domingo, 26 de julho de 2009

Poder até não puder mais


“Forte aposta na educação, em que foi abordada a postura de (…) trabalhar para resultados, promovendo consensos e parcerias, em vez do confronto político não produtivo.”
2ª reunião alargada do Movimento SIM

Quando li esta frase, pensei que se tratava do apelo de alguma Instituição de Sines, relativamente à politica da autarquia. Mas não, a sua origem é do Movimento SIM, aplaudindo e justificando a assinatura do protocolo de transferência de competências com o Ministério da Educação.

Defendi aqui neste espaço a assinatura do protocolo e reconheci a coragem politica de Manuel Coelho - ainda da CDU-, de entre servir a população ou os interesses partidários, ter optado pelo primeiro. Enganei-me em parte, de facto não servia os interesses partidários, servia a sua ânsia de mais e mais poder.

Concordo com a necessidade de descentralizar as competências do Ministério da Educação, pois reconheço maior capacidade a quem está no terreno e logo mais próximo e conhecedor da realidade.

Quando se tratou de estabelecer parcerias com as IPSS relativamente ao pré-escolar - à semelhança da quase totalidade dos Concelho que assinaram o protocolo de transferências com o Ministério da Educação - o Presidente da CMS, deixou de ser apologista da descentralização, optando por entender que os 30 anos de experiência de instituições e funcionárias do Infantário Pintainho são desprezíveis, e ele sim o grande líder, sabe gerir a coisa pública, como aliás atesta o endividamento da autarquia.

Depois de acreditar que Manuel Coelho era defensor da descentralização por uma questão de ideologia e princípios, entendi que a sua ideologia e princípios acabavam no exacto momento em que tinha que abrir mão das suas competências, descentralizando.

Foi nesse dia que percebi o que é a politica do "Poder até não puder mais".

1 comentário:

Anónimo disse...

Nunca entendi como é que o Dr. Coelho pôde fazer acordos e apoiar as politicas de Sócrates e Maria de Lurdes, na área da educação. O seu colega de Santiago de Cacém mostra ser bastante mais inteligente, não seguiu e muito bem, a sua politica nesta área. A profissão de professor sempre foi respeitada neste país. Actualmente, por culpa destes senhores, são maltratados pelos pais, pelos filhos, pelos avós, por toda a população. Enfim, é tudo a malhar. Estes senhores arrogantes e mentirosos enxovalharam e desrespeitaram toda uma classe e se estes não tivessem vindo para a rua mostrar a sua indignação e revolta, era a destruição total da escola pública. Os professores já não conseguiam viver para os alunos como faziam anteriormente. Era uma situação frustrante. Trabalhavam noite e dia em função da sua avaliação. Ridiculo não é? Hoje, a escola já não é o que era. É um depósito de crianças cansadas e desmotivadas pela aprendizagem. Passam de ano sem saber nada porque é este o desejo da dita senhora. Não existe condições para aprender porque durante todo o dia é um barulho infernal, um entra e sai, uma bagunça. Agora os profes têm a avaliação simplex que é muito menos exigente do que a que existia antes, mas como castigo, vivem afogados noutros papeis e reuniões até às 11h da noite. O Director e companhia ( invenção dos Socretistas) foram aumentados para "malhar". São mais papistas que o papa. Não voto Coelho/Não voto PS. Um dia os portugueses vão entender...