sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Abstenção, essa besta negra da democracia

Depois de tantos anos de luta pela democracia, pela realização de eleições livres, pelo principio "um homem, um voto", pelo direito da mulheres a votarem, assistimos a níveis de abstenção, independentemente das eleições e dos países

Há quem defenda que níveis de abstenção altos correspondem a países com estabilidade politica e económica, logo sinal de uma democracia madura e um país desenvolvido. A frieza dos números sustenta esta teoria. Mas o desinteresse pelo bem comum e e participação cívica na sociedade, mas devia esmorecer pela estabilidade politica e económica, pois no limite uma ditadura que proporcionasse qualidade de vida elevada seria o modelo de sociedade ideal.

Existem medidas que poderiam mitigar esta questão para a qual os sistemas politicas teimam em não encontrar (ou quer) uma solução, sem passar pelo voto obrigatório pela força da lei.

Em tempos houve que defendesse que as eleições se realizassem às quartas-feiras, para evitar as pontes, e fosse considerado dia de falta justificada e paga, pelas empresas ou pelo estado, desde que o eleitor comprovasse o seu acto. Não me parece razoável, pois o acto de votar, nobre não deve ser encarado como um encargo da democracia a ser suportado pelas empresas ou pelo estado.

Penso que existem algumas questões, desde o voto electrónico, cuja tecnologia existente permite efectuar com segurança, a possibilidade de votar fora da áreacorrespondam a feriados semanais, poderiam reduzir o nível de abstenção, mas não resolveriam o problema na génese desta questão, o afastamento dos cidadãos da politica, que radica bem fundo na nossa sociedade.

6 comentários:

efernandes disse...

A besta negra da Democracia é alimentada pelas "bestas" que se governaram e vão governando à custa do erário público.
Depois, para ser-se sério, não basta sê-lo mesmo. É preciso parecê-lo.
Num país como o nosso em que se acha heroi o ex-pé descalso que foi explorado numa qualquer fábrica textil ou de calçado do norte mas que por razões de sorte na vida e até de trabalho árduo conseguiu montar uma empresa e explora outros homens e crianças, esquecendo completamente o seu passado, que conceito de cidadania e DEMOCRACIA se pode ter?
É o mesmo país que põe no top + as novelas da tvi e o correio da manhã mas também é o mesmo país que nem sequer quer saber as causas porque várias personagens portuguesas vão a tribunal continuando a ser autarcas, presidentes de instituições e até deputados.
Esta é a parte "nojenta" do que alguns chamam de democracia e que se quem manda neste país fosse completamente impoluto poderia alterar. Assim, lutamos (alguns) contra moínhos de vento!Não os da energia eólica).

"Vós que lá do vosso Império
Peometeis um mundo novo
Pode ser que um dia o povo
Queira um mundo novo a sério"

Luis Maldonado disse...

Bráz, dou-te toda a razão, mas não te esqueças que o comodismo de certas pessoas é bem mais forte que o avnço tecnológico.
Podes conseguir que uma pessoa vote de dentro de casa, via internet, na comodidade do seu lar, que mesmo assim as pessoas preferem ir à praia, ao golf, comer o belo do geladinho, e pensar: "vou votar para quê? também não é por eu não votar que aquilo muda!".
O que é preciso é uma campanha a sério contra a abstenção, explicando todos os pontos positivos e negativos de se abster. Esta campanha deve, claro, partir do Governo, mas também de todos os partidos existentes.
Agora diz-me lá: a quem é que interessa que a abstenção acabe, podendo aumentar o número de votos em branco? Achas mesmo que os partidos vão tomar essa iniciativa??

Anónimo disse...

votar? mas...

votar para quê? para colocar no poleiro meia duzia de advogados que irão redigir um conjunto de leis que benificiarão apenas os sues lobbies? para dar «razão» a um conjunto de ladrões que sob o disfarce de «liberdades» sacam diariamente o suor do povo? para legalizar o crime organizado?

cura-te braz!

Anónimo disse...

Na minha humilde opinião, a decepção constante que sentimos com as mentiras, falsas promessas, injustiças, leva à abstenção.
Porém a esperança é a última a morrer, o desistir de tentar mudar algo significa derrotismo.
Há que incutir esse espírito do não conformismo no que se passa ao nosso redor, nunca calar a voz de quem é injustiçado, humilhado e enganado.
Enquanto houver 1 coração puro, haverá esperança no mundo.

Cumprimentos
Distraída

Anónimo disse...

Eu não me abstenho...voto BLOCO de ESQUERDA!

Anónimo disse...

Eu voto sempre, mas nas minorias. Os outros dois já os conheço de gingeira. Só tachos e mais tachos. Ditaduras democráticas? Não obrigado! Isso é para os que devoram novelas e não evoluem. Estão tal e qual como Salazar desejava. Ignorantes!