, principalmente as que não pensão por si.
E fico por aqui já me alonguei demais.
Passem bem.
Como é possível perder ainda tempo com um cadáver?
To Ventura
Cbrc 21.08.09
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